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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

19
Ago05

A Lua...

Praia da Claridade

 
A  LUA
 
 
 

A Lua é o único satélite natural da Terra. Vista da Terra apresenta fases e tem sempre a mesma face virada para a Terra. O período de rotação é igual ao período de translação. A Lua não tem atmosfera e apresenta, embora muito escassa, água no estado sólido (em forma de cristais de gelo). Não tendo atmosfera, não há erosão e a superfície da Lua mantém-se intacta durante milhões de anos. É apenas afectada pelas colisões com meteoritos.

 

É a principal responsável pelos efeitos de maré que ocorrem na Terra, em seguida vem o Sol, com uma participação menor. Pode-se dizer do efeito de maré aqui na Terra como sendo a tendência de os oceanos acompanharem o movimento orbital da Lua. Esse efeito causa um atrito com o fundo dos oceanos, atrasando o movimento de rotação da Terra cerca de 0,002 segundos por século, e como consequência, a Lua afasta-se do nosso planeta em média 3 cm por ano.

A Lua é, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema Solar. A sua massa é tão significativa em relação à massa da Terra que o eixo de rotação do sistema Terra-Lua encontra-se fora do eixo central de rotação da Terra. Alguns astrónomos usam este argumento para afirmar que vivemos num dos componentes de um planeta duplo. De qualquer modo, a presença da Lua actua estabilizando o movimento de rotação da Terra.

Formação da Lua

A origem da Lua é incerta, mas as similaridades no teor dos elementos encontrados tanto na Lua como na Terra indicam que ambos os corpos podem ter tido uma origem comum.

Nesse aspecto, alguns astrónomos e geólogos alegam que a Lua se teria desprendido de uma massa incandescente de rocha liquefeita primordial, recém-formada, através da força centrífuga. Outra corrente supõe que o choque de um planeta entretanto desaparecido e denominado Theia, ainda no princípio da formação do planeta, teria forçado a expulsão de uma massa de rocha líquida, que teria sido aprisionada pelo campo gravitacional do corpo maior. Esta teoria recebeu o nome de Big Splash.

Há ainda um grupo de teóricos que acreditam que, seja qual for a forma como surgiram, haveria dois satélites naturais orbitando a Terra: o maior seria a Lua, e o menor teria voltado a chocar com a Terra, formando as massas continentais.

Exploração Lunar

No início da década de 60 o presidente John F. Kennedy colocou como meta para os Estados Unidos da América o envio de um Homem à Lua, antes do fim da década. Este desafio foi concretizado no projecto Apollo. Em 20 de Julho de 1969 Neil Armstrong tornou-se o primeiro Homem a caminhar na Lua.

Existem grupos que duvidam deste evento, alegando ser a Lua transmitida pela televisão, um cenário montado, e todo o evento teria sido usado como propaganda do regime dos Estados Unidos durante a Guerra Fria
.
Fonte: Wikipédia.
 

 
19
Ago05

Poema...

Praia da Claridade

“ MINHA TERRA ”


“Quanto é grato em terra estranha
Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;


Ouvir a pátria linguagem
Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos — da terra amada!


E em tristes serões d'inverno,
Tendo a face contra o lar,
Lembrar o sol que já vimos,
E o nosso ameno luar!


Certo é grato; mais sentido
Se nos bate o coração,
Que para a pátria nos voa,
P'ra onde os nossos estão!


Depois de girar no mundo
Como barco em crespo mar,
Amiga praia nos chama
Lá no horizonte a brilhar.


E vendo os vales e os montes
E a pátria que Deus nos deu,
Possamos dizer contentes:
Tudo isto que vejo é meu!


Meu este sol que me aclara,
Minha esta brisa, estes céus:
Estas praias, bosques, fontes,
Eu os conheço — são meus!


Mais os amo quando volte,
Pois do que por fora vi,
A mais querer minha terra,
E minha gente aprendi. ”

( Gonçalves Dias -
1823/1864 )

18
Ago05

As formigas...

Praia da Claridade

 
Formigas: rainha e obreiras

Formigas: rainha e obreiras

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As formigas, o grupo mais popular dentre os insectos, são interessantes porque formam níveis avançados de sociedade, ou seja, a eu-socialidade. Todas as formigas, algumas vespas e abelhas, são considerados como insectos eu-sociais, fazendo parte da ordem Hymenoptera. As formigas estão incluídas em uma única família (Formicidae), sendo que existiam 12.351 espécies descritas (Formicidae) em meados de Março de 2008, distribuídas por todas as regiões do planeta, excepto nas regiões polares. De acordo com Ted R. Schultz, em "In search of ant ancestors", as formigas são indiscutivelmente o género animal de maior sucesso na história da terrestre constituindo 15 à 20% de toda a biomassa terrestre.
 
Acredita-se que o surgimento das formigas na Terra deu-se durante o período Cretáceo (há mais de 100 milhões de anos) e pensa-se que elas evoluíram a partir de vespas que tinham aparecido durante o período Jurássico.
 
Por vezes, confundem-se as térmitas (cupins) com as formigas, mas pertencem a grupos distintos.
 
As formigas distinguem-se dos outros insectos – mas algumas destas características são comuns a alguns tipos de vespas - por apresentarem:
  • Uma casta de obreiras sem asas;
  • As fêmeas são prognatas (peças bucais no acron);
  • Presença de um "saco infrabucal" entre o lábio e a hipofaringe;
  • Antenas articuladas, com o artículo distal alongado (exceto nas subfamílias Armaninae e Sphecomyrminae);
  • Glândula metapleural nas fêmeas, abrindo na base das patas posteriores;
  • Segundo segmento abdominal formando um “pecíolo” (pouco diferenciado nas Armaniinae);
  • As asas anteriores não apresentam nervuras ramificadas;
  • A rainha perde as asas depois da cópula, que é realizada em voos de milhares de indivíduos.
O estudo das formigas denomina-se mirmecologia.
 
 
Organização social das formigas
 
Embora nem todas as espécies de formigas construam formigueiros, muitas fazem autênticas obras de engenharia, normalmente subterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc.
 
As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas e a cada tipo de tarefa corresponde um tipo de indivíduos diferente, muitas vezes chamados castas.
 
A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas, perde as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos. Os machos aparecem apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um voo em que participam milhares de fêmeas e machos alados; depois da fecundação, os machos não são autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente.
 
As restantes funções – procura de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas estéreis, as obreiras. Em certas espécies, as obreiras que realizam as diferentes funções estão também divididas em castas. Normalmente, as que se ocupam da defesa – ou para o ataque, uma vez que algumas espécies são predadoras de animais que podem ser maiores que elas - têm as peças bucais extremamente grandes e fortes.
 
Existem também outras 2 funções: a de operário e a de soldado. As operárias tomam conta dos bebés-formigas, fazem a limpeza da casa e vão atrás de comida. Já as formigas soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso.
 
 
Desenvolvimento
 
As pequenas formigas desenvolvem-se por metamorfoses completas, passando por um estado larvar equivalente à lagarta dos outros insectos e pelo estado de pupa. A larva não tem pernas e é alimentada pelas obreiras por um processo chamado trofalaxia, no qual a obreira regurgita alimentos por ela ingeridos e digeridos. Os adultos também distribuem alimento entre si por este processo. As larvas e pupas precisam de temperatura constante para se desenvolverem e, por isso, são transferidas para câmaras diferentes, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento.
 
A diferenciação em castas é determinada pelo tipo de alimento que recebem nos diferentes estados larvares e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta aparecem abruptamente.
 
 
Comportamento das formigas


Comunicação
 
As formigas se comunicam por uma química chamada feromonas, esses sinais de mensagens são mais desenvolvidos na espécie das formigas que em outros grupos de himenópteros. Como as formigas passam a vida em contacto com o solo, elas deixam uma trilha de feromónio que pode ser seguida por outras formigas. Quando uma obreira encontra comida ela deixa um rastro no caminho de volta para a colónia, e esse é seguido por outras formigas que reforçam o rastro quando elas voltam à colónia. Quando a comida acaba, as trilhas não são remarcados pelas formigas que voltam e o cheiro se dissipa. Esse comportamento ajuda as formigas a se adaptarem à mudanças em seu meio. Quando um caminho estabelecido para uma fonte de comida é bloqueado por um novo obstáculo, as obreiras o deixam para explorar novas rotas. Se bem sucedida, a formiga retorna e marca um novo rastro para a rota mais curta. Trilhas bem sucedidas, são seguidas por mais formigas, e cada uma o reforça com mais feromónio (as formigas seguirão a rota mais fortemente marcada). A casa é sempre localizada por pontos de referência deixados na área e pela posição do sol; os olhos compostos das formigas têm células especializadas que detectam luz polarizada, usados para determinar direcção. As formigas usam feromónio para outros propósitos também. Uma formiga esmagada emitirá um alarme de feromónio, o qual em alta concentração leva as formigas mais próximas a um furor de ataque; e em baixa concentração, as atrai. Para confundir inimigos, várias espécies de formigas também usam feromónios, que os fazem lutar entre eles mesmos.
 
Como outros insectos, as formigas sentem o cheiro com longas e finas antenas. As antenas têm como cotovelos ligados ao primeiro segmento alongado; e visto que vêm em pares-como visão binocular ou equipamento de som estereofónico elas obtêm informações sobre direcção e intensidade. Quando duas formigas se encontram, tocam as antenas e as feromonas que estiverem presentes fornecem informação sobre o estado de alimentação de cada uma, o que pode levar à trofalaxia, ou seja, uma delas regurgita a comida para a outra. A rainha produz uma feromona especial que indica às obreiras quando devem começar a criar novas rainhas.
 
As formigas atacam e defendem-se mordendo ou picando, por vezes injectando compostos químicos no animal atacado, em especial, o ácido fórmico.
 
 
Tipos de formigas
 
Há uma grande diversidade de formigas e dos seus comportamentos:
  • As formigas-correição, da América do Sul e de África, não constroem formigueiros permanentes e alternam entre uma vida nómada e a organização de abrigos temporários formados pelos corpos das obreiras. As sociedades reproduzem-se, quer por voos nupciais, quer por divisão do grupo, em que um grupo de obreiras se separa e cava um ninho para criar novas rainhas. Os membros de cada grupo distinguem-se pelo olfacto e normalmente atacam outros intrusos.
     
  • Algumas formigas atacam outros formigueiros, roubam as pupas e criam-nas como obreiras – como escravos! Algumas espécies, como a formiga da Amazónia (por exemplo, Polyergus rufescens), tornaram-se totalmente dependentes destes escravos, ao ponto de, sem eles, serem incapazes de se alimentar.
     
  • As “formigas-pote-de-mel” criam obreiras especiais, cuja única função é armazenar comida nos seus próprios corpos para o resto do grupo, ficando geralmente imóveis, com grandes abdomens cheios de comida. Em locais secos, mesmo desertos, em África, América do Norte e Austrália, estas formigas são consideradas um “petisco” delicioso.
     
  • As “formigas-tecelãs" (Oecophylla) constroem ninhos em árvores cosendo folhas, que juntam formando pontes de obreiras e depois cosendo-as com seda que obtêm de larvas criadas para esse efeito.
     
  • As “formigas-cortadoras” dos géneros Atta e Acromyrmex pertencem à tribo Attini, e vivem exclusivamente nas Américas, do norte da Argentina até o sul dos Estados Unidos. Ao contrário do que se pensa, as formigas não se alimentam ingerindo as folhas que cortam (mas podem ingerir exsudatos açucarados destas folhas). Alimentam-se do fungo que elas cultivam dentro do formigueiro. Elas possuem várias castas, com funções específicas na manutenção da colónia (operárias, soldados, operárias do jardim). Umas cortam e/ou carregam folhas, flores e ramos, outras cuidam da limpeza e da defesa da colónia, e outras ainda do cultivo do fungo e do cuidado com os filhotes, chamados larvas. As formigas da casta das "jardineiras", cortam as folhas e, ao fazê-lo, aproveitam para se alimentarem da seiva exudada. Estas folhas são carregadas para o interior do formigueiro, onde formigas de outra casta se encarregarão de triturá-las para o cultivo de um fungo de cor branca, base da sua alimentação. O fungo supre as necessidades alimentares de todas as formigas que vivem exclusivamente dentro do formigueiro, como as larvas, e da rainha. Esta, por sua vez, se encarrega de colocar os ovos durante toda a vida e, através de seus descendentes, perpetua a colónia. São conhecidas 14 espécies de formigas cortadeiras do género Atta e mais de 25 espécies do género Acromyrmex.
 
Relações das formigas com outros organismos
 
Algumas espécies de afídeos segregam um líquido doce que normalmente é desperdiçado, mas as formigas recolhem-no e, ao mesmo tempo, protegem os afídeos de predadores e chegam a transportá-los para locais com melhor comida.
 
Uma relação parecida existe com as lagartas mirmecófilas (“amigas das formigas”) que são criadas por algumas formigas. Estas levam-nas a “pastar” durante o dia e recolhem-nas ao formigueiro à noite. As lagartas têm uma glândula que segrega igualmente um líquido doce que as formigas “mungem”, massajando o local onde está a saída da glândula.
 
Ao contrário, existem lagartas mirmecófagas (que comem formigas): estas lagartas segregam uma feromona que faz as formigas pensarem que a lagarta é uma das suas larvas, levam-nas para o formigueiro, onde as lagartas se alimentam das larvas das formigas.
 
 
Humanos e formigas
 
As formigas são úteis porque podem ajudar a exterminar outros insectos daninhos e a aerificar o solo. Por outro lado, podem tornar-se uma praga quando invadem as casas, jardins e campos de cultivo. As “formigas-carpinteiras” destroem a madeira furando-a para fazer os seus ninhos.
 
Algumas espécies, chamadas “formigas-assassinas”, têm a tendência de atacar animais muito maiores que elas, quer para se alimentarem, quer para se defenderem. É raro atacarem o homem, mas podem dar picadas muito dolorosas e, se forem em grandes números, podem causar dano permanente ou matar por alergia grave.
 
As formigas encontram-se em muitas fábulas e histórias infantis da cultura ocidental, representando o trabalho e esforço cooperativo, assim como agressividade e espírito de vingança. Em partes de África, as formigas são consideradas mensageiras dos deuses. Algumas religiões dos índios norte-americanos, como os Hopi, consideram as formigas como os primeiros habitantes do mundo. Outras usam picadas de formigas em cerimónias de iniciação, como teste de resistência.
 
 
Tempo de Vida
 
Desde a etapa em que são ovos, até se tornarem adultas, as formigas demoram entre 6 a 10 semanas. Algumas trabalhadoras podem viver até 7 anos, enquanto que as rainhas conseguem viver mais de 15 anos.
Fonte: Wikipédia.
 
 
Tenha muito cuidado, porque neste momento, um batalhão de formigas pode estar a atacar o seu computador (estes "vírus" podem ver-se !...). Pode ser no teclado, no monitor ou na caixa principal do PC !!!...  As formigas são bichos friorentos e o calor dos equipamentos permite que elas fiquem "todas contentes" em qualquer estação do ano, dedicando-se ao que elas mais gostam de fazer: reproduzirem-se aos biliões... E então, se tiverem perto uns rebuçados, açúcar, doces... elas saberão dar conta deles, chegando mesmo a percorrer grandes distâncias se estiverem "esfomeadas"... ou para renovar o seu armazém de mantimentos, quem sabe... no seu próprio computador !...
Nunca pensou nisso ?...
 
 
17
Ago05

Hino de Portugal

Praia da Claridade

"A Portuguesa",  que hoje é um dos símbolos nacionais de Portugal (o seu Hino Nacional),  nasceu como uma canção de cariz patriótico em resposta ao ultimato britânico para que as tropas portuguesas abandonassem as suas posições em África, no denominado "Mapa cor-de-rosa".

Em Portugal, a reacção popular contra os ingleses e contra a monarquia, que permitia esse género de humilhação, manifestou-se de várias formas. "A Portuguesa" foi composta em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil, e foi utilizada desde cedo como símbolo patriótico mas também republicano. Aliás, em 31 de Janeiro de 1891, numa tentativa falhada de golpe de Estado que pretendia implantar a república em Portugal, esta canção já aparecia como a opção dos republicanos para hino nacional, o que aconteceu, efectivamente, quando, após a instauração da República a 5 de Outubro de 1910, a Assembleia Nacional Constituinte a consagrou como símbolo nacional em 19 de Junho de 1911  (na mesma data foi também adoptada a bandeira nacional).

A Portuguesa, proibida pelo regime monárquico, que originalmente tinha uma letra um tanto ou quanto diferente (mesmo a música foi sofrendo algumas alterações) - onde hoje se diz "contra os canhões", dizia-se "contra os bretões", ou seja, os ingleses - veio substituir o Hymno da Carta,  então o hino da monarquia.

Em 1956, existiam no entanto várias versões do hino, não só na linha melódica, mas também nas instrumentações, especialmente para banda, pelo que o governo nomeou uma comissão encarregada de estudar uma versão oficial de A Portuguesa. Essa comissão elaborou uma proposta que seria aprovada em Conselho de Ministros a 16 de Julho de 1957, mantendo-se o hino inalterado deste então.

Nota-se na música uma influência clara do hino nacional francês, La Marseillaise, também ele um símbolo revolucionário.

O hino é composto por três partes, cada uma delas com duas quadras (estrofes de quatro versos), sendo as duas primeiras quadras seguidas do refrão, uma quintilha (estrofe de cinco versos). É de salientar que, das três partes do hino, apenas a primeira parte é usada em cerimónias oficiais, sendo as outras duas partes praticamente desconhecidas.

A Portuguesa é executada oficialmente em cerimónias nacionais, civis e militares, onde é prestada homenagem à Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República. Do mesmo modo, em cerimónias oficiais no território português por recepção de chefes de Estado estrangeiros, a sua execução é obrigatória depois de ouvido o hino do país representado.

A Portuguesa é mencionada no § 2° do Artigo 11° da Constituição
:
"2. O Hino Nacional é A Portuguesa".


A Portuguesa


Data:     1890 (com alterações de 1957)
Letra:    Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil

I
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!

Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu.

Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d`amor,
E o teu Braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.

Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!


Alfredo Keil  foi um compositor de música, pintor, poeta, arqueólogo e coleccionador de arte português. Nasceu em 8 de Julho de 1854 em Lisboa e morreu em 4 de Outubro de 1907 em Hamburgo, na Alemanha. Era filho de João Cristiano Keil e de Maria Josefina Stellflug, ambos de origem alemã, que se tinha estabelecido em Portugal. Estudou desenho e música em Nuremberga, numa academia dirigida pelo pintor Kremling. Em 1870, devido à guerra Franco-Prussiana, regressa a Portugal. Em 1890, o ultimato da Inglaterra a Portugal ofereceu a Alfredo Keil a inspiração para a composição da música do canto patriótico "A Portuguesa", com versos de Henrique Lopes de Mendonça. A cantiga tornou-se popular em todo o país e seria mais tarde feita Hino Nacional de Portugal - "A Portuguesa".

Henrique Lopes de Mendonça, historiador, dramaturgo e romancista (1856-1931), casado com Amélia Bordalo Pinheiro, teve dois filhos que deixaram também o nome ligado às letras e artes: Virgínia Lopes de Mendonça (1881-1969) contista e dramaturga, e Vasco Lopes de Mendonça (1881-1963), ceramista e caricaturista.
Foi autor da letra de "A Portuguesa", Hino Nacional de Portugal.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

17
Ago05

Muro de Berlim

Praia da Claridade

O Muro de Berlim  foi um símbolo vivo da divisão da Alemanha em duas entidades, a República Federal Alemã e a República Democrática Alemã. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: o Bloco Ocidental, que era constituído pelos países democráticos encabeçados pelos Estados Unidos da América, e o Bloco de Leste, ou Soviético, constituído pelos países comunistas e anti-democráticos, tendo à sua frente a União Soviética.

Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme, 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.
Este Muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.

O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, acto inicial da reunificação das duas Alemanhas, que formaram finalmente a República Alemã, acabando também a divisão do mundo em dois blocos.
Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
16
Ago05

Os Spywares

Praia da Claridade

Spyware  consiste num software de computador que recolhe a informação sobre um usuário do computador e transmite então esta informação a uma entidade externa sem o conhecimento ou o consentimento informado do usuário.

Ele pode entrar de várias formas no sistema, através de sites, e-mails de produtos, entre outros, mas a forma mais popular é através de programas "freeware", dentre ele podemos citar, entre muitos, o Kazaa Media Desktop; entretanto existem versões (livres de spywares) desse programa, exemplo: Kazaa Lite.

Spywares, o que você precisa saber sobre eles

Qualquer pessoa que usa a Internet está susceptível de ter o seu computador invadido por uma praga digital, muito mais perigosa e complexa do que os vírus. Estes são os chamados Spywares. Na realidade, segundo pesquisas de empresas anti-spyware, quatro em cada cinco computadores ligados à Internet estão comprometidos. O termo spyware é amplamente usado para definir dois tipos de ameaças, os spywares propriamente ditos e os adwares. Os spywares são, pelo que podemos retirar da tradução à letra do termo em inglês spyware, programas espiões. Eles são instalados sem o consentimento ou conhecimento do usuário, e têm com função principal, capturar informações sobre o próprio usuário. Essas informações podem ser emails digitados, números de cartão de crédito, contas de banco, endereços de email para serem usados em spam (emails em massa não solicitados, as famosas “Malas directas”) ou até mesmo para usar o modem do seu computador para, "telefonicamente" marcar números de provedores de conteúdo pornográfico (ou outros conteúdos geralmente internacionais),  em princípio sem o utilizador se aperceber...

A forma mais comum (entre muitas outras...) que os spywares utilizam para ter acesso a um computador, é através de página pornográfica ou de conteúdo adulto, principalmente páginas que prometem acesso gratuito a uma infinidade de colecções de fotos ou vídeos, que na maioria das vezes são páginas construídas somente com a finalidade de “infectar” o computador com os programas e que aparecem muitas vezes sem darmos por elas... Isso levanta a questão de como os fabricantes de sistemas operacionais e navegadores de Internet podem deixar que isso aconteça. O grande problema é que os softwares levam no máximo 30% da culpa.

Os usuários, na sua grande maioria, não entendem o que está acontecendo, e acabam por permitir que os programas sejam instalados, sem saber. Quase sempre, antes de algum spyware tentar ser gravado e executado na máquina do usuário, o navegador mostra um aviso de segurança (dependendo do Sistema Operativo e das configurações), perguntando se o cliente deseja instalar o tal programa, e levado pela falta de conhecimento, e pelas promessas enganosas do site, o operador do PC clica no famigerado “Sim” que aparece na caixa de segurança. Acontece, é claro,  o programa ser instalado sem aparecer nenhuma caixa de escolha ou selecção, e quando isso sucede, é porque o spyware utilizou-se de uma falha do navegador ou sistema operacional. Neste caso realmente não se tem escolha, a não ser utilizar um navegador alternativo (existem muitos navegadores bons, às vezes até melhores do que o Internet Explorer, como por exemplo, o Mozilla Firefox, em www.getfirefox.com) ou um sistema operacional diferente (como o linux, que é gratuito).

Ainda existe a possibilidade dos programas maliciosos serem instalados através de um email recebido pelos programas convencionais de email, ou até mesmo inseridos pelo navegador quando o utilizador do PC entra num site que, à partida, é inofensivo.

Os Adwares são programas de propaganda. Eles monitorizam a sua actividade na Internet, podendo criar um padrão de utilização, para mostrar propagandas, os famosos “pop-ups”, páginas que ficam aparecendo, mostrando propagandas, tanto on-line como off-line. Esta segunda categoria de programas costuma ser menos nociva, pois não costuma recolher informações pessoais, embora isso não seja uma regra exacta. Estes programas, na sua grande maioria, são anexados a outros programas.  Os criadores dos programas utilizam-se deste recurso para gerar um lucro sobre um programa que é gratuito ao usuário. Há alguns anos atrás eram utilizados propagandas dentro dos próprios programas, como banners ou textos comerciais, mas agora são utilizados anexos de terceiros para fazer a função.

Além de colocar em risco a segurança dos usuários, expor menores a conteúdo pornográfico pode ser extremamente complicado. Mas há muitos outros sites por onde esses spywares entram...  sem notarmos pela sua presença. Os spywares tornam os computadores mais lentos, diminuindo os seus recursos, e acabam por dar prejuízo, porque para serem removidos, apesar de existirem vários programas para remover estas pragas, muitas vezes eles acabam corrompendo arquivos ou o registo do sistema operacional, obrigando a recorrer a uma reinstalação do sistema operacional completo, o que é geralmente muito incómodo.
A melhor solução para este problema é, como sempre, o bom senso, evitar páginas de conteúdo adulto, promessas que não podem ser cumpridas e o famigerado “Sim” nas caixas de avisos de segurança. Mas, mesmo assim, não nos livramos de ser atacados por essas "pragas"...  Por isso, actualmente, toda a segurança é pouca !... 
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
16
Ago05

Os Antivírus

Praia da Claridade

Os antivírus são softwares que detectam e eliminam vírus de computador.

Existe uma grande variedade de produtos com esse intuito no mercado, a diferença entre eles está nos métodos de detecção, no preço e nas funcionalidades  (o que fazem).

Quando
Peter Norton, fundador da Symantec  e empresário de TI, apagou acidentalmente um arquivo, desenvolveu o Norton Utilities para restaurá-los. Ele criou o Symantec, em 1981, dando início à criação e comercialização de softwares de seguranças no mercado, e livros sobre o assunto. Ele foi um dos primeiros desenvolvedores de sistemas de segurança.

A primeira contaminação por um vírus de computador, ocorreu em 1988, utilizando uma
BBS como meio. Uma BBS (acrónimo inglês de Bulletin Board System) é um sistema informático, um software, que permite a ligação (conexão) via telefone a um sistema através do seu computador e interagir com ele. Sendo assim, John McAfee, programador da Lockheed Air Corporation, empresa de aviação americana, desenvolveu o VirusScan, primeira vacina conhecida.

Um dos principais motivos que levam à criação de novos vírus é justamente fazer com que eles se espalhem e fiquem a atormentar-nos por dias, semanas ou até meses. Os seus criadores procuram incessantemente falhas nos sistemas operacionais, servidores de Internet ou aplicativos conhecidos e que estejam instalados na maioria dos computadores do mundo. Uma vez descoberta a brecha, o vírus (também chamado de "verme" do inglês "worm") é lançado. Espalha-se com uma rapidez assustadora e em poucas horas provoca caos na Internet e prejuízos astronómicos.

Não necessariamente esses produtos são pagos, e também não existe relação entre custo e eficiência, exemplo disso é o
AVG, muito usado actualmente e que possui versão gratuita.

Importante ressaltar que a maioria dos fabricantes (mesmo aqueles onde os softwares são pagos) distribuem vacinas e actualizações gratuitas, assim como "pequenos antivírus" para eliminar vírus específicos, como quando surge um vírus novo com alto grau de propagação e perigoso (geralmente vírus enviados por e-mail e que se reenviam automaticamente).

O segredo do antivírus é mantê-lo actualizado diariamente, e essa é uma tarefa que a maioria deles já faz automaticamente, bastando estar ligado à Internet para ser "puxado" do site do fabricante a actualização e estar configurado para isso.

Os
vírus informáticos apareceram e propagaram-se em larga escala devido à má gestão e programação de certos produtos que foram lançados para o mercado antes de serem devidamente testados.  Um vírus é um pedaço de um programa que, como um vírus biológico, faz cópias de si mesmo e se espalha anexando-se a um hospedeiro, o programa infectado.

Problemas de Segurança

Todo o software
Microsoft  (a Microsoft Corporation é a maior e mais conhecida empresa de software do mundo. Foi fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen )  está susceptível a graves problemas de segurança devido aos vírus informáticos que são encontrados quase que diariamente. Como é, certamente, o sistema operacional mais utilizado, é o mais visado por programadores (cujo objectivo é prejudicar - ou interferir no maior número de usuários possível), e devido à sua forma de desenvolvimento, é muito susceptível a falhas de segurança, abrindo brechas para a criação (e instalação) de vírus.

O surgimento do movimento
OpenSource contribuiu para o desenvolvimento de softwares melhores, a cada dia, e a segurança de sistemas mais seguros.  O termo OpenSource  ou Software Livre, refere-se aos softwares que são fornecidos aos seus usuários com a liberdade de executar, estudar, modificar e repassar (com ou sem alterações) sem que, para isso, os usuários tenham que pedir permissão ao autor do programa.

Acção


  • Detecção de vírus conhecidos
  • Análise Heurística
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Alguns Antivírus

  • Norton AntiVírus - Symantec
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  • Panda Antivírus - Panda Software

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
15
Ago05

O Canal do Panamá

Praia da Claridade
O Canal do Panamá é um canal de 82 km que corta o
istmo do Panamá, ligando assim o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico. Devido à forma em S do Panamá, o Atlântico situa-se a oeste do canal e o Pacífico a leste, invertendo a orientação usual.

O canal tem dois grupos de eclusas no lado do Pacífico e um no lado do Atlântico. No lado Atlântico, as portas maciças de aço das eclusas triplas de Gatún têm 21 m de altura e pesam 745 toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor de 30 kW é suficiente para abri-las e fechá-las.
O
lago Gatún, que fica a 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o canal passa pela falha de Gaillard e desce em direcção ao Pacífico, primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no lago Miraflores, a 16,5 m acima do nível do mar, e depois através de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direcções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos aparelhos ferroviários. O lado do Pacífico é 24 cm mais alto do que o lado do Atlântico, e tem marés muito mais altas.

Diversas ilhas situam-se no lago Gatún, incluindo a ilha Barro Colorado, um famoso santuário mundial de vida selvagem.

História

O sonho de um canal atravessando o istmo da América Central tem as suas origens há séculos, e houve sérias discussões sobre a possibilidade da sua construção a partir dos anos 1820. As duas rotas mais favoráveis eram as rotas através do Panamá e através da Nicarágua, com uma rota através do istmo de Tehuantepec, no México, como terceira opção. A rota através da Nicarágua foi seriamente considerada e sobrevive até hoje. O caminho-de-ferro do Panamá foi construído através do istmo de 1850 a 1855. A funcionalidade dessa linha ferroviária foi um ponto-chave no plano de construção do canal do Panamá.

Antes da construção do canal do Panamá, a rota mais rápida para se viajar de barco de Nova Iorque à Califórnia era pelo Cabo Horn, no sul da América do Sul, uma rota longa e perigosa. Após o sucesso do Canal do Suez, no Egipto, os franceses estavam convencidos que eles conseguiriam ligar outros oceanos com pouca dificuldade. Ferdinand de Lesseps, que dirigiu a construção do Canal do Suez, foi inicialmente chamado para dirigir a construção deste novo canal, e a construção começou, finalmente, em 1 de Janeiro de 1880.

No entanto, havia uma vasta diferença entre escavar areia numa área seca e plana e remover enormes quantidades de pedras no meio da floresta tropical. Enchentes, desmoronamentos de barro e altas taxas de mortalidade por causa da malária, da febre amarela e de outras doenças tropicais acabaram por forçar os franceses a abandonarem o projecto, no episódio que ficou conhecido como os Escândalos do Panamá.

O presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt estava convencido de que os Estados Unidos podiam terminar o projecto, e reconheceu que o controle dos E.U. da passagem do Atlântico ao Pacífico seria de uma importância militar e económica considerável. O Panamá fazia então parte da Colômbia, de modo que Roosevelt começou as negociações com os colombianos para obter a permissão necessária. No início de 1903, o Tratado Hay-Herran foi assinado pelos dois países, mas o Senado colombiano não o ratificou. No que foi então, e ainda hoje é, um movimento polémico, Roosevelt deu a entender aos rebeldes panamianos que, se eles se revoltassem contra a Colômbia, a marinha dos Estados Unidos apoiaria a causa de independência panamiana. O Panamá acabou por proclamar a sua independência em 3 de Novembro de 1903, e o navio norte-americano U.S.S. Nashville, em águas panamianas, impediu toda e qualquer interferência colombiana.

Quando as lutas começaram, Roosevelt ordenou à Marinha dos Estados Unidos para estacionar os navios de guerra perto da costa panamiana para "exercícios e treinos". Muitos argumentam que o medo de uma guerra contra os Estados Unidos obrigou os colombianos a evitarem uma oposição séria ao movimento de independência. Os panamianos vitoriosos devolveram o favor a Roosevelt permitindo aos Estados Unidos o controle da Zona do Canal do Panamá em 23 de Fevereiro de 1904 por US$ 10 milhões (como previsto no Tratado Hay-Bunau-Varilla, assinado em 18 de Novembro de 1903).

O primeiro sucesso dos Estados Unidos foi eliminar a febre amarela, que matou tantos trabalhadores. Baseado nos trabalhos do médico cubano Juan Carlos Finlay, Walter Reed tinha descoberto em Cuba, durante a Guerra Hispano-Americana, que a doença era transmitida por mosquitos. Vinte mil trabalhadores franceses tinham morrido da doença; no entanto, as novas medidas sanitárias introduzidas pelo Dr. William C. Gorgas eliminaram a febre amarela em 1905 e melhoraram as condições de higiene e trabalho.

O primeiro engenheiro-chefe do projecto foi John Findlay Wallace. Atrapalhado pelas doenças e pela escassa organização, o seu trabalho não foi bom, e ele acabou por se demitir após 1 ano. O segundo engenheiro-chefe, John Stevens, construiu a maior parte da infra-estrutura necessária para a construção do canal, incluindo a construção de casas para os trabalhadores, a reconstrução do caminho-de-ferro do Panamá para acomodar o transporte de carga pesada e o projecto de um método eficiente de remoção dos restos da escavação por comboio. Ele demitiu-se em 1907. O coronel George Washington Goethals foi o último engenheiro-chefe, e a sua direcção do projecto foi muito apreciada. O trabalho ainda era difícil, mas diversos progressos foram feitos.

De Lesseps insistira num canal a nível do mar, mas os engenheiros franceses jamais encontraram uma solução para o problema causado pelo rio Chagres, que atravessava a linha do canal diversas vezes. O Chagres era passível de diversas cheias durante a estação das chuvas, e um canal a nível do mar implicaria a drenagem total do rio. O plano do canal a eclusas, finalmente escolhido por Stevens e construído por Goethals, controlou o Chagres através de um imenso aterro, formando uma barragem, em Gatún. O lago artificial resultante não somente fornecia a água e a energia hidroeléctrica para operar as eclusas, como também constituía uma "ponte de água" que cobria um terço da distância através do istmo. Sob a liderança de Goethals, o trabalho de engenharia no canal foi dividido na construção de represas, eclusas e lagos em ambos os lados, e o grande trabalho de escavação através da falha continental em Culebra, hoje conhecida como Falha de Gaillard. Mesmo com a mudança do plano inicial de um canal ao nível do mar para um canal a eclusas, o volume final escavado foi de quase quatro vezes o valor estimado inicialmente por Lesseps.

O presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson apertou o botão para a explosão do dique de Gambôa em 10 de Outubro de 1913, completando assim a construção do canal. Diversos trabalhadores das Índias Ocidentais trabalharam no canal, e sua mortalidade oficial eleva-se a 5.609 mortos.

Quando o canal entrou em actividade em 15 de Agosto
de 1914, era uma maravilha tecnológica. Uma complexa série de eclusas permitia até mesmo a passagem dos maiores navios. O canal foi um trunfo estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e revolucionou os padrões de transporte marítimo. Os Estados Unidos usaram o canal durante a Segunda Guerra Mundial para revitalizar a sua frota devastada no Pacífico. Alguns dos maiores navios que os Estados Unidos tiveram que enviar pelo canal foram porta-aviões, em particular o Essex. Eles eram tão largos que, apesar das eclusas poderem contê-los, os postes de luz que ladeiam o canal tiveram que ser removidos para que pudessem passar. Os mais largos navios que podem atravessar o canal são conhecidos como Panamax.

O canal e a Zona do Canal em redor foram administrados pelos Estados Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá, como previsto pelo Tratado Torrijos-Carter, assinado em 7 de Setembro de 1977, no qual o presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter cede aos pedidos de controle dos panamianos. O tratado previa uma passagem gradual do controle aos panamianos, que terminou pelo controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro de 1999.

O Panamá tem, desde então, melhorado o Canal, quebrando recordes de tráfego, financeiros e de segurança ano após ano.

O Canal do Panamá foi declarado uma das Sete maravilhas do mundo moderno pela Sociedade dos Estados Unidos de Engenheiros Civis.
Fonte: Wikipédia
 
14
Ago05

Batalha de Aljubarrota

Praia da Claridade

A Batalha de Aljubarrota decorreu no final da tarde de 14 de Agosto de 1385, entre tropas portuguesas comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano de D. Juan I de Castela. A batalha deu-se no campo de S. Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça no centro de Portugal. O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos e o fim da crise de 1383-1385, e a consolidação de D. João I como rei de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. A paz com Castela só veio a estabelecer-se em 1411.

Prelúdio

No fim do século XIV, a Europa encontrava-se a braços com uma época de crise e revolução. A Guerra dos Cem Anos devastava a França, epidemias de peste negra levavam vidas em todo o continente, a instabilidade política dominava e Portugal não era excepção.

Em 1383, El-rei D. Fernando morreu sem um filho varão que herdasse a coroa. A sua única filha era a infanta D. Beatriz, casada com o rei D. João de Castela. A burguesia mostrava-se insatisfeita com a regência da Rainha D. Leonor Teles e do seu favorito, o Conde Andeiro e com a ordem da sucessão, uma vez que isso significaria anexação de Portugal por Castela. As gentes alvoroçaram-se em Lisboa, o Conde Andeiro foi morto e o povo pediu ao mestre de Avis, filho natural de D. Pedro I de Portugal, que ficasse por regedor e defensor do Reino.

O período de interregno que se seguiu ficou conhecido como crise de 1383-1385. Finalmente a 6 de Abril de 1385, D. João, mestre da Ordem de Avis, é aclamado rei pelas cortes reunidas em Coimbra, mas o rei de Castela não desistiu do direito à coroa de Portugal, que entendia advir-lhe do casamento. Em Junho invade Portugal à frente da totalidade do seu exército e auxiliado por um contingente de cavalaria francesa.

Disposição da hoste portuguesa

Quando as notícias da invasão chegaram, João I encontrava-se em Tomar na companhia de D. Nuno Álvares Pereira, o condestável do reino, e do seu exército. A decisão tomada depois de alguma hesitação foi a de enfrentar os castelhanos antes que pudessem levantar novo cerco a Lisboa. Com os aliados ingleses, o exército português intersectou os invasores perto de Leiria. Dada a lentidão com que os castelhanos avançavam, D. Nuno Álvares Pereira teve tempo para escolher o terreno favorável para a batalha, assistido pelos experientes ingleses. A opção recaiu sobre uma pequena colina de topo plano rodeada por ribeiros, perto de Aljubarrota. Pelas dez horas da manhã do dia 14 de Agosto, o exército tomou a sua posição na vertente norte desta colina, de frente para a estrada por onde os castelhanos eram esperados. Seguindo o mesmo plano de outras batalhas do século XIV (Crécy e Poitiers são bons exemplos), as disposições portuguesas foram as seguintes: cavalaria desmontada e infantaria no centro da linha, rodeadas pelos flancos de archeiros ingleses, protegidos por obstáculos naturais (neste caso ribeiros). Na retaguarda, aguardavam os reforços comandados por D. João I de Portugal em pessoa. Desta posição altamente defensiva, os portugueses observaram a chegada do exército castelhano protegidos pela vertente da colina.

A chegada dos castelhanos

A vanguarda do exército de Castela chegou ao teatro da batalha pela hora do almoço, sob o Sol escaldante de Agosto. Ao ver a posição defensiva ocupada por aquilo que considerava os rebeldes, o rei de Castela tomou a acertada decisão de evitar o combate nestes termos. Lentamente, devido aos 30,000 soldados que constituíam o seu efectivo, o exército castelhano começou a contornar a colina pela estrada a nascente. As patrulhas castelhanas tinham verificado que a vertente Sul da colina tinha um desnível mais suave e era por aí que pretendiam atacar.

Em resposta a este movimento, o exército português inverteu a sua disposição e dirigiu-se à vertente Sul da colina. Uma vez que era muito menos numeroso e tinha um percurso mais pequeno pela frente, o contingente português atingiu a sua posição final ao início da tarde. Para evitar o nervosismo dos soldados e manter a moral elevada, D. Nuno Álvares Pereira ordenou a construção de um conjunto de trincheiras e covas de lobo em frente à linha de infantaria. Esta táctica defensiva, muito típica dos exércitos ingleses, foi talvez uma sugestão dos aliados britânicos presentes no terreno.

Pelas seis da tarde, os castelhanos estão prontos para a batalha. De acordo com o registo escrito por El-rei de Castela depois da batalha, os seus soldados estavam bastante cansados do dia de marcha em condições de muito calor. Mas não havia tempo para voltar atrás e a batalha começou.

A batalha

A iniciativa de começar a batalha partiu de Castela, com uma típica carga da cavalaria francesa: em força, de forma a romper a linha de infantaria adversária. Mas tal como sucedeu na batalha de Crécy, os archeiros colocados nos flancos e o sistema de trincheiras fizeram a maior parte do trabalho. Muito antes de entrar em contacto com a infantaria portuguesa, já a cavalaria se encontrava desorganizada e confusa, dado o medo dos cavalos em progredir em terreno irregular e à eficácia da chuva de flechas que sobre eles caía. As baixas da cavalaria foram pesadas e o efeito do ataque nulo. A retaguarda castelhana demorou em prestar auxílio e, em consequência, os cavaleiros que não morreram foram feitos prisioneiros pelos portugueses.

Depois deste percalço, a restante e mais substancial parte do exército castelhano entrou na contenda. A sua linha era bastante extensa, pelo elevado número de soldados. Ao avançar em direcção aos portugueses, os castelhanos foram forçados a desorganizar as suas próprias fileiras, de modo a caber no espaço situado entre os ribeiros. Enquanto os castelhanos se desorganizavam, os portugueses recolocaram as suas forças dividindo a vanguarda de D. Nuno Álvares em dois sectores, de modo a enfrentar a nova ameaça. Vendo que o pior ainda estava para chegar, D. João I de Portugal ordenou a retirada dos archeiros ingleses e o avanço da retaguarda através do espaço aberto na linha da frente. Foi então que os portugueses necessitaram chamar todos os homens ao combate e tomaram a decisão de executar os prisioneiros franceses.

Esmagados entre os flancos portugueses e a retaguarda avançada, os castelhanos lutaram desesperadamente por uma vitória. Nesta fase da batalha, as baixas foram pesadas para ambos os lados, principalmente no lado de Castela e no flanco esquerdo português, recordado com o nome Ala dos Namorados. Ao pôr-do-sol a posição castelhana era já indefensável e com o dia perdido, D. João de Castela ordenou a retirada. Os castelhanos debandaram desordenados do campo de batalha. Soldados e povo das redondezas seguiam no seu encalço e não hesitavam em matar os fugitivos.

Da perseguição popular surgiu uma lenda portuguesa em torno da batalha: uma mulher, de seu nome Brites de Almeida, recordada como a Padeira de Aljubarrota, muito forte alta e com seis dedos em cada mão, emboscou e matou pelas próprias mãos muitos castelhanos em fuga. Esta história é apenas uma lenda popular, mas o massacre que se seguiu à batalha é histórico. (Brites de Almeida, a Padeira de Aljubarrota, foi uma figura lendária de heroína portuguesa, cujo nome anda associado à vitória dos portugueses, contra as forças castelhanas, na batalha de Aljubarrota (1385). Com a sua pá de padeira, teria morto sete castelhanos que encontravam escondidos num forno).

O dia seguinte

Na manhã de 15 de Agosto, a catástrofe sofrida pelos castelhanos ficou bem à vista: os cadáveres eram tantos que chegaram para barrar o curso dos ribeiros que flanqueavam a colina. Para além de soldados, morreram também muitos fidalgos castelhanos, o que causou luto em Castela até 1387. A cavalaria francesa sofreu em Aljubarrota mais uma derrota contra tácticas defensivas de infantaria, depois de Crécy e Poitiers. A batalha de Azincourt, já no século XV, mostrou que Aljubarrota não foi o último exemplo.

Com esta vitória, D. João I tornou-se no rei incontestado de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. Para celebrar a vitória e agradecer o auxílio divino que acreditava ter recebido, D. João I mandou erigir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória  ( Mosteiro da Batalha )  e fundar a vila da Batalha.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
14
Ago05

Presidente da República

Praia da Claridade

O Presidente da República Portuguesa  é, a par da Assembleia da República, do Governo e dos Tribunais, um órgão de soberania.
As suas funções constitucionais são fundamentalmente as de representação da República Portuguesa, de garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições, sendo ainda, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.

O Presidente da República é eleito pelos cidadãos, por sufrágio directo e universal, para um mandato de 5 anos, não podendo ser reeleito para um terceiro mandato consecutivo. As candidaturas são propostas por cidadãos eleitores (num mínimo de 7500 e num máximo de 15000)  e o candidato para ser eleito tem, necessariamente, de obter mais de metade dos votos validamente expressos. Para esse efeito, se necessário, realizar-se-à uma segunda votação com os dois candidatos mais votados no primeiro sufrágio.

O Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente da República.

Divisão de poderes

  • O Presidente da República exerce as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas e nomeia e exonera, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas.
  • O Presidente da República pode dissolver a Assembleia da República, o que implica a necessidade de convocação de novas eleições parlamentares e após a realização destas, a demissão do Governo.
  • O Presidente da República nomeia o Primeiro Ministro tendo em conta os resultados eleitorais e nomeia os restantes membros do Governo sob proposta do Primeiro Ministro. Pode, por outro lado, demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas.
  • Os órgãos de governo próprios das regiões autónomas podem ser dissolvidos pelo Presidente da República, por prática de actos graves contrários à Constituição.
  • O Presidente da República declara o estado de sítio e de emergência, ouvido o Governo e sob autorização da Assembleia da República.
  • Sob proposta do Governo e mediante autorização da Assembleia da República, o Presidente da República pode declarar a guerra em caso de agressão efectiva ou iminente e fazer a paz.
  • O Presidente da República promulga ou assina e, consequentemente, pode vetar a promulgação ou assinatura de leis, decretos-leis, decretos regulamentares e restantes decretos do Governo.
  • No domínio das suas competências nas relações internacionais, o Presidente da República ratifica os tratados internacionais.
  • O Presidente da República decide sobre a convocação do referendo cuja realização lhe seja proposta pela Assembleia da República.
  • O Presidente da República pode requerer ao Tribunal Constitucional a apreciação preventiva da constitucionalidade de normas constantes de convenções internacionais ou de decretos que lhe tenham sido enviados para promulgação como lei orgânica, lei ou decreto-lei.
  • O Presidente da República nomeia e exonera, em alguns casos sob proposta do Governo, titulares de importantes órgãos do Estado como sejam os Ministros da República para as regiões autónomas, o Presidente do Tribunal de Contas e o Procurador Geral da República, cinco membros do Conselho de Estado e dois vogais do Conselho Superior da Magistratura.
  • O Presidente da República nomeia os embaixadores e os enviados extraordinários, sob proposta do Governo, e acredita os representantes diplomáticos estrangeiros.
  • O Presidente da República, ouvido o Governo, indulta e comuta penas.

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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