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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

21
Nov06

Bom Jesus (Braga)

Praia da Claridade

 
Bom Jesus do Monte - Os Escadórios do Bom Jesus ligam a parte alta da cidade de Braga à estância do Bom Jesus
Bom Jesus do Monte - Os Escadórios do Bom Jesus
ligam a parte alta da cidade de Braga à estância do Bom Jesus


Igreja do Bom Jesus de Braga - Portugal
Igreja do Bom Jesus de Braga



Elevador do Bom Jesus de Braga - aspecto da carruagem
Elevador do Bom Jesus de Braga - aspecto da carruagem



O Bom Jesus é um local religioso e turístico localizado em Tenões, uma freguesia dos arredores de Braga, Portugal.
 
O Bom Jesus possui uma grande igreja, um escadório por onde passa a Via Sacra do Bom Jesus, uma mata (Parque do Bom Jesus) alguns hotéis e um elevador hidráulico centenário.
 
Igreja
 
Foi desenhada pelo arquitecto Carlos Amarante, por encomenda do Arcebispo D. Gaspar de Bragança, para substituir uma primitiva igreja, mandada construir por D. Rodrigo de Moura Teles, que se encontrava em ruínas. As obras começaram em 1 de Junho de 1784, tendo ficado concluídas em 1811. É um dos primeiros edifícios neoclássicos em Portugal. A fachada é ladeada por duas torres e termina num frontão triangular.
 
Escadório
 
Os Escadórios do Bom Jesus vencem um desnível de 116 metros e estão divididos em três partes:
 
 
Escadório do Pórtico
 
O Pórtico, um arco à entrada da escadaria, mostra o brasão de D. Rodrigo de Moura Teles, Arcebispo de Braga, responsável pela construção, em 1723, do primeiro grande lanço de escadaria e capelas.
 
Nesta primeira parte, estão as capelas do início da Via Sacra.
 
 
Escadório dos Cinco Sentidos
 
Nesta parte do escadório estão cinco lances de escadas, intervalados por patamares com fontes alegóricas aos cinco sentidos, pela seguinte ordem: Visão, Audição, Olfacto, Paladar, Tacto.
 
A primeira fonte, a das Cinco Chagas, tem a seguinte inscrição: «Fontes de púrpura abriu então o ódio amargo; agora o amor transforma-os aqui em cristais para ti»
 
Fonte da Visão
 
Na fonte da Visão existe uma estátua lançando água pelos olhos e onde a inscrição é «Varão prudente, toma-as por um sonho e assim vigiarás». À direita a estátua de Moisés dizendo «Aqueles que feridos olhavam saravam» e de Jeremias, com a inscrição «Eu vejo uma cara vigilante».
 
Fonte do Ouvido
 
A fonte do Ouvido, representado por uma figura que lança água das orelhas tem a estátua de Idito a tocar cítara e a legenda “Que cantava ao som da cítara, presidindo os que cantavam e louvavam o Senhor». À esquerda está David e «Ao meu ouvido darás gozo e alegria» em frente a uma mulher que lhe diz «Tua voz soe aos meus ouvidos».
 
Fonte do Olfacto
 
Na fonte do Olfacto a estátua deita água pelo nariz e a estátua é de um varão encabeçado pela inscrição «Dai flores como o lírio e rescendei suave cheiro». À esquerda está Noé e à direita Sulamite dizendo «A tua estatura é semelhante a uma palmeira... e o cheiro da tua boca é como o das maçãs».
 
Fonte do Gosto
 
Na fonte do Gosto a estátua deita água pela boca e tem a estátua de José do Egipto com um cálice e um prato nas mãos. «A tua terra seja cheia das bênçãos do Senhor, dos frutos do céu e do orvalho» é o que se lê. À esquerda Jónatas dizendo «Provei um pouco de mel na ponta duma vara e eis porque morro» e na direita Esdras pedindo que «Prove o pão, e não nos abandones, como o pastor no meio dos lobos».
 
Fonte do Tacto
 
Na fonte do Tacto, cuja fonte tem uma bilha segurada por duas mãos, donde cai água. A estátua da fonte é de Salomão, com a sugestiva inscrição «As minhas entranhas estremeceram ao seu toque». Salomão está ladeado por Isaías que diz «Tocou a minha boca» e Isaac, cego com as mãos estendidas à procura do filho e proferindo «Chega-te a mim, meu filho, para que te toque».
 
 
Escadório das Três Virtudes
 
Nos mesmos moldes do Escadório dos Cinco Sentidos, data de 1837.
 
Possui as seguintes fontes: , Esperança, Caridade.
 
 
Fonte da Fé
 
A primeira fonte, a Fé, possui a inscrição «Correrão dele águas vivas». As alegorias fazem-se à docilidade e à confissão.
 
Fonte da Esperança
 
A segunda fonte é a da Esperança, com a arca de Noé por baixo da qual cai a água: «Arca na qual... se salvaram almas». Aqui alude-se à confiança e glória.
 
Fonte da Caridade
 
A fonte da Caridade, simbolizada por uma estátua de mulher com duas crianças nos braços: «São três estas virtudes... a maior delas, porém, é a caridade». A água jorra do coração de uma das crianças e as alegorias fazem-se à Benignidade e à Paz.
 
Para terminar, o escadório culmina na Fonte do Pelicano a que se segue a Igreja.
 
 
Elevador
 
O Elevador do Bom Jesus, é um funicular, sobre uma rampa, constituído por duas cabines independentes, ligadas entre si por um cabo.
 
O seu funcionamento baseia-se no sistema Contrapeso de Água. As cabines têm um depósito que é cheio de água, quando estão no nível superior, e vazio no inferior. A diferença de pesos obtida permite a deslocação.
 
História
 
Inaugurado em 25 de Março de 1882, o Elevador do Bom Jesus, em Braga, constituiu o primeiro funicular construído na Península Ibérica. A iniciativa da sua construção deveu-se ao empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes e a direcção do respectivo projecto foi do engenheiro suíço Nikolaus Riggenbach. Este, que a partir do seu país natal enviava todas as indicações necessárias para a construção do Elevador, contou com a imprescindível colaboração técnica e prática do engenheiro português de ascendência francesa Raul Mesnier du Ponsard, que em Braga dirigiu a execução do projecto.
 
O Elevador do Bom Jesus é actualmente o mais antigo do mundo em serviço a utilizar o sistema de contrapeso de água.
 
Características
  • Distância: 274 metros
  • Desnível: 116 metros
  • Inclinação: 42 %
  • Capacidade do depósito de água:  5 850 litros
  • Tempo de Viagem: 3 minutos.

Estátua de São Longuinhos
 
Situada sobre uma rocha onde estava a torre da primitiva igreja do Bom Jesus.
 
Parque
 
O Parque do Bom Jesus é constituído por uma mata, jardins, vários lagos artificiais (o maior com barcos para alugar), um campo de ténis, jardim infantil, estabelecimentos de restauração, praças como o Terreiro dos Evangelistas, etc.
Fonte: Wikipédia. 
 

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20
Nov06

As Sete Maravilhas do Mundo Moderno

Praia da Claridade

 
A única "sobrevivente" das sete maravilhas "originais": Pirâmides de Gizé

A única "sobrevivente" das sete maravilhas "originais": Pirâmides de Gizé
 
 
 

A eleição das Sete Maravilhas do Mundo Moderno ainda está em curso...
 
Quando se fala em sete maravilhas do mundo, é comum relacionar à célebre lista das sete maravilhas do mundo antigo, que reúne as mais notáveis construções da antiguidade.
 
Esta lista, entretanto, não é mais a única à tentar enumerar as maiores realizações da humanidade e/ou da natureza. Veja abaixo algumas das tentativas de criar uma "nova" lista e quais os resultados destas.
 
 
A lista original 
 
Listas alternativas

 
Talvez por ter sobrevivido apenas uma das sete maravilhas "originais" (Pirâmides de Gizé), ou por serem, todas elas, de civilizações mediterrânicas, surgiram imitações da lista original.
 
Algumas chegam a misturar obras da natureza com realizações humanas. Nenhuma destas listas, porém, obteve um consenso.
 
Maravilhas modernas
 
As duas mais conhecidas tentativas de se instaurar uma lista de "7 maravilhas modernas" foram:
 
O site Hillman Wonders elaborou uma lista com as 100 maravilhas do mundo. As sete primeiras foram:
  • Pirâmides de Gizé
  • Grande Muralha da China
  • Taj Mahal
  • Migração do Serengueti
  • Galápagos
  • Grand Canyon
  • Machu Picchu
A Sociedade Americana de Engenheiros Civis chegou a compilar uma lista de maravilhas do mundo moderno, e obteve maior aceitação:

Maravilhas naturais

 
Tal como com outras listas, não existe consenso sobre sete maravilhas naturais. Uma das listas foi compilada pela CNN :

Maravilhas sub-aquáticas


Esta lista de maravilhas sub-aquáticas é de origem desconhecida, mas tem sido tão frequentemente repetida que adquiriu um grau de notabilidade:
  • Palau
  • Barreira de coral de Belize
  • Grande Barreira de Coral
  • Erupções Sub-aquáticas
  • Ilhas Galápagos
  • Lago Baikal 
  • Corais do Mar Vermelho

Novas sete maravilhas do Mundo

 
Em 2006 a fundação New 7 Wonders estabeleceu um projecto para escolher as novas sete maravilhas do mundo contemporâneo. Para isso, no dia 1º de Janeiro deste ano deu início a um concurso para eleger as novas sete maravilhas, dentre vinte e uma pré-seleccionadas. São elas (em ordem alfabética):
  1. Acrópole de Atenas, Grécia;
  2. Alhambra - Granada, Espanha;
  3. Angkor - Camboja;
  4. Basílica de Santa Sofia  - Istambul, Turquia;
  5. Castelo de Neuschwanstein - Füssen, Alemanha;
  6. Chichén Itzá - Yucatan, Mexico;
  7. Coliseu - Roma, Itália;
  8. Cristo Redentor  - Rio de Janeiro, Brasil;
  9. Estátua da Liberdade - Nova York, EUA;
  10. Estátuas da Ilha de Páscoa - Chile;
  11. Grande Muralha da China - China;
  12. Kremlin - Moscovo, Rússia;
  13. Machu Picchu - Peru;
  14. Opera House - Sydney, Austrália;
  15. Petra - Jordânia;
  16. Pirâmides de Gizé - Egipto;
  17. Stonehenge  - Amesbury, Reino Unido;
  18. Taj Mahal, Agra - Índia;
  19. Templo Kiyomizu-dera - Kyoto, Japão;
  20. Timbuktu - Mali;
  21. Torre Eiffel  - Paris, França,
  22. Aqueduto das Águas Livres  - Lisboa, Portugal( ? )
O concurso acaba em 1 de Janeiro de 2007 e metade dos fundos arrecadados no projecto serão destinados à restauração de patrimónios em risco, ao redor do mundo.
Fonte: Wikipédia. 
 
 

( ? ) - Por favor consulte uma alteração a este post aqui.
 
 
Na Cerimónia Oficial da Declaração de Lisboa, Portugal, no sábado, 7 de Julho 2007  -  07.07.07, decorrem em paralelo:
A Declaração das Novas 7 Maravilhas do Mundo,
e a
Eleição das 7 Maravilhas de Portugal.

 
  
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19
Nov06

Colégio Militar (Portugal)

Praia da Claridade

 
Os alunos do Colégio Militar em frente ao prédio do Corpo de Alunos preparando-se para um desfile
Os alunos do Colégio Militar em frente ao prédio do Corpo de Alunos
preparando-se para um desfile
 
 
 

 
O Colégio Militar é um estabelecimento público militar de ensino dependente do Comando de Instrução do Exército Português.
 
 
Missão
 
O Colégio Militar tem como missão ministrar, em regime de internato, os cursos de ensino básico e ensino secundário aos filhos do sexo masculino de militares e civis, assegurando igualmente a sua formação militar de base.
 
Ensino
 
No Colégio Militar são ministrados os seguintes estudos:
  • 2º Ciclo do Ensino Básico;
  • 3º Ciclo do Ensino Básico;
  • Ensino Secundário;
  • 1ª Parte do Curso de Formação de Oficiais Milicianos.

História

 
O Colégio Militar tem origem no Colégio da Feitoria criado em 1803 pelo Coronel Teixeira Rebelo, comandante do Regimento de Artilharia da Corte sito no Forte da Feitoria, em Oeiras, com o objectivo de educar os filhos dos oficiais daquele regimento. Em 1813, o colégio passa a ter existência oficial, adoptando a designação de Real Colégio Militar. Não se conhecendo documentação definitiva sobre os primórdios do colégio, foi estabelecido, já nos anos 40 do Séc. XX, o dia 3 de Março de 1803 como a data oficial da sua fundação.
 
O Real Colégio Militar foi transferido em 1814 do Forte da Feitoria para o sítio da Luz, em Lisboa. Entre 1835 e 1859, a sede do colégio mudou várias vezes de local (Rilhafoles-Lisboa e Mafra), voltando naquele ano para a Luz, onde ainda hoje se mantém. Desde essa época que os alunos do Colégio Militar recebem o epíteto de "Meninos da Luz".
 
Com a implantação da República, em 1910 o colégio perdeu o título de "Real" passando a ser simplesmente Colégio Militar.
 
Fardamento
 
Os Alunos do Colégio Militar envergam um uniforme de gala de cor castanha de que se destaca a Barretina. A cor castanha foi adoptada em 1837, com base na cor tradicional dos uniformes dos Batalhões de Caçadores portugueses. A Barretina foi adoptada em 1866, baseada no modelo então adoptado pelo Exército Português e tornou-se o principal símbolo do Colégio Militar. O actual uniforme foi adoptado em 1870, sendo de 1912 a sua última alteração.
 
Condecorações
 
Durante toda a sua história muitos foram os louvores e homenagens recebidos.
 
Mercê do valor demonstrado por muitos dos seus antigos alunos, nos mais variados aspectos da vida portuguesa, da inegável qualidade do ensino ministrado e do público reconhecimento do cumprimento da sua missão, o Estandarte Nacional do Batalhão de Alunos do Colégio Militar é o mais condecorado das forças armadas portuguesas, ostentando as seguintes insígnias (ordenadas por ano de atribuição):
  • 1921 — Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito
  • 1931 — Ordem da Instrução Pública
  • 1953 — Ordem Militar de Cristo
  • 1959 — Ordem do Mérito Militar (Brasil)
  • 1967 — Medalha de Ouro da Vila de Oeiras
  • 1978 — Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
  • 1981 — Medalha de Honra de Mérito Desportivo
  • 1982 — Ordem do Rio Branco (Brasil)
  • 1985 — Medalha de Honra da Cidade de Lisboa
  • 1990 — Medalha de Ouro de Serviços Distintos
  • 1998 — Medalha do Pacificador (Brasil)
  • 1999 — Medalha Marechal Trompowsky (Brasil)
  • 2003 — Ordem Militar de Avis
  • 2003 — Medalha Naval Vasco da Gama
  • 2003 — Medalha da Cruz Vermelha de Benemerência
  • 2003 — Medalha de Mérito Aeronáutico
  • 2005 — Medalha de Honra da Freguesia de Carnide

Colégio Militar:
 
Página oficial
Página não-oficial 
Blog do Colégio Militar

Fonte: Wikipédia. 
 

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18
Nov06

Barragem de Cahora Bassa

Praia da Claridade

 
A albufeira de Cahora Bassa vista do espaço
A albufeira de Cahora Bassa vista do espaço


 

A barragem de Cahora Bassa (Cabora Bassa durante o período colonial português) situa-se no Rio Zambeze, na província de Tete (a 120km desta cidade), em Moçambique. O seu lago é o segundo maior de África, com uma extensão máxima de 250 km em comprimento e 38 km de afastamento entre margens, ocupando cerca de 2 700 km2 e tendo uma profundidade média de 26 m.
 
É actualmente o grande elemento produtor de electricidade em Moçambique, com capacidade superior a 2.000 megawatts, que abastece Moçambique (perto de 250MW), África do Sul (1.100MW) e Zimbabué (400MW). Decorrem negociações para o abastecimento do Malawi com energia eléctrica de Cahora Bassa.
 
História
 
Foi projectada no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, um projecto ambicioso de desenvolvimento daquela região, lançado pelo Estado português. Há quem sugira que o projecto terá tido, igualmente, fins militares: a barragem serviria como barreira à progressão dos rebeldes.
 
A sua construção começou em 1969, tendo a albufeira começado a ser cheia em Dezembro de 1974. Nesta fase, era administrada pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa e detida conjuntamente pelo Estado de Moçambique, com uma participação de 18%, e por Portugal, com uma participação de 82%.
 
O sistema hidroeléctrico esteve apenas esporadicamente ao serviço durante a década de 1980, devido à guerra em Moçambique.
 
Em 1986, a barragem recebeu a visita do então presidente da República de Moçambique, Samora Machel. A seguinte inscrição comemorativa foi então colocada:
 
"Esta maravilhosa obra humana do género humano constitui um verdadeiro hino à inteligência, um promotor do progresso, um orgulho para os empreiteiros, construtores e trabalhadores desta fantástica realização. Cahora Bassa é a matriz do desenvolvimento do Moçambique independente. Os trabalhadores moçambicanos e portugueses, fraternalmente, juntando o suor do seu trabalho e dedicação, garantem que este empreendimento sirva os interesses mais altos do desenvolvimento e prosperidade da R.P.M. Moçambicanos e Portugueses consolidam aqui a unidade, a amizade e solidariedade cimentadas pelo aço e betão armado que produziu Cahora Bassa. Que Cahora Bassa seja o símbolo do progresso, do entendimento entre os povos e da paz no mundo." Samora Machel - Songo 17 de Setembro de 1986.
 
A 31 de Outubro de 2006 o Estado português vendeu parte da participação de 82% que detinha no consórcio, ao estado moçambicano, por 740 milhões de Euros, ficando apenas com 15% do capital. Os restantes 85% passaram a caber ao Estado moçambicano, em troca de 950 milhões de dólares. O acordo foi assinado entre o primeiro ministro português José Sócrates e o presidente moçambicano Armando Guebuza, em Maputo.
Fonte: Wikipédia. 
 

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17
Nov06

Cataratas Vitória

Praia da Claridade

 
Cataratas Vitória



Cataratas Vitória na estação seca e a ponte da linha de caminho-de-ferro
Cataratas Vitória na estação seca e a ponte da linha de caminho-de-ferro



Cataratas Vitória - imagem de satélite
Cataratas Vitória - imagem de satélite



Serpa Pinto explorador e administrador colonial português
Serpa Pinto - explorador e administrador colonial português



As Cataratas Vitória ou Quedas Vitória são das mais espectaculares cataratas do mundo. Situam-se no Rio Zambeze (1), na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe. Têm cerca de 1,5 km de largura, e altura máxima de 128 m.
 
David Livingstone, explorador escocês, foi o primeiro ocidental a vê-las em 17 de Novembro de 1855, faz hoje 151 anos, e deu-lhes o nome em honra da rainha Vitória (Rainha do Reino Unido de 1837 a 1901); o nome local é Mosi-oa-Tunya, que quer dizer "fumo que troveja". Fazem parte da lista de Património Cultural da Humanidade mantida pela UNESCO.
 
Em 1860, Livingstone voltou à zona das cataratas e fez um estudo detalhado. Também o explorador português Serpa Pinto(2) as visitou, mas até que aquela área ficasse mais acessível, o que ocorreu por volta de 1905 com a construção de uma linha de caminho-de-ferro, poucos ocidentais se aventuraram por lá. Hoje o número de visitantes anual ultrapassa os 300 milhares.
 
 
(1) - O Zambeze (escrito em inglês Zambesi ou Zambezi) é um rio da África Austral. Tem 2.750 km de comprimento: nasce na Zâmbia, passa pela província angolana do Moxico, estabelece a fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe e atravessa Moçambique de oeste para leste, para desaguar no Oceano Índico num enorme delta. A parte mais espectacular do seu curso são as Cataratas Vitória, as maiores do mundo, com 1708 m de extensão e uma queda de 99 m.
 
O Zambeze tem ainda outras quedas de água importantes, entre as quais as Chavuma Falls na fronteira entre a Zâmbia e Angola e as Ngonye Falls, perto de Sioma, na região ocidental da Zâmbia.
 
As planícies de inundação do Zambeze, também no oeste da Zâmbia, são a terra do povo Lozi, cujo chefe tem duas “capitais”: Lealui e Limulunga. No tempo das chuvas, a “corte” dos Lozi muda-se para Limulunga, que não fica inundada e este evento é considerado um dos grandes festivais da Zâmbia, o Kuomboka.
 
Existem duas grandes barragens no rio Zambeze: Kariba, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe (e gerida conjuntamente) e Cahora Bassa, em Moçambique. Estas barragens são uma das maiores fontes de energia eléctrica para a sub-região da África Austral e as suas albufeiras são igualmente palco de importantes pescarias.
 
 
(2) - Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto (20 de Abril de 1846 - 28 de Dezembro de 1900) foi um explorador e administrador colonial português que percorreu África central e meridional para fazer o reconhecimento do território e efectuar reprodução em mapa do interior do continente.

Ingressou no Colégio Militar com 10 anos e aos 17 tornou-se no seu primeiro Comandante de Batalhão aluno. Serpa Pinto viajou até à África Oriental em 1869 numa expedição ao rio Zambeze. Oito anos depois liderou uma expedição que partiu de Benguela, em Angola, e percorreu as bacias do rio Congo e do Zambeze.
 

Página da NASA Earth Observatory 
Fonte: Wikipédia. 
 

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16
Nov06

Mosteiro dos Jerónimos

Praia da Claridade

 
Mosteiro dos Jerónimos - Lisboa - Portugal
 
 
 

Monumento à riqueza dos Descobrimentos, o Mosteiro dos Jerónimos situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitectura manuelina e o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa.
 
Destacam-se o seu claustro, completo em 1544, e a porta sul, de complexo desenho geométrico, virada para o rio Tejo. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos.
 
 
História
 
Encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias. Escolhido o local, junto ao rio em Santa Maria de Belém, em 1502 é iniciada a obra com vários arquitectos e construtores, entre eles Diogo Boitaca (plano inicial e parte da execução) e João de Castilho (abóbadas das naves e do transepto – esta com uma rede de nervuras em forma de estrela –, pilares, porta sul, sacristia e fachada) que substitui o primeiro em 1516/17. No reinado de D. João III foi acrescentado o coro alto. Deriva o nome de ter sido entregue à Ordem de São Jerónimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755  mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.
 
Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa.
 
Numa extensão construída em 1850 está localizado o Museu de Arqueologia. O Museu da Marinha  (um dos mais importantes, reconhecidos e visitados museus portugueses) situa-se na ala oeste. O Mosteiro dos Jerónimos é Monumento Nacional de Portugal.
Fonte: Wikipédia. 
 

Página oficial do Mosteiro dos Jerónimos
 
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15
Nov06

D. Manuel II, último rei de Portugal

Praia da Claridade

 
D. Manuel II, último rei de Portugal
 
 
D. Manuel, infante, aos doze anos de idade. Recorde-se que foi aclamado rei aos 18 anos.
D. Manuel, infante, aos doze anos de idade.
Recorde-se que foi aclamado rei aos 18 anos.
 
 

D. Manuel II, nasceu em 15 de Novembro de 1889 (faz hoje 117 anos), faleceu em 2 de Julho de 1932, de seu nome completo Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança, foi o trigésimo-sexto e último Rei de Portugal. D. Manuel II sucedeu ao seu pai, o rei D. Carlos I, depois do assassinato brutal deste e do seu irmão mais velho, o Príncipe Real D. Luís Filipe, a 1 de Fevereiro de 1908. Antes da sua ascensão ao trono, D. Manuel foi Duque de Beja e Infante de Portugal.
 
Infância e educação
 
D.Manuel II nasceu no Palácio de Belém, em Lisboa, cerca de dois meses depois da subida de seu pai ao trono de Portugal. Baptizado alguns dias depois, no mesmo Paço de Belém, teve por padrinho o imperador do Brasil, D. Pedro II, deposto do seu trono exactamente no mesmo dia do seu nascimento. D. Manuel recebeu à nascença os títulos reais de Infante de Portugal e de Duque de Beja. Teve o tratamento e a educação tradicionais dos filhos dos monarcas da sua época, embora sem preocupações políticas, dado ser o segundo filho do rei e, como tal, não esperar um dia vir a ser rei. Estudou línguas, história e música (tendo como professor Alexandre Rey Colaço). Viajou com a mãe e o irmão ao Egipto, no iate real Amélia, aprofundando assim os seus conhecimentos das civilizações antigas. Em 1907 iniciou os seus estudos de preparação para ingresso na Escola Naval, preparando-se para seguir carreira na marinha.
 
Reinado
 
A sua futura carreira naval foi inesperadamente interrompida em 1 de Fevereiro de 1908, com o Regicídio de 1908. O infante havia regressado a Lisboa (depois de ter estado alguns dias em Vila Viçosa, com toda a família) para se preparar para os exames da escola naval, tendo ido esperar os pais e o irmão ao Terreiro do Paço. Minutos depois deu-se o cruel atentado que vitimou o Rei, sendo D. Manuel atingido no braço (ainda não se sabe se o alvo do atentado era o Rei D. Carlos, ou se seria o chefe do Governo de então, João Franco, que, após demitir o Parlamento devido aos contínuos distúrbios que os republicanos causavam e marcar novas eleições, ficou com a imerecida fama de ditador, que ainda hoje perdura).
 
Tornou-se assim, D. Manuel, Rei de Portugal. A sua primeira decisão consistiu em reunir o Conselho de Estado, demitindo em seguida o Primeiro-Ministro João Franco. Nomeou então um governo de acalmação, de tranquilidade, presidido pelo Almirante Francisco Ferreira do Amaral. Foi solenemente aclamado Rei na Assembleia de Cortes em 6 de Maio de 1908, perante os deputados da Nação, jurando cumprir a Carta Constitucional. O Rei auferiu, no início, de uma certa simpatia generalizada devido à sua tenra idade (18 anos) e à forma trágica e sangrenta como alcançou o trono. Foi então fortemente protegido pela sua mãe, a Rainha D. Amélia, tendo procurado o apoio do experiente José Luciano de Castro. Durante o seu reinado visitou várias localidades do norte do país e visitou oficialmente a Espanha, a França e a Inglaterra, onde foi nomeado cavaleiro da prestigiada Ordem da Jarreteira, em Novembro de 1909. Recebeu as visitas de Afonso XIII, Rei de Espanha, em 1909, e de Hermes da Fonseca, Presidente eleito do Brasil, em 1910.
 
Entretanto a situação política degradou-se progressivamente, tendo-se sucedido sete governos em cerca de 24 meses. As eleições legislativas, de 28 de Agosto de 1910, fizeram aumentar substancialmente os deputados republicanos no parlamento, o que motivou bastante a causa revolucionária. Na verdade, a 4 de Outubro de 1910, começou uma revolução e no dia seguinte, 5 de Outubro deu-se a Implantação da República em Portugal. O Palácio das Necessidades, sua residência oficial, foi bombardeado, pelo que o monarca foi aconselhado a dirigir-se para o Palácio Nacional de Mafra, onde se lhe viriam a juntar a mãe, a Rainha D. Amélia de Orleães e a avó, a Rainha-mãe D. Maria Pia de Sabóia. No dia seguinte, consumada a vitória republicana em Lisboa e a adesão do resto do país ao novo regime, D. Manuel II decidiu-se pelo exílio, embarcando na Ericeira no iate real Amélia. O rei ainda tencionou seguir para o Porto, mas os oficiais a bordo demoveram-no dessa intenção. Desembarcou em Gibraltar, de onde seguiu para o Reino Unido, onde foi recebido pelo rei Jorge V.
  
Exílio
 
Fixou residência em Fulwell Park, Twickenham, nos arredores de Londres, local para onde seguiram os seus bens particulares. Aí procurou recriar um ambiente português, à medida que fracassavam as tentativas de restauração monárquica (em 1911, 1912 e 1919).
 
Em 4 de Setembro de 1913 D. Manuel casou com D. Augusta Vitória, princesa de Hohenzollern-Sigmaringen (1890-1966), que era ainda sua prima (por ser neta da Infanta D. Antónia de Bragança), mas não teve descendência. D. Manuel dedicou-se então aos estudos e escreveu um tratado sobre literatura medieval e renascentista em Portugal. Continuou a seguir de perto a política portuguesa, gozando de alguma influência junto de alguns círculos políticos. Admirador do espírito britânico, foi ele um dos que defendeu a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial, participando activamente na Cruz Vermelha Britânica. Uma prova de reconhecimento dos ingleses para D. Manuel e para com Portugal foi o facto de Jorge V o ter convidado a ocupar um lugar a seu lado na tribuna de honra do desfile da vitória, em 1919.
 
O rei, apesar de deposto e exilado, teve sempre um elevado grau de patriotismo, o que o levou, em 1915, a declarar no seu testamento a intenção de legar os seus bens pessoais (os da Casa de Bragança), ao Estado Português, manifestando também a sua vontade de ser sepultado em Portugal.
 
Faleceu inesperadamente na sua residência, em 2 de Julho de 1932, vítima de um edema da glote (zona mediana da laringe). O Governo Português, chefiado por Salazar, autorizou a sua sepultura em Lisboa, organizando funerais de estado. Os seus restos mortais chegaram a Portugal, em 2 de Agosto, sendo sepultados no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.
 
Passou à história com o cognome de O Patriota  (pela preocupação que os assuntos pátrios sempre lhe causaram), sendo também chamado de O Desventurado (em virtude da Revolução que lhe retirou a coroa), O Estudioso (devido ao seu amor pelos livros antigos e pela literatura portuguesa); os monárquicos de hoje, chamam-lhe O Rei-Saudade (pela saudade que lhes deixou, após a abolição da monarquia).
 
Depois da sua morte em 1932, a chefia da casa real portuguesa passou para D. Duarte Nuno de Bragança, seu primo, neto do rei D. Miguel I, uma vez que o falecido monarca tinha procurado aproximar os dois ramos desavindos da família, através do Pacto de Dover (pacto estabelecido entre D. Manuel II e seu primo Duarte Nuno de Bragança, pai de Duarte Pio, Duque de Bragança, o herdeiro presumível ao trono de Portugal, sendo, como tal, Príncipe Real, casado com Isabel de Herédia em 13 de Maio de 1995, na igreja do Mosteiro dos Jerónimos, pacto esse que visava transferir o direito ao trono português no caso de não existir descendência de Dom Manuel II ou do seu tio, irmão do seu pai D. Carlos, Afonso de Bragança, Duque do Porto).
 
Após a sua morte, e dando cumprimento às suas disposições testamentárias, o governo português constituiu com os seus bens a Fundação da Casa de Bragança.
Fonte: Wikipédia. 
 

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14
Nov06

A Fortaleza de Sagres

Praia da Claridade

 
Panorâmica da entrada principal da Fortaleza de Sagres
Panorâmica da entrada principal da Fortaleza de Sagres
 
 
Fortaleza de Sagres e a Rosa dos Ventos
Fortaleza de Sagres e a Rosa dos Ventos


Igreja de Nossa Senhora da Graça na Fortaleza de Sagres
Igreja de Nossa Senhora da Graça na Fortaleza de Sagres


Cabo de Sagres (cortesia IPPAR)
Cabo de Sagres (cortesia IPPAR)
 
 
 

 
A Fortaleza de Sagres, também designada como Castelo de Sagres ou Forte de Sagres, situa-se no sudoeste do Algarve (Portugal), em posição dominante, coroando o promontório (ponta ou cabo) de Sagres. Da sua falésia escarpada, constantemente batida pelo vento, o visitante usufrui uma deslumbrante panorâmica ao longo da costa, com destaque para as enseadas de Sagres, o Cabo de São Vicente (extremo sudoeste do continente europeu) e da imensidão do Oceano Atlântico.
 
A própria fortaleza e as suas imediações oferecem a possibilidade de um olhar próximo ao património natural da costa, especialmente no que se refere à flora, abrigando algumas das espécies mais representativas da região (como por exemplo: Alquitura-do-Algarve, Pampilho-marítimo, Zimbreiro, Pólio vicentino, Erva-divina, Esparto, Narciso-das-areias, Salgadeira, Chorão, Porro-bravo, Malvas, Perrexil-do-mar).
 
História
 
Promontorium Sacrum
 
Não existe a certeza sobre qual seria a localização exacta deste promontório sagrado que em muito impregnou de história o local da fortaleza, mas é possível identificar aproximadamente uma área que se prolongaria da ponta da Piedade à Arrifana, passando assim pelo Cabo de São Vicente e o Cabo de Sagres. Este espaço, por muitos designado como o fim do mundo conhecido, onde se iniciavam as tormentas, até hoje integra uma das maiores áreas de menires e construções megalíticas da Europa. Visitado por navegadores oriundos do Mediterrâneo desde cerca de 4 mil anos a.C., é citado desde a antiguidade clássica por Avieno, Estrabão e Plínio, como uma área cultual dedicada a Saturno ou Hércules, divindades de forte conotação com o mundo marítimo. Posteriormente, durante a ocupação islâmica da Península Ibérica acentuou-se o seu carácter de local de peregrinação, denominando-se então Chakrach, muito tendo contribuído para tal a lenda das relíquias do mártir cristão São Vicente de Saragoça.
 
A Vila do Infante
 
O promontório de Sagres, bem como as vilas adjacentes de São Vicente e Sagres, foram doadas em 27 de Outubro de 1443, pelo regente D. Pedro ao seu irmão, o Infante D. Henrique (1394-1460). A vila de Sagres, então abandonada e em ruínas em razão das razias dos piratas de Marrocos, foi, a partir de então, reconstruída e repovoada, inclusive no tocante à sua defesa. Essa reedificação, por parte do Infante, obedeceu a alguns ditames essenciais:
  • a necessidade que as embarcações da época tinham de se refugiar dos ventos nas enseadas vizinhas, aguardando por ventos favoráveis à navegação.
  • os imperativos da logística (embarcações, mantimentos, marinheiros) da primeira fase dos Descobrimentos.
  • a comodidade do controle do tráfego marítimo, por ser ponto de passagem obrigatório das embarcações que cruzavam do Mediterrâneo ao Atlântico, e vice-versa.
  • a segurança e o isolamento necessários ao processamento das informações recolhidas no início do projecto de expansão português que se estendia pelo norte de África, ali fronteiro.
A fortificação da ponta do promontório foi determinada pela sua localização e forma, usufruindo da falésia como defesa natural em três dos seus quatro lados, intimamente ligada às suas excelentes possibilidades estratégicas que se integram aos ditames anteriormente citados.
 
Dessa forma, a Fortaleza de Sagres da primeira metade do século XIV tornou-se o núcleo da expansão marítima portuguesa, recebendo estudiosos e navegantes de todas as nacionalidades, reunidos em torno do Infante: a chamada Escola de Sagres.
 
Após a morte do Infante (1460), deslocando-se o eixo da expansão para Lisboa, a povoação e sua fortificação perderam importância. Como resultado da distância entre a Vila do Infante e a Aldeia do Bispo, onde se celebravam os serviços religiosos, D. Manuel (1495-1521) determinou a criação da freguesia de Sagres e a edificação da igreja matriz (1512). Mais tarde, em 1573, D. Sebastião (1568-78) adossou dois baluartes nos extremos da muralha já existente, elementos cruciais na arquitectura militar após o advento da artilharia, colocados estrategicamente em locais que optimizavam o tiro cruzado.
 
Sir Francis Drake, a Dinastia Filipina e a Restauração
 
Dando prosseguimento às reformas iniciadas no reinado de D. Sebastião, sob Filipe I (1580-98), determinou-se a edificação de uma torre (ou Torreão central) no interior da fortificação, permitindo a ligação com a porta de entrada através de um túnel e apresentando, no topo, uma plataforma para artilharia, aumentando a capacidade defensiva da estrutura.
 
No contexto dos atritos entre as Coroas da Espanha e da Grã-Bretanha, no cenário internacional do final do século XVI, a armada do corsário Sir Francis Drake atacou a região de Sagres (1587), que foi violentamente saqueada e incendiada. Na ocasião, sofreram severos danos as fortificações da Baleeira, de Belixe e de São Vicente. Um desenho do ataque inglês, actualmente na Biblioteca do British Museum, retrata as fortificações da região à época (1587), evidenciando o seu carácter de transição da Idade Média para a arquitectura militar moderna. No tocante à Fortaleza de Sagres, reconhece-se, a partir do exterior:
  • um pequeno bastião quadrangular de faxina, com a função de assegurar a primeira linha de defesa;
  • uma muralha de alvenaria de pedra, com o formato dos dentes de uma serra e uma extensão aproximada de 180 m, encimada por ameias, fechava o istmo de lado a lado;
  • dois baluartes baixos, com ameias, posicionavam-se em cada extremidade da muralha;
  • a meio da cortina abria-se uma pequena porta, dando acesso a dois pequenos pátios amuralhados e ameados, com portas alternadas, à maneira dos castelos medievais;
  • no interior dispunha-se a Praça de Armas, um conjunto de habitações ligado por uma cortina às muralhas laterais, conjunto esse dominado por um cubelo na extremidade oposta, e a antiga Igreja de Santa Maria.
Após o assalto de Drake, cogitou-se a modernização da fortificação manuelina. Em 1621, Alexandre Massai, um engenheiro militar napolitano, apresentou um projecto para a construção de novos baluartes com maior capacidade defensiva, mas não foi concretizado. Só em 1631 é que reparos nas muralhas arruinadas foram determinados por Filipe III (1621-40). As obras foram iniciadas no ano seguinte, aproveitando-se trechos das antigas muralhas e levantando-se baterias renascentistas, obras que prosseguiram após a Restauração da Independência, no reinado de D. João IV (1640-56). Entretanto, as novas muralhas exteriores permaneceram incompletas, coexistindo com as muralhas henriquinas.
 
O século XVIII e o terramoto de 1755
 
A fortaleza foi seriamente danificada pelo tsunami imediatamente subsequente ao terramoto de 1755, quando a gigantesca onda galgou a altura do penhasco. O estado de ruína, provocado pelo tempo e pelos elementos, prolongou-se até ao reinado de D. Maria I (1777-1816), quando esta soberana ordenou a reconstrução da estrutura. Para tanto, foram demolidas as antigas muralhas medievais e, entre 1793-94, terminadas as obras do novo traçado de muralhas. Adequadas às necessidades de defesa da época, eram mais baixas e compactas empregando argamassa de reboco para melhor absorver o impacto dos projécteis da artilharia da época. Nas extremidades ergueram-se dois meio-baluartes, artilhados. No interior do terrapleno, um torreão central substituiu o antigo cubelo filipino.
 
Os continuados conflitos no século seguinte fizeram com que a fortificação de Sagres assumisse um importante papel de coordenação em toda a linha defensiva no oeste do litoral algarvio.
 
As restaurações do século XX
 
Classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910, os trabalhos de restauração promovidos nas décadas de 1950 e 1960 descaracterizaram a estrutura ao procurar devolvê-la à configuração quinhentista original. As edificações do lado esquerdo foram reconstruídas conforme aquelas desenhadas na iconografia do ataque de Drake, com um piso térreo e uma chaminé por divisão. Foi colocada a descoberto, nesta fase, a Rosa dos Ventos.
 
Na década de 1980, face à degradação do conjunto e visando adequar a utilização do sítio aos pressupostos da Carta de Veneza (possibilitando o acolhimento turístico), foi lançado um concurso para a recuperação da Fortaleza de Sagres. O projecto vencedor, do arquitecto João Carreira, apesar de uma década de polémica suscitada pela natureza da nova intervenção, introduziu em Portugal a discussão da reutilização dos monumentos, face à compatibilidade das novas estruturas com a memória do passado.
 
Actualmente, a Fortaleza de Sagres encontra-se aberta diariamente ao público. Além de se poder apreciar as estruturas anteriores ao século XVIII, recuperadas, modernas intervenções permitem visitar as diversas áreas do promontório, podendo usufruir ainda de um centro de exposições, um centro de multimédia, lojas de artigos culturais e de uma cafetaria.

 
Características
 
Muralha
 
De traçado poligonal abaluartado, compõe-se de uma cortina fechando o lado de terra e de um muro que se estende pelo flanco esquerdo. Nas duas extremidades da cortina, erguem-se os meio-baluartes de 1793, um sob a invocação de Santa Bárbara (padroeira da artilharia) e outro de Santo António (patrono do exército português).
 
Portão monumental
 
A meio da cortina abre-se o Portão Monumental da praça, em estilo neoclássico, encimado por um escudo de armas no frontão com uma inscrição lapidar referindo o então governador do Algarve, D. Nuno José Fulgêncio João Nepomuceno de Mendonça e Moura (1793).
 
Pelo lado interno do portão pode ser vista uma lápide em memória do Infante D. Henrique, colocada por volta de 1840.
 
Terrapleno
 
Estrategicamente distribuídos pelo terrapleno encontram-se seis baterias orientadas para o mar e guaritas. Isolado dos demais edifícios, ergue-se o Paiol da Pólvora provavelmente edificado em meados do século XVIII. Inserido no conjunto das edificações, encontra-se uma réplica de um Padrão de Descobrimento quinhentista, no qual se pode observar um escudo de armas do Infante D. Henrique. Destaca-se, entretanto, a Rosa dos Ventos, também denominada como Rosa dos Ventos do Infante D. Henrique, uma ampla estrutura que se considera remontar ao século XVI. Revelada casualmente em 1921, representa uma estrela com 32 raios, simbolizando os rumos, inscrita num círculo, traçada no solo por seixos irregulares e que alguns autores crêem tratar-se de um Gnomon solar. Gnomon é o nome grego do relógio de sol.
 
Edifícios
 
Várias edificações históricas podem ser observadas no terrapleno da fortaleza, como o torreão central, diversos quartéis e edificações como a torre cisterna  - provavelmente fruto de projecto henriquino, presente em grande parte das representações da fortaleza após a incursão de Drake em 1587 -, as antigas casas da "correnteza" e a Casa do Governador, estruturas alvo de reaproveitamento turístico no projecto dos anos de 1990.
 
Igreja de Nossa Senhora da Graça
 
A edificação do actual templo veio substituir, possivelmente em 1570, à época de D. Sebastião, a antiga ermida de Santa Maria mandada erigir em 1459 pelo Infante D. Henrique. Após o terramoto de 1755, em que ficou danificada, foram acrescentados a sacristia e o campanário.
 
Apresenta uma planta simples quadrangular de nave única, com pequenas janelas isoladas nas paredes e remate em abóbada de canhão. A cabeceira, com sacristia anexada, também apresenta planta quadrangular e é encimada por uma cúpula semi-esférica. A fachada principal é demarcada pela porta de entrada com lintel e telhado de duas águas. Ao campanário, erguido na localização do antigo ossário do cemitério, acede-se através de uma escada do lado Este. Aqui se encontra inserido, desde 1997, o retábulo em estilo barroco da Capela de Santa Catarina do Forte de Belixe.
 
 
A Fortaleza de Belixe localiza-se em posição dominante da praia de Belixe Velho, no Cabo de São Vicente. A estrutura original, remontando à necessidade quinhentista de defesa contra a pirataria da costa, foi arruinada pelo ataque do corsário britânico Francis Drake, em 1587. O monumento actual remonta ao século XVII, quando a estrutura foi reconstruída, a partir de 1632, por ordem de Filipe III (1621-1640). Actualmente podem ser observados os panos de muralha remanescentes, baterias e casamatas restaurados, bem como a Capela de Santa Catarina, cujas origens remontam a uma doação do Infante D. Henrique (1394-1460) pouco antes de sua morte.
 
O Cabo de São Vicente é um cabo situado no extremo sudoeste de Portugal continental, na freguesia de Sagres, concelho de Vila do Bispo. É o antigo "Promontorium Sacrum" romano, dedicado ao deus Saturno. No cabo situa-se uma antiga fortaleza visitável (Fortaleza de Sagres). Em Lagos, a 25 km do cabo para leste, o Infante D. Henrique estabeleceu a sua escola de navegação no século XV, que impulsionou os Descobrimentos portugueses. Do cabo é possível apreciar a passagem dos navios que transitam entre o Mar Mediterrâneo e o norte da Europa.
Fonte: Wikipédia. 
 

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13
Nov06

Infante D. Henrique

Praia da Claridade

 
Príncipe Henrique, o Navegador, também conhecido como Infante Dom Henrique

Príncipe Henrique, o Navegador, também conhecido como Infante Dom Henrique
 
 
 

O Infante Dom Henrique, Duque de Viseu, (Porto, 4 de Março de 1394 - 13 de Novembro de 1460, faleceu faz hoje 546 anos) foi um príncipe português e a mais importante figura do início da Era das Descobertas, também conhecido na História como Infante de Sagres ou Navegador.
 
Nascido em 1394 no Porto, o príncipe D. Henrique foi o terceiro filho do Rei D. João I, fundador da Dinastia de Avis e de Dona Filipa de Lencastre.
 
Em 1414 convenceu seu pai a montar a campanha de conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao Estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, abrindo para o Reino de Portugal as portas ao domínio do comércio que aquele porto exercia. No mesmo ano foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu e Senhor da Covilhã.
 
Diz-se que em 1416 empreendeu a construção da Vila do Infante no que é hoje Sagres, junto ao Cabo de São Vicente, no extremo sudoeste de Portugal. A vila rapidamente cresceu como pólo da mais elevada tecnologia da época para a navegação e cartografia com um arsenal naval, observatório, e uma escola para estudo da geografia e navegação. Jehuda Cresques, um famoso cartógrafo, foi convidado para vir a Sagres e proceder à compilação do conhecimento geográfico, cargo que aceitou. Lagos, a pouca distância para Este, tornou-se um local de construção naval graças ao seu porto, sendo também conhecida como um mito, que se confundiu com a realidade, sem ter fundamento histórico.
 
Um dos primeiros resultados deste empreendimento foi a descoberta da Madeira por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, posteriormente colonizadas.
 
Em 25 de Maio de 1420, D. Henrique foi nomeado dirigente da Ordem de Cristo, que sucedeu à Ordem dos Templários, cargo que deteria até ao fim da vida. Tornou-se um fervoroso cristão. No que concerne ao seu interesse na exploração do Oceano Atlântico, o cargo na Ordem foi também importante ao longo da década de 1440. Isso deve-se ao facto da Ordem controlar vastos recursos, o que ajudou a financiar a exploração, a verdadeira paixão do príncipe. Em 1427, os seus navegadores descobriram as primeiras ilhas dos Açores (possivelmente Gonçalo Velho). Também estas ilhas desabitadas foram depois colonizadas pelos portugueses.
 
Até à época do Infante D. Henrique, o Cabo Bojador era para a Europa o ponto conhecido mais meridional na costa de África. Gil Eanes, que comandou uma das expedições, foi o primeiro a passá-lo, em 1434, eliminando os medos então vigentes quanto ao desconhecido que para lá do Cabo se encontraria.
 
Aquando da morte de D. João I, o seu filho mais velho (e irmão de D. Henrique), D. Duarte subiu ao trono, e entregou a este um quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar além do Cabo Bojador.
 
O reinado de D. Duarte durou apenas cinco anos, após o qual D. Henrique apoiou o seu irmão D. Pedro na regência, durante a menoridade do sobrinho D. Afonso V, recebendo em troca a confirmação do seu privilégio. Procedeu também, durante a regência, à colonização dos Açores.
 
Com uma nova embarcação, a caravela, as expedições sofreram um grande impulso. O Cabo Branco foi atingido em 1441 por Nuno Tristão e Antão Gonçalves. A Baía de Arguim em 1443, com consequente construção de um forte em 1448.
 
Dinis Dias chega ao Rio Senegal e dobra o Cabo Verde em 1444. A Guiné é visitada. Assim, os limites a sul do grande Deserto do Saara são ultrapassados. A partir daí, D. Henrique cumpre um dos seus objectivos: desviar as rotas do comércio do Saara e aceder às riquezas na África Meridional. Em 1452 a chegada de ouro era em suficiente quantidade para que se cunhassem os primeiros cruzados de ouro.
 
Entre 1444 e 1446 cerca de quarenta embarcações saíram de Lagos. Na década de 1450 descobriu-se o arquipélago de Cabo Verde. Em 1460 a costa estava já explorada até ao que é hoje a Serra Leoa.
 
Entretanto, D. Henrique estava também ocupado com assuntos internos do Reino. Julga-se ter patrocinado a criação, na Universidade de Coimbra, de uma cátedra de Astronomia.
 
Foi também um dos principais organizadores da conquista de Tânger em 1437, que se revelou um grande fracasso, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o Infante Santo), foi lá capturado e aprisionado durante 11 anos, até falecer. A sua reputação militar sofreu um revés e os seus últimos anos de vida foram dedicados à política e à exploração.
 
O Infante D. Henrique fora uma personagem muito intrigante, com uma certa misteriosidade e segredos, também os seus motivos e objectivos das suas navegações foram discutidas e diferenciadas, mas, sem dúvida, foi o condutor da expansão ultramarina.
 
Harold B. Johnson (Dois Estudos Polémicos - Tucson, 2004) apresenta uma tese "instigante" sobre a sexualidade do Infante (que muitos presumem que fosse homossexual).
Fonte: Wikipédia. 
 

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12
Nov06

Aqueduto das Águas Livres

Praia da Claridade

 
Aqueduto das Águas Livres - LISBOA - PORTUGAL
 
 
 

O Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa, Portugal, considerado como o local mais bonito da cidade no virar do século, ergue-se sobre o vale de Alcântara.  A construção de um aqueduto para levar água à cidade deu, a D. João V, a oportunidade para satisfazer a sua paixão pelas construções grandiosas, uma vez que a única área de Lisboa que tinha água era Alfama. O projecto foi pago com o produto de uma taxa sobre a carne, o vinho, o azeite e outros comestíveis.
 
Apesar de só ter sido terminado no século XIX, em 1748 já fornecia água à cidade. A conduta principal mede 19 km, embora o comprimento total, incluindo os canais secundários, seja de 58 km. A sua parte mais conhecida são os 35 arcos sobre o vale, o mais alto dos quais mede 65 metros de altura.
 
O caminho público por cima do aqueduto, esteve fechado desde 1853, em parte devido aos crimes praticados por Diogo Alves, um criminoso que lançava as suas vítimas do alto dos arcos e que foi o último decapitado da História Portuguesa. Hoje é possível dar um passeio guiado por cima dos mesmos. Também é possível, ocasionalmente, visitar o reservatório da Mãe d'Água.
 
Na extremidade do aqueduto, a Mãe d'Água das Amoreiras é uma espécie de castelo que outrora serviu como reservatório. O desenho original, de 1745, foi do arquitecto húngaro Carlos Mardel. Completado em 1834, tornou-se num popular local de encontro para os monarcas e as suas amantes. Hoje o espaço é utilizado para exposições de arte, desfiles de moda e outros eventos.
 
Na primeira fase da sua construção, até à chegada a Lisboa em 1748, contou com a participação de famosos arquitectos e engenheiros militares, nomeadamente António Canevari (italiano), Azevedo Fortes, Silva Pais, Manuel da Maia, Custódio Vieira (autor da arcaria sobre o vale de Alcântara) e Carlos Mardel (húngaro). Manuel da Maia e Carlos Mardel haveriam de ter, após o terramoto de 1755, um papel crucial na reconstrução da Baixa Pombalina.
Fonte: Wikipédia. 
 

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