24 de Abril:
dia de 24 horas de quadrinhos (evento anual de produção de quadrinhos)
A banda desenhada, BD, história em quadrinhos ou HQ (em Portugal também é designada popularmente por livros aos quadradinhos) é uma forma de arte sequencial que conjuga texto e imagens sequencialmente organizadas com o objectivo de contar histórias dos mais variados géneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas.
Através da actual BD é possível remontar aos tipos de registro pictórico utilizados pelo homem pré-histórico para representar, por meio de desenhos, suas crenças e o mundo ao seu redor. Ao longo da História da Humanidade esse tipo de registro desenvolveu-se de várias formas, desde os hieróglifos egípcios até à própria escrita alfabética.
Na sua história mais recente, a banda desenhada encontra os seus precedentes nas sátiras políticas publicadas por jornais ingleses e norte-americanos, que traziam caricaturas acompanhadas de comentários ou pequenos diálogos humorísticos entre os personagens retratados. Mais tarde esse recurso daria origem aos "balões", recurso gráfico que indica ao leitor qual dos personagens em cena está a "falar" (donde o termo italiano "fumetti" - os balões lembram fumaça saindo da boca dos interlocutores).
Apesar do nascimento exacto ser tema de controvérsia, a maioria dos autores parece concordar que, a despeito de qualquer trabalho precursor isolado, a paternidade dessa forma de arte cabe aos EUA. Foi lá que os cânones das actuais HQs primeiro se fixaram para, só então, ganharem o mundo.
Entre esses cânones, além do já citado balão, podem ser destacados: o uso de sinais gráficos convencionados (como as onomatopeias para a tradução dos sons, pequenas estrelas sobre a cabeça de um personagem indicando dor ou tontura, o próprio formado do balão pode indicar o volume ou tom da fala e até mesmo informar que se trata de um pensamento); uso da "calha" para separar um quadro de outro e estabelecer um sentido de evolução no tempo entre as cenas representadas; uso de cartelas ou recordatórios para estabelecer uma "voz do narrador" dentro da história; entre outros.
Com a popularização das "mídias" impressas, a partir da viragem do século XIX para o XX a banda desenhada tornou-se imensamente popular em todo o mundo. A sua linguagem é cada vez mais apurada e, apesar de ser muitas vezes tratada como uma forma de expressão menor, o seu respeito nos meios académicos vem crescendo a cada dia.
Os quadrinhos, quadradinhos ou banda desenhada, são lidos pelas mais diversas faixas etárias, desde crianças em idade de alfabetização a idosos coleccionadores.
Apesar de nunca ter sido oficialmente baptizado, os quadrinhos receberam diferentes nomes ditados de acordo com as circunstâncias específicas de diversos países em que se estabeleceu. Por exemplo, nos EUA, convencionou-se chamar de comics, pois as primeiras historinhas eram de humor, cómicas; na França, eram publicadas em tiras - bandes - diariamente nos jornais e ficaram conhecidas por bandes-dessinées; na Itália, ganharam o nome dos balõezinhos ou fumacinhas (fumetti) que indicam a fala das personagens; na Espanha, chamou-se de tebeo, nome de uma revista infantil (TBO), da mesma forma que, no Brasil, chamou-se por muito tempo de gibi (também nome de uma revista). Tudo, no entanto, se refere à mesma coisa: uma forma narrativa por meio de imagens fixas, ou seja, uma história narrada em sequência de pequenos quadros. Nesse sentido, o nome utilizado no Brasil seria o mais adequado: uma história em quadrinhos.
No Japão são chamados Mangás que, por sua história e ampla diversidade, merecem um verbete à parte.
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