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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

22
Fev07

Ilha do Faial - Açores

Praia da Claridade

 
Localização da Ilha do Faial - Açores

Localização da Ilha do Faial - Açores

 
Caldeira do Faial

Caldeira do Faial

 
Vulcão dos Capelinhos

Vulcão dos Capelinhos

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Situada no extremo ocidental do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, a Ilha do Faial está separada da Ilha do Pico por um estreito de 8,3 km (ou 4,5 milhas náuticas) de largura - o Canal do Faial. Tem uma área de 172,43 km² e uma população residente de 15 063 habitantes (em 2001). Em 1924, Raul Brandão chamou-a de "Ilha Azul" devido à grande quantidade de hortênsias (localmente chamados de novelos) que florescem ao longo das estradas, nos meses de Verão. Dispõe de um moderno Aeroporto Internacional, com ligações aéreas regulares inter-ilhas e directas com Lisboa, bem como de diversas ligações marítimas inter-ilhas.
 
A Horta é uma cidade com cerca de 8 800 habitantes. É sede do único concelho da Ilha do Faial e sede do Parlamento Regional dos Açores.
 
 
Geografia
 
Com uma forma quase pentagonal, a ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à
Ilha do Pico, denominada Fractura Faial Pico, uma estrutura do tipo transformante leaky  que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.
 
As suas elevações convergem, de um modo geral, para o centro da ilha onde se ergue uma montanha vulcânica chamada Cabeço Gordo, que atinge uma altitude máxima de 1 043 metros no seu bordo Sul. No seu topo, abre-se uma grande cratera de abatimento – a Caldeira. No seu fundo, situado a cerca de 570 metros acima do nível médio do mar, existe um pequeno cone e onde se forma pequenos lagos.
 
 
Geologicamente, a Ilha do Faial compreende 3 grandes divisões:
 
Período Pré-Caldeira
 
Pertence ao "período Pré-Caldeira", o complexo vulcânico da Ribeirinha datado em 800 mil anos. É a parte mais antiga da ilha. Depois surge o complexo vulcânico dos Cedros, datado em 580 mil anos. Entre 400 mil anos até há 10 mil anos, foi-se desenvolvendo um cone vulcânico de tipo escudiforme, essencialmente constituído por derrames lávicos e uma actividade eruptiva predominantemente efusiva.
 
Em resultado de uma importante actividade tectónica e vulcânica fissural, surgiu há cerca 50 mil anos, o Relevo Falhado da Costa Este. É bastante notório um relevo falhado com levantamento (horst, localmente chamados de Lombas) e afundamento (graben) de blocos rochosos visíveis. Em resultado disso, surgiram vários cones periféricos com derrames lávicos.
 
Formação da Caldeira
 
Há 10 mil anos, deu-se uma mudança de estilo eruptivo, quase exclusivamente explosiva, responsável pelos vastos depósitos de pedras-pomes e outros materiais piroclásticos que cobrem quase toda a ilha. A formação da Caldeira parece ter resultado de 2 episódios de colapso. O primeiro acontecimento ocorreu no seu interior. O segundo foi originado por um violenta erupção do tipo pliniana (libertação de uma "nuvem ardente"). O abatimento da cratera terá ocorrido ao mesmo tempo ou imediatamente depois da erupção.
 
Após esta erupção, mais de 40% da superfície da ilha de então, são cobertos por camadas de materiais piroclásticos para Norte e Leste. A maior parte da cobertura vegetal, senão a sua totalidade, foi destruída. Surgiram várias enxurradas que resultaram de precipitação intensa (resultante da condensação em torno das poeiras vulcânicas presentes na atmosfera), do relevo íngreme e da inconsistência do solo. Poderá encontrar-se vestígios das mesmas nas falésias da Praia do Norte.
 
Posteriormente, há cerca de mil anos, ocorreu nova erupção com derrame lávico no interior da Caldeira. Desconhece-se qual a idade do pequeno cone no seu interior, e se este estará relacionado com o complexo vulcânico do Capelo. A Caldeira é constituída por um acumulamento de materiais de projecção, de pedra-pomes e cinzas, que atingem notável espessura nas proximidades na borda da cratera, diminuindo gradualmente à medida que se afastam da cratera central.
 
Segundo a descrição dada pelo Padre Gaspar Frutuoso (1570-1580), a Caldeira manteve-se praticamente idêntica até à Erupção dos Capelinhos, em Setembro de 1957. No decurso da Crise Sísmica de Maio de 1958, abriram-se fendas no seu interior que romperam a impermeabilização do fundo da Caldeira. Este facto levou ao escoamento das suas águas para o interior do cone central desencadeando violentas explosões freáticas e ocorrência de actividade fumarólica temporária. Em resultado do Sismo de 9 de Julho de 1998, deram-se derrocadas nas paredes quase verticais da cratera.
 
Período Pós-Caldeira
 
Pertence a este período o complexo vulcânico do Capelo, datado em 4/5 mil anos. Em resultado de uma importante actividade vulcânica fissural ao longo de uma linha de fractura, surgiu um alinhamento de cones. Aqui se registaram 2 erupções históricas que destruíram as freguesias do Capelo e da Praia do Norte:
  • erupção do Cabeço do Fogo, em 1672-73.
  • erupção na Ponta dos Capelinhos, em 1957-58.
Durante o Século XX, a ilha registou fortes sismos de origem tectónica, em 31 de Agosto de 1926, em 23 de Novembro de 1973 e o de 9 de Julho de 1998.
 
 
História
 
Deve o seu actual nome à abundância de árvores de faia-das-ilhas (lat. Myrica faya) aquando do seu povoamento. Em 1460, a designação henriquina era "Ilha de São Luís [de França]". Na cartografia do Século XIV, a ilha aparece pela primeira vez individualizada no Atlas Catalão de 1375-1377, como "Ilha da Ventura". No ano de 1432, Gonçalo Velho Cabral terá achado as ilhas do Grupo Central. Diogo de Teive passa ao largo da Ilha do Faial na sua 1.ª viagem de exploração para Ocidente do Mar dos Açores, em 1451.
 
Povoamento
 
O relato da primeira expedição à Ilha do Faial pertence a Valentim Fernandes da Morávia. Ele diz-nos que o confessor da Rainha de Portugal, Frei Pedro, indo a Flandres, como embaixador para a Duquesa de Borgonha, Infanta D. Isabel de Portugal, relacionou-se com um nobre flamengo chamado Joss van Hurtere, ao qual contou "como se acharam as ilhas em tal rota e que havia nelas muita prata e estanho" (porque, para ele, as ilhas dos Açores eram as supostas ilhas Cassitérides - nome dado na antiguidade às actuais ilhas britânicas). Hurtere demoveu 15 homens de bem, trabalhadores, "dando mesmo a entender, de como lhes faria ricos" se lhe o acompanhassem.
 
Por volta de 1465, Hurtere desembarca pela primeira vez na ilha, juntamente com mais 15 flamengos, com o fim de achar os ditos metais preciosos. Os primeiros povoadores terão desembarcado primeiramente no areal da enseada da Praia do Almoxarife. Permaneceram na ilha durante 1 ano, na Lomba dos Frades, até que se esgotaram os mantimentos que tinham trazido. Revoltados por não encontrarem nada do que lhes fora prometido, os seus companheiros andaram para o matar, que com esperteza escapou da ilha, voltando para a Flandres, comparecendo novamente perante a Duquesa da Borgonha. (Crónicas da Província de São João Evangelista, Frei Agostinho de Monte Alverne).
 
Por volta de 1467, Hurtere regressa numa expedição organizada sob o patrocínio da Duquesa da Borgonha. Ela mandou homens e mulheres de todas as condições, e bem assim como padres, e tudo quanto convém ao culto religioso, e além de navios carregados de móveis e de utensílios necessários à cultura das terras e à construção de casas, e deu-lhes, durante 2 anos, tudo aquilo de que careciam para subsistir, segundo legenda feita pelo geógrafo alemão Martin Behaim no Globo de Nuremberga. Valentim Fernandes acrescenta um pormenor, por rogo da dita Senhora, os homens que mereciam morte civil mandou que fossem degredados para esta ilha.
 
Ainda não satisfeito com o local, Hurtere decide contornar a Ponta da Espalamaca. Próximo do local de desembarque mandou erguer a Ermida de Santa Cruz (onde hoje existe a Igreja de N. Sra. das Angústias). Hurtere regressa a Lisboa e casa-se com D. Beatriz de Macedo, criada da Casa do Duque de Viseu. O Infante D. Fernando, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo, fez-lhe doação da Capitania do Faial, em 21 de Março de 1468. Por volta de 1470, desembarca Willelm van der Hagen, que aportuguesou o seu nome para Guilherme da Silveira, liderando uma segunda vaga de povoadores. O rápido crescimento económico da ilha ficou a dever-se à cultura de trigo e do pastel (nome comum da planta Isatis tinctoria L. e do extracto fermentado das suas folhas usado como corante azul em pintura e tinturaria).
 
É o Padre Gaspar Frutuoso que conta a história de que o primeiro povoador teria sido um eremita vindo do Reino. Este vivia só, apenas com algum gado miúdo que nela deitaram os primeiros povoadores (em 1432?), e mais tarde, os moradores da Ilha da Terceira. "Somente no Verão iam pessoas da Terceira às suas fazendas, visitar os seus gados e comunicavam com este ermitão." Ele acabaria por desaparecer ao fazer a travessia do Canal do Faial para ir até à Ilha do Pico, numa pequena embarcação revestida de couro. (Saudades da Terra, Vol. VI, Cap. 37).
 
 
Tradições, Festas e Curiosidades
 
Festa do Sr. Santo Cristo da Praia do Almoxarife (1 de Fevereiro); Festa de São João Baptista, padroeiro da nobreza da ilha (24 de Junho), Festas do Culto do Divino Espírito Santo; Festa de N. Sra. das Angústias (), Semana do Mar; Festa de N. Sra. da Graça, na Praia do Almoxarife (); Festa de N. Sra. de Lurdes, na Feteira (), Festa de Santa Cecília, na Matriz, padroeira dos músicos (25 de Novembro), Festa de Santa Catarina de Alexandria de Castelo Branco (), Festa de N. Sra. da Conceição (8 de Dezembro).
 
A nível de artesanato destacam-se as miniaturas em miolo de figueira que retratam cenas do dia-a-dia, edifícios, flores, animais e pequenos navios, sendo Euclides Silveira da Rosa o mestre mais conhecido desta arte. A arte popular também engloba esculturas em osso de cachalote, objectos em vime, os bordados de crivo, bordados em ponto de cruz, bordados a palha de trigo sobre tule; as flores de escama de peixe, as toalhas de papel recortado e chapéus e bolsas de palha. Não deixe de conhecer no Capelo, a Escola de Artesanato, pelo trabalho desenvolvido na divulgação do artesanato local e regional, bem como na formação de novos artesãos.
 
Dentre as personalidades ligadas ao concelho que mais se distinguiram, destaca-se: o Duque de Ávila e Bolama e Dr. Manuel de Arriaga, na política (o 1.º Presidente da República Portuguesa); Dr. João José da Graça, no jornalismo; Sário Nunes, na música; Marquês de Ávila e Bolama, como militar e geodesista; e Dr. José de Arriaga, no papel de historiador.
 
Economia
 
O concelho da Horta tem um sector primário forte na área da agro-pecuária e em que a área agrícola ocupa 28% da área total da ilha. O cultivo é praticado em pequenas explorações, destacando-se as culturas forrageiras, a horta familiar, as culturas de citrinos, bananas, trigo e milho. Na pecuária, destaca-se a criação de gado suíno e bovino. A actividade piscatória, nomeadamente a pesca do atum, é outro pilar importante na sua subsistência. Outrora, a indústria baleeira ("caça à Baleia") foi outra fonte de sua subsistência.
 
Apresenta uma baixa densidade florestal, de 14,1%, que corresponde a uma área florestal de 645 ha, salientando-se a faia-das-ilhas, para além de cedros-do-mato, zimbros e fetos. Quanto ao sector secundário, é de referir uma moderna indústria - de lacticínios, de carnes de muita boa qualidade e de panificação. No sector terciário, o Turismo é a actividade económica de maior importância na ilha, que resulta fundamentalmente do movimento gerado pela passagem dos veleiros e cruzeiros que atravessam o Atlântico Norte e do turismo sazonal às ilhas. Dispõe de várias e excelentes instalações hoteleiras com pessoal qualificado, e regista-se o grande interesse no desenvolvimento do Turismo Rural e do Eco-turismo.
 
As principais actividades e atracções turísticas que se podem encontrar no concelho consistem no hipismo, desportos náuticos, excursões de observação de cetáceos (baleias, cachalotes e golfinhos), mergulho e fotografia subaquática, bem como passeios pedestres e marítimos. Está prevista a construção de um campo de golfe em terrenos já adquiridos nos arredores da cidade da Horta.
Fonte: Wikipédia. 
 

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07
Fev07

Angra do Heroísmo (Açores)

Praia da Claridade

 
Localização da cidade de Angra do Heroísmo - ilha Terceira, Açores

Localização da cidade de Angra do Heroísmo - ilha Terceira, Açores

 
A zona central de Angra do Heroísmo, com a Sé Catedral; em segundo plano, as muralhas do Castelo de São João Baptista e a encosta do Monte Brasil

A zona central de Angra do Heroísmo, com a Sé Catedral
Em segundo plano, as muralhas do Castelo de São João Baptista
e a encosta do Monte Brasil

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Angra do Heroísmo é uma pequena cidade portuguesa na ilha Terceira, Região Autónoma dos Açores, com cerca de 12 300 habitantes.
 
É sede de um município com 237,52 km² de área e 35 581 habitantes (2001), subdividido em 19 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município da Praia da Vitória, sendo banhado pelo Oceano Atlântico em todas as outras direcções.
 
Angra situa-se na costa sul da Terceira. É sede de um destacamento militar, e residência de um bispo da Igreja Católica. Os edifícios principais são a catedral, a academia militar, o arsenal e o observatório. O porto, agora de reduzida importância comercial ou estratégica, foi já um importante posto naval de visita obrigatória nas viagens pelo Oceano Atlântico. Angra tem a sul e sudoeste o promontório do Monte Brasil, resto de uma antiga caldeira vulcânica.
 
Angra do Heroísmo foi a primeira localidade dos Açores a ser elevada a cidade em 1534, sendo no mesmo ano escolhida pelo Papa Paulo III para sede do Bispado. Só no Século XIX se passou a denominar “do Heroísmo” devido ao seu Contributo nas lutas liberais. Foi em 1983 declarada Património Mundial pela UNESCO atestando assim o seu grande valor arquitectónico e histórico.
 
O passado de riqueza e desta cidade reflectiu-se no traçado rectilíneo das ruas, obedecendo a regras de urbanização do Renascimento. Para atestá-lo estão os belos exemplos dos palácios, como é o caso do Solar da Madre de Deus, ou o Palácio Bettencourt, os conventos, em que surge como expoente máximo o Convento de São Gonçalo, Capelas, Ermidas e igrejas em que se destaca a Igreja da Sé, sede da diocese de Angra do Heroísmo e simultaneamente Sede do Bispado dos Açores. O património artístico dos edifícios é de grande qualidade formando no seu todo um aspecto único que dão a Angra do Heroísmo o carácter de cidade monumento.
 
Pelo porto de Angra, actualmente desactivado e transferido para a Praia da Vitória, para dar lugar à marina de Angra, passaram ao longo dos vários séculos naus e caravelas, barcos de sonhos e fortunas que ao longo do tempo contribuíram para o passado glorioso desta cidade e das suas gentes como atestam também as grandes casas senhoriais e os nomes sonantes das famílias do mundo de antanho como são o caso dos Corte Reais, os Noronhas, os Ávilas, os Silveiras, os Barcelos, os Britos do Rio, os Bettencourts, os Cantos, os Homem, os Ormondes, os Pamplonas, os Baldaias, os Brugues, etc..
 
Angra do Heroísmo, encontra-se protegida a Norte pela Serra do Cume ou da Nasce Água e a Sul pelo Monte Brasil. A Nascente eleva-se a Serra da Ribeirinha que alberga a freguesia do mesmo nome. A Poente estende-se uma paisagem costeira que desce suavemente desde a Serra de Santa Bárbara, esta sempre presente na paisagem, formando pequenas baías e enseadas.
 
A economia da região assenta na pecuária (indústria de carne e lacticínios) e agricultura.
 
Em Angra encontraram refúgio Almeida Garrett, durante as guerras napoleónicas, e a rainha D. Maria II entre 1830 e 1833, durante as chamadas lutas liberais.
 
O Centro Histórico de Angra do Heroísmo está, desde 1983, classificado como local de Património Mundial pela UNESCO.
 
 
As freguesias do concelho de Angra do Heroísmo são as seguintes:
  • Altares
  • Cinco Ribeiras
  • Doze Ribeiras
  • Feteira
  • Nossa Senhora da Conceição (Angra do Heroísmo)
  • Porto Judeu
  • Posto Santo
  • Raminho
  • Ribeirinha
  • Santa Bárbara
  • Santa Luzia (Angra do Heroísmo)
  • São Bartolomeu de Regatos
  • São Bento
  • São Mateus da Calheta
  • São Pedro (Angra do Heroísmo)
  • Sé (Angra do Heroísmo)
  • Serreta
  • Terra Chã
  • Vila de São Sebastião
Fonte: Wikipédia. 
 

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29
Dez06

Ilha do Pico - Açores

Praia da Claridade

 
Localização da Ilha do Pico no Arquipélago dos Açores
Localização da Ilha do Pico no Arquipélago dos Açores
 
 
A Montanha do Pico vista da ilha do Faial

A Montanha do Pico vista da ilha do Faial


 
 
 

A Ilha do Pico é a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, e dista da Ilha do Faial 8,3 km e da Ilha de São Jorge dista 15 km. Tem uma superfície de 447 km² e conta com uma população residente de 14 806 habitantes (em 2001). Mede 50 km de comprimento e 20 km de largura. Deve o seu nome à majestosa montanha vulcânica, a Ponta do Pico ou Montanha do Pico(1), que termina num pico pronunciado cujo topónimo é Pico Pequeno ou Piquinho. É a mais alta montanha de Portugal e a terceira maior montanha que emerge do Atlântico, atingindo 2 351 metros de altitude.
 
Administrativamente, a ilha é constituída por três concelhos: concelhos das Lajes do Pico com seis freguesias, Madalena e São Roque do Pico, ambas com cinco freguesias.
 
Dispõe, em Santa Luzia, de um moderno Aeroporto Regional com ligações aéreas directas com Lisboa (TAP/SATA Internacional), Terceira (Lajes) e Ponta Delgada (SATA - Air Açores). Tem ligações marítimas diárias (Transmaçor) com a cidade da Horta e vilas das Velas e Calheta. Durante os meses de Verão usufrui de ligações marítimas com as restantes ilhas do arquipélago.
 
Geologia
 
A ilha emergiu de uma fractura tectónica de orientação ONO-ESSE – a mesma que deu origem à Ilha do Faial, denominada Fractura Faial-Pico, que se desenvolve ao longo de 350 km, desde a Crista Médio Atlântica (sigla CMA) até uma área a Sul da Fossa do Hirondelle.
  • Complexo Vulcânico da São Roque
  • Complexo Vulcânico da Lajes
  • Complexo Vulcânico da Madalena

História
 
A designação henriquina da ilha era Ilha de São Dinis. Na cartografia do século XIV, a ilha foi chamada de "Ilha dos Pombos". O seu povoamento foi iniciado em 1460, na fajã lávica das Lajes, mas tornou-se definitivo em 1483, quando Joss van Hurtere mandou fundar São Mateus. Em 29 de Dezembro de 1482, faz hoje 524 anos, a ilha é integrada na Capitania do Faial pela Infanta D. Beatriz, em virtude de Álvaro de Orlenas não ter tomado posse da ilha.
 
Em 1501, Lajes do Pico é elevada a Vila e sede de concelho pelo Rei D. Manuel I. Em 1542 é a vez de São Roque do Pico e, em 1712, a de Madalena.
 
Cultura e Património
 
Em Julho de 2004, o comité da UNESCO considerou a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património da Humanidade. A área engloba os lajidos das freguesias da Criação Velha e de Santa Luzia. A cultura da vinha domina a parte ocidental da ilha, sendo o famoso "Verdelho do Pico" cultivado em pequenas quadrículas de terreno onde crescem as vinhas, separados por muros de basalto negro feitos de pedra solta, chamados localmente de "currais".
 
Presentemente, pretende-se constituir um Parque Nacional na Ilha do Pico, englobando a área da Montanha do Pico e o Planalto Central. Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.
 
Outro património inclui: a Gruta das Torres, na Criação Velha; as Furnas de Frei Matias; na Madalena, Museu do Vinho, instalado no antigo Convento das Carmelitas; o Museu da Indústria Baleeira, em São Roque do Pico; o Museu Regional dos Baleeiros, nas Lajes do Pico.
 
Tradições, festas e curiosidades
 
Festa e Procissão do Senhor Bom Jesus (São Mateus, Madalena), Semana dos Baleeiros (N. Sra. de Lurdes), Cais Agosto (Cais do Pico - S.Roque), Festa de São Roque, Festas de Santa Maria Madalena, Semana das Vindimas, Festas do Espírito Santo.
 
Economia
 
Os habitantes da ilha do Pico dedicam-se à agricultura, à pesca e à criação de bovinos. A vinha, outrora uma das grandes riquezas da ilha que produzia o afamado vinho do Pico, exportado para a Inglaterra e para a América do Norte e que chegou a ser servido à mesa do próprio czar do Império Russo, foi gradualmente afectada pela praga do oídio na segunda metade do século XIX.
 
Actualmente, a produção é reduzida e as principais fontes de rendimento no campo da agricultura são os produtos hortícolas, a fruta e os cereais. A pecuária está muito desenvolvida, em especial no concelho de São Roque do Pico. A pesca é outra actividade importante. As indústrias da ilha estão, na sua quase totalidade, ligadas ao ramo alimentar: lacticínios, destilarias e moagens. No artesanato destaca-se a escultura em basalto e em osso de baleia, bem como rendas e bordados.
 
(1) - A Montanha do Pico (Ponta do Pico ou Serra do Pico) é o ponto mais alto do vulcão do mesmo nome na ilha do Pico, arquipélago dos Açores. O cume da montanha está a 2.351 m acima do nível médio do mar, sendo o ponto mais alto da Região Autónoma dos Açores e o mais alto sob soberania portuguesa. Medido a partir da zona abissal contígua, o edifício vulcânico tem quase 5 000 m de altura, quase metade submersa sob as águas do Atlântico.
 
O Vulcão do Pico é muito "recente" (aproximadamente 750 000 anos de idade), entrando em actividade pela última vez no seu flanco sueste (São João) no século XVIII. É escalável por trilhos marcados em cerca de quatro horas, sendo a ascensão muito cansativa devido ao forte declive em todo o percurso.
Fonte: Wikipédia. 
 

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26
Dez06

Ponta Delgada - Açores

Praia da Claridade

 
Arquipélago dos Açores - localização de Ponta Delgada na Ilha de São Miguel 
Arquipélago dos Açores - localização de Ponta Delgada na Ilha de São Miguel

   
Ponta Delgada - Açores
 
Ponta Delgada - Açores


 
 
 

Ponta Delgada é uma cidade portuguesa na ilha de São Miguel, na Região Autónoma dos Açores, com cerca de 65.836 habitantes. É a capital administrativa deste Arquipélago desde que os distritos foram extintos no Arquipélago, por volta de 1976 (conjuntamente com Angra do Heroísmo e Horta, onde se sedia o Parlamento regional). É sede de um município com 231,90 km² de área e 65 853 habitantes (2001), subdividido em 24 freguesias. O município é limitado a leste pelos municípios da Ribeira Grande e da Lagoa e tem costa no Oceano Atlântico a norte, sul e oeste.
 
"Esta cidade de Ponta Delgada é assim chamada por estar situada junto de uma ponta de pedra de biscouto, delgada e não grossa como outras da ilha, quasi rasa com o mar, que depois, por se edificar mui perto d'ela uma ermida de Santa Clara, se chamou ponta de Santa Clara..." Gaspar Frutuoso (cronista micaelense do século XVI).
 
História
 
Ponta Delgada foi elevada a cidade por carta régia de 2 de Abril de 1546, no reinado de D. João III, sendo a segunda cidade a ser criada em todo o arquipélago dos Açores. Localizada na ilha de São Miguel, esta cidade inicialmente não passava de um povoado de pescadores, mas desde cedo cresce suplantando a antiga rival Vila Franca do Campo, que na era de quatrocentos, seria a maior e mais importante urbe açoriana, embora tristemente subvertida por um enorme cataclismo em 1522. Ponta Delgada foi crescendo, tornou-se vila e posteriormente cidade. A cidade cresce a uma força avassaladora, ocultando a sua antiga linha de costa, que abrigava o antigo cais de embarque, inúmeros fortes e fortins, o aterro municipal, a antiga alfândega, entre outros... Com mais de 5 séculos de existência, Ponta Delgada é hoje uma referência singular no panorama regional. Sendo o maior concelho que reúne a maior diversidade de equipamentos, a sua linha de costa será novamente ampliada com a construção do projecto "Portas do Mar", composto por inúmeros parques subterrâneos, casinos, novos centros comerciais, anfiteatros, cinemas e variados locais para diversão nocturna.
 
Fotografias de Ponta Delgada
Fonte: Wikipédia. 
 

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21
Dez06

Gruta do Natal, Açores

Praia da Claridade

 
Galeria central da Gruta do Natal, Açores
 
Galeria central da Gruta do Natal, Ilha Terceira, Açores


 
 
 

A Gruta do Natal, é uma formação geológica bastante extensa com ramificações nos diferentes túneis formados pelas escoadas de lavas muito fluidas que escorreram em diferentes direcções. Ao longo da história esta gruta foi sendo conhecida por vários nomes como o de “Galeria Negra” ou “Gruta do Cavalo” Para actualmente ter o nome de “Gruta do Natal”. Segundo um artigo publicado no Diário Insular de Domingo dias 20 de Maio de 2001 página 10, o actual nome deve-se à (…. “ cultura religiosa que envolve este povo, da ilha Terceira) e conquistando o "mistério" que aquela gruta representava no passado. A população, pela mão dos Montanheiros há muitos anos atrás, iniciou algo que se tornou numa verdadeira e singular tradição: a Missa de Natal. Assim, após 25 de Dezembro de 1969, com a celebração de uma missa pelo Patriarca das Índias, D. José Vieira Alvernaz, passou a chamar-se de Gruta do Natal, denominação pela qual a grande parte da população a conhece. Esta data marca ainda a abertura da gruta pela primeira vez à população em geral, para tal tendo sido construído um acesso simples e instalada uma iluminação rudimentar. Em altura das festividades natalícias têm sido realizadas, desde então, a Missa de Natal, presidida por Sua Eminência o Bispo de Angra e Ilhas dos Açores, tendo sido também palco de um baptizado. …”).
 
Esta curiosa formação geológica localiza-se no interior da Ilha Terceira, dentro da Reserva Florestal Natural da Serra de Santa Bárbara e Mistérios Negros. Uma das suas curiosidades é o facto de se localizar em grande parte por de baixo de uma lagoa, a Lagoa do Negro, que apesar de não ser de grandes dimensões tem características especificas. Ainda segundo artigo publicado no Diário Insular de Domingo dias 20 de Maio de 2001 página 10, (“… A Gruta do Natal localiza-se junto aos Picos Gordos, ainda dentro da Reserva Florestal Natural da Serra de Santa Bárbara e Mistérios Negros, mas já integrada numa zona fortemente humanizada, rodeada de pastagens de altitude e matas de exóticas. …”) A exploração espeleológica desta gruta com os equipamentos necessários só foi possível há relativamente poucos anos. Foi a Associação de Espeleologia “Os Montanheiros” que procedeu a esse trabalho. Foi por, no principio, ser das muitas grutas da ilha Terceira a que oferecia melhores condições de exploração e por também ser uma formação geológica muito diferente de um algar. O Algar do Carvão já tinha sido explorado e era necessário saber as diferenças existentes entre estas formações, que até são relativamente próximas.
 
Ainda segundo o artigo publicado no Diário Insular de Domingo dias 20 de Maio de 2001 página 10, ( “… A génese da gruta é incerta, concorrendo no entanto para a sua explicação uma teoria que indica a sua origem em correntes de lava originada em erupções fissurícolas ocorridas num vale encaixado que outrora existiu entre os picos que constituem a paisagem local. Trata-se de um tubo de lava com 697 m de comprimento total, que se torna preferencial numa escolha para uma exploração deste género por na quase totalidade da gruta o trânsito ser fácil, em chão com pouco desnível e tectos altos, o circuito interno é feito de forma a que não haja necessidade do visitante percorrer o mesmo trajecto na ida e na volta, a história cultural e tradicional que esta gruta possui, bem como o valor científico em formações geológicas. No seu interior poderão ser observadas estruturas geológicas diversas como: escorrências de diferentes tipos de lava, estalactites e balcões laterais. Apresenta-se como um espaço didáctico a que cada vez mais recorrem os professores, acompanhados das suas turmas, para melhor compreenderem as manifestações vulcânicas que se encontraram na génese destas ilhas.”).
Fonte: Wikipédia. 
 

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16
Out06

Papa João Paulo II

Praia da Claridade

 
Papa João Paulo II
 
 

Papa João Paulo II, nascido Karol Józef Wojtyła, (Wadowice, Polónia, 18 de Maio de 1920 - Vaticano, 2 de Abril de 2005) foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana de 16 de Outubro de 1978, faz hoje 28 anos,  até à data da sua morte. Sucedeu ao Papa João Paulo I, tornando-se o primeiro Papa não italiano em 450 anos (desde o holandês Adriano VI, no século XVI). Teve o 3.º papado mais longo da história do catolicismo. O seu funeral foi o maior de um Chefe de Estado em toda a história.
 
História pessoal
 
Karol Wojtyła nasceu em 18 de Maio de 1920 em Wadowice, Sul da Polónia; filho de um tenente do exército dos Habsburgos, de quem herdou o nome, também chamado Karol Wojtyla. O seu irmão Edmund, ao formar-se em medicina, transformou-se na esperança de sustento da família, uma vez que o soldo do tenente Wojtyła era insuficiente para tal.
 
Em 1929, perderia a mãe Emília, vitimada por uma doença nos rins. Em 1931, morreria o irmão, de escarlatina. Karol perderia o pai poucos dias antes de completar 22 anos. Nesta altura a Polónia enfrentava, juntamente com grande parte da Europa, as consequências da invasão alemã da Segunda Guerra Mundial. Assistiu, portanto, ao assassinato de vários dos seus amigos e colegas.
 
Manifestando interesse pelo teatro — cuja participação potenciava apoios à Resistência Polaca contra o nazismo —, pela música popular e pela literatura, a sua juventude foi marcada por intensos contactos com a então ameaçada comunidade judaica de Cracóvia, e pela experiência da ocupação nazi, durante a qual trabalhou numa fábrica de produtos químicos para evitar a sua deportação à Alemanha nazista. Atleta (chegou a actuar como guarda-redes de futebol numa equipe amadora de Wadowice), Karol Wojtyła foi ordenado sacerdote católico em 1 de Novembro de 1946 pelo então Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha.
 
Foi docente de Ética na Universidade Jagieloniana de Cracóvia e posteriormente na Universidade Católica de Lublin. Em 1958 foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e quatro anos depois chega ao cargo máximo na sua diocese. Em 30 de Dezembro de 1963 é apontado por Paulo VI como arcebispo de Cracóvia. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyła participa no Concílio Vaticano II, contribuindo para a redacção de documentos que se tornariam na Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno (Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio. Foi elevado a Cardeal pelo Papa Paulo VI em 1967.
 
Eleição
 
Quando da morte de Paulo VI, que aconteceu no dia 6 de Agosto de 1978, esteve presente no conclave de 26 de Agosto de 1978, que escolheria Albino Luciani para um dos pontificados mais curtos da história. Trinta e três dias depois de votar no conclave, no dia 28 de Setembro de 1978, o então cardeal de Cracóvia Karol Wojtyła ficou sabendo da triste – e até hoje suspeita – morte de João Paulo I pelo aviso do seu motorista particular. De volta a Roma, ele foi escolhido Papa em 16 de Outubro de 1978.
 
O conclave que se sucedeu ao inesperado falecimento do Papa João Paulo I foi dominado por duas correntes que tiveram como candidatos o conservador Arcebispo de Génova Giuseppe Siri e o mais liberal Arcebispo de Florença Giovanni Benelli. Crê-se que a eleição de Karol Wojtiła tenha sido uma solução de compromisso e constituiu uma surpresa. Adoptou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente se colocou do lado da paz e da concórdia internacionais, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das Nações.
 
No fundo, foi o Papa mais novo desde Pio IX, porque ele foi eleito na época com 58 anos. No entanto, tornou-se o Papa cuja acção foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões; para muitos tem o carisma do Papa João XXIII; participou em eventos ecuménicos (foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém); procedeu a numerosas beatificações e canonizações; escreveu 14 encíclicas.
 
 
Brasão e Lema
  • Descrição: Escudo eclesiástico. Campo de blau, com uma cruz latina de jalde adestrada acompanhada de uma letra M de mesmo, no cantão senestro da ponta. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves decussadas, a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de blau com o mote: TOTVS TVVS, em letras de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.
  • Interpretação: O escudo obedece ás regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A cruz é o instrumento da salvação de todos os homens e representa o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo e, sendo de jalde (ouro), simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A letra M representa a Virgem Maria, co-redentora do género humano, que esteve todo o tempo junto à cruz de seu Filho (“Iuxta crucem lacrimosa” Cf. Jo 19,25), sendo de jalde (ouro), tem o significado já descrito deste metal. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do Papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos do poder espiritual e do poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro , relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-hei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, recorda, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa. No listel o lema TOTVS TVVS, é uma expressão da imensa confiança do Papa na Mãe de Deus : “Sou todo teu, Maria”, sendo que ele colocou toda a sua vida sacerdotal sob a protecção da Virgem.
 
Pontificado
 
Com mais de 26 anos, é o terceiro mais longo da história da Igreja Católica. Alguns números que se destacam são o de viagens pastorais fora da Itália (mais de 100, visitando 129 países e mais de 1000 localidades), cerimónias de beatificação (147) e canonizações (51), nas quais foram proclamados 1338 beatos e 482 santos. Tornando-se, com o seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação, o Papa mais popular da história.
 
A primeira metade do pontificado fica marcada pela luta contra o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Na segunda metade é de notar a crítica ao mundo ocidental capitalista, opulento e egoísta, dando voz ao Terceiro Mundo e aos pobres.
 
Criticou a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação. Em visita à Nicarágua, João Paulo II chegou a discutir com fiéis, e depois de condenar a participação de padres católicos no governo sandinista foi vaiado.
 
"Não é possível compreender o homem a partir de uma visão económica unilateral, e nem mesmo poderá ser definido de acordo com a divisão de classes.", disse aos bispos brasileiros em 26 de Novembro de 2002.
 
Durante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, por intermédio do cardeal Angelo Sodano, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando "as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e também as condenações à pena capital".
 
Condenou também o terrorismo e o ataque ao World Trade Center ocorrido em 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos da América.
 
Promotor de uma aproximação às outras grandes religiões monoteístas do mundo, João Paulo II enfrentou no entanto acusações de «proselitismo agressivo» feitas pelo mundo Ortodoxo. A reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa em Março de 2000 e uma «viragem» nas relações entre as duas religiões. Motivou o diálogo interreligioso, o ecumenismo e a cultura da paz, sendo o primeiro Sumo Pontífice a visitar ao Muro das Lamentações em 26 de Março de 2000, em Jerusalém e onde pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pelos filhos da Igreja no passado. Foi o primeiro a pregar numa sinagoga, a entrar numa mesquita (em Damasco, Síria), e a promover jornadas ecuménicas de reflexão pela paz em Assis (Oração Mundial pela Paz). Fez a primeira visita de um Sumo Pontífice católico à Grécia desde a separação das Igrejas Católica e Ortodoxa no cisma de 1054.
 
Na década de 1980, os líderes da União Soviética estavam a fazer planos para matar o pontificado. Como estratégia, o serviço secreto russo negou as acusações feitas pelo Parlamento da Itália. As acusações foram negadas pelo ultimo chefe da KGB da União Soviética.
 
Visitas ao Brasil
 
O Papa João Paulo II visitou o Brasil três vezes. Na primeira vez chegou ao meio-dia do dia 30 de Junho de 1980 e percorreu treze cidades em apenas doze dias. A maratona teve um total de 30.000 km. Entrou por Brasília e partiu por Manaus. A segunda foi entre 12 e 21 de Outubro de 1991. O Papa não costumava beijar o solo de um país que ele já tinha visitado, mas no Brasil ele quebrou a tradição. Visitou sete cidades e fez 31 discursos e homilias. Esteve também no Brasil entre 2 e 6 de Outubro de 1997. O Papa sempre demonstrou grande amor pelo Brasil, o país com mais católicos no mundo. Inclusive, na sua primeira visita, chegou a demonstrar o seu apoio ao movimento sindical então liderado por Lula, em aberto desafio ao governo militar brasileiro – uma situação parecida com a da sua Polónia natal. O marco dessas visitas ao país foi a música entoada por todo o povo brasileiro: "A bênção, João de Deus", composta por M. Marciel. A música retrata o carinho de uma nação pelo Papa. A música ganhou tanta notoriedade que até hoje é entoada pela torcida do Fluminense, que clama pelo apoio do Papa João Paulo II não só nos momentos de maior dificuldade, mas também nos momentos de maior alegria.
 
Visitas a Portugal
 
A primeira visita de João Paulo II a Portugal (12 a 15 de Maio de 1982) ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima em 13 de Maio de 1981. Nesta visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior, em plena Praça de São Pedro, no altar da Nossa Senhora de Fátima
. Ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima.
 
Em 14 de Maio de 1982 visitou o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, em Vila Viçosa. Em 15 de Maio de 1982 visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro em Braga.
 
Em 2 de Março de 1983 fez escala em Lisboa na viagem à América Central. De 5 a 13 de Maio de 1991 esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e novamente em Fátima. Uma outra visita, em que beatificou os videntes de Fátima, teve lugar em 12 e 13 de Maio de 2000.
 
Beatificação
 
No dia 13 de Maio de 2005, o seu sucessor Bento XVI fez uma excepção ao caso da beatificação de João Paulo II (tal como este havia feito em relação à Madre Teresa de Calcutá) e abriu mão do que diz o código de direito Canónico, abrindo, assim, o seu processo de beatificação em 28 de Junho do mesmo ano.
Fonte: Wikipédia.  
 
 
Nota:
  
Porque foi um pormenor que muitos viram, como eu, numa reportagem na TV, e que certamente recordarão, transcrevo, por achar útil, como complemento ao presente post, este comentário inserido no mesmo, embora de autor anónimo:
 
[ De eu_mesmo a 16 de Outubro de 2006 às 15:26
Caríssimo,
Deixo este comentário sem mais comentários.
 
Deus dos nossos pais, que escolheste Abraão e os seus descendentes para trazer o Teu nome às nações: estamos profundamente tristes com o comportamento daqueles que, ao longo do curso da história, causaram sofrimento a estes teus filhos e, pedindo o teu perdão, manifestamos o desejo de nos comprometermos a uma irmandade genuína com o povo do convénio.

(João Paulo II, mensagem deixada entre as pedras do Muro das Lamentações (Kotel), em Jerusalém, a 26 de Março de 2000).]
 
04
Out06

A Pedra de Dighton

Praia da Claridade

 
A Pedra de Dighton numa fotografia de P. Hathaway (c. 1910).
A Pedra de Dighton numa fotografia de P. Hathaway (c. 1910)
 
 
Museu da Pedra de Dighton

Museu da Pedra de Dighton
 
 
 
Complemento ao artigo publicado ontem.
 
A Pedra de Dighton é um bloco de rocha cuja superfície, na face voltada para cima, está recoberta de inscrições, muito eruditas, cuja origem tem alimentado uma polémica secular. Originalmente a pedra estava localizada dentro de água no estuário do rio Taunton, em Berkley, Massachusetts (em tempos parte da vila de Dighton, daí o nome da rocha). Para evitar os danos provocados pelo vandalismo, pela erosão das marés e pelos efeitos da variação térmica, em 1963, a rocha foi removida do rio e classificada como objecto protegido pelo Estado de Massachusetts.
 
A rocha e as teorias epigráficas explicativas
 
A Pedra de Dighton (ver outra foto) é um bloco de arenito feldspático, com cerca de 40 toneladas de peso, formando um paralelepípedo com seis faces irregulares, medindo cerca de 1,5 m de altura, 2,9 m de largura e 3,4 m de comprimento. O bloco terá sido depositado na zona durante a última glaciação há cerca de 13 000 anos. O arenito que constitui o bloco é de cor castanho-acinzentada, com grandes fenocristais, apresentando uma textura grosseira.
 
A face onde estão as inscrições é de forma trapezoidal, estando, quando a rocha se encontrava no leito do estuário, voltada para noroeste, com uma inclinação de aproximadamente 39º em relação à vertical. As inscrições foram feitas com um instrumento cortante, de metal ou rocha de grande dureza, e têm uma profundidade que vai dos 2 aos 7 mm. Parte da superfície da inscrição sofreu abrasão pelo gelo e danos devido aos ciclos térmicos e à meteorização. O vandalismo ao longo dos anos também levou à destruição de algumas das marcações.
 
Ao longo dos últimos 350 anos a epigrafia da rocha tem suscitado as mais díspares interpretações, sendo a sua origem e significado objecto de longas polémicas, a que não estão alheios os nacionalismos e os preconceitos étnicos que entretanto se foram gerando e desfazendo.
 
As teorias mais geralmente aceites atribuem a origem das inscrições aos seguintes povos:
  • Populações aborígenes norte-americanas, isto é aos índios das tribos Narragansett e outros povos algonquianos;
  • A navegadores fenícios que teriam atingido a costa norte-americana, sendo esta a mais antiga das teorias de uma origem não aborígene;
  • A navegadores vikings, de acordo com uma teoria proposta em 1837 por Carl Christian Rafn;
  • A navegadores portugueses, nomeadamente a Miguel Corte Real de acordo com uma teoria postulada em 1918 por Edmund B. Delabarre e posteriormente defendida numa obra do mesmo autor publicada em 1929.
As primeiras descrições conhecidas das inscrições na rocha datam de 1680, quando o reverendo John Danforth as copiou e enviou para Londres numa tentativa de obter uma interpretação. A partir daí as inscrições foram regularmente copiadas e reinterpretadas por dezenas de estudiosos sem que se tenha jamais atingido uma explicação cabal e inatacável. Um estudo completo foi elaborado em 1830 sob os auspícios da Rhode Island Historical Society, dando origem a uma nova onda de explicações e interpretações.
 
Desde 1829 que existem planos para remover a rocha do interior do estuário e colocá-la num museu, tendo sido proposta a sua deslocação para Boston, Fall River e mesmo para a Dinamarca. Contudo, a primeira tentativa de remoção apenas foi feita em 1955, tendo sido interrompida por ordem judicial quando se detectou que os cabos usados na operação estavam a danificar a rocha. Depois de um estudo que determinou que a Pedra de Dighton era um calhau solto e não um afloramento rochoso, em 1963 o Massachusetts Department of Natural Resources construiu uma protecção que elevou a rocha cerca de 3,4 m acima da sua posição inicial colocando-a fora do alcance das águas da maré. A rocha permaneceu nessa plataforma, protegida por arame farpado durante alguns anos, mas o vandalismo continuou pelo que foi necessário recolhê-la num abrigo fechado, o que veio a acontecer em 1973. A rocha foi mantida com a sua orientação original mas foi inclinada por forma que a face gravada faça um ângulo de 70º com a vertical.
 
Em Novembro de 1952, a Miguel Corte Real Memorial Society, da cidade de New York, adquiriu 49,5 acres (aproximadamente 200 000 m²) de terra na zona adjacente à Pedra de Dighton com o objectivo de criar um parque em memória dos Corte Real. Não sendo pacífica a apropriação pela comunidade portuguesa do simbolismo da Pedra, o Estado de Massachusetts expropriou a parcela de terreno, em 1954 criando nela um parque estatal. Posteriormente mais terra foi adquirida e hoje o Dighton Rock State Park ocupa uma área de quase 100 acres (aproximadamente 400,000 m²). A zona foi ajardinada, criando-se uma área para recreação e lazer e um pequeno museu onde a rocha se encontra protegida.
 
O museu, autorizado pela legislatura de Massachusetts em 1974, é constituído por dois pequenos edifícios octogonais, um contendo a rocha, protegida por um vidro, o outro uma pequena colecção de artefactos relacionados com a navegação portuguesa e com os povos aborígenes locais.
 
A leitura portuguesa das inscrições
 
A partir da descoberta da inscrição da data "1511" feita em 1918 por Edmund Delabarre, foi por este realizada uma pesquisa dos eventuais visitantes europeus que pudessem ter estado na Nova Inglaterra por aquela época. Dessa investigação resultou a descoberta que por volta do ano de 1500 os irmãos Corte-Real, saídos da ilha Terceira, nos Açores, tinham desaparecido durante viagens de exploração no Atlântico noroeste.
 
A partir desse conhecimento, as inscrições foram reinterpretadas por Delabarre como dizendo: MIGUEL CORTEREAL v[oluntate] DEI hic DUX IND[iorum] 1511, que traduzido para português significaria: MIGUEL CORTE-REAL pela vontade de Deus chefe dos índios 1511. A interpretação apoia-se ainda na existência de formas que lembram cruzes de Cristo e o escudete português. Há, contudo, o problema de ainda se não chamarem índios aos povos aborígenes da América do Norte quando os Corte-Real deixaram Portugal...
 
Pela sua interpretação e pela defesa que dela fez, o Professor Edmund Delabarre foi celebrado pelo Estado Novo e pelo nacionalismo português como um verdadeiro herói, sendo condecorado em 1926. Uma cópia da Pedra de Dighton está patente no Museu da Marinha, em Lisboa.
 
Muito por influência de Manuel Luciano da Silva
, um médico de origem portuguesa (natural de Vale de Cambra), tem sido mantida uma vigorosa campanha visando o reconhecimento e a divulgação da teoria portuguesa da origem dos desenhos rupestres de Dighton.
Fonte: Wikipédia.
 
 
03
Out06

Miguel Corte Real

Praia da Claridade

 
A pedra de Dighton
 
A Pedra de Dighton
 
 
 

Miguel Corte Real (c. 1450 – talvez em 1502), navegador/explorador português, desaparecido nas costas da América do Norte por volta de 1502. O seu desaparecimento deu origem a várias pesquisas e teses controversas, a mais conhecida das quais é do seu naufrágio nas costas da Nova Inglaterra, onde teria mantido contacto com as populações índias e gravado a conhecida epígrafe da Pedra de Dighton.
 
Biografia
 
Miguel Corte Real era filho de João Vaz Corte Real, capitão do donatário (cargo tardo-feudal) na ilha Terceira, Açores e irmão de Gaspar Corte Real. Gaspar Corte Real desapareceu numa viagem de exploração à Terra Nova, então conhecida por Terra Nova dos Bacalhaus, realizada em 1501. No ano seguinte Miguel partiu numa expedição em direcção ao noroeste do Atlântico em sua busca, mas também desapareceu.
 
O poeta siciliano Giovanni Cataldo Parisio, também conhecido por Cataldo Sículo, que residiu temporariamente em Lisboa em finais do século XV, dedicou a Miguel Corte Real um poema, incluído na sua colectânea Poemata, publicada em Lisboa no ano de 1502. Por aquele poema se pode deduzir que Miguel Corte Real terá exercido as funções de porteiro-mor do rei D. Manuel I de Portugal e terá participado numa expedição militar ao norte de África.
 
Também se sabe que Miguel Corte Real não participou na expedição capitaneada por seu irmão em 1501, apesar de a ter financiado em troca da partilha das terras que descobrisse, porque naquele ano terá partido, por ordem régia, em auxílio dos venezianos nas suas lutas contra os turcos no Mediterrâneo oriental.
 
Verificado o desaparecimento do irmão, no Inverno de 1502/1502 organizou uma expedição, composta por três navios, destinada a proceder a buscas na zona para onde ele tinha partido. A expedição partiu de Lisboa a 10 de Maio de 1502 e atingiu a costa da Terra Nova, onde os navios se separaram para alargar a área investigada, marcando encontro numa baía para o dia 20 de Agosto. Pela data aprazada dois dos navios tinham comparecido, mas o de Miguel Corte-Real nunca mais foi visto.
 
No ano seguinte o irmão mais novo, Vasco Anes Corte Real, solicitou autorização para partir em busca dos irmãos desaparecidos, mas o rei, temendo novo desaparecimento, não autorizou a expedição. Contudo, naquele ano, dois navios terão partido para o noroeste do Atlântico, mas foram debalde as suas buscas.
 
A partir da leitura feita por Edmund Delabarre em 1918, surgiu a tese de que as inscrições feitas na Pedra de Dighton, no que é hoje o estado norte-americano de Massachusetts, teriam sido feitas por Miguel Corte Real. Naquelas interpretações da inscrição, os seus defensores vêem a Cruz de Cristo, o escudete português e o seguinte texto em latim:
MIGUEL CORTEREAL v[oluntate] DEI
hic DUX IND[iorum]
1511
cuja tradução para português dirá:
MIGUEL CORTEREAL pela vontade de DEUS
aqui CHEFE dos ÍNDios
1511

Ligação externa:
O mistério dos Navegadores Perdidos
 
29
Set06

Base Aérea das Lajes

Praia da Claridade

 
Vista aérea da Base Aérea das Lajes, 1989. Na imagem é possível ver aviões de carga da Força Aérea dos Estados Unidos da América e aviões de patrulha anti-submarina da Força Aérea Portuguesa.
 
Vista aérea da Base Aérea das Lajes, 1989.
Na imagem é possível ver aviões de carga da Força Aérea dos Estados Unidos da América e aviões de patrulha anti-submarina da Força Aérea Portuguesa.

 
 
 

A Base Aérea Nº4 (BA4) é uma infra-estrutura aeronáutica de grandes dimensões da Força Aérea Portuguesa, dependente do Comando da Zona Aérea dos Açores.
 
A base está instalada na povoação das Lajes situada na parte nordeste da ilha Terceira, no arquipélago dos Açores. Com cerca de 10 km², a base ocupa a parte central da planície do Ramo Grande (designação dada à zona plana sita na parte nordeste da ilha Terceira) e boa parte da encosta da Serra de Santiago, com pistas de aterragem e áreas de estacionamento. Tem ainda anexo o molhe norte do porto da Praia da Vitória (Porto Militar), ao qual está ligada por uma estrada militar. Tem ainda instalações de telecomunicações e de armazenamento de combustíveis dispersas pela ilha (em boa parte desactivadas).
 
História
 
A base foi criada em 1941 por ocasião da 2ª Guerra Mundial. Na altura havia uma ameaça de eventual ocupação dos Açores por forças aliadas ou alemãs, violando a neutralidade portuguesa. Para dissuadir as tentativas de ocupação, o Governo de Portugal enviou fortes contingentes militares para as ilhas, onde se incluiam unidades da Aeronáutica Militar do Exército Português que se instalaram em várias bases no arquipélago.
 
Em 1943, contudo, o Governo Britânico solicitou ao Governo Português, ao abrigo do Tratado de Aliança Luso-Britânico, o uso da Base das Lajes pela Real Força Aérea Britânica (Royal Air Force, amais antiga força aérea independente do mundo, formada no dia 1º de Abril de 1918) o que foi concedido. Ainda antes do fim da 2ª Guerra Mundial, a base começou também a ser utilizada pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) que ainda lá se mantém instalada.
 
Após o fim da 2ª Guerra Mundial a base teve sobretudo funções na área das operações de Busca e Salvamento, Reconhecimento Meteorológico e Transporte Aéreo Militar.
 
A base tem tido uma importância estratégica para as Forças Armadas Americanas ao servir de ponto de apoio no meio do Oceano Atlântico às aeronaves que têm vindo a participar ou dar apoio às operações na Europa e no Médio Oriente.
 
Responsável pela vasta área do Atlântico, águas territoriais dos Açores/Portugal, existe um Centro Coordenador de Busca e Salvamento ao qual estão atribuídos os meios aéreos existentes.

Fonte: Wikipédia.
 
 
17
Set06

Guerra Junqueiro

Praia da Claridade

 
Guerra Junqueiro
 


Abílio Guerra Junqueiro ( 1850– 1923 ) foi bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, alto funcionário administrativo, político, deputado, jornalista, escritor e poeta. Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada “Escola Nova”. Poeta panfletário, a sua poesia ajudou criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República.
 
Biografia
 
Nasceu em Freixo de Espada à Cinta (distrito de Bragança) a 17 de Setembro de 1850, fazia hoje 156 anos,  filho do negociante e lavrador abastado José António Junqueiro e de sua mulher D. Ana Guerra. A mãe faleceu quando Guerra Junqueiro contava apenas 3 anos de idade.
 
Estudou os preparatórios em Bragança, matriculando-se em 1866 no curso de Teologia da Universidade de Coimbra. Compreendendo que não tinha vocação para a vida religiosa, dois anos depois transferiu-se para o curso de Direito. Terminou o curso em 1873.
 
Entrando no funcionalismo público da época, foi secretário-geral do Governador Civil dos distritos de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo. Em 1878, foi eleito deputado pelo círculo de Macedo de Cavaleiros. Faleceu em Lisboa a 7 de Julho de 1923.
 
Obra literária
 
Guerra Junqueiro iniciou a sua carreira literária de maneira promissora em Coimbra no jornal literário A Folha, dirigido pelo poeta João Penha, do qual mais tarde foi redactor. Aqui cria relações de amizade com alguns dos melhores escritores e poetas do seu tempo, grupo geralmente conhecido por Geração de 70.
 
Guerra Junqueiro desde muito novo começou a manifestar notável talento poético, e já em 1868 o seu nome era incluído entre os dos mais esperançosos da nova geração de poetas portugueses. No mesmo ano, no opúsculo intitulado O Aristarco Português, apreciando-se o livro Vozes Sem Eco, publicado em Coimbra em 1867 por Guerra Junqueiro, já se prognostica um futuro auspicioso ao seu autor.
 
No Porto, na mesma data, aparecia outra obra, Baptismo de Amor, acompanhada dum preâmbulo escrito por Camilo Castelo Branco; em Coimbra publicara Guerra Junqueiro a Lira dos Catorze Anos, volume de poesias; e em 1867 o poemeto (poema pequeno) Mysticae Nuptiae; no Porto a casa Chardron editara-lhe em 1870 a Vitória da França, que depois reeditou em Coimbra em 1873.
 
Em 1873, sendo proclamada a República em Espanha, escreveu ainda nesse ano o veemente poemeto À Espanha Livre. Em 1874 apareceu o poema A Morte de D. João, edição feita pela casa Moré, do Porto, obra que alcançou grande sucesso. Camilo Castelo Branco consagrou-lhe um artigo nas Noites de Insónia, e Oliveira Martins, na revista Artes e Letras.
 
Vindo residir para Lisboa, foi colaborador em prosa e em verso, de jornais políticos e artísticos, como a Lanterna Mágica, com a colaboração de desenhos de Rafael Bordalo Pinheiro. Em 1875 escreveu o Crime, poemeto a propósito do assassínio do alferes Palma de Brito; a poesia Aos Veteranos da Liberdade; e o volume de Contos para a Infância. No Diário de Notícias também publicou o poemeto Fiel e o conto Na Feira da Ladra. Em 1878 publicou em Lisboa o poemeto Tragédia Infantil.
 
Uma grande parte das composições poéticas de Guerra Junqueiro está reunida no volume que tem por título A Musa em Férias, publicado em 1879. Neste ano também saiu o poemeto O Melro, que depois foi incluído na Velhice do Padre Eterno, edição de 1885. Publicou Idílios e Sátiras, e traduziu e coleccionou um volume de contos de Hans Christian Andersen e outros.
 
Após uma estada em Paris, aparentemente para tratamento de doença digestiva contraída durante a sua permanência nos Açores, publicou em 1885 no Porto A velhice do Padre Eterno, obra que provocou acerbas réplicas por parte da opinião clerical, representada na imprensa, entre outros, pelo cónego Sena Freitas.
 
Quando se deu o conflito com a Inglaterra sobre o "mapa cor-de-rosa", que culminou com o ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1891, Guerra Junqueiro interessou-se profundamente nesta crise nacional, e escreveu o opúsculo Finis Patriae, e a Canção do Ódio, para a qual Miguel Ângelo escreveu a música. Posteriormente publicou o poema Pátria. Estas composições tiveram uma imensa repercussão, contribuindo poderosamente para o descrédito das instituições monárquicas.
 
 
1850: Nasce, a 17 de Setembro, no lugar de Ligares, Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança;
1866: Frequenta o curso de Teologia na Universidade de Coimbra;
1867: «Vozes Sem Eco»;
1868: «Baptismo de Amor». Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;
1873: «Espanha Livre». Colaboração de Guerra Junqueiro em «A Folha» de João Penha. É bacharel em Direito;
1874: «A Morte de D. João»;
1875: Primeiro número de «A Lanterna Mágica» em que colabora;
1878: É nomeado Secretário Geral do Governo Civil em Angra do Heroísmo;
1879: «A Musa em Férias». Adere ao Partido Progressista. É transferido de Angra do Heroísmo para Viana do Castelo e eleito para a Câmara dos Deputados;
1880: Casa a 10 de Fevereiro com Filomena Augusta da Silva Neves. A 11 de Novembro nasce a filha Maria Isabel;
1881: Nasce a filha Júlia. Interditada por demência vem a ser internada no Porto;
1885: «A Velhice do Padre Eterno». Criação do movimento «Vida Nova» do qual Guerra Junqueiro é simpatizante;
1887: Segunda viagem de Guerra Junqueiro a Paris;
1888: Constitui-se o grupo «Vencidos da Vida». «A Legítima»;
1890: «Finis Patriae». Guerra Junqueiro é eleito deputado pelo círculo de Quelimane;
1895: Vende a maior parte das colecções artísticas que acumulara;
1896: «A Pátria». Parte para Paris;
1902: «Oração ao Pão»;
1903: Reside em Vila do Conde;
1904: «Oração à Luz»;
1905: Visita a Academia Politécnica do Porto e instala-se nesta cidade;
1908: É candidato do Partido Republicano pelo Porto;
1910: É nomeado Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República Portuguesa junto da Confederação Suiça, em Berna;
1911: Homenagem a Guerra Junqueiro no Porto;
1914: Exonera-se das funções de Ministro Plenipotenciário;
1920: «Prosas Dispersas»;
1923: Morre a 7 de Julho, em Lisboa.
Fonte: Wikipédia.
 
 

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