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Nov06
D. Sancho I de Portugal
Praia da Claridade
D. Sancho I (nasceu faz hoje 852 anos, 11 de Novembro 1154 - faleceu em 26 de Março 1212), cognominado o Povoador (pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país - destacando-se nesse propósito a fundação da cidade da Guarda, em 1199, ou, numa perspectiva mais popular e sarcástica, pela quantidade de bastardos que espalhou pelo reino), foi o segundo rei de Portugal, filho de Afonso Henriques.
Em 1170, Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo reino de Castela e Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja Católica demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce Berenguer, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo Coimbra como centro do seu reino, Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os Mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na Primavera de 1189, para conquistar Silves, um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e a construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Iacub Almançor cercou a cidade de Silves com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante 10 dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc., criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na Escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao Mosteiro de Santa Cruz, 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.
Descendência
Em 1170, Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo reino de Castela e Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja Católica demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce Berenguer, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo Coimbra como centro do seu reino, Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os Mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na Primavera de 1189, para conquistar Silves, um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e a construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Iacub Almançor cercou a cidade de Silves com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante 10 dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc., criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na Escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao Mosteiro de Santa Cruz, 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.
Descendência
- Por sua mulher, Dulce de Barcelona, infanta de Aragão (1152-1198)
- Teresa, infanta de Portugal (1176-1250), casou com o rei Afonso IX de Leão
- Sancha, infanta de Portugal (ca.1180-1229), abadessa do Lorvão
- Raimundo de Portugal (ca.1180-1189)
- Constança de Portugal (1182-1202)
- Afonso II de Portugal (1185-1233)
- Pedro, infante de Portugal (1187-1258), conde de Urgel pelo casamento com Aurembiaix Armengel; foi também Senhor de Maiorca
- Fernando, infante de Portugal (1188-1223), viveu no estrangeiro, casou com Joana da Flandres
- Henrique de Portugal (1189-?)
- Branca, infanta de Portugal (1192-1240), senhora de Guadalajara
- Berengária, infanta de Portugal (1194-1221), casada com o rei Valdemar II da Dinamarca
- Mafalda, infanta de Portugal (ca.1200-1257), casada com o rei Henrique I de Castela, depois fundadora do mosteiro cisterciense de Arouca e sua primeira abadessa
- Filhos naturais:
- Havidos de Maria Aires de Fornelos
- Martim Sanches de Portugal, conde de Trastâmara
- Urraca Sanches
- Havidos de Maria Pais Ribeiro, dita a Ribeirinha
- Rodrigo Sanches (1200-1246)
- Gil Sanches (1200-1236)
- Nuno Sanches
- Maior Sanches
- Teresa Sanches (1205-1230)
- Constança Sanches (1210-1269)
- Havidos de Maria Aires de Fornelos
Fonte: Wikipédia.
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