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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

14
Fev08

Feliz Dia de São Valentim !

Praia da Claridade
 
Neste Dia de São Valentim, um santo católico que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países...
 
... O Lenço dos Namorados


O lenço dos namorados é um lenço fabricado a partir de um pano de linho fino ou de lenço de algodão, bordado com motivos variados. É uma peça de artesanato e vestuário típico do Minho, sendo usado por mulheres com idade de casar.
 
Era hábito a rapariga apaixonada bordar o seu lenço e entregá-lo ao seu amado quando este se fosse ausentar. Nos lenços poderiam ter bordados versos, para além de vários desenhos, alguns padronizados, tendo simbologias próprias.
 
Era usado como ritual de conquista. Depois de confeccionado, o lenço acabaria por chegar à posse do homem amado, que o passaria a usar em público como modo de mostrar que tinha dado início a uma relação. Se o namorado (também chamado de conversado) não usasse o lenço publicamente era sinal que tinha decidido não dar início a ligação amorosa.
 
É provável que a origem dos "Lenços de Namorados", também conhecidos por "Lenços de Pedidos" esteja intimamente ligada aos lenços senhoris dos séculos XVII - XVIII, que posteriormente foram adaptados pelas mulheres do povo, adquirindo os mesmos, consequentemente, um aspecto mais popular.
 
Existe actualmente uma comissão técnica que funciona como órgão avaliador e de certificação deste tipo de artesanato regional.
 
 
ADERE - lenços de namorados com imagens - veja aqui
 
Lenços de namorados com nova imagem:
- Jornal de Notícias - 30 de Junho de 2004 - veja aqui.
  
Pegue na agulha e borde um LENÇO DE NAMORADOS:
- Notícias Magazine - 14 de Fevereiro de 1999 - veja
aqui.
Fonte: Wikipédia. 
 

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06
Fev08

Padre António Vieira

Praia da Claridade

 
Nasceu faz hoje 400 anos
 

 

 
Retrato do Padre António Vieira, de autor desconhecido do início do século XVIII

Retrato do Padre António Vieira, 
autor desconhecido, início do século XVIII


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António Vieira (Lisboa, 6 de Fevereiro de 1608 — Bahia, 17 de Junho de 1697) foi um religioso, escritor e orador português da Companhia de Jesus. Um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos humanos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi).
 
António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
 
Na literatura, os seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e as universidades frequentemente exigem a sua leitura.
 
 
Biografia
 
Nascido em lar humilde, na Rua do Cónego, perto da Sé, em Lisboa. Seu pai serviu a Marinha Portuguesa e foi, por dois anos, escrivão da Inquisição, tendo mudado-se para o Brasil em 1609, para assumir cargo de escrivão em Salvador, na capitania da Bahia. Em 1614 mandou vir a família para o Brasil. António Vieira tinha seis anos. Aplica-se-lhe a frase que ele mesmo escreveu: "os portugueses têm um pequeno país para berço e o mundo todo para morrerem."
 
 
No Brasil
 
Estudou na única escola da Bahia: o Colégio dos Jesuítas em Salvador. Consta que não era um bom aluno no começo, mas depois tornou-se brilhante. Juntou-se à Companhia de Jesus com voto de noviço em Maio de 1623. Obteve o mestrado em Artes e foi professor de Humanidades, ordenando-se sacerdote em 1634.
 
Em 1624, quando da Invasão Holandesa de Salvador, refugiou-se no interior, onde se iniciou a sua vocação missionária. Um ano depois tomou os votos de castidade, pobreza e obediência, abandonando o noviciado. Não partiu para a vida missionária. Estudou muito além da Teologia: Lógica, Física, Metafísica, Matemática e Economia. Em 1634, após ter sido professor de retórica em Olinda, foi ordenado e em 1638 já ensinava Teologia.
 
Quando da segunda invasão holandesa ao Nordeste do Brasil (1630-1654), defendeu que Portugal entregasse a região aos Países Baixos, pois gastava dez vezes mais com a sua manutenção e defesa do que o que obtinha em contrapartida, além do facto de que os Países Baixos eram um inimigo militarmente muito superior na época. Quando eclodiu uma disputa entre Dominicanos (membros da inquisição) e Jesuítas (catequistas), Vieira, defensor dos judeus, caiu em desgraça, enfraquecido pela derrota de sua posição quanto à questão do Nordeste do Brasil.
 
 
Em Portugal
 
Após a Restauração da Independência em (1640), em 1641, iniciou a carreira diplomática pois integrou a missão que veio a Portugal prestar obediência ao novo monarca. Impondo-se pela viveza de espírito e como orador, foi nomeado pelo rei pregador régio. Em 1646 foi enviado à Holanda no ano seguinte à França, com encargos diplomáticos. Era embaixador (o pai, antes pobre, foi nomeado pensionista real) para negociar com os Países Baixos a devolução do Nordeste. Caloroso adepto de obter para a coroa a ajuda financeira dos cristãos-novos, entrou em conflito com a Inquisição mas viu fundada a Companhia de Comércio do Brasil.
  
 
No Brasil, outra vez
 
O povo de Portugal não gostava das suas pregações em favor dos judeus. Após tempos conturbados acabou por voltar ao Brasil, de 1652 a 1661, missionário no Maranhão e no Grão-Pará, sempre defendendo a liberdade dos índios.
 
Diz o Padre Serafim Leite em "Novas Cartas Jesuíticas", Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1940, página 12, que Vieira tem "para o norte do Brasil, de formação tardia, só no século XVII, papel idêntico ao dos primeiros jesuítas no centro e no sul», na «defesa dos Índios e crítica de costumes". "Manoel da Nóbrega e António Vieira são, efectivamente, os mais altos representantes, no Brasil, do criticismo colonial. Viam justo - e clamavam!".
 
 
Em Portugal, outra vez
 
Voltou para a Europa com a morte de D. João IV, tornando-se confessor da Regente, D. Luísa de Gusmão. Com a morte de D. Afonso VI, Vieira não encontrou apoio.
 
Abraçou a profecia sebástica e por isso entrou de novo em conflito com a Inquisição que o acusou de heresia com base numa carta de 1659 ao bispo do Japão, na qual expunha a sua teoria do Quinto Império, segundo a qual Portugal estaria predestinado a ser a cabeça de um grande império do futuro. Expulso de Lisboa, desterrado e encarcerado no Porto e depois encarcerado em Coimbra, enquanto os jesuítas perdiam seus privilégios. Em 1667 foi condenado a internamento e proibido de pregar, mas, seis meses depois, a pena foi anulada. Com a regência de D. Pedro, futuro D. Pedro II de Portugal, recuperou o valimento.
 
 
Em Roma
 
Seguiu para Roma, de 1669 a 1675. Encontrou o Papa à morte, mas deslumbrou a Cúria com seus discursos e sermões. Com apoios poderosos, renovou a luta contra a Inquisição, cuja actuação considerava nefasta para o equilíbrio da sociedade portuguesa. Obteve um breve pontifício que o tornava apenas dependente do Tribunal romano.
 
 
Em Portugal
 
Regressou a Lisboa seguro de não ser mais importunado. Quando, em 1671, uma nova expulsão dos judeus foi promovida, novamente os defendeu. Mas o Príncipe Regente passara a protector do Santo Ofício e recebeu-o friamente. Em 1675, absolvido pela Inquisição, voltou para Lisboa por ordem de D. Pedro, mas afastou-se dos negócios públicos.
 
 
No Brasil, pela última vez
 
Decidiu voltar outra vez para o Brasil, em 1681. Dedicou-se à tarefa de continuar a coligir os seus escritos, visando à edição completa em 16 volumes dos seus Sermões, iniciada em 1679, e à conclusão da Clavis Prophetarum. Possuía cerca de 500 Cartas que foram publicadas em 3 volumes. As suas obras começaram a ser publicadas na Europa, onde foram elogiadas até pela Inquisição.
 
Já velho e doente, teve que espalhar circulares sobre a sua saúde para poder manter em dia a sua vasta correspondência. Em 1694, já não conseguia escrever de próprio punho. Em 10 de Junho começou a agonia, perdeu a voz, silenciaram-se os seus discursos. Morre a 17 de Junho de 1697, com 89 anos, na cidade de Salvador, Bahia.
 
 
Obra
 
Deixou obra complexa que exprime as suas opiniões políticas, sendo não propriamente um escritor e sim um orador. Além dos Sermões redigiu o Clavis Prophetarum, livro de profecias que nunca concluiu. Entre os inúmeros sermões, alguns dos mais célebres: o "Sermão da Quinta Dominga da Quaresma", o "Sermão da Sexagésima", o "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda", o "Sermão do Bom Ladrão", "Sermão de Santo António aos Peixes", entre outros.
 
 
Lendas
 
Existem muitas lendas sobre o padre António Vieira, incluindo a que afirma que, na juventude, a sua genialidade lhe fora concedida por Nossa Senhora, e a que, uma vez, um anjo lhe indicou o caminho de volta à escola quando estava perdido.
Fonte: Wikipédia. 
 

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26
Nov07

Tumba de Herodes

Praia da Claridade

 
Foto aérea do Herodium, onde se localiza a Tumba de Herodes.

Foto aérea do Herodium, onde se localiza a
Tumba de Herodes.


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A Tumba de Herodes foi encontrada no mês de Maio de 2007 pela Universidade Hebraica de Jerusalém, numa zona arqueológica conhecida como Herodium a poucos quilómetros de Jerusalém. Trata-se de um sarcófago do rei que governou a Judeia de 37 AEC até sua morte, em 4 AEC(1).
 
Uma antiga escadaria usada num cortejo fúnebre real, levou um arqueólogo israelita a desvendar um mistério com 2.000 anos: a localização da Tumba de Herodes, o Grande, considerado pelos romanos como Rei dos Judeus.
 
A localização da Tumba de Herodes é documentada pelo historiador Judeu Flávio Josefo que disse sobre a sua morte: “uma coceira intolerável em toda a pele, contínuas dores nos intestinos, tumores nos pés, como na hidropisia, inflamação do abdómen e gangrena nos órgãos genitais, resultando em vermes, além de asma, com grande dificuldade de respiração, e convulsões em todos os membros”. — The Jewish War, I, 656 (xxxiii, 5).
 
Ehud Netzer, da Universidade Hebraica, afirmou que ao encontrar a tumba, a peça estava danificada, provavelmente por judeus que se revoltaram contra Roma entre os anos 66 e 72 d.C.
 
Em conferência de imprensa, um dia depois do anúncio da descoberta, Netzer disse que os restos do monarca devem ter desaparecido quando os rebeldes invadiram a tumba em Herodium, onde se encontrava o palácio - fortaleza de Herodes, perto de Jerusalém. Ehud Netzer procurava o túmulo de Herodes desde 1972.
 
O local, na actual Cisjordânia, foi encontrado graças a uma antiga escadaria que conduzia ao topo da colina. Os especialistas supunham que o rei teria sido enterrado nalgum canto escondido do palácio, mas não havia provas para comprovar a teoria. Esta poderá ser uma das grandes descobertas da história da arqueologia.
 
(1) - AEC, também apresentado na sua forma abreviada A.D. (Anno Domini) é uma expressão utilizada para marcar os anos seguintes ao ano 1 do calendário mais comummente utilizado no Ocidente, designado como "Era Cristã" ou "Era Comum" (termo preferido por quem tenta evitar referências religiosas). Em português, é usual utilizar a abreviatura d.C. - ou seja, depois de Cristo para o mesmo efeito. Da mesma forma, se utiliza a.C. para designar os anos antes de Cristo.
Fonte: Wikipédia. 
 

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10
Out07

Turbante

Praia da Claridade

 
Homem sikh com barba e turbante

Homem sikh com barba e turbante

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O turbante consiste numa grande tira de pano (até 45 metros de comprimento) enrolada sobre a cabeça, e de uso muito comum no Médio Oriente, principalmente entre os muçulmanos.
 
A origem do turbante é desconhecida, mas sabe-se que já era usado no Oriente muito antes do surgimento do islamismo.
 
As inúmeras formas de amarrar o turbante representam uma espécie de linguagem popular, podendo indicar a posição social, a tribo a que a pessoa pertence e até mesmo o seu humor naquele momento. O uso mais intensivo do turbante estende-se por toda a Ásia e pela África.
 
Os sikhs (religião monoteísta), que não são nem muçulmanos e nem árabes, constituem a maioria das pessoas que usam turbantes no mundo ocidental.
 
 
Uso feminino dos turbantes
 
Os turbantes também são usados pelas mulheres ocidentais, como um acessório de moda. Na década de 1960 eles foram bem populares, mas não eram amarrados da mesma forma que os dos homens, presos à frente da cabeça. Usando longos lenços, elas primeiro amarravam as pontas à frente da cabeça e, a seguir, passando as pontas pela testa, prendiam-nas na nuca.
Fonte: Wikipédia. 
 

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13
Jun07

Santo António

Praia da Claridade

 
Santo António de Lisboa (ou de Pádua), o Santo Casamenteiro

Estátua de Santo António de Lisboa (ou de Pádua),
envergando o traje dos frades menores e segurando o Menino Jesus sobre um livro.



Santo António de Lisboa, (Lisboa, 15 de Agosto de 1195 — Pádua, 13 de Junho de 1231), de seu nome de baptismo Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo (ou Fernon Martin di Bulhon y Tavera Azeyedo) filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo. É também conhecido como Santo António de Pádua, por ter vivido e falecido nessa cidade italiana. Regra geral, os santos católicos são conhecidos pelo nome da cidade onde falecem e onde permanecem as suas relíquias – pois que, na doutrina cristã, a morte mais não é que a passagem para a verdadeira vida –, e não daquela que os viu nascer; assim sucede com Fernando de Bulhões, que nas demais línguas europeias é chamado de Pádua, e apenas reverenciado pelos povos de língua portuguesa como de Lisboa.
 
 
Vida
 
Nascido e criado em Lisboa, aos quinze anos entrou para um convento de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, e em 1220, com vinte e cinco anos, impressionado pela pregação de alguns frades que conheceu em Coimbra enquanto estudava, trocou o seu nome por António e ingressou na Ordem dos Franciscanos. Era um pregador culto e apaixonado, conhecido pela sua devoção aos pobres e pela habilidade para converter heréticos. Leccionou ainda teologia em várias universidades europeias, tendo passado os últimos meses da sua vida em Pádua, Itália, onde viria a falecer no bairro de Arcella.
 
 
Canonização
 
Santo António detém o recorde de canonização da Igreja Católica: foi declarado santo menos de um ano decorrido sobre a sua morte, em 30 de Maio de 1232 (11 meses e 17 dias após a sua morte). É o santo padroeiro das cidades de Pádua e de Lisboa (nesta última, substituiu a antiga devoção ao mártir São Vicente de Saragoça). Em 1934, o Papa Pio XI proclamou-o segundo padroeiro de Portugal, a par de Nossa Senhora da Conceição. Por fim, em 16 de Janeiro de 1946, o Papa Pio XII juntou o seu nome à lista dos Doutores da Igreja Católica.
 
 
Carreira militar
 
 
Em Portugal
 
No século XVII, para alguns historiadores em 1665, Santo António assentou praça no 2° Regimento de Infantaria de Lagos, simbolicamente, por iniciativa de D. Afonso VI (1656-1683), que viu no Santo a bandeira milagrosa para a vitória contra as forças espanholas sob o comando do marquês de Caracena. O estratagema deu resultado, tendo o Exército Português, sob o comando do marquês de Marialva, derrotado as do "Marte da Espanha". No reinado de D. Pedro II (1683-1706), o Santo foi promovido a Capitão, e no de D. Maria I (1777-1816), à patente de Tenente-Coronel, como recompensa pela vitória na batalha do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810, quando as forças luso-britânicas derrotaram as tropas francesas de Napoleão sob o comando de André Massena.
 
No Brasil
 
O Santo sentou praça nas milícias luso-brasileiras em 1685, por ocasião das lutas contra o Quilombo dos Palmares, por iniciativa do Governador da Capitania de Pernambuco, João de Souto Maior, invocando o seu milagroso auxílio.
 
Mais tarde, por Carta-régia datada de 21 de Março de 1711, o soberano português promoveu-o a Capitão, no Brasil, por serviços prestados ao Governador da Capitania do Rio de Janeiro, Francisco de Castro Morais, quando da invasão da esquadra de corsários franceses de Duclerc.
 
Em 1814, o Príncipe-regente D. João, na Bahia, conferiu-lhe a patente de Tenente-Coronel, com o soldo do posto: 80$000.
 
Após a Proclamação da República no Brasil, o presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, determinou ao seu Ministro da Guerra, General Dantas Barreto, suspender o pagamento do soldo do Santo (Livro 486, fl. 31 da extinta Directoria de Contabilidade do Ministério da Guerra).
 
 
Iconografia e veneração
 
Muitas das suas estátuas e imagens representam-no envergando o traje dos frades menores, segurando o Menino Jesus sobre um livro, enquanto outras o mostram a pregar aos peixes (objecto de um sermão do Padre António Vieira, séculos mais tarde), tal como São Francisco pregava aos pássaros. Para além disso, é ainda considerado padroeiro dos pobres, sendo ainda invocado para ajudar a encontrar objectos perdidos, numa oração conhecida como os responsos (no que é similar a São Longuinho, outro santo católico menos conhecido).
 
Santo António de Lisboa é enfim comummente considerado como um santo casamenteiro; segundo a lenda, era um excelente conciliador de casais.
 
No Brasil, muitas moças afoitas por encontrar um marido costumavam retirar o bebé dos braços das estátuas do santo, prometendo devolvê-lo depois de alcançarem o seu pedido. Por esse motivo, alguns párocos mandavam fazer a estátua do santo com o Menino Jesus preso ao corpo do santo, evitando assim o seu sequestro.
 
Outras jovens colocam a imagem de cabeça para baixo, dizem que só a mudariam de posição quando Santo António lhes arranjasse marido. Estes rituais são geralmente feitos na madrugada do dia 13 de Junho. Outro facto pitoresco digno de nota, é quando a estátua se parte nestas lides - nesse caso, os cacos devem ser juntos e deixados num cemitério...
 
Numa outra cerimónia, conhecida como trezena (por ter a duração de treze dias), os fiéis entoam cânticos, soltam fogos, e celebram comes e bebes junto a uma fogueira com o formato de um quadrado. Essa festança acontece entre 1 e 13 de Junho - é a famosa festa de Santo António.
 
Ainda há um outro costume que é muito praticado pela Igreja e pelos fiéis. Todo o dia 13 de Junho, as igrejas distribuem aos pobres os famosos pãezinhos de Santo António. A tradição diz que esse alimento deve ser guardado dentro de uma lata de mantimento, como garantia de que não faltará comida durante todo o ano. Há quem diga que o pão não mofa, mantendo-se íntegro pelo período de um ano.
 
 
Festividades
 
Santo António é o padroeiro da cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é o feriado municipal desta cidade. As festas em honra de Santo António começam logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros, um pouco à maneira das escolas de samba, numa espécie de Carnaval português. Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa. A festa dura toda a noite e, um pouco por toda a Lisboa há arraiais, locais engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, bebe vinho tinto, ouve música e se dança até de madrugada, sobretudo no antigo e muito típico Bairro de Alfama (na cidade do Porto, uma festa semelhante, mas em honra de São João, patrono da cidade, tem lugar todos os anos no dia 23 de Junho). Santo António é o Santo Casamenteiro, pelo que a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de dezenas de jovens noivos, todos os anos no dia 13 de Junho. Estes jovens de origem modesta, conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família.
 
No Brasil, onde o santo tem milhões de devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo António, o Casamenteiro. O arraial de Santo António do Leite, no Estado de Minas Gerais, Brasil, tem na sua igreja uma belíssima imagem de Santo António de Lisboa, trazida de Portugal em finais do século XVII. O dia 13 de Junho, é feriado em diversos municípios portugueses e brasileiros.
 
 
Igreja e museu de Santo António em Lisboa
 
Situados no local do seu nascimento, perto da Sé Patriarcal de Lisboa, são o centro da devoção ao santo de Lisboa, em especial no dia que lhe é dedicado, 13 de Junho. O museu contém um importante conjunto de documentos, objectos litúrgicos, gravuras, pinturas, cerâmicas e objectos de devoção que evocam a vida e o culto ao santo.
 
No ano de 1995 comemorou-se o 800º aniversário do seu nascimento, com grandes celebrações por toda a cidade de Lisboa.
Fonte: Wikipédia. 
 

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13
Mai07

Aparições de Fátima

Praia da Claridade

 

A peregrinação do 13 de Maio será uma das maiores dos últimos anos.
Para isso deverão contribuir as comemorações dos 90 anos das Aparições de Fátima e o facto de coincidir com um fim de semana

 

 
Representação da Aparição de Nossa Senhora de Fátima

Representação da Aparição de Nossa Senhora de Fátima
 

 
Jacinta Marto, Francisco Marto e Lúcia de Jesus dos Santos em 1917

Jacinta Marto, Francisco Marto e Lúcia de Jesus dos Santos em 1917



Nossa Senhora de Fátima é como é conhecida, na religião católica romana, a Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, pelos católicos ou outras pessoas que acreditam na sua aparição durante meses seguidos para três crianças em Fátima, localidade portuguesa, em 1917. A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário, ou a combinação dos dois nomes, dando origem a Nossa Senhora do Rosário de Fátima, pois segundo os relatos, Nossa Senhora do Rosário teria sido o nome pelo qual ela se haveria identificado.
 
 
História
 
Três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), afirmaram ter visto a Virgem Maria em 13 de Maio de 1917 (comemoram-se este ano os 90 anos das Aparições) quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria.
 
Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio dia, depois de
rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, teriam decidido ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão teria iluminado o espaço, e teriam visto em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos penderia um terço branco.
 
Segundo os fiéis, a Senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. Assim, teriam assistido a outras aparições no mesmo local em 13 de Junho, 13 de Julho e 13 de Setembro. Em Agosto a aparição terá ocorrido no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho.
 
A 13 de Outubro, estavam presentes alguns milhares de pessoas, e a aparição terá dito às crianças "eu sou a Senhora do Rosário" e terá pedido que fizessem ali uma capela em sua honra (que actualmente é a parte central do Santuário de Fátima). Alguns dos presentes afirmaram observar um milagre que teria sido prometido às três crianças em Julho e Setembro. Segundo uns, o Sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra. Segundo outros, o Sol movia-se para cima e para baixo. Segundo outros ainda, o Sol dançou. Tal fenómeno inexplicável foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar da aparição (como é o caso do escritor Afonso Lopes Vieira), e o relato foi mesmo publicado na imprensa, por um jornalista que ali se deslocara. Contudo, outros houve que nada viram, como é o caso do escritor António Sérgio, que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de extraordinário com o Sol. Não há de facto quaisquer registos astronómicos do fenómeno, e nada observaram milhões de pessoas que à mesma hora nada assinalaram noutros pontos de observação de Portugal e da Europa. Lúcia terá afirmado também que a Guerra terminara naquele preciso instante, o que não aconteceu, o que não é geralmente mencionado em relatos recentes.
 
Posteriormente, sendo Lúcia religiosa doroteia, Nossa Senhora ter-lhe-à aparecido novamente na Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração.
 
Anos mais tarde, Lúcia contou ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, teria já aparecido um anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal".
 
Este anjo ensinou aos pastorinhos duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, que entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística dos católicos.
Fonte: Wikipédia. 
 

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12
Mai07

Santuário de Fátima

Praia da Claridade


Peregrinação Internacional de Maio


Comemorações dos 90 anos das Aparições da Virgem


As autoridades esperam mais de 500 mil peregrinos nos dias 12 e 13

 

 
Santuário de Fátima - Portugal

Santuário de Fátima - Portugal

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Interior da Basílica do Santuário de Fátima - Portugal

Interior da Basílica do Santuário de Fátima - Portugal

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Imagem de Nossa Senhora de Fátima

Imagem de Nossa Senhora de Fátima



O Santuário de Fátima, localizado na Cova da Iria, freguesia de Fátima (Portugal) é um dos mais importantes Santuários Marianos do mundo. Em 1917, Jacinta Marto, Francisco Marto e Lúcia de Jesus (conhecidos por os três pastorinhos), afirmaram ter presenciado várias aparições de Nossa Senhora. Numa dessas aparições ela lhes teria dito para construírem uma capela naquele lugar, que actualmente é a parte central do Santuário onde está guardada uma imagem de Nossa Senhora. No decorrer dos anos o Santuário foi sendo expandido. A Basílica começou a ser construída em 1928, em estilo neo-barroco, segundo um projecto do arquitecto neerlandês G. Van Kriecken, vindo a ser sagrada em 1953. Neste momento encontra-se em curso a construção de uma Igreja com 9.000 lugares sentados, uma obra da autoria do Arq. Alexandros Tombazis. Prevê-se a conclusão desta obra em 2007.
 
Anualmente mais de cinco milhões de visitantes, de todos os países ali se deslocam. As maiores peregrinações ocorrem anualmente nos dias 12 e 13 de Maio a Outubro, sendo tradicionalmente feitas a pé. O CNC (Centro Nacional de Cultura) em colaboração com as entidades responsáveis do Santuário de Fátima lançaram em 2003 um projecto que visava, à semelhança do que acontece com as peregrinações ao Santuário de Santiago de Compostela, demarcar caminhos de peregrinação que pudessem guiar os inúmeros peregrinos que todos os anos se dirigem a pé ao Santuário, criando os Caminhos de Fátima. Deste projecto nasceram dois caminhos, o Caminho do Tejo, ligando Lisboa a Fátima, e o Caminho do Norte, ligando o Porto a Fátima. Apenas o Caminho do Tejo se encontra já concluído com os marcos com as setas azuis que indicam o caminho.
 
Pelo mundo inteiro foi difundido o Culto a Nossa Senhora de Fátima, graças às viagens das Virgens Peregrinas (imagens de Nossa Senhora que percorrem vários países) e aos emigrantes portugueses. Assim é possível encontrar várias igrejas, paróquias, dioceses, escolas, hospitais, monumentos, etc. dedicadas a Nossa Senhora de Fátima.
Fonte: Wikipédia. 
 

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20
Fev07

Arca de Noé

Praia da Claridade

 
A Arca de Noé segundo Edward Hicks

A Arca de Noé segundo Edward Hicks

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O Monte Ararat, com o Pequeno Ararat à direita (Landsat, NASA)

O Monte Ararat, com o Pequeno Ararat à direita (Landsat, NASA)

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Segundo o livro bíblico do Génesis, a Arca de Noé foi a provisão pela qual os antepassados de toda a Humanidade sobreviveram ao Dilúvio Bíblico. Deus deu a Noé instruções detalhadas sobre o tamanho, formato, feitio da iluminação e da ventilação, e sobre os materiais a usar na sua construção (Génesis 6:14-16). A sua representação comum tem a forma de um barco, mas na realidade seria uma caixa rectangular. O termo hebr. teváth  vertido por "arca", significa efectivamente uma arca ou caixa. Não pretendia ser uma embarcação com o objectivo de navegar, mas somente para flutuar. A Bíblia diz que 5 meses após o Dilúvio Bíblico começar, a "Arca veio pousar nos Montes de Ararate(1)" (Génesis 8:4). Após isso, depois de 5 meses e 10 dias, a porta foi aberta (Génesis 7:11; 8:4, 14). Ararate refere-se a uma região na Arménia – o antigo Reino de Urartu, e não um monte específico. Após a saída de Noé, da sua família e dos animais da Arca, a localização e o seu destino jamais foi referido na Bíblia.
 
É opinião bastante aceite que a narração sobre Noé e o Dilúvio(2) deve ser interpretada, não como um facto histórico, mas como mera alegoria sem pretensão alguma de ser encarada literalmente. Porém, há grupos religiosos que entendem a narrativa como literal. Na tradição cristã, a Igreja Cristã é simbolizada pela Arca de Noé. Alguns vêm na Arca de Noé a simbologia de fecundidade, ao preservar em si a Vida durante o período do dilúvio purificador e possibilitar a recriação da Humanidade.
 
Formato, tamanho e capacidade de carga
 
De acordo com Génesis, a Arca de Noé era uma grande embarcação em forma de caixa, construída de madeira, provavelmente de cipreste, e impermeabilizada com alcatrão. Baseado no cálculo do côvado comum como tendo 44,5 cm, as suas dimensões seriam 133,5 m de comprimento por 22,30 m de largura, 13,40 m de altura. Tinha uma porta lateral. Certamente, o tecto deveria tido um ligeiro grau de inclinação para escoar a água da chuva. Esta relação entre comprimento e largura, de 6 para 1, é usada pelos modernos engenheiros navais. Isto daria à arca cerca de 40 mil m³ de volume bruto. Internamente, os seus 3 conveses forneceriam uma área total de mais de 8 900 m² de espaço útil. A lista de passageiros da arca era bastante impressionante. Além de Noé e sua família, espécies básicas dos animais terrestres e de aves (Génesis 6:18-21). No relato acadiano sobre o Dilúvio, na Epopeia de Gilgamesh, esta embarcação era um cubo de uns 60 m de cada lado, construído em apenas 7 dias. Noé demorou 40 anos para construir a Arca. Deus não avisou Noé com anos de antecedência sobre o dia e a hora exacta do Dilúvio. No entanto, quando Noé tinha 480 anos de idade, Jeová (Deus) decretou: “Meu espírito não há-de agir por tempo indefinido para com o homem, porquanto ele é carne. Consequentemente, os seus dias hão-de somar cento e vinte anos” (Génesis 6:3). Noé teve total confiança neste decreto judicial. Depois de chegar aos 500 anos de idade, ele “tornou-se pai de Sem, Cã e Jafé”, e o costume existente naqueles dias sugere que se passaram 50 a 60 anos antes dos seus filhos se casarem. Quando se mandou que Noé construísse a arca para haver preservação através do Dilúvio, os seus filhos e as esposas deles, evidentemente, ajudaram-no nesta tarefa. A construção da arca provavelmente coincidiu com o serviço de Noé qual “pregador da justiça”, o que o manteve ocupado pelos últimos 40 a 50 anos antes do Dilúvio - Génesis 5:32; 6:13-22.
 
Descoberta da Arca
 
Nos anos 80 do Século XX, a busca da Arca obteve certo ar de respeitabilidade com a participação activa do ex-astronauta da NASA, James Irwin, em expedições à montanha. Além disso, as investigações sobre a Arca também foram aceleradas com a dissolução da ex-União Soviética, pois a montanha estava justamente na fronteira entre a União Soviética e a Turquia. As afirmações de que alegadamente encontraram vestígios da Arca de Noé não são consideradas credíveis. Dezenas de expedições que foram feitas à região montanhosa do Ararate, têm alimentado numerosas especulações sem no entanto ter sido apresentada nenhuma prova. Hoje em dia, a região é palco de conflitos com as tropas de guerrilheiros Curdos, e os poucos que se aventuraram a escalar o Ararate foram abatidos sem mais perguntas. A única face da montanha cujo acesso não é barrado pelo gelo e pelos guerrilheiros é a face sul. A Arca de Noé estaria do lado norte, sendo este o principal motivo pelo qual até hoje não se comprovou a presença real da mítica arca na região.
 

 

(1) - O Monte Ararat, ou Monte Ararate na sua forma aportuguesada, é a mais alta montanha da moderna Turquia, com 5.137 m de altitude. Tem a forma de um cone vulcânico coberto de neves eternas localizado no extremo nordeste da Turquia, a 16 km a oeste do Irão e a 32 km ao sul da Arménia. O Génesis identifica esta montanha como sendo o local onde a Arca de Noé teria tocado terra firme após o Dilúvio.
 
 
(1) - O Dilúvio é um episódio obscuro da História da Humanidade, tendo sido relatado pelas mais diversas fontes. A versão mais conhecida é aquela descrita na Bíblia, em que Noé, seguindo as instruções divinas, constrói uma arca para a preservação da Vida na Terra, na qual abriga um casal de cada espécie de animal, bem como a ele e a sua própria família, enquanto Deus, exercendo julgamento sobre os ante-diluvianos (povo demente e acções perversas), inundava toda a Terra com uma chuva que durara 40 dias e 40 noites. Após alguns meses, quando as águas começaram a descer, Noé enviou uma pomba, que lhe trouxe uma folha de oliveira. A partir daí, os descendentes de Noé teriam repovoado a Terra, dando origem a todos os povos conhecidos. Golfinhos também estariam na Arca.
 
Além do facto de Jesus considerar o evento como facto real e definitivo (Mateus 24:37-39), o Dilúvio também é descrito em fontes sumérias, assírias, arménias, egípcias e persas, entre outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico: Deus (ou o deus em questão) decide limpar a Terra de uma Humanidade corrupta e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar a sua Criação no tempo em que a Terra estivesse inundada. Após um certo período, a água desce, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam a Terra e os descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.
Fonte: Wikipédia. 
 

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06
Jan07

Três Reis Magos

Praia da Claridade

 
A visita dos três Reis Magos

A visita dos três Reis Magos

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Os Três Reis Magos são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após o seu nascimento. A Bíblia cita uns magos, que não eram reis mas sim magos, sacerdotes ou conselheiros. Também não diz quantos eram, diz-se três pela quantia de presentes oferecidos. Estes tinham grande conhecimento dos astros, podendo ser astrólogos ou astrónomos, pois existem vários relatos de anúncios de nascimentos de reis pelas estrelas. Assim os magos seguiram a estrela e sabendo que se tratava do nascimento de um rei da Judeia, foram ao palácio no qual Herodes era o actual rei, perguntando-lhe sobre a criança, e no qual nada descobriram. O rei sentiu-se ameaçado e pediu aos magos que se o encontrassem, lhe dissessem, pois iria adorá-lo também. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia passado algum tempo. Por causa da distância percorrida presume-se que seja num outro ano, precisamente no dia 6 de Janeiro.
 
Estes magos ofereceram três presentes ao menino: ouro, incenso e mirra. Existem algumas teorias a respeito do significado destes presentes. O ouro  pode representar a sua posição de rei, ou então, pode ter sido providência divina para a sua futura fuga para o Egipto (quando Herodes manda matar todos os meninos até dois anos de idade). O incenso  pode representar que Jesus seria um homem de oração, pois este produto era usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobre ao céu (Salmos 141:2). A mirra  é uma especiaria usada como analgésico; este presente nos remete à sua crucificação na qual Nicodemos oferece vinho misturado com mirra para aliviar as dores (Marcos 15:23).
 
Daí surgiu a tradição de presentear uns aos outros no Natal. Sendo que o primeiro presente foi o nascimento de Jesus para a salvação da Humanidade.
 
 
Na tradição atual:
 
Os reis magos aparecem na tradição popular cristã e têm os nomes de Baltasar, Belchior (Melquior ou Belquior) e Gaspar.
 
Como se pretendia dizer que representavam os reis de todo o mundo, normalmente Gaspar é apresentado como negro, representando a África, mas também como rei da Índia; Melquior, rei da Pérsia; e Baltasar, rei da Arábia. Em hebreu, esses nomes significavam “rei da luz” (melichior), “o branco” (gathaspa) e “senhor dos tesouros” (bithisarea), representando as três raças existentes conhecidas.
 
A chegada dos reis magos corroboraria a profecia contida no Salmo 72: “Todos os reis cairão diante dele”.
 
Devemos aos magos a tradição de dar presentes no Natal. No ritual da antiguidade o ouro era o presente para um rei, o olíbano (incenso) para um religioso representando a espiritualidade, e a mirra para um profeta (a mirra também era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade). Melquior ofereceu ouro; Baltasar, incenso e Gaspar, mirra. Estes presentes confirmam o carácter de Jesus (rei, sacerdote e profeta) como símbolo do reconhecimento que aquela criança pobre que acabara de nascer haveria de se tornar um grande líder mundial e o salvador do mundo.
 
Baltazar que era o rei mago negro, veio supostamente da Africa, Etiópia, pois trouxe incenso de presente. Gaspar trouxe mirra, certamente ele era da Pérsia ou Egipto, dois lugares onde se trabalhava com este material principalmente quando se embalsamava alguém. Melchior ou Belchior trouxe ouro geralmente os adornos representam origem europeia.
 
Desde 1164, e segundo a tradição, no interior da Catedral de Colónia, em Köln, Alemanha, está guardada a urna de ouro com os restos mortais dos Três Reis Magos Baltazar, Belchior e Gaspar.
Fonte: Wikipédia. 
 

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25
Dez06

Nascimento de Jesus

Praia da Claridade

 
O nascimento de Jesus retratado numa tela de 1535-40, pintada pelo artista florentino Agnolo Bronzino
  
O nascimento de Jesus retratado numa tela de 1535-40,
pintada pelo artista florentino Agnolo Bronzino
 

   

Depois da "consoada" (jantar na véspera de Natal, geralmente reunindo toda a família em ambiente de festa e terminando com a distribuição dos presentes) chegámos ao Dia de Natal, tradicionalmente o nascimento de Jesus.
 
 
 
 
Grande parte do que é conhecido sobre a vida e os ensinamentos de Jesus é contado por cinco pequenos livros do Novo Testamento da Bíblia, designados por Evangelhos canónicos: Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, os Actos dos Apóstolos. Os Evangelhos Apócrifos apresentam também alguns relatos relacionados com a infância de Jesus, nomeadamente no Evangelho de Judas e no Evangelho de Tomé.
 
Esses Evangelhos narram os factos mais importantes da vida de Jesus. Os Actos dos Apóstolos contam um pouco do que sucedeu nos 30 anos seguintes. As Epístolas (ou cartas) de Paulo também dizem alguma coisa sobre Jesus e algumas das suas palavras aparecem noutros lugares. Notícias não-cristãs de Jesus e do tempo em que ele viveu encontram-se nos escritos de Josefo, que nasceu no ano 37 d.C.; nos de Plínio, o Moço, que escreveu por volta do ano 112; nos de Tácito, que escreveu por volta de 117; e nos de Suetónio, que escreveu por volta do ano 120. Todos eles escreveram sobre Jesus muitos anos após a sua morte.
 
Preparação para o nascimento e anunciação segundo Lucas
 
O trabalho da vida de Jesus na Terra, teria sido iniciado por João Baptista. Zacarias, o pai de João, era um sacerdote judeu, enquanto a sua mãe, Isabel, era membro do ramo mais próspero do mesmo grande grupo familiar ao qual também pertencia Maria, a mãe de Jesus. Zacarias e Isabel, embora estivessem casados há muitos anos, não tinham filhos.
 
Levando em conta a datação do nascimento de Jesus, aconteceu que, algures no final do mês sexto, do ano 8 a.C., cerca de três meses após o casamento de José e Maria, Gabriel, certo dia, apareceu a Isabel, ao meio-dia, tal como mais tarde se apresentaria perante Maria. E Gabriel contou-lhe do nascimento do seu filho João e do nascimento de um menino esperado na sua parente Maria.
 
Essa visão tocou Isabel profundamente, mas não falou da revelação a ninguém, excepto ao seu marido, até que posteriormente visitasse Maria, em princípios do segundo mês seguinte.
 
Durante cinco meses, contudo, Isabel guardou aquele seu segredo até mesmo do marido. Quando lhe contou sobre a visita de Gabriel, Zacarias permaneceu céptico e por semanas duvidou de toda a experiência, só consentindo em acreditar na visita de Gabriel à sua esposa, e sem maior entusiasmo, quando não mais podia duvidar de que ela esperava uma criança. Zacarias ficou muito perplexo com a maternidade próxima de Isabel, mas não duvidava da integridade da sua esposa, apesar da idade avançada dele. E, apenas seis semanas antes do nascimento de João, é que Zacarias, em consequência de um sonho impressionante, tornou-se plenamente convencido de que Isabel estava para tornar-se a mãe de um filho do destino, aquele que iria preparar o caminho para a vinda do Messias.
 
Gabriel apareceu para Maria por volta de meados do décimo primeiro mês, do ano 8 a.C., no momento em que ela estava a trabalhar na sua casa em Nazaré. Mais tarde, após Maria ter sabido que era certo que estava para ser mãe, ela persuadiu José a deixá-la viajar à cidade de Judá, a sete quilómetros a oeste de Jerusalém, nas montanhas, para visitar Isabel.
 
Gabriel tinha informado a cada uma dessas duas futuras mães sobre a sua aparição à outra. Naturalmente elas estavam ansiosas para se encontrar, para compartilhar as suas experiências, e para falar sobre os prováveis futuros dos seus filhos. Maria permaneceu com a sua prima distante por três semanas. Isabel fez muito para fortalecer a fé de Maria na visão de Gabriel, de modo que ela voltou para a sua casa mais plenamente dedicada ao chamamento de ser mãe do menino predestinado, a quem ela, muito em breve, iria apresentar ao mundo como um bebé indefeso, uma criança comum e normal deste reino.
 
João nasceu na cidade de Judá, perto dos 25 do terceiro mês, do ano 7 a.C. Zacarias e Isabel rejubilaram-se grandemente com o facto de que um filho tivesse vindo para eles como Gabriel tinha prometido.
 
Ao oitavo dia, quando apresentaram a criança para a circuncisão, eles baptizaram-no formalmente como João, exactamente como se lhes tinha sido ordenado. E logo um sobrinho de Zacarias partiu para Nazaré, levando até Maria a mensagem de Isabel, proclamando o nascimento de um filho cujo nome seria João.
 
Desde a mais tenra infância os pais inculcaram em João a ideia de que ele cresceria e tornar-se-ia um líder espiritual e um mestre religioso. E o coração de João sempre foi sensível a essas sementes sugestivas.
 
O Nascimento
 
Jesus nasceu durante a vida de Herodes, o Grande, que os romanos haviam designado para governar a Judeia. Os calendários são contados a partir do ano em que se supõe ter nascido Jesus, mas as pessoas que fizeram essa contagem equivocaram-se com as datas: Herodes morreu no ano 4 a.C., de modo que Jesus nasceu 3 anos antes, a quando dos censos do povo Judeu, que ocorreu exactamente 1 ano após os censos dos outros povos também subjugados ao poder Romano. Estes censos ocorreram para facilitar aos Romanos a contagem do povo e a respectiva cobrança dos impostos. Os Judeus sempre se opuseram a qualquer tentativa de contagem; por essa razão, esta ocorreu um ano depois de ter sido efectuada nos povos vizinhos. Desde o séc. IV, os cristãos festejam o Natal, ou nascimento de Cristo, no dia 25 de Dezembro. Esta foi uma adaptação das festas ao deus Sol dos povos pagãos, adquirida pelos Romanos. A data real ainda é incerta (ver mais adiante).
 
Maria foi a mãe de Jesus. Ela e o carpinteiro José, seu marido, moravam em Nazaré, uma cidade da província da Galileia, no norte da Palestina. O Evangelho de Lucas conta que o arcanjo Gabriel apareceu a Maria e anunciou que ela ia dar à luz o filho de Deus, o prometido Messias. Algum tempo antes de Jesus nascer, Maria e José foram a Belém, a fim de terem os seus nomes registados num recenseamento. Belém era uma pequena cidade do sul da Judeia. Maria e José encontraram abrigo num estábulo, e foi aí que Jesus nasceu. Maria fez de uma manjedoura o berço para ele.
 
Os Evangelhos falam de pastores que, perto de Belém, viram anjos no céu e os ouviram cantar: "Glória a Deus nas alturas e, na Terra, paz e boa vontade entre os homens (Lucas 2:14). Algumas traduções da Bíblia dizem:  paz na Terra aos homens de boa vontade
. Outra história diz que vieram sábios do Oriente para ver o Messias recém-nascido. Ao princípio perguntaram por ele na corte de Herodes. Mais tarde puderam localizá-lo, seguindo até Belém a luz de uma estrela. Trouxeram a Jesus oferendas de ouro, incenso e mirra.
 
Herodes pedira-lhes que voltassem para informá-lo quando tivessem encontrado o menino, mas eles não fizeram isso. Herodes tomou-se de fúria e, com medo desse novo rei dos judeus, mandou que fossem mortos todos os meninos de Belém que tivessem dois anos de idade ou menos. Um anjo apareceu a José, em sonho, e preveniu-o. José fugiu então para o Egipto, com Maria e o menino Jesus. Só retornaram a Nazaré depois da morte de Herodes.
Fonte: Wikipédia. 
 

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