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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

10
Jun06

Luís Vaz de Camões

Praia da Claridade

 
Monumento a Luis de Camões, Lisboa
 
Monumento a Luis de Camões, Lisboa
 
 
 

Luís Vaz de Camões (c. 1524 - 10 de Junho de 1580) é considerado o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante ou Shakespeare. Das suas obras, a epopeia Os Lusíadas é a mais significativa.
 
 
Origens e Juventude
 
Camões teria nascido em Lisboa por volta de 1524, de uma família de origem galega que se fixou primeiro no Norte (Chaves) e depois irradiou para Coimbra e Lisboa. Foi seu pai Simão Vaz de Camões e mãe Ana de Sá e Macedo. Por via paterna, Camões seria trineto do trovador galego Vasco Pires de Camões, e por via materna, aparentado com o navegador Vasco da Gama. Entre 1542 e 1545, vive em Lisboa, trocando os estudos pelo ambiente da corte de D. João III, conquistando fama de poeta, e feitio altivo. Viveu algum tempo em Coimbra onde teria frequentado o curso de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde tinha um tio padre D. Bento de Camões. Não há registos da passagem do poeta por Coimbra. Em todo o caso, a cultura refinada dos seus escritos torna a única universidade de Portugal do tempo como o lugar mais provável de seus estudos. Ligado à casa do Conde de Linhares, D. Francisco de Noronha, e talvez preceptor do filho D. António, segue para Ceuta em 1549 e por lá fica até 1551. Era uma aventura comum na carreira militar dos jovens, recordada na elegia "Aquela que de amor descomedido". Num cerco, teve um dos olhos vazados por uma seta pela "fúria rara de Marte". Ainda assim, manteve as suas potencialidades de combate. De regresso a Lisboa, não tarda em retomar a vida boémia. São-lhe atribuídos vários amores, não só por damas da corte mas até pela própria irmã do Rei D. Manuel I. Teria caído em desgraça, a ponto de ser desterrado para Constância. Não há, porém, o menor fundamento documental. No dia do Corpo de Deus de 1552 entra em rixa e fere um certo Gonçalo Borges. Preso, é libertado por carta régia de perdão de 7.3.1552, embarcando para a Índia na armada de Fernão Álvares Cabral, a 24 desse mesmo mês.
 
 
Oriente
 
Chegado a Goa, Camões toma parte na expedição do Vice-Rei D. Afonso de Noronha contra o Rei de Chembe. A esta primeira expedição se refere a elegia "O Poeta Simónides falando". Depois Camões fixa-se em Goa onde terá escrito grande parte da sua obra épica. Considerou a cidade como uma "madrasta de todos os homens honestos". Lá estudou os costumes de cristãos e hindus e a geografia e a história locais. Toma parte em mais expedições militares. Entre Fevereiro e Novembro de 1554 vai na armada de D. Fernando de Meneses ao Mar Vermelho, aí sentindo a amargura expressa na canção "Junto de um seco, fero e estéril monte". No regresso é nomeado "provedor-mor dos defuntos nas partes da China" pelo Governador Francisco Barreto, para quem escreveria o "Auto do Filodemo". Em 1556 parte para Macau, onde continuou os seus escritos e onde existe uma célebre gruta com o seu nome. Aí terá escrito boa parte de Os Lusíadas. Naufragou na foz do rio Mekong, onde conservou de forma heróica o manuscrito dos Lusíadas então já adiantados (cf. Lus., X, 128). No naufrágio teria morrido a sua companheira chinesa Dinamene, celebrada em série de sonetos. É possível que datem igualmente dessa época ou tenham nascido dessa dolorosa experiência as redondilhas "Sobolos rios". Regressa a Goa antes de Setembro de 1560 e pede a protecção do Vice-Rei D. Constantino de Bragança num longo poema em oitavas. Aprisionado por dívidas, dirige súplicas em verso ao novo Vice-Rei, D. Francisco Coutinho, Conde do Redondo, para ser liberto. Em 1567, vem para Moçambique, onde, passados dois anos, Diogo do Couto o encontrou, como relata na sua obra, acrescentando que o poeta estava "tão pobre que vivia de amigos". (Década 8.ª da Ásia). Trabalhava então na revisão de Os Lusíadas e na composição de "um Parnaso de Luís de Camões, com poesia, filosofia e outras ciências", obra roubada. Diogo do Couto pagou-lhe a viagem até Lisboa, onde Camões aportou em 1569.
 
 
Os Lusíadas e a obra lírica
 
Os Lusíadas são considerados a principal epopeia da época moderna devido à sua grandeza e universalidade. As realizações de Portugal desde o Infante D. Henrique até à união dinástica com Espanha em 1580 são um marco na História, marcando a transição da Idade Média para a Época Moderna. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia. É uma epopeia humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação do prazer e nas exigências de uma visão heróica.
 
A obra lírica de Camões foi publicada postumamente como "Rimas", não havendo acordo entre os diferentes editores quanto ao número de sonetos escritos pelo poeta e quanto à autoria de algumas das peças líricas. Alguns dos seus sonetos, como o conhecido "Amor é fogo que arde sem se ver", pela ousada utilização dos paradoxos, prenunciam já o Barroco que se aproximava.
 
 
Obras
 
- 1572  -  Os Lusíadas
 
 
Rimas

-  1595  -  Amor é fogo que arde sem se ver
-  1595  -  Eu cantarei o amor tão docemente
-  1595  -  Verdes são os campos
-  1595  -  Que me quereis, perpétuas saudades?
-  1595  -  Sobolos rios que vão
-  1595  -  Transforma-se o amador na cousa amada
-  1595  -  Sete anos de pastor Jacob servia
-  1595  -  Alma minha gentil, que te partiste
-  1595  -  s:Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...
 
 
Teatro

-  1587  -  El-Rei Seleuco
-  1587  -  Auto de Filodemo
-  1587  -  Anfitriões
 
 
 
Os Lusíadas
 
Canto Primeiro
 
 
1ª e 2ª  Estrofes
 
 
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram; 
  
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


10 de Junho:
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

 
09
Jun06

A Natação

Praia da Claridade

A Natação
 
 
 

Natação é a actividade física do homem e de outros animais que consiste em deslocar-se, por meio de movimentos dos braços e pernas, dentro d´água. A natação era originalmente um meio de sobrevivência do homem, que em tempos primitivos precisava fugir de animais maiores ou caçar a sua alimentação por entre rios e lagos. Actualmente a natação é sobretudo um método de lazer e um desporto, sendo utilizada eventualmente para salvar pessoas do afogamento. Também existe o nado associado a trabalho, como no caso dos apanhadores de pérolas, alguns tipos de pescadores e aos cientistas que investigam a fauna e flora marítimas.
 
Diversos animais possuem a capacidade de nadar por instinto; já o homem precisa desenvolvê-la. No entanto, uma vez aprendida, jamais é esquecida. Por movimentar praticamente todos os músculos e articulações do corpo, a prática da natação é considerada um dos melhores exercícios físicos existentes.
 
 
Desporto
 
A natação insere-se dentre os desportos aquáticos. O objectivo de uma competição de natação é determinar qual o nadador mais rápido. Existe uma série de regulamentos acerca das competições da natação. A regra básica separa o modo pelo qual o atleta ganha impulso na água em quatro estilos diferentes:
 
-  crawl
-  costas
-  peito  (ou bruços)
-  borboleta  (ou golfinho ou mariposa)
-  medley  (competição que junta os quatro estilos)
 
 
Cada um desses estilos tem especificações quanto ao posicionamento do tórax do atleta e ao movimento de pernas e braços. No estilo crawl, por exemplo, o atleta posiciona-se com o peito voltado para o fundo da piscina, em posição horizontal no nível d´água; os braços saem da água em posição paralela ao corpo, sendo jogados para frente por cima da água, alternadamente (enquanto um é jogado para frente, o outro braço volta para trás por baixo d´água); as pernas movimentam-se para cima e para baixo também alternadamente. Já no nado borboleta, o atleta também fica com o peito voltado para o fundo da piscina, mas joga os dois braços ao mesmo tempo para frente e produz um movimento também sincronizado com as pernas, para cima e para baixo. No nado de costas o atleta fica com o peito voltado para cima, e as costas voltadas para o fundo da piscina.
 
A piscina oficial de competições mede 50 metros em extensão. Deve conter 8 raias, cada uma de 2,5 metros de largura, com um espaço suplementar mínimo de 20 centímetros ao lado das raias externas. A profundidade deve ser igual ou superior a 1,35 metros. A água deve estar a uma temperatura entre 25 ºC e 28 ºC nas competições.
 
Em âmbito internacional a natação competitiva é organizada pela FINA (Fédération Internationale de Natation).
 
 
Recreio  /  Lazer
 
Como actividade de recreio a natação é muito difundida. Muitos nadadores entram na água apenas para se divertir - tanto em piscinas artificiais quanto em mares, lagos e rios. Embora os estilos de nado para competições sejam utilizados também no lazer, é muito comum que os nadadores usem estilos mais desenvoltos, geralmente mantendo a cabeça fora de água.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

08
Jun06

Adão e Eva

Praia da Claridade

 
Adão e Eva expulsos do Paraíso, gravura de Gustave Doré (1832-1883)
 
Adão e Eva expulsos do Paraíso, gravura de Gustave Doré (1832-1883)
 
 
 

De acordo com o Livro do Génesis da Bíblia, Adão foi o primeiro ser humano, uma nova espécie criada directamente por Deus. Adão, em hebraico, sem o artigo definido, Adam, tem o sentido de "feito do pó do solo", "ser terreno" ou "terrestre". Solo, em hebr. é adamah. Esta palavra aparece relacionada com adom, que significa "vermelho", sugerindo o sentido "de argila (barro)", ou ainda, por extensão, "de terra avermelhada".
 
A narrativa diz que Deus "passou a formar o homem do pó do solo e a soprar nas suas narinas o fôlego de vida (em hebr. nishmat chayim) e ... veio a ser uma alma vivente (em hebr. é lenefésh chayah; em gr. é vertido por psykhén zósan; em lat. ánimam vivéntem)." (Génesis 2:7) Afirma que Adão não tinha uma alma, mas que se tornou numa alma vivente.
 
Tal como Adão, Eva também foi criada directamente por Deus. Diz a narrativa que Deus teria tomado uma costela de Adão enquanto este se encontrava em sono profundo. O nome Eva deriva do hebraico hav.váh, que significa "vivente". No grego, é vertido por zoé, que significa "vida", e não bios. Nisto estará implícito a ideia da maternidade. O papel atribuído à mulher era de uma ajudante e complemento do Homem, e a expressão "tem de se tornar uma só carne", denota o tipo de vínculo que deveria existir entre marido e mulher. (Génesis 2:18, 20-24)
 
Adão e Eva geraram Caim, Abel, Set (também designado como Sete ou Seth), e mais outros filhos e filhas. Segundo Génesis 5:5, Adão teria vivido 930 anos.
 
Segundo a Bíblia, Adão comeu o fruto proibido, da árvore do conhecimento do bem e do mal, e após o ocorrido, toda a Humanidade ficou privada da perfeição e da perspectiva de vida infindável. Surge a noção de pecado herdado - tendência inata de pecar - e a necessidade de um resgate da Humanidade condenada à morte.
 
Orígenes refere-se à tradição judaica [não-bíblica] de que o sepulcro de Adão foi no mesmo lugar da crucifixão de Cristo. A pequena abside (relicário de ossos) aos pés do Calvário (Capela de Adão) perpetua um antigo culto em torno do alegado crânio de Adão.
 
 
Historicidade da Narrativa de Adão e Eva
 
A arqueologia, paleontologia e antropologia, estabelece o aparecimento do Homo Sapiens sapiens (o Homem Moderno), a cerca de 160 mil anos atrás, num período geológico muito recente, a partir da África, no Vale de Omo, no Sudoeste da Etiópia. A evolução biológica da espécie humana é resultado da adaptação do Homo Erectus (o antepassado do Homem Moderno) ao meio em que vivia. Desde então, o Homo Sapiens vem evoluindo e multiplicando-se cada vez mais, tornando-se na espécie dominante do Planeta. Algo muito diferente às crenças religiosas sobre a Origem da Humanidade!
 
Do ponto de vista religioso, esta narrativa é hoje entendida por muitos como enquadrada na época em que foi escrita, e em que os conhecimentos científicos de então eram bastante reduzidos. Assim sendo, tratou-se apenas de mais uma tentativa de explicar a Origem do Universo e da Humanidade. Tal necessidade é bem evidente nas demais religiões ao redor da Terra.
 
A Igreja Católica e outras denominações cristãs na sua larga maioria, reconhecem valor cientifico à teoria da evolução proposta por Darwin e às descobertas arqueológicas subsequentes. Crêem que a narrativa de Adão e Eva não deve ser interpretada à letra. Porém, existem algumas denominações cristãs, mais fundamentalistas quanto à interpretação do texto bíblico, que crêem na criação literal de Adão e de Eva.
 
 
Mitologia sobre a Origem do Homem
 
Cada vez mais se acredita que a história de Adão e Eva não pode ser levada à letra. Para muitos, o seu rigor histórico é plenamente injustificado do ponto de vista factual e temporal. Não se pode negar a existência de Adão e Eva, mas não como o primeiro homem e mulher na Terra.
 
Adão e Eva, ou Enlil e Ninlil para os antigos habitantes da Mesopotâmia, foram uma adaptação das histórias e lendas da altura, colocadas na Bíblia de forma a colaborar com a ideia judaica de uma descendência e raça superior em relação aos demais, por serem originários directos do Ser perfeito, criado pelo próprio Deus. Esta ideia, de certa forma racista, foi fruto da humilhação de um povo que sofreu da privação de uma soberania por ocasião do jugo babilónico.
 
A Bíblia remonta estes dois personagens para uma época por volta de há 6.000 anos atrás. Embora muitos tenham a certeza sobre a impossibilidade deste facto, houve confusão de argumentações quanto à adaptação das crenças religiosas ao conceito evolucionista.
 
Vários documento históricos, como a lista dos reis sumérios (SKL), descrevem genealogias de reis muito anteriores a 6.000 anos, mesmo até anteriores a 10.000 anos - cerca de 39.000 anos para ser preciso.
 
 
Contemporâneos Noditas
 
Temos também a história de Nod, este personagem histórico, cujos feitos são muito anteriores a Adão sendo que a Bíblia se refere às suas terras em Génesis, quando comenta que Caim se retirou do Éden para se juntar às tribos noditas que viviam fora do jardim sagrado.
 
 
Contemporâneos Vanitas
 
Também é de se salientar as histórias sobre Van, o grande amigo e inseparável de Nod. Este Van que fundou as tribos que se estabeleceram mais ao norte, perto do Lago Van que ainda hoje tem o seu nome, são histórias muito anteriores a Adão. E mesmo na sua história existem referências a Eva e seu companheiro como “aqueles que cuidavam do espírito e traziam sabedoria.”
 
As Histórias da Índia e China são também muito anteriores em tempo a 6.000 anos.
 
Outro argumento usado envolve o isolamento das Américas da Europa, por força da movimentação das placas continentais, foi muito anterior a 100.000 anos e mesmo assim, aqueles lugares dos incas, aztecas e maias mantiveram-se tão populosos por diversas espécies como a Europa, a África e o Médio-Oriente.
 
Isto tudo, em conjunto com as descobertas arqueológicas de criaturas que percorreram a face terrestre em datas tão antigas cujos registos eram impossíveis ao homem inculto de então registar, por não possuir meios que perpetuassem o seu conhecimento, levam a maioria dos estudiosos a ponderar e a defender a evolução como a teoria mais concreta a respeito da origem de todas as espécies, incluindo a humana.
 
 
Se realmente Adão e Eva foram reais, e se o seu papel foi a elevação biológica da espécie, ou a motivação espiritual de um povo, eles foram mesmo muito importantes, pois os seus nomes e as suas identidades perpetuaram-se pelos milhares de anos de história deste planeta e vão continuar pelos próximos milhares que estarão para vir.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 
07
Jun06

O Tratado de Tordesilhas

Praia da Claridade

 
Página original do Tratado de Tordesilhas
 
Página original do Tratado de Tordesilhas
 
 

O Tratado de Tordesilhas, assim denominado por ter sido celebrado na povoação castelhana de Tordesillas, foi assinado em a 7 de Junho de 1494, entre Portugal e Castela (parte da actual Espanha), definindo a partilha do chamado Novo Mundo entre ambas as Coroas, um ano e meio após Colombo ter reclamado oficialmente a América para Isabel a Católica. Para seguimento das suas instruções para negociação deste tratado e sua assinatura, designou o Príncipe Perfeito como embaixador à sua prima de Castela (filha de uma infanta portuguesa) a D. Rui de Sousa. Dom Rui de Sousa foi um Fidalgo do Conselho português, descendente por varonia ilegítima da Casa Real pelo rei D. Afonso III, que recebeu mercê do tratamento de "Dom" para si e sua descendência, em recompensa dos seus serviços à Coroa Portuguesa. Foi D. Rui de Sousa, acompanhado por seu filho D. João de Sousa, o embaixador de D. João II que chefiou a missão portuguesa de especial confiança que negociou, e assinou, em 1494, o Tratado de Tordesilhas.
 
 
Antecedentes
 
O início da expansão marítima portuguesa, sob a égide do Infante D. Henrique, levou as caravelas portuguesas pelo oceano Atlântico, rumo ao Sul, contornando a costa africana.
 
Com a descoberta da Costa da Mina, iniciando-se o comércio de marfim, ouro e escravos, a atenção da Espanha foi despertada, iniciando-se uma série de escaramuças no mar, envolvendo embarcações de ambas as Coroas.
 
Portugal, buscando proteger o seu investimento, obteve do Papa, em 1481, a bula Æterni regis, que dividia as terras descobertas e a descobrir por um paralelo na altura das ilhas Canárias, dividindo o mundo em dois hemisférios:
 
- a Norte, para a Coroa de Castela; e
- a Sul, para a Coroa de Portugal.
 
Preservavam-se, desse modo, os interesses de ambas as Coroas, definindo-se, a partir de então, os dois ciclos da expansão: o chamado ciclo oriental, pelo qual a Coroa portuguesa garantia o seu progresso para o Sul e o Oriente, contornando a costa africana (o chamado "périplo africano"); e o que se denominou posteriormente de ciclo ocidental, pelo qual a Espanha se aventurou no oceano Atlântico, para Oeste. Como resultado deste esforço espanhol, Cristóvão Colombo alcançou terras americanas em 1492.
 
Ciente da descoberta de Colombo, mediante as coordenadas geográficas fornecidas pelo navegador, os cosmógrafos portugueses argumentaram que a descoberta, efectivamente se encontrava em terras portuguesas.
 
Desse modo, a diplomacia espanhola apressou-se a obter junto ao Papa Alexandre VI, de origem espanhola, uma nova partição de terras. Esta foi concedida já em Maio de 1493, através da bula Inter cætera, que estipulava que as novas terras descobertas, situadas a Oeste de um meridiano a 100 léguas das ilhas de Cabo Verde pertenceriam à Espanha, enquanto que as terras a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal. A bula excluía todas as terras conhecidas já sob controle de um estado cristão. Os termos dessa bula não agradaram a João II de Portugal, que abriu negociações directas com os soberanos espanhóis Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela para mover a linha mais para Oeste, argumentando que o meridiano em questão se estendia sob todo o globo, limitando assim as pretensões espanholas na Ásia.
 
 
Os termos do tratado
 
A divisão das terras descobertas e a descobrir era estabelecida a partir de um semi-meridiano estabelecido a 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, que se situaria hoje a 46° 37' a oeste do Meridiano de Greenwich.
 
Os termos do tratado foram ratificados pela Espanha a 2 de Julho e por Portugal em 5 de Setembro do mesmo ano.
 
De imediato, os termos do tratado garantiam a Portugal o domínio das águas do Atlântico Sul, essencial para a manobra náutica então conhecida como volta do mar, empregada para evitar as correntes marítimas que empurravam para o Norte as embarcações que navegassem junto à costa sudoeste africana, e permitindo a ultrapassagem do Cabo da Boa Esperança.
 
 
Consequências do tratado
 
Em princípio, o tratado resolvia os conflitos que seguiram à descoberta do Novo Mundo por Cristóvão Colombo. Embora contrariasse a bula de Alexandre VI, foi aprovado pelo Papa Júlio II em uma nova bula, em 1506.
 
Muito pouco se sabia das novas terras, que passaram a ser exploradas pela Espanha. Nos anos que se seguiram Portugal prosseguiu no seu projecto de alcançar a Índia, o que foi finalmente alcançado pela frota de Vasco da Gama, na sua primeira viagem de 1497-1499.
 
Com a expedição de Pedro Álvares Cabral à Índia, a costa do Brasil foi descoberta (Maio de 1500) pelos europeus, o que séculos mais tarde viria a abrir uma polémica historiográfica acerca do "acaso" ou da "intencionalidade" da descoberta. Observe-se que uma das testemunhas que assinaram o Tratado de Tordesilhas, por Portugal, foi o famoso Duarte Pacheco Pereira, um dos nomes ligados a um suposto descobrimento do Brasil pré-Cabralino.
 
Por outro lado, com o retorno financeiro da exploração americana (o ouro espanhol e o pau-brasil português), outras potências marítimas europeias (França, Inglaterra, Países Baixos) passaram a questionar a exclusividade da partilha do mundo entre as nações ibéricas. Esse questionamento foi muito apropriadamente expresso por Francisco I de França, que ironicamente pediu para ver a cláusula no testamento de Adão que legitimava essa divisão de terras. Desse modo, floresceram o corso, a pirataria e o contrabando, enquanto que o mercantilismo e o absolutismo se fortaleciam na Europa. Nesse contexto, eclodiu a Reforma Protestante, esvaziando a autoridade do Papa enquanto mediador das questões de relações internacionais.
 
Concluída a volta ao mundo iniciada por Fernão de Magalhães (1519-1521), uma nova disputa se estabeleceu, envolvendo a demarcação do meridiano pelo outro lado do planeta e a posse das ilhas Molucas (actual Indonésia), importantes produtoras de especiarias. Para solucionar esta nova disputa, celebrou-se o tratado de Saragoça (22 de Abril de 1529).
 
  
 
Aspecto da sala onde foi assinado o Tratado de Tordesilhas
 
Aspecto da sala onde foi assinado o Tratado de Tordesilhas
  Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
06
Jun06

Dia da Besta

Praia da Claridade

 
HOJE,  06/06/06, 
está marcado no calendário mundial como o Dia da Besta

  

Esta sequência de números ocorre uma vez a cada mil anos e para este dia, os satanistas, bruxos e outros, programaram grandes concentrações em várias cidades do mundo.
 
 
6 de Junho de 2006
 
Por causa da data 6 de Junho de 2006 ser abreviada com 06/06/06, atrai a atenção como um dia que deve ter alguma conexão com a Marca da Besta.
 
Marca da Besta ou Número da Besta é, de acordo com a tradição cristã, um número correspondente ao nome da Besta (sinónimo de "diabo"), e que equivale ao 666. De acordo com o Apocalipse, este número será gravado na testa e na mão dos que viverem sob o domínio da Besta.
 
De acordo com as ramificações do Cristianismo há diversas interpretações sobre o significado do número:
 
Diversos ramos defendem que 666 se relacione ao nome ou título de uma pessoa específica. Alguns textos católicos e historiadores defendem que 666 se relacione com Nero César, imperador romano sob a qual o apóstolo João teria sido exilado.
 
  
Evitar o número 666 ???....
 
O número 666 tém um significado peculiar na cultura e psicologia das sociedades ocidentais. Como muitas pessoas tentam evitar o número 13, o número do "azar" (a fobia desse número é chamada "triskaidekafobia"), muitas pessoas procuraram um caminho para evitar o "Número do Diabo". A fobia do número 666 é chamada "Hexakosioihexekontahexaphobia".
  
06
Jun06

O Morcego

Praia da Claridade

 
Morcego gigante Corynorhinus Townsendii
 
 
 

Os morcegos, são os únicos animais mamíferos (ordem Chiroptera) capazes de voar. Os morcegos representam um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo, são cerca de mil espécies que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de 5 cm até 2 m. Enorme capacidade de adaptação a qualquer ambiente e ampla variedade de hábitos alimentares, nunca vista em nenhuma outra ordem animal, pois podem alimentar-se de frutas, néctar, pólen, insectos, artrópodes, pequenos vertebrados e peixes. Somente três espécies se alimentam de sangue, ou seja, são morcegos hematófagos. Dessa maneira contribuem substancialmente para o equilíbrio dos ecossistemas, pois actuam como polinizadores, dispersores de sementes e controladores das populações de insectos. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou "bio-sonar" ou ainda orientação por ecos, que utilizam para voar por entre obstáculos ou para caçar as suas presas.
 
 
Anatomia
 
O osso do metacarpo e o segundo e quinto dedos dos membros anteriores são alongados, e entre eles existe uma membrana, chamada quiropatágio. A membrana estende-se dos dedos até o lado do corpo e deste este até a base dos membro posteriores. A asa inteira de um morcego é chamada patágio. Muitas espécies têm também uma membrana entre os membros posteriores incluindo a cauda. Esta membrana é o uropatágio.
 
O patágio está cheio de delicados vasos sanguíneos, fibras musculares e nervos. No tempo frio, os morcegos enrolam-se nas suas próprias asas como num casaco. No calor eles expandem-nas para refrescar os seus corpos.
 
O polegar e às vezes o segundo dedo dos membros anteriores têm garras, bem como os cinco dedos dos membros posteriores. As garras traseiras permitem aos morcegos agarrarem-se aos galhos ou saliências. Os morcegos também podem mover-se no chão, mas são bastante desajeitados.
 
Todos os morcegos são activos à noite ou ao crepúsculo, portanto os olhos da maioria das espécies são pouco desenvolvidos. Os seus sentidos de olfacto e audição, no entanto, são excelentes.
 
Os dentes parecem-se com os dos insectívoros. São muito agudos, para morder através da armadura de quitina dos insectos ou da casca das frutas.
 
 
Ecolocalização
 
A maioria dos morcegos possui um sentido adicional, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização. Este sentido funciona basicamente da seguinte maneira: o morcego emite ondas ultra-sónicas, ou seja, com frequência muito alta, pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com frequência menor. Esses ecos são percebidos pelo morcego. Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direcções de onde vieram e nas direcções de onde nenhum eco veio, os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, as distâncias, as formas e as velocidades relativas entre eles, no caso de insectos voadores que servem de alimento, por exemplo. Por isso, esse sentido chama-se ecolocalização, ou seja, orientação por ecos, uma habilidade que eles dividem com os golfinhos e as baleias.
 
Também é ser chamado de “bio-sonar”, pois foi a partir deste sistema que foram desenvolvidos sonares de navios e aparelhos de ultra-sons. Na verdade, nenhuma “imitação humana” se compara à qualidade do sistema natural. Assim, os morcegos contam com um poderosíssimo recurso, muito importante para animais que precisam de se orientar à noite ou em ambientes escuros (como cavernas). A eficiência da ecolocalização varia entre as espécies de morcegos, sendo que os de hábito alimentar insectívoro, ou predadores de insectos em geral, possuem esse sistema mais desenvolvido.
 
 
Reprodução
 
Um morcego recém-nascido agarra-se à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente nasce apenas uma. Os morcegos formam frequentemente colónias-berçário, com muitas fêmeas dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa construção. A gestação dura de 2 a 7 meses, variando conforme a espécie. Em algumas espécies duas glândulas mamárias estão situadas entre o peito e os ombros (axilares), mas também podem ser peitorais ou abdominais.
 
A habilidade de voar é congénita, mas após o nascimento as asas são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera tornam-se independentes com a idade de 6 a 8 semanas, os da ordem Megachiroptera não antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros.
 
A expectativa de vida do morcego vai de 10 a 30 anos, variando muito conforme a espécie.
 
 
Inimigos
 
Os morcegos pequenos são às vezes presas de corujas e falcões. De maneira geral, há poucos animais capazes de caçar um morcego. Na Ásia existe uma ave, um tipo de falcão, que se especializou em caçar morcegos. O gato doméstico é um predador regular em áreas urbanas, pega morcegos que estão entrando ou deixando um abrigo, ou no chão. Raramente os morcegos descem ao chão para se alimentar, pode acontecer devido a acidentes enquanto estão aprendendo a voar, em tempo ruim ou como estratégia de aproximação.
 
Os piores inimigos são só parasitas. As membranas, com os seus vasos sanguíneos, são fontes ideais de alimento para pulgas e carrapatos (carraças). Alguns grupos de insectos sugam apenas sangue de morcego, por exemplo a mosca-de-morcego. Nas suas cavernas os morcegos ficam pendurados muito próximos, portanto é fácil para os parasitas infestar novos hospedeiros.
 
 
Transmissor da raiva
 
Ainda que o perigo se resuma aos locais onde a raiva é endémica, dos poucos casos de raiva relatados anualmente, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contacto com seres humanos. Outras mudanças no comportamento do morcego contaminado são actividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contracções musculares e paralisia, seguida de óbito.
 
Embora não se deva ter um medo desmesurado de morcegos, deve-se evitar manipulá-los ou tê-los no lugar onde se vive, tal como acontece com qualquer animal selvagem. Nas regiões onde exista endemia de raiva, se um morcego for encontrado num quarto onde se encontrem crianças, pessoas mentalmente incapacitadas, intoxicadas ou dormindo, ou junto de um animal de estimação, a pessoa ou o animal devem receber imediatamente cuidados médicos para raiva. Os morcegos têm dentes muito pequenos e podem morder uma pessoa adormecida sem que sejam sentidos.
 
Se um morcego for encontrado numa casa e não se puder excluir a possibilidade de exposição, o morcego deve ser capturado e imediatamente encaminhado para um centro local de controle de moléstia para ser observado. Isto também se aplica se o morcego for encontrado morto. Se for certo que ninguém foi exposto ao morcego, ele deve ser retirado da casa. A melhor forma de fazê-lo é fechar todas as portas e janelas, excepto uma para o exterior. O morcego sairá logo.
 
Devido ao risco de raiva e também a problemas de saúde relacionados com as suas fezes, que podem conter, entre outros, os fungos causadores da histoplasmose, os morcegos devem ser retirados das partes habitadas das casas. O site do Centro de Controle de Doenças dos EUA contém informações detalhadas sobre como manejar e capturar um morcego e sobre a manutenção de uma casa para impedir que os morcegos nela se instalem.
 
Nos locais onde a raiva não é endémica, como na maior parte da Europa ocidental, pequenos morcegos podem ser considerados inofensivos. Morcegos grandes podem dar uma mordida desagradável. Trate-os com o respeito devido a qualquer animal silvestre.
 
No Brasil, estão a ser registados no Mato Grosso e em Minas Gerais surtos de raiva transmitida por morcegos hematófagos. Estes surtos são consequência da intensa acção antrópica, que cada vez mais vem tirando os alimentos (por exemplo, aves) e destruindo o habitat natural dos morcegos para a construção de casas e loteamentos. As populações, ao estabelecerem-se na rota de migração dos morcegos, acabam por contrair a doença, que também afecta o gado.
 
 
Aspectos culturais
 
O morcego é sagrado em Tonga, África Ocidental e Bósnia, e frequentemente é considerado a manifestação física de uma alma separada. Os morcegos estão intimamente relacionados com os vampiros, que se diz serem capazes de se metamorfosear em morcegos ou lobos. São também um símbolo de fantasmas, morte e doença. Entre alguns nativos americanos, como os Creeks, Cherokees e Apaches, o morcego é um espírito embusteiro. A tradição chinesa afirma que o morcego é um símbolo de longevidade e felicidade, bem como na Polónia, na região da Macedónia e entre os Árabes e Kwakiutls.
 
Na cultura ocidental o morcego é frequentemente associado à noite e à sua natureza proibida. É um dos animais básicos associados com os caracteres ficcionais da noite, tanto vilões como Drácula, quanto heróis como Batman.
 
No Reino Unido todos os morcegos estão protegidos pelos Decretos da Vida Silvestre e Zona Rural (Wildlife and Countryside Acts), e mesmo perturbar um morcego ou seu ninho pode ser punido com pesada multa.
 
 
Classificação
 
Há duas sub-ordens de morcegos:

1. Megachiroptera, morcegos frugívoros
2. Microchiroptera, morcegos insectívoros
 
Os Megachiroptera são encontrados na África, Oceânia e Ásia. É nessa sub-ordem que se encontram os maiores morcegos do mundo, chamados também de "raposas voadoras", chegando a 2 metros de envergadura e comem frutas. A sub-ordem Microchiroptera contém os mais variados hábitos alimentares, comendo desde frutas (frugívoros) até peixes (piscívoro), e com frequência dependem da ecolocalização para navegação e para encontrar presas. Três espécies se destacam por terem desenvolvido um hábito alimentar por sangue, os hematófagos. (Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus youngii).
 
Acreditava-se que as duas sub-ordens se tinham desenvolvido de forma independente, e que suas características semelhantes eram o resultado de evolução convergente. Mas análises genéticas mostraram que os dois grupos têm um ancestral voador comum.
 
Sabe-se pouco sobre a evolução dos morcegos, já que os seus esqueletos pequenos e delicados não fossilizam bem. Os morcegos fósseis mais antigos encontrados são o Icaronyctens, Archaeonyctnes, Palaeochropteryx e Hassianycteris do Eoceno inferior (cerca de 50 milhões de anos atrás), mas eles já eram muito semelhantes aos Microchiroptera modernos.
 
 
Desenho de esqueleto de morcego
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

05
Jun06

Infante Santo - Fernando de Portugal

Praia da Claridade

 
Infante Santo - Fernando de Portugal
 
 

Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (29 de Setembro 1402 - 5 de Junho 1443), foi um príncipe de Portugal da Dinastia de Avis. Fernando era o sexto filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração. A ínclita geração é o nome dado por historiadores portugueses aos filhos do rei João I de Portugal e de Filipa de Lencastre. O epíteto refere-se ao valor individual destes príncipes que, de várias formas, marcaram a História de Portugal e da Europa.
 
Fernando cedo se mostrou interessado na questão religiosa e, ainda muito jovem, foi ordenado Grão Mestre da Ordem de Avis pelo seu pai. Por ser o irmão mais novo, não tem acesso, como os mais velhos, a tantas riquezas, e intenta pôr-se ao serviço do Papa, do Imperador, ou de outro soberano europeu para ganhar prestígio e prebendas. Por motivação dos irmãos mais velhos acaba por desistir, virando as suas atenções para a luta em Marrocos, da qual lhe poderia vir imensa fortuna.
 
Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada pelo irmão mais velho o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabelece-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415).
 
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte, o que impediu um desfecho favorável à situação.
 
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo patético, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado levam a que Fernando morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
 
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objectivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de toda a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando.
 
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

04
Jun06

Curitiba - Cidade brasileira

Praia da Claridade

 
Curitiba - capital do Estado do Paraná - Brasil
 
Hoje "voamos" até ao BRASIL !... 
 
  

Curitiba é uma cidade brasileira, capital do Estado do Paraná.
 
A sua população de 1.757.904 habitantes, conforme dados recentemente recolhidos pelo IBGE/2005 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esta estatística coloca-a em 7º lugar entre as cidades mais populosas do Brasil, segundo o censo demográfico de 2000.
 
Há duas versões que são aceites hoje para a origem do nome Curitiba: os índios tupi-guarani - Tupi, Jê e Guarani usavam a expressão coré (pinhão) etuba (muito). Outra versão, também em Guarani combina Kurit (pinheiro) e Yba (grande quantidade). Durante a sua história, Curitiba recebeu um grande fluxo de imigrantes europeus, especialmente italianos, poloneses, alemães e ucranianos.
 
A cidade de Curitiba é especialmente conhecida pelas suas soluções urbanas inovadoras, como os autocarros bi-articulados (utilizados nos grandes centros urbanos ao redor do mundo, foi primeiramente utilizado na cidade de Curitiba no estado do Paraná, possui 27 metros de comprimento e tem capacidade de transportar até 230 passageiros) com as suas faixas exclusivas (possui 27 metros de comprimento e tem capacidade de transportar até 230 passageiros) e o "ligeirinho", modelo adoptado por cidades de outros países, inclusive dos Estados Unidos. A área verde da cidade, 51 metros quadrados por habitante, é cerca de três vezes maior que a área mínima recomendada pela UNESCO. Espalhadas pela cidade, estão as Ruas da Cidadania, que são estabelecimentos municipais onde se encontram pontos de comércio, bibliotecas, serviços de acesso à Internet gratuito, entre outros, e lazer, além de órgãos de serviço do governo municipal, estadual e do governo federal. São os únicos lugares na cidade onde o comércio ambulante é permitido.
 
Por todas essas soluções urbanas, Curitiba foi recentemente recomendada pela UNESCO como uma das cidades-modelo para a reconstrução das cidades do Afeganistão. Apesar disto, como qualquer outra metrópole brasileira, Curitiba ainda sofre com alguns problemas sociais, como a existência de favelas em torno do município e de moradores de rua. O índice de criminalidade, no entanto, ainda é baixo, se comparado com outras cidades do mesmo porte.
 
 
História
 
A região de Curitiba começou a ser povoada por volta de 1630, por habitantes vindos de Paranaguá (litoral do Estado do Paraná), onde havia sido descoberto o ouro de aluvião, formando o povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, que foi elevado a vila em 1693. Sem muitos recursos minerais, a região fez com que muitos dos moradores se deslocassem para a região de Minas Gerais. Durante muito tempo, a vila não foi mais do que uma passagem do transporte de gado dos campos de Viamão, no Rio Grande do Sul, a Minas Gerais. O desenvolvimento na cidade começou a partir do início do século XIX, com a exploração e exportação da erva-mate, sendo elevada à categoria de cidade em 1842. Em 1853, o sul e sudoeste da província de São Paulo separam-se desta, formando a nova província do Paraná, da qual Curitiba se torna capital.
 
A partir de 1867, a cidade começa a receber levas de imigrantes, na sua maioria eslavos e italianos. Durante o século XX, especialmente na última metade, a cidade passa a ter um grande incremento populacional, já consolidada como pólo regional de comércio e serviços, tornando-se uma das cidades mais ricas do Brasil e pioneira em muitas soluções urbanísticas.
 
 
Demografia
 
Na formação histórica, a demografia é o resultado da miscigenação das três etnias que compõem a população curitibana: o índio, o português e o negro. Mais tarde, com a chegada dos imigrantes europeus, especialmente poloneses, italianos e alemães, formou-se um conjunto de culturas.
 
 
Imigrantes
 
O processo de desenvolvimento populacional tanto da cidade como do município teve origem com a imigração europeia. Os alemães a partir de 1833; em 1871, os italianos; e por último, os poloneses e ucranianos. Actualmente a cidade é o centro da cultura polonesa no Brasil. Em 1876, existiam vinte colónias agrícolas compostas de vários grupos étnicos, os quais abrigavam, além de agricultores, outros profissionais. Merecem destaque as colónias de imigrantes japoneses e sírio-libaneses. Actualmente, essa expansão foi substituída pelas migrações internas, cujos elementos vieram principalmente de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
 
 
Localização geográfica
 
Curitiba, capital do Estado do Paraná, situada no primeiro planalto, na sua parte menos ondulada, também denominado platô curitibano, este fica nas coordenadas 25º25'04" Sul de latitude e longitude 49º14'30" Oeste (Maack). A sua altitude de 934,6 m. acima do nível do mar supera a de qualquer outra capital estadual. A cidade ocupa uma superfície de 430,9 km².
 
 
Clima
 
O seu clima é subtropical húmido, sem estação seca, com Verões suaves e Invernos relativamente frios, pela classificação de Köppen. O índice pluviométrico alcança 1.500 mm em média por ano, pois as chuvas são uma constante do clima local. Este facto em parte deve-se ao grande desmatamento da Serra do Mar, barreira natural de humidade.
 
A grande altitude dá à cidade características próprias, como um Inverno mais frio do que as demais capitais do Brasil. 
É caracterizada por ter temperaturas médias anuais mais baixas e geadas periódicas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

03
Jun06

Estrelas Gigantes Vermelhas

Praia da Claridade

 
Uma gigante vermelha comparada com o Sol e outras estrelas
 
Uma gigante vermelha comparada com o Sol e outras estrelas
  
 
 

Em astronomia, gigantes vermelhas são estrelas que anteriormente tinham um tamanho equivalente ao do Sol (até 4 vezes a massa solar) mas esgotaram o suprimento de hidrogénio no seu núcleo. Durante a fase inicial de vida, a estrela esteve queimando hidrogénio no núcleo a uma temperatura de 2x107K (kelvin) e transformando-o em Hélio.
 
 
Evolução
 
Basicamente, o processo é a fusão entre protões (hidrogénio ionizado) que se convertem em partículas alfa (núcleos de Hélio totalmente ionizado) uma vez que a esta temperatura os electrões não conseguem ficar presos aos núcleos.
 
 
Diagrama de Hertzsprung-Russell
 
De acordo com o Diagrama de Hertzsprung-Russell, uma gigante vermelha é uma estrela enorme que não faz parte da Sequência Principal e pela Classificação Estelar é uma estrela entre as classes K ou M; Exemplos incluem Aldebaran e Arcturus.
 
 
Da Sequência Principal até à Gigante
 
Todas as estrelas na Sequência Principal, como o Sol, terão a sua fase de gigante. Durante a sua fase de desenvolvimento inicial, na qual ela se encontra na sequência principal, a estrela esteve a queimar Hidrogénio e acumulando Hélio (já que a temperatura nesta fase não é suficiente para usar o Hélio como combustível).
 
 
Colapso gravitacional
 
O Hélio produzido nesta primeira fase foi-se acumulando, devido à gravidade, no próprio núcleo. Quando a estrela esgotar o stock de hidrogénio no núcleo as reacções no centro da estrela começarão a esgotar-se até parar. A estrela então entra em colapso gravitacional. As camadas interiores colapsam mais rapidamente que as exteriores e, devido à compressão, a temperatura do núcleo volta novamente a subir. Este novo aumento de temperatura permite uma nova fase de queima de hidrogénio na casca ao redor do núcleo, chamada de queima de casca. Esta queima de casca é um processo rápido uma vez que a casca ainda se está colapsando e a temperatura subindo. A luminosidade então aumenta, e no diagrama HR a estrela começa a deslocar-se da sequência principal em direcção ao topo superior direito. A camada externa da estrela expande-se devido à nova onda de energia vinda do interior. A estrela está a tornar-se uma Sub-gigante e posteriormente tornar-se-á uma Gigante vermelha.
 
 
Temperatura superficial
 
Na superfície da estrela a quantidade de energia resultando da fusão está agora distribuída por uma área muito maior e portanto a sua temperatura de superfície será mais fria que antes e a estrela começa a avermelhar, de onde vem portanto o nome Gigantes vermelhas. Apesar da sua temperatura ser menor, as gigantes vermelhas são muito brilhantes devido ao seu enorme tamanho.
 
 
O Sol
 
Quando o Sol se tornar uma gigante vermelha o seu raio irá incorporar as órbitas de Mercúrio e Vénus e talvez até a da própria Terra. Mesmo que a Terra não seja engolida pelo Sol, a sua temperatura será tão alta que a atmosfera e os oceanos ter-se-ão evaporado e a vida na Terra estará extinta.
 
Durante esta primeira fase de colapso, logo após o esgotamento do Hidrogénio no núcleo, a estrela poderá atingir a temperatura necessária para que ela entre numa nova fase e passe a queimar Hélio (para isto a temperatura no núcleo deverá chegar a 3x108K, mais que 10 vezes a necessária para a queima de Hidrogénio). Estrelas massivas da sequência principal ao passarem por este processo tornam-se Super-gigantes, como Betelgeuse na constelação de Orion. Betelgeuse é uma estrela de brilho variável e é a 10ª ou 12ª estrela mais brilhante no firmamento.
 
 
Hélio
 
Numa estrela com massa menor que 2,5 a massa do Sol, a adição de Hélio vinda da queima de Hidrogénio na casca, irá causar um Flash de Hélio; uma queima abrupta de Hélio no núcleo, após o qual a estrela entra num breve período estável de queima de Hélio. Neste período a fusão do Hélio no núcleo liberta mais energia por segundo do que quando a estrela estava no sequência principal. O equilíbrio hidrostático será mantido até que o combustível do núcleo se esgote novamente.
 
 
Oscilação
 
As estrelas massivas podem entrar e sair da fase de gigante vermelha várias vezes, a cada etapa queimando nos seus núcleos um combustível mais pesado que na etapa anterior. Neste casos estas estrelas estão no que se chama de Braço assintótico gigante. Estrelas como o nosso Sol podem sintetizar átomos até o Carbono e Oxigénio. Estrelas mais pesadas podem sintetizar átomos com peso atómico até igual o do ferro.
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02
Jun06

O Muro das Lamentações

Praia da Claridade

 
Jerusalém - O Muro das Lamentações e a Cúpula da Rocha
 
Jerusalém - O Muro das Lamentações e a Cúpula da Rocha
 
 

Em Jerusalém, o Muro Ocidental, mais conhecido como o Muro das Lamentações, é um dos locais sagrados do judaísmo. Trata-se do único vestígio presumido do antigo templo de Herodes, erigido por Herodes o Grande no ano de 70 d.C. no lugar do templo de Jerusalém inicial. Segundo a Bíblia, durante o reinado de Salomão, foi construído um grande templo para abrigar a Arca da Aliança, com as tábuas dos Mandamentos de Deus.
 
A Arca da Aliança é descrita na Bíblia como o objecto em que as tábuas dos Dez Mandamentos teriam sido guardadas, e também como veículo de comunicação entre Deus e o seu povo escolhido. A Arca foi objecto de veneração entre os hebreus até ao seu desaparecimento, presumivelmente quando da conquista de Jerusalém por Nabucodonosor, rei da Babilónia.
 
Os judeus vão orar no Muro das Lamentações e depositar seus desejos por escrito.
 
Antes da sua reabilitação por Israel, após a Guerra dos Seis Dias, o local servia de depósito de lixo.
 
Cúpula da Rocha ou Domo da Rocha é um dos nomes dados à Mesquita de Omar muçulmana que está construída sobre uma "rocha sagrada" no Monte Moriah. A rocha foi considerada como um santuário e altar por Abraão, Jacob e outros profetas. David e Salomão também consideraram o local como sagrado. A Cúpula da Rocha foi o lugar de partida da Al Miraaj (viagem aos céus realizada pelo profeta Maomé).
 
O Domo da Rocha recebeu o seu nome devido à grande rocha — ainda actualmente exposta dentro da Mesquita — que constitui uma das razões pelas quais Jerusalém é considerada Cidade Santa por várias religiões.
 
Segundo a tradição judaica, foi naquela rocha que Abraão preparou o sacrifício do seu filho Isaac a Deus e onde, mil anos antes de Cristo, o Rei Salomão construiu o primeiro templo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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