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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

24
Jan07

A Natureza

Praia da Claridade

 
A Terra vista do espaço. Fotografia tirada pela tripulação da Apollo 17

A Terra vista do espaço. Fotografia tirada pela tripulação da Apollo 17

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Exemplo de paisagem natural

Exemplo de paisagem natural

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A expressão Natureza aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o facto de ser natural, ou seja, envolve todo o ambiente existente que não teve intervenção antrópica (modificação efectuada pelo Ser Humano no ambiente natural).
 
Dessa noção da palavra, surge o seu significado mais amplo: a Natureza corresponde ao mundo material e, em extensão, ao Universo físico: toda a sua matéria e energia, inseridas num processo dinâmico que lhes é próprio e cujo funcionamento segue regras próprias (estudadas pelas ciências naturais).
 
A palavra vem do latim natura.
 
 
Escala
 
A escala abrangida pela palavra Natureza, dentro deste contexto, envolve desde o sub-atómico até o amplamente universal, como os planetas e as estrelas. Tomando como o recorte a escala do homem, inclui basicamente o meio ambiente natural e normalmente exclui o meio ambiente construído, de forma a ser tradicionalmente associada à vida selvagem, aos fenómenos e recursos naturais e aos seus processos e dinâmicas próprios. Há também, porém, definições que incluem o meio-ambiente alterado pelo homem como elemento da Natureza.
 
A associação mais popular que se faz à palavra Natureza, ligando-a à definição do parágrafo anterior,  confunde-a com a ideia de paisagem natural: a paisagem é o resultado dos processos complexos presentes num determinado ambiente, enquanto a Natureza envolve vários, os próprios processos e o resultado.
 
 
Realidade
 
O mundo natural costuma estar associado ao mundo real.
 
 
A metafísica
 
Teoricamente, aquilo que está além da percepção natural deste mundo real (os fenómenos físicos) faz parte do mundo metafísico, um ramo da filosofia que estuda o mundo como ele é. A saber, é o estudo do ser ou da realidade.
 
 
Estudo da Natureza
 
O estudo sistematizado dos elementos da Natureza, aos seus processos, actividades e consequências dá-se através das Ciências Naturais.
 
 
Natureza e o homem
 
Preocupação ambiental
 

O crescimento das populações, o aumento do consumo ligado às inovações tecnológicas, à escala global, uma proliferação de resíduos que contaminam o ambiente, afectando os ecossistemas.
 
No sentido de permitir um desenvolvimento sustentável, o Homem tem vindo a desenvolver práticas que permitem a protecção e a conservação da Natureza. Dessas práticas podem destacar-se:
  • Tratamento de resíduos sólidos
  • Tratamento das águas
  • Conservação de certas áreas protegidas notáveis
 
Considera-se a paisagem como sendo o resultado material de todos os processos (naturais e sociais) que ocorrem num determinado sítio. A paisagem é portanto construída a partir da síntese de todos os elementos presentes neste local e a sua apreensão se dá pela imagem resultante dela (uma definição tradicional da paisagem é a de um espaço territorial abrangido pelo olhar). Uma paisagem é o mesmo que um espaço, é tudo o que posso ver ao meu redor, isto é, tudo o que posso ver numa extensão ou espaço.
Fonte: Wikipédia. 
 

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16
Set06

O Ozono

Praia da Claridade

 
16 de Setembro
Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono

 
Buraco na camada de ozono em 01 de outubro de 2001. Cortesia NASA. 
 
Buraco na camada de ozono em 01 de outubro de 2001. Cortesia NASA.
 
 

O Ozono é de composição molecular (O3), forma-se quando as moléculas de oxigénio (O2) se rompem devido à radiação ultravioleta e os átomos separados se combinam individualmente com outras moléculas de oxigénio.
 
Ozonosfera
 
A camada de ozono situa-se entre 16 a 30 quilómetros de altitude. Nesta região a camada é tão rarefeita que, se fosse comprimida à pressão atmosférica ao nível do mar, a sua espessura não ultrapassaria três milímetros. Esta camada tem a propriedade de absorver a radiação ultravioleta do Sol, por este motivo, sem a protecção do Ozono, as radiações causam graves danos aos organismos vivos que habitam a superfície do planeta Terra.
 
O que é Ozono
 
O Ozono (O3), é uma variedade alotrópica do elemento oxigénio (O), que ao invés de dois átomos contém três. A sua coloração é azul pálida. Este gás é extremamente oxidante e reactivo e a sua ocorrência natural é em pequenas quantidades na estratosfera.
 
Produção, liquefacção, solidificação e decomposição
 
Para produzir Ozono artificialmente, o processo dá-se com a passagem de um arco voltaico de alta tensão através de uma corrente de Oxigénio ou ar seco. A composição química do Ozono foi estabelecida em 1872. Naquela época descobriu-se que é cinquenta por cento mais denso que o oxigénio. O gás liquefaz-se à temperatura de -112° C, o seu congelamento dá-se a -251,4° C e a sua decomposição ocorre acima de 100° C, ou em temperatura ambiente quando usados catalisadores. Liquefeito, a sua coloração é azul-escura.
 
Existem vários métodos para a obtenção do Ozono industrial, um destes é a liquefacção, onde se utiliza uma mistura de Oxigénio-Ozono. No processo, esta separa-se em duas camadas, das quais a mais densa contém cerca de 75% de Ozono. Devido à sua extrema instabilidade e reactividade, os processos de produção são extremamente delicados e trabalhosos.
 
Utilização comercial
 
Na indústria, o Ozono é utilizado em misturas com outros gases devido à sua poderosa capacidade como agente oxidante, sobretudo na transformação de alcenos em aldeídos, cetonas ou ácidos carboxílicos. Também é um poderoso germicida, empregado na esterilização de água potável e na remoção de sabores e odores indesejáveis. Também serve como agente branqueador para compostos orgânicos.
 
Ocorrência na Atmosfera
 
Sabe-se que na atmosfera, a maior ocorrência de ozono natural se dá entre trinta e cinquenta quilómetros de altitude. No final do século XX foram constatadas formações e ampliações de buracos na camada de ozono, principalmente sobre o Pólo Sul. Acredita-se que grande parte do aumento do buraco da camada de Ozono, ocorre pelo uso desenfreado de produtos à base clorofluorcarbonetos (CFCs) e hidrocarbonetos alifáticos halogenados (halons), que liberam gases destruidores do Ozono.
 
Ozono como poluente
 
Curiosamente o ozono presente na troposfera é um perigoso poluente que, para além de provocar problemas respiratórios e o smog, degrada tecidos e danifica plantas, o que contrasta com o papel protector que geralmente é atribuído ao ozono estractosférico. O Ozono é produzido, principalmente, por motores. Isso inclui tanto os motores a combustão como os eléctricos.
 
Névoa seca (também conhecida por haze, smog ou nevoeiro fotoquímico) é formada quando há a condensação de vapor de água, porém, em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes, o que dá um aspecto acinzentado ao ar. É muito comum a ocorrência desse fenómeno nas grandes cidades e metrópoles, sobretudo nos dias frios de Inverno, quando ocorrem associados à presença de uma inversão térmica.
Fonte: Wikipédia.
 
 
17
Ago06

Transporte público urbano

Praia da Claridade
 
Faz hoje precisamente 59 anos, que se estreou em Coimbra, e no país, um novo tipo de viatura, movido a electricidade, que prometia revolucionar a rede de transportes públicos da cidade, o trólei.
 
Com a devida vénia, transcrevo um comentário inserido hoje, neste blog, nas comemorações do 100.º aniversário do nascimento de Marcello Caetano:
 
De
Ricardo
a 17 de Agosto de 2006 às 10:16
Já agora, hoje não é só o 100º aniversário do nascimento de Marcelo Caetano, é também o 59º aniversário do trólei de Coimbra. Numa altura em que se fala de metros e TGV, convém relembrar este veículo histórico.
Um abraço.
http://www.diariocoimbra.pt/13245.htm
http://paginas.fe.up.pt/histel/fhistre/NOT_trolei.pdf#search=%22trolei%22
 
Aproveitando este comentário, que agradeço, e aconselhando uma visita aos dois endereços indicado acima, e também ao blog
http://chavedespedro.blogspot.com/, de Ricardo, completo com mais alguns pormenores:
 
Os transportes públicos numa cidade providenciam o deslocamento de pessoas de um ponto a outro na área dessa cidade. A grande maioria das áreas urbanas de médio e grande porte possuem algum tipo de transporte público urbano. O seu fornecimento adequado é, geralmente, de responsabilidade municipal, embora o município possa conceder licenças, às vezes acompanhadas de subsídios, a companhias particulares.
 
O transporte público urbano é parte essencial de uma cidade. Diminui a poluição, uma vez que menos carros são utilizados para a locomoção de pessoas.
 

Os «autocarros movidos a electricidade», contribuem, como os tróleis, geralmente chamados "tróleis" ou " troleicarros", uma tradição na cidade de Coimbra,  para "um melhor ambiente na cidade", pois «a poluição destas viaturas é praticamente nenhuma".
 
30
Jul06

Os Fósseis

Praia da Claridade

 
As amonites são fósseis de idade de enorme importância no Jurássico.
 
As amonites são fósseis de idade de enorme importância no Jurássico
 

Os Fósseis são restos ou vestígios preservados de animais, plantas ou outros seres vivos em rochas, como moldes do corpo ou partes deste, rastos e pegadas. A totalidade dos fósseis e a sua colocação nas formações rochosas e camadas sedimentares é conhecido como registo fóssil. A palavra "fóssil" deriva do termo latino "fossilis" que significa "ser desenterrado". A ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia. A fossilização raramente ocorre porque a matéria orgânica dos seres vivos tende a ser rapidamente decomposta. Logo, para que um organismo seja fossilizado, os restos devem ser cobertos por sedimentos o mais rápido possível. Existem diferentes tipos de fósseis e diferentes processos de fossilização.
 
 
Permineralização
 
Este processo, comummente denominado de petrificação, consiste literalmente na substituição dos restos orgânicos de um ser vivo por matéria mineral, rocha, ou na formação de um molde desses restos. Ocorre quando o organismo é coberto rapidamente por sedimento após a morte ou após o processo inicial de deterioração. O grau de deterioração ou decomposição do organismo quando recoberto, determina os detalhes do fóssil. Alguns consistem apenas em restos esqueléticos ou dentes; outros fósseis contêm rastos de pele, penas ou até tecidos moles. Uma vez coberto com camadas de sedimentos, as mesmas compactam-se lentamente até formarem rochas, depois, os compostos químicos são lentamente trocados por minerais pesados.
 
 
Moldes e traços de fósseis
 
Um molde de fóssil é formado por água infiltrada que dissolve os restos de um organismo criando um buraco na rocha com a forma do organismo. Se esse buraco for preenchido com mais minerais, é chamado de molde fóssil. Se o enterro do organismo for rápido, são grandes as hipóteses de que até mesmo as impressões de tecidos moles permaneçam. Traços fósseis são os restos de caminhos, enterros, pegadas, ovos, conchas, ninhos e fezes . Estes últimos, chamados coprólitos, pois podem fornecer uma ideia do comportamento alimentício do animal e assim ter grande importância.
 
 
Fósseis em resina
 
Insecto fossilizado em âmbar
 
                                      Insecto (ao centro) fossilizado em âmbar


Animais menores, como insectos, aranhas e pequenos lagartos, quando presos em resina ou âmbar, que é segregado por certas árvores, ficam praticamente intactos por milhares de anos. Estes fósseis podem ser encontrados em rochas sedimentares ou mudstones.
 
O âmbar é uma resina fóssil  sendo muito usado para a manufactura de objectos ornamentais. Embora não seja um mineral, às vezes é considerado e usado como uma gema. Uma gema é um mineral, rocha (como a lapislazuli) ou material petrificado que quando cortado e polido é coleccionável ou pode ser usado em joalharia. 
 
 
Pseudofósseis
 
Há padrões regulares nas rochas que são produzidos por diversos processos e podem facilmente ser confundidos com os fósseis verdadeiros. Estes "fósseis" podem ser formados por fissuras nas rochas que são preenchidas por minerais infiltrados. Outros tipos de pseudofósseis são os minérios kidney, as formas arredondadas do minério de ferro, e 'Ágatas de musgo', que se parecem com folhas de plantas.
 
 
Fósseis vivos
 
Fóssil vivo é um termo utilizado para espécies vivas que lembram uma espécie já fossilizada, como se o fóssil tivesse "voltado à vida". Pode ser uma espécie conhecida apenas dos fósseis até que representantes vivos sejam descobertos (o exemplo mais famoso é o peixe celacanto, Latimeria chalumnae), ou uma única espécie de vida sem parentes próximos, mas que é a única sobrevivente de um largo grupo no registo fóssil (o melhor exemplo é a árvore ginkgo, Ginkgo biloba). Outros "fósseis vivos" são Ennucula superba, Lingula anatina, um braquiópodo inarticulado, o tuatara, e o Limulus polyphemus que se assemelha a um trilobita.
 
 O peixe Celacanto
  
                                               O peixe Celacanto
 
 
Os celacantos são peixes muito especiais e, quando foram descobertos, foram considerados fósseis vivos. A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira.
 
Nas falésias do Cabo Mondego - Figueira da Foz - são visíveis diversos elementos fósseis conservados: pegadas de dinossauros, amonites (cefalópodes fósseis de concha espiralada) e vegetais.
 
As amonites eram animais marinhos planctónicos, que ocupavam o nicho ecológico das actuais lulas. Tinham dimensões muito variáveis, desde alguns centímetros a 1 metro de diâmetro. O animal vivia dentro de uma concha espiralada de natureza carbonatada, semelhante à dos nautilus actuais.
 
As conchas de amonite são um tipo comum de fóssil em formações marinhas do Mesozóico. Em estratigrafia, as amonites são consideradas excelentes fósseis de idade.
 
 

Visite estes endereços:
 
CABO MONDEGO, FALÉSIAS E SERRA DA BOA VIAGEM  -  FIGUEIRA DA FOZ
 
AS PEGADAS DE DINOSSAUROS E OS FÓSSEIS NO CABO MONDEGO  -  FIGUEIRA DA FOZ  

 

28
Jul06

Figueira da Foz - Cabo Mondego

Praia da Claridade

 
Figueira da Foz - Cabo Mondego

Uma parte das Falésias do Cabo Mondego - Figueira da Foz
... que o Homem está a destruir !...

 
 
 

"Cabo Mondego a um passo da classificação

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, desloca-se hoje ao Cabo Mondego, para anunciar o início do processo de classificação da área de ocorrência natural de afloramentos jurássicos como Monumento Natural

Esta visita insere-se no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Conservação da Natureza. O processo de classificação do Cabo Mondego é uma situação antiga, que já se arrasta há mais de 15 anos, com consequências irreparáveis na delapidação do património natural.
A área do Cabo Mondego é detentora de inequívoca relevância nacional e supranacional. Trata-se de uma ocorrência natural de afloramentos jurássicos, que apresenta excepcionais condições de observação e invulgar continuidade no registo sedimentar, aliadas a um importante espólio de associações de fósseis, particularmente amonites e icnofósseis (com referências desde 1684). Esta espessa série expressa de uma forma notável, alguns dos principais acontecimentos ocorridos naquela época, com um intervalo de tempo entre os 185 e 140 milhões de anos, com grande relevância a nível internacional.
Nesta série sedimentar encontra-se um Estratotipo de limite (GSSP - Global Boundary Stratotype and Section), definido pela Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS), integrada na União Internacional de Ciências Geológicas; constituindo um padrão internacional de referência. Esta situação é única em Portugal.
A qualidade exemplar do registo geológico dos afloramentos emersos e submersos, expostos de forma contínua e correspondendo a um intervalo de 50 milhões de anos, conjugada com a situação geográfica estratégica, que proporciona excelentes condições de observação e estudo, conferem ao Cabo Mondego um valor científico, pedagógico e didáctico inexcedível, para além do seu grande interesse geomorfológico e notável qualidade paisagística.
O Instituto da Conservação da Natureza (ICN) propôs a classificação do Cabo Mondego, na Figueira da Foz, como o sexto monumento natural português, devido às suas características geológicas.
O procedimento administrativo inerente à classificação (Decreto-Lei nº 19/93) passa por uma fase de inquérito público durante 30 dias e a consulta às autarquias locais, o que será iniciado na segunda quinzena de Agosto.
O Sítio Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas, criado por Resolução do Conselho de Ministros em Julho de 2000, inclui já nos seus limites a área objecto de classificação prioritária correspondente ao considerado “intocável”, do ponto de vista do alto valor geológico que encerra e da sua conservação.
O processo de classificação dos “Aforamentos Jurássicos do Cabo Mondego” como Monumento Natural iniciou-se em 1978 no Serviço Geológico de Portugal, com um alerta da importância da zona do Professor Miguel Ramalho.
Foi mais tarde reactivado, em 1994, com a apresentação formal de uma proposta de Decreto Regulamentar por ofício da Faculdade de Ciências de Coimbra (FCC) dirigido ao então Presidente do ICN, acompanhado por um extenso relatório técnico-científico.
Seguiram-se uma série de iniciativas e acções com participação das três entidades envolvidas: Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF), ICN e Faculdade de Ciências de Coimbra.
Por iniciativa do município, a assembleia municipal aprovou por unanimidade em 2003 a proposta de classificação do geomonumento do Cabo Mondego como imóvel de Interesse Municipal."
 
Fonte: Jornal "Diário de Coimbra" http://www.diariocoimbra.pt/13081.htm  
27
Jul06

A Idade do Gelo

Praia da Claridade

 
Glaciar no Alasca
 
Glaciar no Alasca




A Idade do Gelo ou Era Glacial é a designação dada ao período em que a Terra se encontra com uma atmosfera composta por uma quantidade muito elevada de água (humidade excessivamente elevada do ar), quando tem os seus ajuntamentos de água bastante ampliados (chegando a atingir a própria atmosfera da Terra), mantendo assim uma temperatura muito baixa (por isso também chamada Idade do Gelo), diminuindo o nível dos oceanos e gerando condições de vida bastante inóspitas.
 
Os indícios da existência dessa Era são bastantes evidentes até mesmo para as nossas épocas. A existência de fósseis de animais extintos, como dinossauros (animais répteis), e certas características em animais sobreviventes nos períodos actuais mostram fortemente os indícios da sua existência.
 
Segundo levantamentos feitos por estudiosos, o fim do período da Era Glacial é dado pela mudança da humidade atmosférica, fazendo com que se dê uma diminuição da quantidade de água existente no ar (queda da humidade relativa do ar), gerando assim o um acúmulo maior das águas nos oceanos e o aquecimento a nível global.
 
Durante os últimos milhões de anos houve várias Eras Glaciais, ocorrendo com frequências de 40.000 a 100.000 anos, entre as quais se destacam:
  • Glaciação de Gunz  - há cerca de 700 mil anos
  • Glaciação Mindel     - há cerca de 500 mil anos
  • Glaciação Riss         - há cerca de 300 mil anos
  • Glaciação Wurm      - há cerca de 150 mil anos
Tentando "prevenir-se" desta vez de uma nova Era Glacial (ou tentando retardá-la), o planeta, pela acção do Homem, está aquecendo-se lentamente, ao contrário do que precedeu outras Eras de Gelo. Nestes 100 anos de aquecimento o clima tem-se adaptado sem maiores alterações, acomodando-se às novas variáveis (CO², O³, fuligem, desmatamento, represas, etc.).
 
O impacto da actual civilização sobre o planeta é bem menor que o impacto de um meteoro, como aquele que supostamente provocou a extinção dos grandes répteis. De facto, estaríamos em vésperas de uma nova Era Glacial, já que em média o planeta experimenta 10.000 anos de Era Quente a cada 90.000 anos de Era de Gelo.
 
O ancestral humano deste período é denominado homem de Cro-Magnon (o Cro-Magnon são os restos mais antigos conhecidos na Europa de (Homo sapiens sapiens), a subespécie à qual pertencem todos os humanos modernos), que convivia com espécies animais já extintas, como os mamutes, os leões das cavernas e os cervos gigantes, entre outros.
 
O Ser Humano dispersa uma infinidade de espécies pela superfície do planeta: plantas, animais domésticos, etc. Em jardins zoológicos, parques, jardins domésticos, criações e plantações, espécies que nunca teriam saído por conta própria das suas origens, só o fizeram pela mão do Homem... 
 
26
Jun06

A Água do Mar

Praia da Claridade

 
MAR  ( Oceano Atlântico, junto à cidade da Figueira da Foz - Portugal )
 
 
 

Água do mar é a água de um mar ou de um oceano. Em média, a água do mar de todo o mundo tem uma salinidade de 35 (3,5%). Isto significa que para cada litro de água do mar há 35 gramas de sais dissolvidos (a maior parte é cloreto de sódio, NaCl). Esta água não é potável, devido à sua alta concentração de sais, que podem desidratar uma pessoa.
 
A água do mar não tem salinidade uniforme ao redor do globo. A água menos salina do planeta é a do Golfo da Finlândia, no Mar Báltico. O mar mais salino é o Mar Vermelho, no Médio Oriente, onde o calor aumenta a taxa de evaporação na superfície, e há pouca descarga fluvial.
 
 
A origem da salinidade do oceano
 
As teorias científicas para explicar as origens do sal marinho começaram com Edmond Halley, em 1715, que propôs que os sais e outros minerais foram transportados para o mar pelos rios, tendo sugado da terra por queda da chuva, "lavando"  as rochas. Ao alcançar os oceanos estes sais seriam retidos e concentrados pelo processo de evaporação que removem a água - ciclo hidrológico - (ciclo hidrológico é o nome que se dá ao movimento da água entre os continentes, oceanos e a atmosfera). Halley notou que do pequeno número de lagos no mundo que não têm saídas para o oceano (como o Mar Morto e o Mar Cáspio), a maioria têm alto teor de sais. Halley denominou este processo de "intemperismo continental". Intemperismo é um conjunto de fenómenos físicos e químicos que levam à transformação dos minerais e portanto das rochas.
 
A teoria de Halley estava correcta em parte. Em adição, o sódio foi sugado do fundo do oceano quando os oceanos se formaram. A presença dos outros elementos dominantes como cloreto, resultaram do escape de gases do interior da Terra (na forma de ácido clorídrico), por vulcões e fontes hidrotermais. O sódio e o cloreto então combinaram-se para formar o constituinte mais abundante da água do mar.
 
A salinidade do oceano tem ficado estável por milhões de anos, provavelmente como uma consequência de um sistema tectónico/químico que recicla o sal. Desde o surgimento do oceano, o sódio não é mais trazido do fundo do oceano, mais é capturado de camadas sedimentares que cobrem o leito do oceano. Uma teoria diz que a tectónica de placas faz com que o sal seja forçado para baixo das massas continentais, onde é lentamente sugado de volta à superfície.
 
 
Composição química
 
A ciência que estuda a composição química dos oceanos e as concentrações dos compostos na água do mar chama-se oceanografia química. A água do mar tem composição química quase constante. Há um pouco mais de 70 elementos dissolvidos na água do mar, mas apenas seis desses constituem mais de 90% dos sais dissolvidos; todos ocorrem como iões.
 
Os cientistas estudam principalmente os macronutrientes na água do mar (nitrogénio, fósforo e enxofre), já que são os mais importantes para a vida marinha, principalmente para as plantas, que são a base da produção primária. Mas os micronutrientes também são largamente estudados, uma vez que, devido às suas baixas concentrações, podem tornar-se limitantes para vários tipos de organismos marinhos.
 
 
Principais iões salinos da água do mar
 
-  Cloreto (Cl-):   55,04 %m  (%m significa percentagem em massa)
-  Sódio (Na+):   30,61 %m
-  Sulfato (SO42-):   7,68 %m
-  Magnésio (Mg2+):   3,69 %m
-  Cálcio (Ca2+):   1,16 %m
-  Potássio (K+):   1,10 %m
 
 
Gases dissolvidos na água do mar
 
A água do mar também contém pequenas quantidades de gases dissolvidos, principalmente nitrogénio, oxigénio e dióxido de carbono. A água, a uma dada temperatura e salinidade, está saturada com gás quando a quantidade de gás que se dissolve na água é igual à quantidade que sai ao mesmo tempo. A água do mar superficial está geralmente saturada com gases atmosféricos, como oxigénio e nitrogénio. A quantidade de gás que pode se dissolver na água do mar é determinada pela temperatura e salinidade da água. Aumentando-se a temperatura ou a salinidade reduz-se a quantidade de gás que pode ser dissolvido.
 
Uma vez que a água afunda para baixo da superfície oceânica (por exemplo, por se tornar mais densa pela evaporação), os gases dissolvidos não podem mais ser trocados com a atmosfera. A quantidade de gás num dado volume de água permanecerá inalterado, excepto pelo movimento das moléculas de gás através da água  -  difusão (processo lento), ou pela mistura da água com outras massas de água que contêm diferentes teores de gases dissolvidos.
 
Em geral, o nitrogénio e raros gases inertes (árgon, hélio, etc.) comportam-se dessa maneira  - as suas concentrações são conservativas e somente afectadas por processos físicos. Em contraste, alguns gases dissolvidos são não-conservativos e participam activamente em processos químicos e biológicos que modificam as suas concentrações. Exemplos são o oxigénio e o dióxido de carbono  -  libertados e usados a diversas taxas nos oceanos, especialmente pelos organismos.

-  Os oceanos (pela sua dimensão, mas também as massas de água continentais) têm um papel muito importante no equilíbrio do dióxido de carbono na atmosfera terrestre. Este gás têm a propriedade de reagir com os iões presentes na água para formar iões bicarbonato. Dessa maneira, quando há excesso de dióxido de carbono na atmosfera, ele é "absorvido" pela água que se torna um reservatório de carbono. Quando a biomassa vegetal na água aumenta (por exemplo, por aumento da temperatura ou dos nutrientes), aumenta também a necessidade de dióxido de carbono por essas plantas, para realizarem a fotossíntese  -  nessa altura, o bicarbonato pode "transformar-se" de novo em dióxido de carbono para repor o equilíbrio.
 
 
Aspectos culturais
 
Mesmo num navio ou ilha no meio do oceano pode haver falta de água, isto é, água doce. É um paradoxo, já que uma pessoa cercada de água pode morrer de sede. Muitas nações na África e no Médio Oriente com problemas hídricos aplicam hoje um processo caro, chamado "dessalinização", para obterem água potável a partir da água do mar. No futuro este processo pode tornar-se muito utilizado, dada a presente poluição intensa dos corpos de água continentais.
Fonte: Wikipédia 
 

 
"Ó Mar salgado... quanto do teu sal...
são lágrimas de Portugal..." 
Fernando Pessoa


 
31
Mar06

Greenpeace

Praia da Claridade


Integrantes do grupo Greenpeace 
Integrantes do grupo Greenpeace realizam manifestação na Praça dos Três Poderes, Brasília, para alertar a sociedade brasileira para os perigos da energia nuclear. (Foto Bruno Spada/ABr)


Greenpeace é uma organização ambiental internacional fundada no Canadá em 1971.

O Greenpeace adquiriu reputação pelo uso dramático de acções directas não-violentas em campanhas para cessar testes nucleares atmosféricos. Nos últimos anos, o foco da organização mudou para outros problemas ambientais, como a mudança climática e a engenharia genética.

Engenharia Genética e Modificação Genética são termos para o processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste. Envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do ADN num chamado "corpo de prova", geralmente para exprimir um gene. O objectivo é de introduzir novas características num ser vivo para aumentar a sua utilidade, tal como aumentando a área de uma espécie de cultivo, introduzindo uma nova característica, ou produzindo uma nova proteína ou enzima.

O Greenpeace tem escritórios nacionais e regionais em 41 países, todos filiados à sede do Greenpeace International em Amesterdão. A organização global tem as suas receitas provenientes de doações individuais de aproximadamente 2,8 milhões de contribuidores, assim como doações de fundações de caridade, mas não aceita financiamento de governos, corporações ou partidos políticos.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


03
Mar06

A Chuva

Praia da Claridade
Chuva é um fenómeno meteorológico que consiste na precipitação de água sobre a superfície da Terra. A chuva forma-se nas nuvens. Nem todas as chuvas atingem o solo, entretanto: algumas evaporam-se enquanto estão ainda a cair, num fenómeno que recebe o nome de virga e acontece principalmente em períodos/locais de ar seco.

A chuva tem papel importante no ciclo hidrológico. A quantidade de chuvas é medida usando um instrumento chamado pluviómetro, de funcionamento simples: a boca de um funil de área conhecida faz a colheita das gotas de chuva e acumula-as num reservatório colocado abaixo do funil. Um observador vem no tempo de amostragem (1 vez por dia, 4 vezes por dia, etc.), e com uma pipeta com escala graduada, mede o volume de água acumulado no período. Por exemplo, ele pode ter medido que caiu 25 mm por metro quadrado nas últimas 24 horas.

Pluviómetro



Convenção meteorológica de medida de chuva
  • 1 mm de chuva equivale a 1 litro de água em 1 metro quadrado por hora
No Sistema Internacional de Unidades de Medida utiliza-se a taxa de precipitação expressa em unidades do SI, nesse caso dada em: (kg/m2/s).

Durante a formação da precipitação, gotas pequenas crescem por difusão de vapor de água, a seguir elas podem crescer por captura de gotas menores que se encontram na sua trajectória de queda.

Descargas eléctricas ocorrem principalmente em nuvens de grande desenvolvimento vertical como os Cumulus Nimbus, nas quais se encontram além de gotas, também cristais de gelo nas mais variadas formas.

Os cristais de gelo podem unir-se para formar flocos de neve e outros hidrometeoros em nuvens super-congeladas.


Tipos de precipitação

Há dois tipos básicos de precipitação: estratiformes e convectivas.

As precipitações podem estar associadas a diferentes fenómenos atmosféricos sob diferentes escalas de desenvolvimento temporal e espacial. Por exemplo:
  • Chuvas frontais são causadas pelo encontro de uma massa fria com outra quente (e húmida), típicas das latitudes médias, como as de Inverno no Brasil Meridional.
  • Chuvas de convecção são provocadas pela intensa evapo-transpiração de superfícies húmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais). O ar ascende em parcelas de ar que arrefecem de forma praticamente adiabaticamente (sem trocar calor com o meio exterior) durante a sua ascensão. A precipitação convectiva é comum no Verão brasileiro, na Floresta Amazónica e no Centro Oeste. Sobre a Região Metropolitana de São Paulo também ocorrem tempestades convectivas associadas à entrada de brisa marítima ao final da tarde com graves consequências sobre as centenas de áreas de risco ambiental. Estas chuvas também são conhecidas popularmente como pancadas de chuva, aguaceiros ou torós.
  • Chuvas orográficas ocorrem quando os ventos húmidos se elevam e arrefecem pelo encontro de uma barreira montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar. São comuns nos litorais, paranaense (Paraná) e catarinense (Santa Catarina). Esse tipo de precipitação pode estar associada à presença do efeito Föhn, que condiciona a existência de áreas mais secas a sotavento dessas barreiras.Efeito Föhn  ou Sombra de Chuva (Rainshaddow effect), também conhecido por Chinook, consiste numa área normalmente cercada por montanhas que apresenta índices de precipitação bastante inferiores à da área em sua volta.

Gotas de chuva caindo


As gotas de chuva


As gotas de chuva não se parecem nada com lágrimas, como se pensa. As mais pequenas, com menos de 1mm de raio, são esféricas. As que crescem mais, começam-se a deformar na parte de baixo, porque a pressão do ar puxando para cima na queda começa a conseguir contrariar a tensão superficial que a tenta manter esférica. Quando o raio excede cerca de 4 mm, o buraco interior cresce tanto que a gota, antes de se partir em gotas mais pequenas, fica com uma forma que quase parece um pára-quedas: a forma de um saco de paredes finas voltado para baixo, com um anel mais grosso de água em roda da abertura inferior.

As gotas de chuva são muito maiores do que as gotículas das nuvens que são geralmente menores que 15 mícron de tamanho e podem ficar suspensas no ar por muito tempo.
Como são muito maiores e mais pesadas, as gotas de chuva não ficam suspensas no ar e dão origem à precipitação.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
17
Dez05

A Ozonosfera

Praia da Claridade

 
Buraco na camada de ozono em 17 de Setembro de 2001




A ozonosfera localiza-se na estratosfera, entre 16 a 30 quilómetros de altitude, cerca de 20 km de espessura. Cerca de 90% de ozono atmosférico está nesta camada. Os gases na ozonosfera são tão rarefeitos que, se os comprimíssemos à pressão atmosférica ao nível do mar, a sua espessura não ultrapassaria três milímetros.

As radiações electromagnéticas emitidas pelo Sol trazem energia para a Terra, entre as quais a radiação infravermelha, a luz visível e um misto de radiações e partículas, muitas destas nocivas.

Grande parte da energia solar é absorvida e/ou reflectida pela atmosfera. Se chegasse a sua totalidade à superfície do planeta o esterilizaria.

A ozonosfera é uma das principais barreiras que nos protegem dos raios ultravioleta. O ozono deixa passar apenas uma pequena parte dos raios U.V., esta benéfica.

Quando o oxigénio molecular da alta-atmosfera sofre interacções devido à energia ultravioleta provinda do Sol, acaba dividindo-se em oxigénio atómico; o átomo de oxigénio e a molécula do mesmo elemento unem-se devido à reionização, e acabam formando a molécula de ozono cuja composição é (O3).

A ozonosfera saturada de ozono funciona como um filtro onde as moléculas absorvem a radiação ultravioleta do Sol e, devido a reacções fotoquímicas, é atenuado o seu efeito. É nesta região que estão as nuvens-de-madrepérola, que são formadas pela capa de ozono.


O buraco na camada de ozono

O buraco na camada de ozono é um fenómeno que ocorre somente durante uma determinada época do ano, entre Agosto e início de Novembro (primavera no hemisfério sul).

Quando a temperatura se eleva na Antártida, em meados de Novembro, a região ainda apresenta um nível abaixo do que seria considerado normal de ozono.

No decorrer do mês, em função do gradual aumento de temperatura, o ar circundante à região onde se encontra o buraco, inicia um movimento em direcção ao centro da região de baixo nível do gás.

Desta forma, o deslocamento da massa de ar rica em ozono (externa ao buraco) propicia o retorno aos níveis normais de ozonificação da alta atmosfera fechando assim o buraco.


Os fluidos de refrigeração

Até aos anos 1920 o fluído utilizado para aquecimento e resfriamento era a amónia ou dióxido de enxofre; esses gases são venenosos e causam um cheiro desagradável. No caso de vazamento podem ocasionar envenenamento naqueles que se encontram próximos aos equipamentos de refrigeração. Iniciou-se então a pesquisa para encontrar um gás substituto que fosse líquido em condições ideais, circulasse no sistema de refrigeração e, em caso de vazamento, não causasse danos nos seres vivos.


A indústria química

As pesquisas da indústria química voltada à refrigeração concentraram-se num gás que não deveria ser venenoso, inflamável, oxidante, não causasse irritações nem queimaduras, não atraísse insectos. Em suma, deveria ser um gás estável e perfeito.
Nas pesquisas foram testados diversos gases e fluidos, sendo escolhida uma substância que se chamaria de Clorofluorcarboneto, ou CFC.


Os CFC's, ou Clorofluorcarbonetos

Os CFC's podem ser compostos de um ou alguns átomos de carbono ligados a átomos de cloro e/ou flúor.
Os Cfc's passaram a constituir os equipamentos de refrigeração, condicionadores de ar, como propelentes de sprays, solventes industriais, espumas isolantes, produtos de utilização na microelectrónica e na Electrónica, etc.


O Freon da DuPont

O mais conhecido CFC é fabricado pela empresa DuPont, cuja marca registrada é Freon. Durante anos os CFCs foram usados e libertados livremente na atmosfera do planeta Terra. Não se conheciam os danos que poderiam estar causando na alta atmosfera, pois eram gases considerados extremamente seguros e estáveis.


Como se forma o Ozono

O ar que nos rodeia contém aproximadamente 20% de Oxigénio. A molécula de oxigénio pode ser representada como O2, ou seja, dois átomos de Oxigénio quimicamente ligados. De forma simplista, é o Oxigénio molecular que respiramos e unido aos alimentos que nos dá energia. A molécula de ozono é uma combinação molecular mais rara dos átomos de oxigénio, sendo representada como O3. Para a sua criação é necessária uma certa quantidade de energia. Portanto, esta é uma das formas mais comuns de se produzir ozono. Outras seriam fornos industriais, motores automotivos entre outros que produzem o gás. Na baixa atmosfera o ozono é reactivo e contribui para a poluição atmosférica industrial, sendo considerado um veneno.


O despejo atmosférico dos CFCs

No final da década de 1960 eram libertadas em torno de um milhão de toneladas de CFCs por ano. As formas de libertação do gás são diversas, a mais conhecida é pelos aerossóis que utilizam o CFC como propelente. Uma vez libertado na atmosfera, o propulsor começa a se espalhar pela atmosfera livre e, levado por convecção, sobe até à alta atmosfera sendo espalhado por todo o planeta. Os Cfcs são gases considerados inertes cuja reacção depende de condições muito peculiares.


O encontro dos CFCs com o Ozono

Na alta atmosfera existem correntes de ar em alta velocidade, as Jet streams, muito poderosas, cuja direcção é horizontal. Estas espalham os gases da região em todas as direcções.

A camada de Ozono encontra-se em torno de 25/26 quilómetros de altitude aproximadamente. A energia solar em comprimento de onda ultravioleta forma as moléculas de Ozono. O processo dá-se quando se dividem algumas moléculas de Oxigénio em átomos Oxigénio livre, recombinando-as às moléculas de Oxigénio através da radiação ultravioleta.

Aquelas moléculas de Ozono flutuando na alta atmosfera acabam por encontrar as moléculas de CFC. O Clorofluorcarboneto é uma molécula estável em condições normais de temperatura e pressão atmosférica, porém, excitado pela radiação UV, acaba desestabilizando-se e liberta o átomo de Cloro.


O Cloro e o Ozono

O átomo de Cloro é um catalisador poderoso que destrói as moléculas de Ozono, permanecendo intacto durante todo o processo. Uma vez na alta atmosfera, o cloro leva muitos anos para descer à baixa atmosfera. Neste período, cada átomo de Cloro destruirá milhões de moléculas de ozono. A reacção de destruição do Ozono é bastante simples, uma vez que esta molécula é extremamente reactiva na presença de radiação UV e Cloro.

Isto significa que se tivermos três moléculas de Oxigénio geradas, os átomos de Cloro foram regenerados para destruir mais duas moléculas de Ozono de cada vez, e assim por diante, infinitamente, até o Cloro cair.


O buraco na Ozonosfera

O Ozono, sem a presença do Cloro, age como um escudo contra as radiações UV. É um gás tão raro e tão precioso na alta atmosfera que se a ozonosfera fosse trazida para o nível do mar nas condições normais de temperatura e pressão, esta camada chegaria à espessura de apenas três milímetros. É este gás que nos protege de ter a nossa pele cauterizada pelas radiações Ultra-Violetas do Sol.

A consequência imediata da exposição prolongada à radiação UV é a degeneração celular que ocasionará um cancro da pele nos seres humanos de pele clara. As pessoas de pele escura não estão livres desse cancro, a diferença é somente o tempo de exposição. Até o final da década de 1990, os casos de cancro da pele registados devido ao buraco na camada de Ozono tiveram um incremento de 1.000% em relação à década de 1950. Alguns desinformados e principalmente aqueles defensores das indústrias fabricantes de CFCs, dizem que este aumento foi devido à melhoria da tecnologia de recolha de dados, e que os danos são muito menores do que os alarmados e alardeados pelos cientistas atmosféricos.

O buraco da camada de ozono tem implicações muito maiores do que o cancro da pele nos humanos. As moléculas orgânicas expostas à radiação UV têm alterações significativas e formam ligações químicas nocivas aos seres vivos. A radiação UV atinge em especial os Fitoplanctos (diatomáceas e outras algas) que habitam a superfície dos oceanos e morrem pela sua acção.


Medidas

O padrão de medição do ozono é feito de acordo com a sua concentração por unidade de volume que por sua vez recebe a nomenclatura de Unidade Dobson (UD).

No ano de 2005, no dia sete de Outubro, uma medição realizada pelo INPE na Antártida constatou que a concentração de ozono estava em torno de 160 UD, quando em época de normal seria 340 UD (esta medida é considerada referencial).

Abaixo da medida de 220 UD já se pode considerar baixa densidade de ozono, ou a formação do buraco que já causa danos ao meio-ambiente.


Os Fitoplanctos e a cadeia Alimentar

As medições das populações desses organismos microscópicos (fitoplanctos) sob o raio de acção do buraco da camada de Ozono demonstraram uma redução de 25% desde o começo do século XXI até ao ano de 2003, nas águas marinhas antárcticas. A morte destes microorganismos causa uma redução da capacidade dos oceanos em extrair o dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. Com a morte dos fitoplanctos, os zooplanctos não sobrevivem. Sem zooplanctos, o krill (alimento) deixa de existir, diminuindo a população dos peixes dos oceanos e assim por diante. Logo, a ozonosfera é primordial para que haja vida no planeta Terra. Cabe aos seres humanos pensar a respeito e tomar acções para a sua protecção.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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