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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

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Figueira da Foz - Portugal

06
Set06

Fernão de Magalhães

Praia da Claridade

 
Fernão de Magalhães, navegador português
 
 
Mapa da expedição da primeira viagem de circum-navegação: a castanho a rota percorrida, e a verde indica o local onde faleceu Fernão de Magalhães
 
Mapa da expedição da primeira viagem de circum-navegação:
a castanho a rota percorrida, e a verde indica o local onde faleceu
Fernão de Magalhães

 

Fernão de Magalhães (Primavera de 1480 — 27 de Abril de 1521) foi um navegador português que, ao serviço do rei de Espanha, comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a dobrar o estreito, hoje conhecido pelo seu nome (o Estreito de Magalhães) e o primeiro europeu a navegar no Oceano Pacífico. Fernão de Magalhães morre nas Filipinas no curso daquela expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano 1522.
 
Alista-se com 25 anos na armada que foi à Índia, comandada por Francisco de Almeida, embora o seu nome não figure nas crónicas; sabe-se no entanto que ali permaneceu oito anos, que esteve em Goa, Cochim, Quíloa, que acompanhou Diogo Lopes de Sequeira a Malaca, viagem que acabou em naufrágio. No Oriente, Magalhães estabeleceu estreitas relações de amizade com Francisco Serrão, que veio a ser feitor nas Molucas; dele teria tido informações quanto à situação dos lugares produtores de especiarias.
 
Tendo-se distinguido na defesa de Azamor, em que acompanhara o duque de Bragança, pediu a D. Manuel uma recompensa para seus feitos; mas os boatos que corriam sobre a maneira pouco escrupulosa como dividira as presas de uma incursão tinham chegado aos ouvidos do Rei. Este, apesar das suas justificações, e não o considerando culpado, não lhe concedeu, todavia, as mercês pedidas.
 
Em 1517 foi a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da Casa de la Contratación da cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar a Espanha a possibilidade de atingir as Molucas pelo Ocidente, por mares não reservados aos portugueses no
Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano. Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projecto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheia de incidentes; depois da ruptura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram de Sevilha em 20 de Setembro de 1519.
 
A expedição
 
A armada fez escala nas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, chegando em 13 de Dezembro ao Rio de Janeiro. Continuando para sul, atingiram o porto de S. Julião à entrada do estreito, na extremidade da actual costa da Argentina, onde o capitão decidiu hibernar (período de repouso invernal). Irrompeu então uma revolta que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de paragem, tempo no qual a nau Santiago foi perdida numa viagem de reconhecimento, mas tendo sido os seus tripulantes resgatados, Magalhães encontrou o estreito que hoje tem o seu nome, aprofundando-se nele. Noutra viagem de reconhecimento, outra nau foi perdida, mas desta vez para um motim no San Antonio onde a tripulação, sem que soubesse o seu capitão-mor, iniciou uma viagem de volta (realmente estes completaram a viagem, espalhando ofensas contra Fernão de Magalhães na Espanha).
 
Apenas em Novembro a esquadra atravessaria o estreito, penetrando nas águas do mar do sul, baptizado «Pacífico». Depois de cerca de quatro meses, a fome, a sede e as doenças (principalmente o escorbuto) começaram a dizimar a tripulação. No Pacífico encontrou as nebulosas que hoje ostenta o seu nome - as Nebulosas de Magalhães. (Na constelação de Tucano percebemos a olho nú, e longe das grandes cidades, duas pequenas nuvens que parecem pedaços da Via-láctea. São as Nuvens de Magalhães, descobertas pelo navegador quando da sua viagem, sendo, na verdade, duas galáxias muito próximas à nossa e por esse motivo são consideradas como galáxias satélites. São facilmente observadas com binóculos e com um pequeno telescópio podemos observar os seus aglomerados).
 
Em Março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões, chegando à ilha de Cebu nas actuais ilhas Filipinas em 7 de Abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu em combate com os nativos, atraído por uma emboscada.
 
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de Março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián El Cano.
 
O regresso
 
Decidiram incendiar a nau Concepción, visto o pequeno número de homens para operá-las, e finalmente, conseguiram chegar às Molucas onde obtiveram o seu suprimento de especiarias. Trinidad acabou ali permanecendo para reparos e a "Victoria" voltou sozinha para casa, contornando o Índico pelo sul, a fim de não encontrar navios portugueses. A Trinidad, após os reparos, tentou seguir uma rota pelo Pacífico até a América Central, onde poderia contactar os espanhóis e levar a sua carga. No entanto acabou por retornar às Molucas onde os seus tripulantes foram aprisionados pelos portugueses que haviam chegado. A nau "Victoria" dobrou o
Cabo da Boa Esperança em 1522, fez escala em Cabo Verde, onde alguns homens foram detidos pelos portugueses, alcançando finalmente o porto de S. Lúcar de Barrameda, com apenas com 18 homens na tripulação.
 
Uma única nau tinha completado a circum-navegação do globo ao alcançar Sevilha em 6 de Setembro de 1522, faz hoje 484 anos. João Sebastião de Elcano e a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota regressaram decorridos três anos após a partida. A expedição de facto trouxe poucos benefícios financeiros, não tendo a tripulação chegado a receber o pagamento.
 
 
QUANDO TUDO ACONTECEU...
 
1480: Data provável do nascimento de Fernão de Magalhães, talvez em Trás-os-Montes.
1505: Parte para a Índia na armada de D. Francisco de Almeida. 
1509: Sob o comando de Lopes Sequeira participa na desastrada expedição a Malaca; faz grande amizade com Francisco Serrão.
1511: Participa, sob o comando de Afonso de Albuquerque, na conquista de Malaca. 
1513: Regressa a Lisboa.
1514: É ferido em combate, em Azamor (Marrocos); novamente em Lisboa, D. Manuel recusa-lhe aumento de tença (pensão com que se remuneram serviços). 
1517: Dirige-se a Sevilha para apresentar a Carlos V o seu plano de alcançar as Ilhas das Especiarias por ocidente.
1519: Inicia a que será a primeira viagem de circum-navegação; alcança a baía da Guanabara.
1520: Alcança a foz do Rio da Prata; passa o Inverno na baía de S. Julião; domina motim; atravessa o Estreito e desemboca no Pacífico.
1521: Descobre a Ilha dos Ladrões; descobre o arquipélago das Filipinas e aí é morto em combate.
1522: Sebastian d'Elcano conclui a primeira viagem de circum-navegação.
  
Apenas quatro homens dos 55 da tripulação original do Trinidad  finalmente regressaram a Espanha em 1525.
Fonte: Wikipédia.
 
 

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