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Mai06
A London Eye
Praia da Claridade
A London Eye (cujo nome oficial é British Airways London Eye), também conhecida em português como a Roda do Milénio (Millennium Wheel), é um tipo de "roda-gigante de observação". Está situada na cidade de Londres, capital do Reino Unido. Foi inaugurada no ano de 1999 e é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade, além de ser a maior roda-gigante do mundo.
História
A London Eye é considerada como um ponto turístico singular em Londres. Isso não apenas pela ousadia do seu projecto, mas também pelas dificuldades que a acompanharam desde quando foi concebida até à sua inauguração.
A ideia
A ideia por trás da London Eye remonta ao início da década de 90. Nessa época, tendo em vista o novo milénio que se aproximava, vários projectos foram apresentados para marcar essa passagem. Em Londres, o jornal The Sunday Times, em conjunto com a Architecture Foundation, decidiu dar início a uma competição onde se escolheria um projecto para uma nova estrutura na cidade.
Os arquitectos David Marks e Julia Barfield tiveram a ideia de criar uma grande roda-gigante. Mas não seria uma roda-gigante comum; ela possibilitaria uma vista de toda a cidade de Londres. Em vez de simples gôndolas, como nas rodas-gigantes convencionais, haveria grandes cabines fixadas à roda, dotadas de amplas janelas de vidro. As cabines movimentar-se-iam de acordo com a rotação, sempre deixando o visitante numa posição "de pé". De facto era um projecto muito inovador, diferente de tudo que já tinha sido construído na cidade desde então.
Mas será que era realmente necessário ter uma estrutura enorme bem no meio de Londres? Será que todos se importavam tanto com o novo milénio que era necessário até criar um novo ponto turístico? Independente dessas ideias, o Sunday Times ignorou as sugestões enviadas e acabou com a competição.
British Airways entra em cena
Mas David e Julia não abandonaram a sua ideia. Decidiram criar a empresa Marks Barfield, levando em frente o projecto com o seu próprio dinheiro. Até o tablóide londrino Evening Standard resolveu dar um impulso, fazendo publicidade em busca de parceiros para custear o plano.
Quando todos já achavam que nada ia dar certo, que todo o trabalho tinha sido em vão, a British Airways aparece. Numa parceria com a Marks Barfield, eles decidem pagar pela construção da então baptizada British Airways London Eye.
A construção
O aval já tinha sido dado, e o lugar escolhido para a London Eye seria a margem sul do Tamisa, bem próximo ao Parlamento. O distrito de Lambeth permitiu que ela ficasse, com a condição de ser desmontada cinco anos depois. Mas o problema era como ela chegaria ali.
Considerando que as ruas de Londres são demasiado estreitas e que seria impossível mover uma roda-gigante de 135 metros de diâmetro rio acima, foi decidido que ela seria construída no próprio Tamisa, sendo suspendida depois. Todo o material usado viria por balsas. Apesar de ser um ícone londrino, muito pouco da London Eye é de facto inglês. As partes da roda foram fabricadas na Holanda, as cabines são dos Alpes Franceses, e as janelas foram produzidas em Veneza.
Todo o material subiu o rio até chegar ao lugar onde iria ser montada a roda. Em Setembro de 1999, ela já estava pronta, e então iria começar o trabalho de 16 horas até suspender as 1.700 toneladas da London Eye. Mas, contra todas as expectativas, um cabo partiu-se. O novo milénio aproximava-se e os "mídia" já chamavam o projecto de Wheel of Misfortune (Roda do Infortúnio). Levou mais um mês e 10 dias até que ela estivesse "em pé". As cabines chegaram logo depois, e após 16 meses de trabalho, a inauguração estava marcada para o dia 31 de Dezembro de 1999.
A inauguração
Tudo já estava preparado. A abertura da London Eye seria na passagem do ano, com a presença do Primeiro Ministro Tony Blair.
Mas ninguém poderia adivinhar que uma das cabines não iria ser aprovada num teste de segurança. Levaria mais um mês até que o público pudesse desfrutar do "voo", como a British Airways chama o passeio.
Mas isso não impediu que a roda girasse sem passageiros. Nos últimos minutos de 1999, Tony Blair apertou um botão, um Concorde voou sobre o céu de Londres e os fogos foram lançados. O novo milénio já tinha chegado, e com ele a London Eye.
A 2° inauguração
No primeiro dia de Fevereiro de 2000, o público finalmente teve a sorte de entrar na London Eye. O tempo estava essencialmente britânico, com muita neblina, mas isso não impediu os londrinos de experimentar o seu novo ponto turístico. A mais nova roda-gigante de Londres provou ser um sucesso imediato.
Ironicamente, um outro projecto para o novo milénio que tinha sido amplamente apoiado pelo governo, o Millennium Dome (em Greenwich, foi a célebre bolha com picos), não fez sucesso algum, estando hoje fechado ao público.
A London Eye hoje
![Turistas numa cabine da London Eye]()
Turistas numa cabine da London Eye
História
A London Eye é considerada como um ponto turístico singular em Londres. Isso não apenas pela ousadia do seu projecto, mas também pelas dificuldades que a acompanharam desde quando foi concebida até à sua inauguração.
A ideia
A ideia por trás da London Eye remonta ao início da década de 90. Nessa época, tendo em vista o novo milénio que se aproximava, vários projectos foram apresentados para marcar essa passagem. Em Londres, o jornal The Sunday Times, em conjunto com a Architecture Foundation, decidiu dar início a uma competição onde se escolheria um projecto para uma nova estrutura na cidade.
Os arquitectos David Marks e Julia Barfield tiveram a ideia de criar uma grande roda-gigante. Mas não seria uma roda-gigante comum; ela possibilitaria uma vista de toda a cidade de Londres. Em vez de simples gôndolas, como nas rodas-gigantes convencionais, haveria grandes cabines fixadas à roda, dotadas de amplas janelas de vidro. As cabines movimentar-se-iam de acordo com a rotação, sempre deixando o visitante numa posição "de pé". De facto era um projecto muito inovador, diferente de tudo que já tinha sido construído na cidade desde então.
Mas será que era realmente necessário ter uma estrutura enorme bem no meio de Londres? Será que todos se importavam tanto com o novo milénio que era necessário até criar um novo ponto turístico? Independente dessas ideias, o Sunday Times ignorou as sugestões enviadas e acabou com a competição.
British Airways entra em cena
Mas David e Julia não abandonaram a sua ideia. Decidiram criar a empresa Marks Barfield, levando em frente o projecto com o seu próprio dinheiro. Até o tablóide londrino Evening Standard resolveu dar um impulso, fazendo publicidade em busca de parceiros para custear o plano.
Quando todos já achavam que nada ia dar certo, que todo o trabalho tinha sido em vão, a British Airways aparece. Numa parceria com a Marks Barfield, eles decidem pagar pela construção da então baptizada British Airways London Eye.
A construção
O aval já tinha sido dado, e o lugar escolhido para a London Eye seria a margem sul do Tamisa, bem próximo ao Parlamento. O distrito de Lambeth permitiu que ela ficasse, com a condição de ser desmontada cinco anos depois. Mas o problema era como ela chegaria ali.
Considerando que as ruas de Londres são demasiado estreitas e que seria impossível mover uma roda-gigante de 135 metros de diâmetro rio acima, foi decidido que ela seria construída no próprio Tamisa, sendo suspendida depois. Todo o material usado viria por balsas. Apesar de ser um ícone londrino, muito pouco da London Eye é de facto inglês. As partes da roda foram fabricadas na Holanda, as cabines são dos Alpes Franceses, e as janelas foram produzidas em Veneza.
Todo o material subiu o rio até chegar ao lugar onde iria ser montada a roda. Em Setembro de 1999, ela já estava pronta, e então iria começar o trabalho de 16 horas até suspender as 1.700 toneladas da London Eye. Mas, contra todas as expectativas, um cabo partiu-se. O novo milénio aproximava-se e os "mídia" já chamavam o projecto de Wheel of Misfortune (Roda do Infortúnio). Levou mais um mês e 10 dias até que ela estivesse "em pé". As cabines chegaram logo depois, e após 16 meses de trabalho, a inauguração estava marcada para o dia 31 de Dezembro de 1999.
A inauguração
Tudo já estava preparado. A abertura da London Eye seria na passagem do ano, com a presença do Primeiro Ministro Tony Blair.
Mas ninguém poderia adivinhar que uma das cabines não iria ser aprovada num teste de segurança. Levaria mais um mês até que o público pudesse desfrutar do "voo", como a British Airways chama o passeio.
Mas isso não impediu que a roda girasse sem passageiros. Nos últimos minutos de 1999, Tony Blair apertou um botão, um Concorde voou sobre o céu de Londres e os fogos foram lançados. O novo milénio já tinha chegado, e com ele a London Eye.
A 2° inauguração
No primeiro dia de Fevereiro de 2000, o público finalmente teve a sorte de entrar na London Eye. O tempo estava essencialmente britânico, com muita neblina, mas isso não impediu os londrinos de experimentar o seu novo ponto turístico. A mais nova roda-gigante de Londres provou ser um sucesso imediato.
Ironicamente, um outro projecto para o novo milénio que tinha sido amplamente apoiado pelo governo, o Millennium Dome (em Greenwich, foi a célebre bolha com picos), não fez sucesso algum, estando hoje fechado ao público.
A London Eye hoje
Turistas numa cabine da London Eye
As 32 cabines podem comportar 15.000 visitantes por dia e a volta completa dura um pouco menos de 30 minutos. Hoje em dia há diversos pacotes oferecidos pela British Airways aos visitantes da London Eye. Desde reservas para casais com direito a champanhe até guias em diversas línguas que, além de ajudar os turistas a divisar alguns prédios na cidade, também contam a história da construção da "Eye", como é popularmente chamada pelos londrinos.
A London Eye à noite, vista do Bankside
A London Eye à noite, vista do Bankside
Havia, como foi dito, uma restrição de cinco anos para a London Eye. Os críticos já tinham dado o apelido de Eyeful Tower, numa referência à Torre Eiffel, que também fora concebida para ser desmontada no futuro. Mas em 2002 o distrito de Lambeth concedeu à British Airways uma licença permanente.
O terreno onde se encontra a London Eye é de propriedade do South Bank Centre, que possui vários outros prédios nos arredores. Em 2005 foi divulgado nos "mídia" o conteúdo de uma carta que supostamente teria vindo da directoria do SBC, afirmando que o aluguer passaria das actuais £65,000 para £2,5 milhões, o que a British Airways considerou inviável. Nessa época houve boatos que a London Eye seria então movida para o Hyde Park, ou até mesmo para Paris. O South Bank Centre negou o conteúdo da carta.
Em 2006, depois de um conflito jurídico sobre o valor do aluguer, a British Airways e o South Bank Centre fizeram um acordo onde a London Eye deveria repassar pelo menos £500,000 por ano ao SBC, num contrato válido por 25 anos.
A London Eye entrou para o Guinness, como a maior roda-gigante do mundo. Mas em breve esse título deverá ser revogado, porque há planos para construir uma roda-gigante de 170 metros de altura em Las Vegas (a maior cidade do Estado americano de Nevada) e outra de 200 metros em Shanghai (a maior cidade da República Popular da China).
As estações do metro mais próximas são Waterloo e Westminster.
O terreno onde se encontra a London Eye é de propriedade do South Bank Centre, que possui vários outros prédios nos arredores. Em 2005 foi divulgado nos "mídia" o conteúdo de uma carta que supostamente teria vindo da directoria do SBC, afirmando que o aluguer passaria das actuais £65,000 para £2,5 milhões, o que a British Airways considerou inviável. Nessa época houve boatos que a London Eye seria então movida para o Hyde Park, ou até mesmo para Paris. O South Bank Centre negou o conteúdo da carta.
Em 2006, depois de um conflito jurídico sobre o valor do aluguer, a British Airways e o South Bank Centre fizeram um acordo onde a London Eye deveria repassar pelo menos £500,000 por ano ao SBC, num contrato válido por 25 anos.
A London Eye entrou para o Guinness, como a maior roda-gigante do mundo. Mas em breve esse título deverá ser revogado, porque há planos para construir uma roda-gigante de 170 metros de altura em Las Vegas (a maior cidade do Estado americano de Nevada) e outra de 200 metros em Shanghai (a maior cidade da República Popular da China).
As estações do metro mais próximas são Waterloo e Westminster.