06
Jun06
O Morcego
Praia da Claridade
Os morcegos, são os únicos animais mamíferos (ordem Chiroptera) capazes de voar. Os morcegos representam um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo, são cerca de mil espécies que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de 5 cm até 2 m. Enorme capacidade de adaptação a qualquer ambiente e ampla variedade de hábitos alimentares, nunca vista em nenhuma outra ordem animal, pois podem alimentar-se de frutas, néctar, pólen, insectos, artrópodes, pequenos vertebrados e peixes. Somente três espécies se alimentam de sangue, ou seja, são morcegos hematófagos. Dessa maneira contribuem substancialmente para o equilíbrio dos ecossistemas, pois actuam como polinizadores, dispersores de sementes e controladores das populações de insectos. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou "bio-sonar" ou ainda orientação por ecos, que utilizam para voar por entre obstáculos ou para caçar as suas presas.
Anatomia
O osso do metacarpo e o segundo e quinto dedos dos membros anteriores são alongados, e entre eles existe uma membrana, chamada quiropatágio. A membrana estende-se dos dedos até o lado do corpo e deste este até a base dos membro posteriores. A asa inteira de um morcego é chamada patágio. Muitas espécies têm também uma membrana entre os membros posteriores incluindo a cauda. Esta membrana é o uropatágio.
O patágio está cheio de delicados vasos sanguíneos, fibras musculares e nervos. No tempo frio, os morcegos enrolam-se nas suas próprias asas como num casaco. No calor eles expandem-nas para refrescar os seus corpos.
O polegar e às vezes o segundo dedo dos membros anteriores têm garras, bem como os cinco dedos dos membros posteriores. As garras traseiras permitem aos morcegos agarrarem-se aos galhos ou saliências. Os morcegos também podem mover-se no chão, mas são bastante desajeitados.
Todos os morcegos são activos à noite ou ao crepúsculo, portanto os olhos da maioria das espécies são pouco desenvolvidos. Os seus sentidos de olfacto e audição, no entanto, são excelentes.
Os dentes parecem-se com os dos insectívoros. São muito agudos, para morder através da armadura de quitina dos insectos ou da casca das frutas.
Ecolocalização
A maioria dos morcegos possui um sentido adicional, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização. Este sentido funciona basicamente da seguinte maneira: o morcego emite ondas ultra-sónicas, ou seja, com frequência muito alta, pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com frequência menor. Esses ecos são percebidos pelo morcego. Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direcções de onde vieram e nas direcções de onde nenhum eco veio, os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, as distâncias, as formas e as velocidades relativas entre eles, no caso de insectos voadores que servem de alimento, por exemplo. Por isso, esse sentido chama-se ecolocalização, ou seja, orientação por ecos, uma habilidade que eles dividem com os golfinhos e as baleias.
Também é ser chamado de “bio-sonar”, pois foi a partir deste sistema que foram desenvolvidos sonares de navios e aparelhos de ultra-sons. Na verdade, nenhuma “imitação humana” se compara à qualidade do sistema natural. Assim, os morcegos contam com um poderosíssimo recurso, muito importante para animais que precisam de se orientar à noite ou em ambientes escuros (como cavernas). A eficiência da ecolocalização varia entre as espécies de morcegos, sendo que os de hábito alimentar insectívoro, ou predadores de insectos em geral, possuem esse sistema mais desenvolvido.
Reprodução
Um morcego recém-nascido agarra-se à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente nasce apenas uma. Os morcegos formam frequentemente colónias-berçário, com muitas fêmeas dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa construção. A gestação dura de 2 a 7 meses, variando conforme a espécie. Em algumas espécies duas glândulas mamárias estão situadas entre o peito e os ombros (axilares), mas também podem ser peitorais ou abdominais.
A habilidade de voar é congénita, mas após o nascimento as asas são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera tornam-se independentes com a idade de 6 a 8 semanas, os da ordem Megachiroptera não antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros.
A expectativa de vida do morcego vai de 10 a 30 anos, variando muito conforme a espécie.
Inimigos
Os morcegos pequenos são às vezes presas de corujas e falcões. De maneira geral, há poucos animais capazes de caçar um morcego. Na Ásia existe uma ave, um tipo de falcão, que se especializou em caçar morcegos. O gato doméstico é um predador regular em áreas urbanas, pega morcegos que estão entrando ou deixando um abrigo, ou no chão. Raramente os morcegos descem ao chão para se alimentar, pode acontecer devido a acidentes enquanto estão aprendendo a voar, em tempo ruim ou como estratégia de aproximação.
Os piores inimigos são só parasitas. As membranas, com os seus vasos sanguíneos, são fontes ideais de alimento para pulgas e carrapatos (carraças). Alguns grupos de insectos sugam apenas sangue de morcego, por exemplo a mosca-de-morcego. Nas suas cavernas os morcegos ficam pendurados muito próximos, portanto é fácil para os parasitas infestar novos hospedeiros.
Transmissor da raiva
Ainda que o perigo se resuma aos locais onde a raiva é endémica, dos poucos casos de raiva relatados anualmente, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contacto com seres humanos. Outras mudanças no comportamento do morcego contaminado são actividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contracções musculares e paralisia, seguida de óbito.
Embora não se deva ter um medo desmesurado de morcegos, deve-se evitar manipulá-los ou tê-los no lugar onde se vive, tal como acontece com qualquer animal selvagem. Nas regiões onde exista endemia de raiva, se um morcego for encontrado num quarto onde se encontrem crianças, pessoas mentalmente incapacitadas, intoxicadas ou dormindo, ou junto de um animal de estimação, a pessoa ou o animal devem receber imediatamente cuidados médicos para raiva. Os morcegos têm dentes muito pequenos e podem morder uma pessoa adormecida sem que sejam sentidos.
Se um morcego for encontrado numa casa e não se puder excluir a possibilidade de exposição, o morcego deve ser capturado e imediatamente encaminhado para um centro local de controle de moléstia para ser observado. Isto também se aplica se o morcego for encontrado morto. Se for certo que ninguém foi exposto ao morcego, ele deve ser retirado da casa. A melhor forma de fazê-lo é fechar todas as portas e janelas, excepto uma para o exterior. O morcego sairá logo.
Devido ao risco de raiva e também a problemas de saúde relacionados com as suas fezes, que podem conter, entre outros, os fungos causadores da histoplasmose, os morcegos devem ser retirados das partes habitadas das casas. O site do Centro de Controle de Doenças dos EUA contém informações detalhadas sobre como manejar e capturar um morcego e sobre a manutenção de uma casa para impedir que os morcegos nela se instalem.
Nos locais onde a raiva não é endémica, como na maior parte da Europa ocidental, pequenos morcegos podem ser considerados inofensivos. Morcegos grandes podem dar uma mordida desagradável. Trate-os com o respeito devido a qualquer animal silvestre.
No Brasil, estão a ser registados no Mato Grosso e em Minas Gerais surtos de raiva transmitida por morcegos hematófagos. Estes surtos são consequência da intensa acção antrópica, que cada vez mais vem tirando os alimentos (por exemplo, aves) e destruindo o habitat natural dos morcegos para a construção de casas e loteamentos. As populações, ao estabelecerem-se na rota de migração dos morcegos, acabam por contrair a doença, que também afecta o gado.
Aspectos culturais
O morcego é sagrado em Tonga, África Ocidental e Bósnia, e frequentemente é considerado a manifestação física de uma alma separada. Os morcegos estão intimamente relacionados com os vampiros, que se diz serem capazes de se metamorfosear em morcegos ou lobos. São também um símbolo de fantasmas, morte e doença. Entre alguns nativos americanos, como os Creeks, Cherokees e Apaches, o morcego é um espírito embusteiro. A tradição chinesa afirma que o morcego é um símbolo de longevidade e felicidade, bem como na Polónia, na região da Macedónia e entre os Árabes e Kwakiutls.
Na cultura ocidental o morcego é frequentemente associado à noite e à sua natureza proibida. É um dos animais básicos associados com os caracteres ficcionais da noite, tanto vilões como Drácula, quanto heróis como Batman.
No Reino Unido todos os morcegos estão protegidos pelos Decretos da Vida Silvestre e Zona Rural (Wildlife and Countryside Acts), e mesmo perturbar um morcego ou seu ninho pode ser punido com pesada multa.
Classificação
Há duas sub-ordens de morcegos:
1. Megachiroptera, morcegos frugívoros
2. Microchiroptera, morcegos insectívoros
Os Megachiroptera são encontrados na África, Oceânia e Ásia. É nessa sub-ordem que se encontram os maiores morcegos do mundo, chamados também de "raposas voadoras", chegando a 2 metros de envergadura e comem frutas. A sub-ordem Microchiroptera contém os mais variados hábitos alimentares, comendo desde frutas (frugívoros) até peixes (piscívoro), e com frequência dependem da ecolocalização para navegação e para encontrar presas. Três espécies se destacam por terem desenvolvido um hábito alimentar por sangue, os hematófagos. (Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus youngii).
Acreditava-se que as duas sub-ordens se tinham desenvolvido de forma independente, e que suas características semelhantes eram o resultado de evolução convergente. Mas análises genéticas mostraram que os dois grupos têm um ancestral voador comum.
Sabe-se pouco sobre a evolução dos morcegos, já que os seus esqueletos pequenos e delicados não fossilizam bem. Os morcegos fósseis mais antigos encontrados são o Icaronyctens, Archaeonyctnes, Palaeochropteryx e Hassianycteris do Eoceno inferior (cerca de 50 milhões de anos atrás), mas eles já eram muito semelhantes aos Microchiroptera modernos.
Anatomia
O osso do metacarpo e o segundo e quinto dedos dos membros anteriores são alongados, e entre eles existe uma membrana, chamada quiropatágio. A membrana estende-se dos dedos até o lado do corpo e deste este até a base dos membro posteriores. A asa inteira de um morcego é chamada patágio. Muitas espécies têm também uma membrana entre os membros posteriores incluindo a cauda. Esta membrana é o uropatágio.
O patágio está cheio de delicados vasos sanguíneos, fibras musculares e nervos. No tempo frio, os morcegos enrolam-se nas suas próprias asas como num casaco. No calor eles expandem-nas para refrescar os seus corpos.
O polegar e às vezes o segundo dedo dos membros anteriores têm garras, bem como os cinco dedos dos membros posteriores. As garras traseiras permitem aos morcegos agarrarem-se aos galhos ou saliências. Os morcegos também podem mover-se no chão, mas são bastante desajeitados.
Todos os morcegos são activos à noite ou ao crepúsculo, portanto os olhos da maioria das espécies são pouco desenvolvidos. Os seus sentidos de olfacto e audição, no entanto, são excelentes.
Os dentes parecem-se com os dos insectívoros. São muito agudos, para morder através da armadura de quitina dos insectos ou da casca das frutas.
Ecolocalização
A maioria dos morcegos possui um sentido adicional, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização. Este sentido funciona basicamente da seguinte maneira: o morcego emite ondas ultra-sónicas, ou seja, com frequência muito alta, pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com frequência menor. Esses ecos são percebidos pelo morcego. Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direcções de onde vieram e nas direcções de onde nenhum eco veio, os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, as distâncias, as formas e as velocidades relativas entre eles, no caso de insectos voadores que servem de alimento, por exemplo. Por isso, esse sentido chama-se ecolocalização, ou seja, orientação por ecos, uma habilidade que eles dividem com os golfinhos e as baleias.
Também é ser chamado de “bio-sonar”, pois foi a partir deste sistema que foram desenvolvidos sonares de navios e aparelhos de ultra-sons. Na verdade, nenhuma “imitação humana” se compara à qualidade do sistema natural. Assim, os morcegos contam com um poderosíssimo recurso, muito importante para animais que precisam de se orientar à noite ou em ambientes escuros (como cavernas). A eficiência da ecolocalização varia entre as espécies de morcegos, sendo que os de hábito alimentar insectívoro, ou predadores de insectos em geral, possuem esse sistema mais desenvolvido.
Reprodução
Um morcego recém-nascido agarra-se à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente nasce apenas uma. Os morcegos formam frequentemente colónias-berçário, com muitas fêmeas dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa construção. A gestação dura de 2 a 7 meses, variando conforme a espécie. Em algumas espécies duas glândulas mamárias estão situadas entre o peito e os ombros (axilares), mas também podem ser peitorais ou abdominais.
A habilidade de voar é congénita, mas após o nascimento as asas são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera tornam-se independentes com a idade de 6 a 8 semanas, os da ordem Megachiroptera não antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros.
A expectativa de vida do morcego vai de 10 a 30 anos, variando muito conforme a espécie.
Inimigos
Os morcegos pequenos são às vezes presas de corujas e falcões. De maneira geral, há poucos animais capazes de caçar um morcego. Na Ásia existe uma ave, um tipo de falcão, que se especializou em caçar morcegos. O gato doméstico é um predador regular em áreas urbanas, pega morcegos que estão entrando ou deixando um abrigo, ou no chão. Raramente os morcegos descem ao chão para se alimentar, pode acontecer devido a acidentes enquanto estão aprendendo a voar, em tempo ruim ou como estratégia de aproximação.
Os piores inimigos são só parasitas. As membranas, com os seus vasos sanguíneos, são fontes ideais de alimento para pulgas e carrapatos (carraças). Alguns grupos de insectos sugam apenas sangue de morcego, por exemplo a mosca-de-morcego. Nas suas cavernas os morcegos ficam pendurados muito próximos, portanto é fácil para os parasitas infestar novos hospedeiros.
Transmissor da raiva
Ainda que o perigo se resuma aos locais onde a raiva é endémica, dos poucos casos de raiva relatados anualmente, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contacto com seres humanos. Outras mudanças no comportamento do morcego contaminado são actividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contracções musculares e paralisia, seguida de óbito.
Embora não se deva ter um medo desmesurado de morcegos, deve-se evitar manipulá-los ou tê-los no lugar onde se vive, tal como acontece com qualquer animal selvagem. Nas regiões onde exista endemia de raiva, se um morcego for encontrado num quarto onde se encontrem crianças, pessoas mentalmente incapacitadas, intoxicadas ou dormindo, ou junto de um animal de estimação, a pessoa ou o animal devem receber imediatamente cuidados médicos para raiva. Os morcegos têm dentes muito pequenos e podem morder uma pessoa adormecida sem que sejam sentidos.
Se um morcego for encontrado numa casa e não se puder excluir a possibilidade de exposição, o morcego deve ser capturado e imediatamente encaminhado para um centro local de controle de moléstia para ser observado. Isto também se aplica se o morcego for encontrado morto. Se for certo que ninguém foi exposto ao morcego, ele deve ser retirado da casa. A melhor forma de fazê-lo é fechar todas as portas e janelas, excepto uma para o exterior. O morcego sairá logo.
Devido ao risco de raiva e também a problemas de saúde relacionados com as suas fezes, que podem conter, entre outros, os fungos causadores da histoplasmose, os morcegos devem ser retirados das partes habitadas das casas. O site do Centro de Controle de Doenças dos EUA contém informações detalhadas sobre como manejar e capturar um morcego e sobre a manutenção de uma casa para impedir que os morcegos nela se instalem.
Nos locais onde a raiva não é endémica, como na maior parte da Europa ocidental, pequenos morcegos podem ser considerados inofensivos. Morcegos grandes podem dar uma mordida desagradável. Trate-os com o respeito devido a qualquer animal silvestre.
No Brasil, estão a ser registados no Mato Grosso e em Minas Gerais surtos de raiva transmitida por morcegos hematófagos. Estes surtos são consequência da intensa acção antrópica, que cada vez mais vem tirando os alimentos (por exemplo, aves) e destruindo o habitat natural dos morcegos para a construção de casas e loteamentos. As populações, ao estabelecerem-se na rota de migração dos morcegos, acabam por contrair a doença, que também afecta o gado.
Aspectos culturais
O morcego é sagrado em Tonga, África Ocidental e Bósnia, e frequentemente é considerado a manifestação física de uma alma separada. Os morcegos estão intimamente relacionados com os vampiros, que se diz serem capazes de se metamorfosear em morcegos ou lobos. São também um símbolo de fantasmas, morte e doença. Entre alguns nativos americanos, como os Creeks, Cherokees e Apaches, o morcego é um espírito embusteiro. A tradição chinesa afirma que o morcego é um símbolo de longevidade e felicidade, bem como na Polónia, na região da Macedónia e entre os Árabes e Kwakiutls.
Na cultura ocidental o morcego é frequentemente associado à noite e à sua natureza proibida. É um dos animais básicos associados com os caracteres ficcionais da noite, tanto vilões como Drácula, quanto heróis como Batman.
No Reino Unido todos os morcegos estão protegidos pelos Decretos da Vida Silvestre e Zona Rural (Wildlife and Countryside Acts), e mesmo perturbar um morcego ou seu ninho pode ser punido com pesada multa.
Classificação
Há duas sub-ordens de morcegos:
1. Megachiroptera, morcegos frugívoros
2. Microchiroptera, morcegos insectívoros
Os Megachiroptera são encontrados na África, Oceânia e Ásia. É nessa sub-ordem que se encontram os maiores morcegos do mundo, chamados também de "raposas voadoras", chegando a 2 metros de envergadura e comem frutas. A sub-ordem Microchiroptera contém os mais variados hábitos alimentares, comendo desde frutas (frugívoros) até peixes (piscívoro), e com frequência dependem da ecolocalização para navegação e para encontrar presas. Três espécies se destacam por terem desenvolvido um hábito alimentar por sangue, os hematófagos. (Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus youngii).
Acreditava-se que as duas sub-ordens se tinham desenvolvido de forma independente, e que suas características semelhantes eram o resultado de evolução convergente. Mas análises genéticas mostraram que os dois grupos têm um ancestral voador comum.
Sabe-se pouco sobre a evolução dos morcegos, já que os seus esqueletos pequenos e delicados não fossilizam bem. Os morcegos fósseis mais antigos encontrados são o Icaronyctens, Archaeonyctnes, Palaeochropteryx e Hassianycteris do Eoceno inferior (cerca de 50 milhões de anos atrás), mas eles já eram muito semelhantes aos Microchiroptera modernos.