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Fonte do Ídolo - Braga
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A Fonte do Ídolo é um monumento romano da cidade de Braga, norte de Portugal. Localiza-se na Rua do Raio, na zona central da cidade.
Bracara Augusta foi fundada cerca de 16 a.C., na época de Augusto, numa região que era ocupada anteriormente por povos autóctones. Os romanos, geralmente tolerantes em matéria religiosa, permitiam o culto a divindades locais, além dos deuses romanos. Nesse contexto se insere a Fonte do Ídolo, um santuário dedicado a um deus local chamado Tongoenabiago, associado a cursos d'água.
Possivelmente construída no século I d.C., a Fonte do Ídolo consiste numa fonte de água com inscrições e figuras esculpidas num afloramento natural de granito. Uma inscrição indica que um tal Célico Fronto, natural de Arcóbriga (povoação dos Célticos na Lusitânia), mandou fazer o monumento. Perto dessa inscrição encontra-se uma figura vestida com uma toga, que poderia representar o dedicante. Ao lado, sobre a fonte d'água, encontra-se outra figura esculpida: um busto, erodido, dentro de um nicho de perfil clássico com a figura de uma pomba no frontão. Perto dessa figura encontra-se outra inscrição com o nome do dedicante e o nome da divindade Tongoenabiago, que provavelmente é representada pela figura do nicho. Perto da fonte encontraram-se vestígios arquitectónicos que indicam que o santuário pode ter sido parte de um templo.
A Fonte do Ídolo é o único monumento romano de Bracara Augusta a ter sobrevivido intacto até os nossos dias, sendo muito importante pelas informações que fornece sobre o culto de deuses indígenas na época romana.
Bracara Augusta, o nome romano da actual cidade de Braga, foi construída no lugar de um povoado indígena anterior. A cidade romana foi fundada pelo imperador César Augusto cerca de 16 a.C., após a pacificação definitiva da região. Durante o período dos Flávios, Bracara Augusta recebeu o estatuto municipal e foi elevada a sede do conventus (assembleia), tendo tido funções administrativas sobre uma extensa região. A partir da reforma de Diocleciano (imperador romano) passou a ser a capital da recente província da Galécia. No século V a cidade foi tomada pelos invasores suevos, que a escolheram como capital do seu reino.
São conhecidos da cidade romana restos de alguns edifícios. Nas escavações efectuadas no claustro do Seminário de Santiago encontrou-se uma grande sala com restos de colunas, tendo ao centro uma piscina decorada com mosaicos, que foi provavelmente parte de um balneário. Em escavações realizadas pela Universidade do Minho foram descobertas umas quantas termas. Na área da Fonte do Ídolo, situada na actual Rua do Raio e fora do antigo perímetro da cidade romana, terá existido um edifício religioso consagrado ao deus Tongoenabiagus (deus da Fonte do Juramento na mitologia lusitana).
Fonte: Wikipédia.
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