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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

10
Dez06

Campo Maior (Portugal)

Praia da Claridade

 
Localização do concelho de Campo Maior
Localização do concelho de Campo Maior

 
 
 

... Mais um passeio aos cantinhos de Portugal, desta vez ao local onde se realiza uma das festas populares mais interessantes do país -  a  Festa das Flores.

 
Festa das Flores


E uma zona muito activa na História de Portugal.

 
 
 
Campo Maior é uma vila portuguesa no Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo, com cerca de 7 900 habitantes.
 
É sede de um município com 247,26 km² de área e 8 387 habitantes (2001), subdividido em 3 freguesias. O município é limitado a norte e leste pela Espanha, a sueste pelo município de Elvas e a oeste por Arronches.

As freguesias de Campo Maior são as seguintes:
  • Nossa Senhora da Expectação (Campo Maior)
  • Nossa Senhora da Graça dos Degolados
  • São João Baptista (Campo Maior)

História

Certamente foi uma Povoação Romana, dominada por Mouros durante meio milénio e conquistada por cavaleiros cristãos da família Pérez de Badajoz em 1219, que posteriormente ofereceram a aldeia pertencente ao concelho de Badajoz à Igreja de Santa Maria do Castelo.
 
Em 31 de Maio de 1255, D. Afonso X, rei de Leão, eleva-a a Vila.
 
O Senhor da Vila, o Bispo D. Frei Pedro Pérez concede, em 1260, o primeiro foral aos seus moradores assim como o seguinte brasão de armas: N. Sr.ª com um cordeiro, e a legenda “Sigillum Capituli Pacensis”.
 
Em 31 de Maio de 1297, através do Tratado de Alcanizes assinado em Castela por D. Fernando IV, rei de Leão e Castela e D. Dinis, passa a fazer parte de Portugal, juntamente com Olivença e Ouguela.
 
Campo Maior vai pertencer sucessivamente a D. Branca, irmã de D. Dinis, em 1301; a D. Afonso Sanches, filho ilegítimo do mesmo rei, em 1312; e novamente ao rei D. Dinis em 1318.
 
O seu castelo que se ergue a leste da vila foi reedificado por D. Dinis em 1310, e foi no século XVII e XVIII que se levantaram fortificações tornando Campo Maior numa importante praça forte de Portugal.
 
Como reflexo da influência castelhana em Campo Maior, durante a Revolução de 1383-85, a guarnição militar e os habitantes da vila colocam-se ao lado do rei de Castela, tornando-se necessário que o Rei D. João I de Portugal e D. Nuno Álvares Pereira se desloquem propositadamente ao Alentejo com os seus exércitos para a cercarem durante mais de um mês e meio e ocuparem pela força, em fins de 1388. D. João II deu-lhe novo brasão: um escudo branco, tendo as armas de Portugal de um lado, e de outro S. João Baptista, patrono da vila.
 
Em 1512, o rei D. Manuel I concede foral à vila de Campo Maior.
 
Desde os fins do Século XV, muitos dos perseguidos pela Inquisição em Castela refugiam-se em Portugal. A população de Campo Maior vai aumentar substancialmente à custa da fixação de residência de muitos desses foragidos.
 
A comunidade judaica ou rotulada como tal era tão numerosa na vila no Século XVI que nas listas dos apresentados em autos de fé realizados em Évora pela Inquisição, Campo Maior aparece entre as terras do Alentejo com maior número de acusados de judaísmo.
 
A guerra com Castela a partir de 1640 vai produzir as primeiras grandes transformações. A necessidade de fortificar a vila que durante os três últimos séculos se desenvolvera acentuadamente para fora da cerca medieval, a urgência em construir uma nova cintura amuralhada para defesa dos moradores da vila nova dos ataques dos exércitos castelhanos, vai obrigar o rei a enviar quantias avultadas em dinheiro, engenheiros militares, operários especializados e empregar um numeroso contingente de pessoal não qualificado. Os contingentes militares são então numerosos. Calcula-se que na segunda metade do Século XVII, em cada quatro pessoas residentes na vila, uma era militar. Campo Maior foi, durante algum tempo quartel principal das tropas mercenárias holandesas destacadas para o Alentejo. A vila torna-se naquele tempo o mais importante centro militar do Alentejo, depois de Elvas.
 
Em 1712, o Castelo de Campo Maior vê-se cercado por um grande exército espanhol comandado pelo Marquês de Bay, o qual durante 36 dias lança sobre a vila toneladas de bombas e metralha, tendo conseguido abrir uma brecha num dos baluartes; o invasor ao pretender entrar por aí, sofre pesadas baixas que o obrigam a levantar o cerco.
 
No dia 16 de Setembro de 1732, pelas três da manhã, desencadeia-se uma violenta trovoada, o paiol, contendo 6000 arrobas de pólvora e 5000 munições, situado na torre grande do castelo é atingido por um raio, desencadeando de imediato uma violenta explosão e um incêndio que arrastou consigo cerca de dois terços da população.
 
D. João V determina a rápida reconstrução do castelo. A vila vai erguer-se lentamente das ruínas e aos poucos refazer-se para voltar a ocupar o lugar de primeira linha nos momentos de guerra e de local de trocas comerciais e relacionamento pacífico com os povos vizinhos de Espanha, nos tempos de paz.
 
No Século XVIII termina a construção das actuais Igrejas da Misericórdia e da Matriz, e lança-se a primeira pedra para a fundação da Igreja de S. João. A vila que até então só tivera uma freguesia urbana é dividida nas duas actuais, Nossa Senhora da Expectação e São João Baptista, em 1766.
 
Os primeiros anos do Século XIX são em Campo Maior de grande agitação. Um cerco, em 1801, pelos espanhóis e uma revolução local, em 1808, contra os franceses que então invadiram Portugal o comprovam.
 
A sublevação campomaiorense contra a ocupação napoleónica vai sair vitoriosa devido ao apoio do exército de Badajoz que permanece na vila durante cerca de três anos.
 
Em 1811 surge uma nova invasão francesa que fez um cerco cerrado durante um mês à vila, obrigando-a a capitular. Mas a sua resistência foi tal que deu tempo a que chegassem os reforços luso-britânicos sob o comando de Beresford, que põe os franceses em debandada, tendo então a vila ganho o título de Vila Leal e Valorosa, título este presente no actual brasão da vila.
 
As lutas entre liberais e absolutistas em Campo Maior são também acontecimentos assinaláveis.
 
Em 1836, foi extinto o vizinho concelho de Ouguela, tendo esta vila sido agregada à de Campo Maior.
 
A «cólera morbis» mata, em 1865, durante cerca de dois meses e meio, uma média de duas pessoas por dia.
 
Em 1867, tentam extinguir Campo Maior como sede de concelho, anexando-o ao concelho de Elvas. Tal decisão provoca um levantamento colectivo da povoação, que em 13 de Dezembro, entra numa verdadeira greve geral.
 
O concelho é definitivamente acrescido da sua única freguesia rural, em 1926 – Nossa Senhora da Graça dos Degolados.
 
Só em 1941, porém, o concelho adquire a sua actual divisão em três freguesias, com a anexação da freguesia de Ouguela à de São João Baptista, dado o grande declínio populacional da primeira.
 
 
Lendas
  • "AQUI SERÁ O NOSSO CAMPO MAIOR"
Uma estória (grafia antiga de “história”) lendária, muito divulgada entre os amigos, refere-se ao facto desta região ser vítima de muitos assaltos, pela parte dos Mouros, mesmo depois de conquistada pelos Cristãos. Deste modo, as famílias existentes na região passavam terríveis provações de terror e, muitas vezes, sofriam sérios, dolorosos e fatais ataques. Resolveram, por isso mesmo, reunirem-se num local amplo, onde todos se pudessem albergar, segundo o velho ditado de que "a união faz a força". E, de todos que se lançaram na aventura de escolher o sítio desejado, um delas foi mais feliz, ao descobrir um terreno magnífico, pela grandeza e pelo aspecto natural e paisagístico. Logo, chamou pelos outros: "Companheiros! Aqui será o nosso Campo Maior! Nele poderemos caber à vontade e dele faremos um reduto contra os nossos inimigos!"
 
Foi unânime a aceitação das restantes famílias. E nasceu, pois, para o terreno encontrado e povoado (que depressa se começou a desenvolver) o próprio nome de Campo Maior.
  • LENDA DE NOSSA SENHORA DA ENXARA
Diz a tradição que estava uma mulher da vila a lavar a roupa no rio, acompanhada por uma filha pequena. A dado passo, a criança afastou-se para brincar, e, pouco tempo depois, regressou trazendo um brinco em ouro que disse ter sido ofertado, para brincar, por uma senhora muito bonita. A mãe acompanhou a criança ao local onde esta disse estar a Senhora, e lá se deparou com a imagem de Nossa Senhora sobre uma pedra redonda que ainda hoje se encontra na capela. Espalhada a notícia do achado, a população acorreu em massa e devotamente transporta para a vila a imagem, decidindo erigir uma capela na margem direita do rio, a meio caminho entre a citada pedra e a vila. Porém, todas as manhãs a imagem desaparecia e voltava a surgir sobre a pedra em que originalmente havia sido vista. Concluíram então ser esse o local escolhido para nele erguerem a Capela.
 
Essa capela, o Santuário de Nossa Senhora da Enxara, localiza-se em Ouguela.
 
Ouguela é uma povoação da freguesia de São João Baptista, no concelho de Campo Maior, distrito de Portalegre, a 10 km da sede de concelho. Conta com cerca de 60 habitantes.
 
Teve foral dado por D. Dinis a 5 de Janeiro de 1298, renovado por D. Manuel em 1 de Junho de 1512, retendo até à reforma administrativa de 1836 o estatuto de vila sede de concelho independente, altura em que foi integrada no vizinho concelho de Campo Maior. Entretanto, dado o seu declínio, cerca de um século depois, em 1941, foi anexada, como mero lugar, à freguesia de São João Baptista.
 
O seu castelo foi uma das praças-fortes que defendia periodicamente o Alto Alentejo das invasões castelhanas. Foi mandado edificar por volta de 1300, e cercado durante a crise de 1383-85, a Guerra da Restauração (1642 e 1662, tendo desta feita sido ocupado), a Guerra da Sucessão de Espanha (1709) e a Guerra das Laranjas (1801, ano em que foi de novo ocupado).
Fonte: Wikipédia. 
 

 
Santuário de Nossa Senhora da Enxara
Santuário de Nossa Senhora da Enxara

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