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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

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13
Out06

Rainha Santa Isabel

Praia da Claridade

 
Rainha Santa Isabel
 
Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal
 
 
 

Isabel de Aragão, OSC - Ordem de Santa Clara, as Clarissas (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Helisabeth; Saragoça, 1271 - Santarém, 4 de Julho de 1336 - ver "Nota" no final deste post), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal.
 
Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e posteriormente canonizada. É popularmente conhecida como a Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.
 
 
Biografia
 
Isabel era filha do Rei Pedro III de Aragão e de Constança de Hohenstaufen, rainha da Sicília. Por via materna, era descendente do grande Imperador Romano-Germânico Frederico II, pois o seu avô materno era Manfredo de Hohhenstauffen (1232-1266), rei da Sicília, filho de Frederico II. Teve cinco irmãos, entre os quais os reis aragoneses Afonso III e Jaime II, para além de outro monarca reinante, Frederico II da Sicília. Para além disso, por via materna estava também relacionada com a sua tia Santa Isabel da Hungria, também considerada santa pela Igreja Católica.
 
Casou-se por procuração com o soberano português D. Dinis em Barcelona, aos 11 de Fevereiro de 1282, tendo celebrado a boda ao passar a fronteira da Beira, em Trancoso, em 26 de Junho do mesmo ano. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prebendas destinadas à manutenção da sua pessoa, e entre as quais se encontravam, por exemplo, as vilas de Óbidos, Alenquer, Torres Vedras, bem como outras povoações da região hoje conhecida como Oeste).
 
O rei não lhe teria sido inteiramente devotado, e parece que visitaria damas nobres para os lados de Odivelas. A rainha, ao saber do sucedido, ter-lhe-à apenas respondido: Ide vê-las, Senhor. Com os tempos, de acordo com a tradição popular, uma corruptela de ide vê-las originou o moderno topónimo Odivelas (versão, contudo, que não é sustentada pelos linguistas).
 
Apesar de tudo, Isabel parece ter sido muito piedosa e passou grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte.
 
Na década de 1320, o seu filho e herdeiro, Afonso IV de Portugal, sentindo em perigo a sua posição em favor de um filho bastardo do rei Dinis, também chamado Afonso, declarou abertamente a guerra a seu pai, chegando-se quase à luta na Batalha de Alvalade. No entanto, a intervenção da rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz assinada em 1325 nessa mesma povoação dos arredores de Lisboa, foi evitado um conflito armado que teria ceifado muitas vidas inutilmente.
 
Pouco depois da morte do marido, Isabel recolheu a um convento franciscano em Coimbra (Santa Clara-a-Velha) vestindo o hábito de Clarissa mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336. Nessa altura, tendo Afonso declarado guerra ao seu sobrinho, o rei de Castela, Afonso XI, filho de Constança, infanta de Portugal, e, portanto, neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua esposa D. Maria (filha do rei português), a rainha Santa Isabel, não obstante a sua idade avançada e a sua doença, dirigiu-se a Estremoz, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos desavindos (entre o seu filho e o seu neto materno) e de novo evitou a guerra.
 
Isabel faleceu pouco tempo depois, em Santarém, tendo deixado expresso no seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, (onde hoje em dia, após ter estado por 400 anos parcialmente submerso pelo rio Mondego
, decorre uma escavação arqueológica). Sendo a viagem demorada havia o receio do cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador começou o ataúde a abrir fendas e por elas escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual não foi, porém, a surpresa, quando notaram que na vez do mau cheiro esperado saída do ataúde um aroma suavíssimo. O seu marido, o rei D. Diniz repousa em Odivelas, no Convento de São Dinis.
 
Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625. É reverenciada a 8 de Julho, data do seu falecimento.
 
Actualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem.
 
 
Descendência
 
Do seu casamento com o rei D. Dinis teve dois filhos:
  • Constança (3 de Janeiro de 1290 - 18 de Novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela.
  • D. Afonso IV, rei de Portugal (8 de Fevereiro de 1291 - 28 de Maio de 1357).
 
A lenda do milagre das rosas
 
Conta-se que, certa vez, a rainha, decidida a ajudar os mais desfavorecidos, teria enchido o seu regaço com pães, para os distribuir. Tendo sido apanhada pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha limitou-se a responder: São rosas, Senhor !  Com efeito, ao abrí-lo, teriam brotado rosas do regaço, ao invés dos pães que escondera. Este evento ficou conhecido como milagre das rosas.
Fonte: Wikipédia.  



Nota:
 
Segundo um comentário inserido neste post, por Joaquim Baptista, a quem agradeço, a Rainha Santa  faleceu no Paço Real de Estremoz e não em Santarém.  Estremoz é o local  mencionado no Portal da História, não estando, portanto, de acordo com a "fonte" onde obtive os elementos para este artigo.
  

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