O Golfinho
Golfinho - Flíper
Habitat
O habitat de 33 espécies de golfinhos é na água salgada, perto da costa ou no mar aberto. Porém 5 espécies vivem em rios e lagos, como o Boto da Amazónia. Alguns, de água doce, vivem no encontro da água doce com a salgada.
Predadores
Os predadores dos golfinhos são os tubarões e o ser humano. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre um mutualismo. O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém muitas vezes os golfinhos acabam enroscando-se nas redes, podendo morrer.
Mutualismo é a interacção de duas espécies que se beneficiam reciprocamente, mas, ao contrário da protocooperação a coexistência é indispensável para a sobrevivência. O mutualismo é uma relação em que ambas as espécies são beneficiadas.
Alimentação
Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixes e lulas, mas alguns preferem moluscos e camarão. Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pela excreções químicas dos peixes, presentes na urina e as fezes.
Ecolocalização
Ilustração animada da ecolocalização
Ultra-som é um som a uma frequência superior àquela que o ouvido do ser humano pode perceber, aproximadamente 20.000 Hz.
Quando o som atinge um objecto ou presa, parte é reflectida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.
Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objecto que examina, mais rápido é o eco e com mais frequência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objecto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objectos simultaneamente.
A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objecto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objecto ou presa. Esses factores tornam a ecolocalização do golfinho muito superior a qualquer sonar electrónico inventado pelo ser humano.
O sonar é um aparelho capaz de emitir ondas sonoras a objectos, para captar os seus ecos, permitindo assim, verificar a posição deles, medindo o tempo entre a emissão do som e a recepção do seu eco. Foi construído pelo físico francês Paul Langevin em 1917, para localizar submarinos alemães. Apesar de já estar pronto, não foi usado antes do final da Primeira Guerra Mundial.
O sonar é muito utilizado para orientar a navegação, obter o perfil da placa marítima, revelar a presença de cardumes, etc. Na água, consegue-se uma precisão muito maior do que no ar, uma vez que a velocidade de propagação do som na água é muito maior, podendo chegar a até 1498 m/s. A velocidade do som no ar é igual a 340 m/s. Na natureza, o sonar é usado por alguns animais, como o golfinho e o morcego. Eles possuem radares biológicos que funcionam como sonares. O morcego, por exemplo, emite ultra-sons que são reflectidos por insectos, informando a posição exacta ao morcego.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.