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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

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17
Ago06

Marcello Caetano

Praia da Claridade

 
 Hoje:  100.º  aniversário do seu nascimento

Marcello Caetano
  
 

Marcello José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de Agosto de 1906 - Rio de Janeiro, 26 de Outubro de 1980) foi o último Presidente do Conselho da Segunda República, ou seja do Estado Novo. Político, professor e historiador, licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, e doutorou-se em 1931. Foi deposto pelo levantamento militar de 25 de Abril.
 
Começou a sua carreira política em 1940, tendo ocupado alguns cargos importantes no Estado Novo. Foi Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa; Ministro das Colónias; Presidente da Câmara Corporativa.
 
Desde novo ligado aos círculos políticos da direita, foi apoiante da ditadura de Salazar em Portugal. Em 1934, apresentou o projecto de Código Administrativo (que regula todos os aspectos da administração autárquica: o orgânico, o financeiro, o pessoal e o contencioso) que se veio a tornar no Código desse ano. Presidiu à comissão que reviu o Código e publicou um novo em 1939.
 
Em 1937, publica a 1.ª edição do seu Manual de Direito Administrativo que, em sua vida, veio a conhecer 10 edições (a última é de 1973), todas diferentes e melhoradas. Exerceu cargos políticos de destaque no Estado Novo (Ministro das Colónias, Presidente da Câmara Corporativa e Ministro da Presidência até, este último, 1958, data de uma crise política importante em que se viu afastado por Salazar).
 
Jurando não voltar à vida política e tendo pedido a sua exclusão do Conselho de Estado, de que era titular vitalício, não explica nas suas memórias por que razão, em 1968, na altura do afastamento de Salazar, voltou a esse mesmo Conselho e acabou por ser nomeado Presidente do Conselho de Ministros. Contudo, os seus méritos de intelectual e professor de Direito não são apagados pelo seu desempenho político e governativo. Foi o fundador do moderno Direito Administrativo Português, cuja disciplina sistematizou e ordenou; influenciou várias gerações de juristas e de, também, governantes, no modo de pensar uma Administração Pública legal e sujeita ao contencioso (embora limitado por considerações políticas). Foi professor de Direito Constitucional e também aqui deixou a mesma influência nos vindouros (estudaram-se, pela primeira vez de um ponto de vista jurídica e sistemático, os problemas dos fins e funções do Estado, da legitimidade dos governantes, dos sistemas de governo, etc.).
 
Foi ainda um historiador de Direito de méritos pouco igualados, designadamente, da Idade Média portuguesa; os seus estudos sobre as cortes de 1254 e de 1385 continuam ímpares. Aliás, o seu passatempo de historiador revela-se em cada manual das disciplinas dogmáticas em que são constantes as referências históricas e eruditas sobre cada assunto. Morreu pouco tempo antes de ser publicado o I volume (e único) da sua História do Direito Português (que abrange os tempos desde antes da fundação da nacionalidade até ao final do reinado de D. João II, em 1495, sem esquecer o excelente apêndice sobre o feudalismo no extremo ocidente europeu, ainda o que de melhor, entre os recentes, se escreveu sobre este assunto). Morreu, sem desejos de regressar jamais a Portugal, no exílio no Brasil, depois da Revolução dos Cravos 
que lhe retirou os direitos à totalidade da pensão de reforma.
Fonte: Wikipédia.
 

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