24
Jul05
Provérbios portugueses
Praia da Claridade
HOJE temos a LETRA -A-
- A ambição cerra o coração.
- A apressada pergunta, vagarosa resposta.
- A ave de rapina não canta.
- A barriga não tem fiador.
- A boa mão, do Rocim faz cavalo; e a ruim, do Cavalo faz Rocim.
- A boca do ambicioso só se fecha com terra da sepultura.
- À boda e a baptizado, não vás sem ser convidado.
- A cada Bacorinho, vem seu S. Martinho.
- A cada boca uma sopa.
- A cadela, com pressa, pariu os cachorros cegos.
- A campo fraco, Lavrador forte.
- A caridade começa por nós próprios.
- A casamento e baptizado, não vás sem ser convidado.
- A cavalo dado não se olha o dente.
- A chuva de S. João, bebe o Vinho e come o Pão.
- A chuva e o frio, metem a Lebre a caminho.
- A conselho amigo, não feches o postigo.
- A culpa morreu solteira.
- A desgraça não marca encontro.
- A encomenda é igual ao cabaz.
- A espada e o anel, segundo a mão em que estiverem.
- A esperança é a última a morrer.
- A falta do amigo há-de-se conhecer mas não aborrecer.
- A fama longe soa. E mais depressa a má que a boa.
- A felicidade é algo que se multiplica quando se divide.
- A fome é a melhor cozinheira.
- A fome é boa mostarda.
- A fome é o melhor tempero.
- A fome faz sair o lobo do mato.
- A função faz o órgão.
- A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.
- A galinha que canta como galo corta-se-lhe o gargalo.
- A gosto danado, o doce é amargo.
- A ignorância e o vento são do maior atrevimento.
- A justiça tarda mas não falha.
- A lã nunca pesou ao carneiro.
- A Laranja, de manhã é Ouro, de tarde é Prata, e à noite mata.
- A lei é dura, mas é para se cumprir.
- A melhor Cozinheira, é a azeiteira.
- A merda é a mesma, as moscas é que mudam.
- A minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros.
- A Morte abre a porta da Fama e fecha a da Inveja.
- A mulher e a pescada, querem-se da mais grada.
- A mulher e a sardinha, querem-se da mais pequenina.
- A necessidade aguça o engenho.
- A necessidade não tem lei.
- A noite é boa conselheira.
- A nuvem passa, mas a chuva fica.
- A ocasião faz o ladrão.
- A ociosidade é mãe de todos os vícios.
- A palavra é de prata e o silêncio é de ouro.
- A pedra e a palavra, não se recolhe depois de deitada.
- A Pescada de Janeiro, vale um carneiro.
- A pintura e a peleja, de longe se veja.
- A pobreza não é vileza, nem a riqueza nobreza.
- A preguiça é a mãe de todos os vícios.
- A preguiça morre à sede, andando a boiar.
- A pressa é inimiga da perfeição.
- À primeira, qualquer cai. À segunda cai quem quer.
- A quem do seu foi mau despenseiro, não fies o teu dinheiro.
- A quem tudo quer saber, nada se lhe diz.
- A razão e a verdade fogem quando ouvem disputas.
- A rico não devas e a pobre não prometas.
- A rir se corrigem os costumes.
- A roupa suja lava-se em casa.
- A união faz a força.
- A uns morrem as vacas, a outros parem os bois.
- A vaidade é o espelho dos tolos.
- A valentia com os fracos, só cobardia revela.
- A ventre farto o mel amarga.
- A verdade é como o azeite: Vem sempre ao de cima.
- A vozes loucas, orelhas moucas.
- Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
- Abril, Abril, está cheio o covil.
- Agora é tarde e Inês é morta.
- Agora, já a gaivota caga na bóia [Já vem tarde].
- Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.
- Água de Fevereiro, mata o Onzeneiro.
- Água de Julho, no rio não faz barulho.
- Água detida é má para a bebida.
- Água do rio corre para o mar.
- Água e vento são meio sustento.
- Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
- Águas da Ascensão, das palhas fazem Grão.
- Águas passadas não movem moinhos.
- Águas verdadeiras, por S. Mateus as primeiras.
- Aí por Sant'ana, limpa a pragana.
- Ainda que mude a pele a Raposa, seu natural desponja.
- Ainda que sejas prudente e velho, não desprezes o conselho.
- Albarda-se o burro à vontade do dono.
- Alentejanos, algarvios e cães de caça, é tudo da mesma raça.
- Almoço cedo, faz carne e sebo.
- Alto mar e não de vento, não promete seguro o tempo.
- Amarra-se o cavalo, é vontade do dono.
- Amigo diligente, é melhor que parente.
- Amigo disfarçado, inimigo dobrado.
- Amigo não empata amigo.
- Amigo que não presta e faca que não corta: que se percam, pouco importa.
- Amigo verdadeiro vale mais do que dinheiro.
- Amigo, vinho e azeite o mais antigo.
- Amigos dos meus amigos, meus amigos são.
- Amigos, amigos, negócios à parte.
- Amor com amor se paga.
- Amor de pais não há jamais.
- Amor e fé nas obras se vê.
- Amor querido, amor batido.
- Amores arrufados, amores dobrados.
- Ande o frio por onde andar, no Natal cá vem parar.
- Ande por onde andar o Verão, há-de vir no S. João.
- Ano de nevão, ano de pão.
- Ano de neve, paga o que deve.
- Antes caia do cu do que do alforge.
- Antes cegues que mal vejas.
- Antes martelo que bigorna.
- Antes mau ano que mau vizinho.
- Antes minha face com fome amarela, que vergonha nela.
- Antes que o mal cresça, corta-se-lhe a cabeça.
- Antes que te cases, vê o que fazes.
- Antes quebrar que torcer.
- Antes quero Asno que me leve, que Cavalo que me derrube.
- Antes só que mal acompanhado.
- Ao arrendar cantar e ao pagar chorar.
- Ao bêbado e ao tolo, dá-se o caminho todo.
- Ao bom amigo, com teu pão e teu vinho.
- Ao bom pagador não dói o penhor.
- Ao Diabo e à mulher nunca falta que fazer.
- Ao Fevereiro e ao rapaz, perdoa tudo quanto faz.
- Ao homem de esforço a fortuna lhe põe ombro.
- Ao homem ousado a fortuna dá a mão.
- Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo.
- Ao pé do pano é que se talha a obra.
- Ao quinto dia verás que mês terás.
- Ao rico mil amigos se deparam, ao pobre seus irmãos o desamparam.
- Ao rico não devas e ao pobre não peças.
- Aos olhos da inveja todo o sucesso é crime.
- Apanha com o cajado quem se mete onde não é chamado.
- Apanham-se mais moscas com mel do que com fel.
- Apanha-se mais depressa um mentiroso do que um coxo.
- Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro.
- Aquele que me tira do perigo, é meu amigo.
- Aquilo que sabe bem, ou faz mal ou é pecado.
- Arco de teixo duro de armar e fraco para disparar.
- Arco sempre armado, ou frouxo ou quebrado.
- Arrenda a vinha e o pomar se os queres desgraçar.
- As aparências iludem.
- As boas contas fazem os bons amigos.
- As cadelas apressadas parem cães tortos.
- As favas, Maio as dá, Maio as leva.
- As obras falam, as palavras calam.
- As palavras são como as cerejas, vêm umas atrás das outras.
- As palavras voam, a escrita fica.
- As paredes têm ouvidos.
- As sopas e os amores, os primeiros são os melhores.
- Até ao lavar dos cestos é vindima.
- Até ao Natal um saltinho de pardal.
- Até S. Pedro abre rego e fecha rego.
- Até S. Pedro o vinho tem medo.
- Até S. Pedro tem a vinha medo.
- Atirei no que vi e acertei no que não vi.
- Atrás de mim virá quem bom de mim fará.
- Ave que canta demais não sabe fazer o ninho.
- Ave só não faz ninho.
- Azeite de cima, mel do meio e vinho do fundo, não enganam o mundo.
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