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Mai06
A Dáfnia (Pulga da água)
Praia da Claridade
Daphnia magna com ovos
Daphnia é um género de crustáceos da ordem Cladocera, normalmente chamada de pulga de água. Devido à forma como nada, impulsionada por duas antenas situadas no cimo da sua cabeça (2.ª Antena), a dáfnia parece pular dentro de água como pulam as pulgas terrestres.
Têm uma envergadura que varia entre os 0,2 e os 0,5 milímetros, habitam em meios aquáticos desde charcos a rios e alimentam-se essencialmente de plâncton podendo também ingerir organismos de menores dimensões tais como protistas (ser ou organismo extremamente simples, intermediário entre o animal e o vegetal) e bactérias.
Reprodução
Durante o verão as Dáfnias reproduzem-se por partenogénese (1), sendo a sua população composta maioritariamente por fêmeas. No fim do Verão, com a diminuição das temperaturas, os ovos que se estavam a desenvolver dão origem a dáfnias machos que possuem uma ou duas gónadas junto do ânus que se podem transformar num órgão copulatório quando estes utilizam as segundas antenas para agarrar a fêmea e introduzir o seu órgão copulador na gónada da fêmea à qual vão fecundar. A partir desta formam-se ovos de Inverno que só são produzidos quando as condições de desenvolvimento são desfavoráveis, às quais os ovos resistem durante um máximo de vinte anos até que se reúnam as condições necessárias para se desenvolverem. Tal capacidade deve-se ao facto de possuírem uma camada protectora constituída pelos restos da cavidade incubadora das suas progenitoras e que se denomina "ephippium". Podem flutuar, ser transportados, congelados e até digeridos sem sofrerem danos porque a ephippium é resistente às enzimas digestivas. Esta é uma característica importante para a proliferação e colonização da espécie em novos habitats.
(1) - Partenogénese refere-se ao crescimento e desenvolvimento de um embrião ou semente sem fertilização, isto é, por reprodução assexuada. A reprodução assexuada ocorre quando se formam clones a partir de um ser vivo. Não é necessária a intervenção de gâmetas. Os novos seres podem nascer a partir de fragmentos do ser vivo.
Ao longo do seu crescimento as dáfnias vão perdendo várias vezes o seu exoesqueleto, é um processo normal e similar à mudança de pele em alguns répteis. Este processo denomina-se "muda" ou "ecdise" e é inerente a todos os animais do filo arthropoda como é o caso da dáfnia.
Alimentam-se da mesma forma que as baleias, filtrando o alimento da água que passa pelo seu tubo digestivo. As suas pernas, teracópodes ou apêndices articulados estão especializados para a alimentação e locomoção. O primeiro e o segundo par de apêndices retêm as partículas de maior dimensão e que o ser não pode absorver, enquanto que os outros pares de apêndices impulsionam a água para que esta possa entrar pela sua boca levando consigo o alimento.
Devido ao facto destes animais terem um exoesqueleto transparente, é possível observar ao microscópio todas as partes que o constituem, desde o coração a bater até ao desenvolvimento embrionário na sua cavidade incubadora.
A sua esperança de vida não excede um ano, dependendo das temperaturas, um indivíduo pode sobreviver 108 dias a temperaturas de 3º C e sobreviver apenas 29 dias a temperaturas de 28º C. No Inverno existem excepções, a população fica muito limitada mas várias fêmeas sobrevivem até cerca de seis meses tendo um crescimento lento mas atingindo maiores proporções que as fêmeas que se desenvolvem em condições normais.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Têm uma envergadura que varia entre os 0,2 e os 0,5 milímetros, habitam em meios aquáticos desde charcos a rios e alimentam-se essencialmente de plâncton podendo também ingerir organismos de menores dimensões tais como protistas (ser ou organismo extremamente simples, intermediário entre o animal e o vegetal) e bactérias.
Reprodução
Durante o verão as Dáfnias reproduzem-se por partenogénese (1), sendo a sua população composta maioritariamente por fêmeas. No fim do Verão, com a diminuição das temperaturas, os ovos que se estavam a desenvolver dão origem a dáfnias machos que possuem uma ou duas gónadas junto do ânus que se podem transformar num órgão copulatório quando estes utilizam as segundas antenas para agarrar a fêmea e introduzir o seu órgão copulador na gónada da fêmea à qual vão fecundar. A partir desta formam-se ovos de Inverno que só são produzidos quando as condições de desenvolvimento são desfavoráveis, às quais os ovos resistem durante um máximo de vinte anos até que se reúnam as condições necessárias para se desenvolverem. Tal capacidade deve-se ao facto de possuírem uma camada protectora constituída pelos restos da cavidade incubadora das suas progenitoras e que se denomina "ephippium". Podem flutuar, ser transportados, congelados e até digeridos sem sofrerem danos porque a ephippium é resistente às enzimas digestivas. Esta é uma característica importante para a proliferação e colonização da espécie em novos habitats.
(1) - Partenogénese refere-se ao crescimento e desenvolvimento de um embrião ou semente sem fertilização, isto é, por reprodução assexuada. A reprodução assexuada ocorre quando se formam clones a partir de um ser vivo. Não é necessária a intervenção de gâmetas. Os novos seres podem nascer a partir de fragmentos do ser vivo.
Ao longo do seu crescimento as dáfnias vão perdendo várias vezes o seu exoesqueleto, é um processo normal e similar à mudança de pele em alguns répteis. Este processo denomina-se "muda" ou "ecdise" e é inerente a todos os animais do filo arthropoda como é o caso da dáfnia.
Alimentam-se da mesma forma que as baleias, filtrando o alimento da água que passa pelo seu tubo digestivo. As suas pernas, teracópodes ou apêndices articulados estão especializados para a alimentação e locomoção. O primeiro e o segundo par de apêndices retêm as partículas de maior dimensão e que o ser não pode absorver, enquanto que os outros pares de apêndices impulsionam a água para que esta possa entrar pela sua boca levando consigo o alimento.
Devido ao facto destes animais terem um exoesqueleto transparente, é possível observar ao microscópio todas as partes que o constituem, desde o coração a bater até ao desenvolvimento embrionário na sua cavidade incubadora.
A sua esperança de vida não excede um ano, dependendo das temperaturas, um indivíduo pode sobreviver 108 dias a temperaturas de 3º C e sobreviver apenas 29 dias a temperaturas de 28º C. No Inverno existem excepções, a população fica muito limitada mas várias fêmeas sobrevivem até cerca de seis meses tendo um crescimento lento mas atingindo maiores proporções que as fêmeas que se desenvolvem em condições normais.