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Mai06
Afonso III de Portugal
Praia da Claridade
D. Afonso III (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por haver sido casado com a Condessa de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e de sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu a seu irmão Sancho II em 1247.
Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com a herdeira Matilde de Bolonha em 1238, tornando-se assim conde de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1247 após o exílio de Sancho II em Toledo. Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e divorciou-se de Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo as suas queixas. Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do edicto de várias cartas de foral.
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso virou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi conquistada com sucesso em 1257 e o Algarve incorporado no reino de Portugal. Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana.
No final da sua vida, viu-se envolvido em conflitos com a Igreja (tendo morrido excomungado à semelhança dos reis que o precederam), bem como com o herdeiro D. Dinis. Está sepultado no Mosteiro de Alcobaça.
Descendência
> Primeira mulher, Matilde, Condessa de Bolonha:
- Roberto de Portugal (1239)
- um outro varão, de nome incógnito (1240)
> Segunda mulher, infanta Beatriz de Castela (1242-1303):
- Branca de Portugal (1259-1321), abadessa dos Conventos do Lorvão e de Huelgas (Burgos)
- Fernando de Portugal (1260-1262)
- Dinis de Portugal (1261-1325)
- Afonso de Portugal (1263-1312), senhor de Portalegre, casou com a infanta Violante Manoel de Castela
- Sancha de Portugal (1264-1279)
- Maria de Portugal (1264-1284), religiosa no Mosteiro de Santa Cruz
- Constança de Portugal (1266-1271)
- Vicente de Portugal (1268-1271)
> Filhos naturais
- Concebidos de Madragana, depois chamada Mor Afonso, filha do último alcaide mouro de Faro, Ben Bakr:
- Martim Chichorro (1250-1313)
- Urraca Afonso de Portugal (c. 1260-depois de 1290)
- Concebidos de Maria Peres de Enxara:
- Afonso Dinis (1260-1310)
- De outras senhoras:
- Fernando Afonso, cavaleiro hospitalário
- Gil Afonso (1250-1346), cavaleiro hospitalário
- Rodrigo Afonso (1258-1272), prior de Santarém
- Leonor Afonso (1250), senhora de Pedrógão e Neiva
- Leonor Afonso (m. 1259), freira em Santarém
- Urraca Afonso (1250-1281), freira no Lorvão
- Henrique Afonso
Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com a herdeira Matilde de Bolonha em 1238, tornando-se assim conde de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1247 após o exílio de Sancho II em Toledo. Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e divorciou-se de Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo as suas queixas. Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do edicto de várias cartas de foral.
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso virou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi conquistada com sucesso em 1257 e o Algarve incorporado no reino de Portugal. Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana.
No final da sua vida, viu-se envolvido em conflitos com a Igreja (tendo morrido excomungado à semelhança dos reis que o precederam), bem como com o herdeiro D. Dinis. Está sepultado no Mosteiro de Alcobaça.
Descendência
> Primeira mulher, Matilde, Condessa de Bolonha:
- Roberto de Portugal (1239)
- um outro varão, de nome incógnito (1240)
> Segunda mulher, infanta Beatriz de Castela (1242-1303):
- Branca de Portugal (1259-1321), abadessa dos Conventos do Lorvão e de Huelgas (Burgos)
- Fernando de Portugal (1260-1262)
- Dinis de Portugal (1261-1325)
- Afonso de Portugal (1263-1312), senhor de Portalegre, casou com a infanta Violante Manoel de Castela
- Sancha de Portugal (1264-1279)
- Maria de Portugal (1264-1284), religiosa no Mosteiro de Santa Cruz
- Constança de Portugal (1266-1271)
- Vicente de Portugal (1268-1271)
> Filhos naturais
- Concebidos de Madragana, depois chamada Mor Afonso, filha do último alcaide mouro de Faro, Ben Bakr:
- Martim Chichorro (1250-1313)
- Urraca Afonso de Portugal (c. 1260-depois de 1290)
- Concebidos de Maria Peres de Enxara:
- Afonso Dinis (1260-1310)
- De outras senhoras:
- Fernando Afonso, cavaleiro hospitalário
- Gil Afonso (1250-1346), cavaleiro hospitalário
- Rodrigo Afonso (1258-1272), prior de Santarém
- Leonor Afonso (1250), senhora de Pedrógão e Neiva
- Leonor Afonso (m. 1259), freira em Santarém
- Urraca Afonso (1250-1281), freira no Lorvão
- Henrique Afonso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.