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PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

PRAIA DA CLARIDADE

Figueira da Foz - Portugal

23
Dez05

Portal do Astrónomo (202)

Praia da Claridade

www.portaldoastronomo.org


NUCLIO - Núcleo Interactivo de Astronomia
Newsletter n.º 202

Chegamos ao final de mais um ano. Foi um ano cheio de desafios e de momentos marcantes que tivemos oportunidade de partilhar com alguns de vós. Concretizaram-se projectos de grande importância e abriram-se novos caminhos. Não teríamos conseguido sem o apoio dos nossos leitores. Um muito obrigada a todos.

A equipa do NUCLIO deseja-vos e à vossa família Boas Festas e que 2006 seja um ano cheio de desafios e conquistas. Esperamos poder continuar a contar com o vosso interesse no nosso trabalho e estar a altura das vossas expectativas.

Esta semana, o nosso tema do mês sobre Júlio Verne relata-nos a vida do famoso escritor em Crotoy.

http://www.portaldoastronomo.org/tema_pag.php?id=23&pag=2

Em termos de eventos do céu, a próxima semana é calma. Com a Lua a caminhar para a fase de Nova, passando no Quarto-Crescente hoje pelas 19h36 UT, o nosso satélite natural encontra-se ausente do céu ao início da noite, nascendo pela noite dentro e permitindo as observações de céu profundo, principalmente para quem aproveita a época festiva para se deslocar até céus mais escuros.

Mas no próximo dia 27 de madrugada, antes do Sol nascer, a Lua vai estar razoavelmente próxima de Júpiter. A separação será grande, um pouco mais que 5º, mas ainda assim o crescente lunar com menos de 20% e Júpiter com mag -1,8 farão um bom par para ver à vista desarmada.

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Estrela de neutrões é devorada por buraco negro

http://www.portaldoastronomo.org/noticia.php?id=603


Uma equipa internacional de astrónomos anunciou a descoberta de mais uma fulguração de raios gama de curta duração, a terceira, associada a uma galáxia elíptica vizinha. O baixo nível de formação estelar em galáxias deste tipo, assim como a detecção de uma emissão de longa duração após a fulguração, indicam que esta fulguração de raios gama é provavelmente o grito final de uma estrela de neutrões a ser devorada por um buraco negro.

Proto-estrelas enfeitam enxame da Árvore de Natal

http://www.portaldoastronomo.org/noticia.php?id=604

O telescópio espacial Spitzer (NASA) observou o enxame da Árvore de Natal (NGC 2264) com duas câmaras de infravermelho e revelou um enxame de proto-estrelas até agora nunca detectado, para além da estrutura intrincada desta nuvem de formação de estrelas. A configuração geométrica formada pela posição destas estrelas parece indicar que estas se formaram em intervalos de espaço regulares ao longo de estruturas lineares, confirmando a previsão dos modelos teóricos. Este estudo é protagonizado por Paula Teixeira, jovem astrofísica portuguesa no Centro Smithsonian para a Astrofísica (Universidade de Harvard, EUA).

Fontewww.portaldoastronomo.org  -  O Portal do Astrónomo.
23
Dez05

A idade da Lua

Praia da Claridade




De acordo com um estudo recentemente publicado na revista científica Science, uma equipa de investigadores britânicos e alemães asseguraram que a Lua se formou há pelo menos 4.527 milhões de anos, um número redondo, que apesar de tudo apresenta uma margem de erro de 10 milhões de anos. De acordo com as últimas medições e análises científicas, os peritos das Universidades de Muenster e Colónia, na Alemanha, e da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, chegaram à conclusão de que o único satélite natural da Terra é um pouco mais "jovem" do que os planetas do nosso sistema solar. A Lua ter-se-á pois formado durante os primeiros 100 milhões de anos após o nascimento do sistema solar. Refira-se que a publicação destes curiosos dados só foi possível a partir da análise do imenso material recolhido pelos astronautas das missões Apollo. Os cientistas analisaram essencialmente um mineral específico comum nas rochas lunares, para calcular a idade da Lua.
in "Dica da Semana"
23
Dez05

A Glaciação

Praia da Claridade

As glaciações são fenómenos climáticos que ocorrem ao longo da história do planeta Terra. Como o próprio nome sugere é um período de frio intenso quando a temperatura média da Terra baixou, provocando o aumento dos glaciares nos pólos e uma grande acumulação de gelo nas zonas montanhosas próximo às regiões de neves eternas (que nunca derretem).

Glaciar é uma grande massa de gelo formada em camadas sucessivas de neve de várias épocas, que se desloca lentamente, relevo abaixo, provocando erosão glacial. Ao longo dos anos o gelo pode desaparecer dos glaciares deixando um vale em forma de U.

Actualmente os glaciares ocupam 10% da área total do planeta e a maioria está localizada nas regiões polares como a Antárctica e a Groenlândia, mas nem sempre foi assim. Nos períodos glaciais o gelo cobria cerca de 32% da terra e 30% dos oceanos.

As glaciações provocaram grandes mudanças no relevo continental e no nível do mar. Quando a temperatura global diminuiu ocorreu, como consequência, o aumento dos glaciares ou seja, as baixas temperaturas provocaram o congelamento da água nos pólos aumentando a quantidade de gelo nas calotas polares.

Outra consequência deste processo foi que a formação dos glaciares não ficou mais restrita às regiões polares. A neve e o gelo foram-se acumulando nas zonas montanhosas próximas aos picos, ano após ano, até que o seu próprio peso, juntamente com a força da gravidade fizeram com que se deslocassem lentamente, provocando grandes alterações de relevo no caminho por onde passam - formando profundos vales em forma de U, chamados moreias. Estas massas de gelo e neve são os glaciares que foram deslizando lentamente até alcançar zonas mais quentes, quando se foram derretendo e formando a cabeceira de um rio ou dando origem aos lagos glaciais.

Outra consequência foi o rebaixamento do nível dos mares devido à retenção de água nos pólos. O mar afastou-se da linha da costa, das praias, por exemplo, expondo grandes extensões de terra e ligando ilhas e continentes entre si, formando as chamadas pontes terrestres.

Pontes terrestres são porções de terra firme que se formam, unindo dois continentes ou um continente com uma zona insular próxima, durante as glaciações. Nesses períodos, a água do mar concentra-se nas calotas polares e nos glaciares, fazendo baixar o nível do mar e expondo os fundos marinhos de pequenas profundidades.

Entre os períodos glaciais há os períodos interglaciais em que a temperatura da Terra se eleva. O período em que vivemos nada mais é do que um interglacial.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
22
Dez05

O Pai Natal

Praia da Claridade
align=center>height=220 alt="" src="http://galeria.blogs.sapo.pt/arquivo/Pai_Natal_02.gif" width=197 border=0>
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align=justify>O personagem size=4>color=#660000>Pai Natal

foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, Arcebispo de Mira, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. A sua transformação em símbolo natalício aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo.


color=#660000 size=4>Origem

A origem do Pai Natal vem de séculos e séculos atrás. Na verdade, quem começou essa história foi o arcebispo de Mira, São Nicolau Taumaturgo, nascido em 280 em Patara, na actual Turquia, e morreu aos 41 anos. O Pai Natal virou um símbolo proveniente do Pólo Norte.

Ele era muito bondoso e generoso. Entre as várias histórias a seu respeito, contavam que ele sempre oferecia presentes aos pobres e salvava marinheiros vítimas de tempestades. Por essas e por outras, São Nicolau virou o padroeiro das crianças e dos marinheiros.

A “fama” que ele ganhou por dar presentes às crianças chegou aos Países Baixos pelos marinheiros do país que o conheceram. A partir daí, a sua fama só cresceu, atravessando os séculos, até chegar aos Estados Unidos, onde ficou conhecido como Santa Claus. Nessa altura ele já era muito popular, sendo conhecido como um homem gorducho, bonachão e generoso. As crianças passaram a pedir os presentes com antecedência para ganhá-los antes do Natal.

Em Guimarães (Portugal), São Nicolau tem umas peculiares e seculares comemorações: as Festas Nicolinas.
Ver:  http://www.nicolinas.net/festas_nicolinas.php .


color=#660000 size=4>Divulgação

Uma das pessoas que ajudaram a dar força à lenda do Pai Natal foi Clemente C. Moore, um professor de literatura grega em Nova Iorque que lançou o poema “Uma visita de São Nicolau” em 1822, escrita para os seus seis filhos.

Nesse poema, Moore divulgava a versão de que ele viajava num trenó puxado por renas. Ele também ajudou a popularizar outras características do Bom Velhinho, como o facto dele entrar pela chaminé.

O caso da chaminé, inclusive, é um dos mais curiosos na lenda do Pai Natal. Alguns estudiosos defendem que isso se deve ao facto de que várias pessoas tinham o costume de limpar as chaminés no Ano Novo para permitir que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.

No poema, várias tradições foram buscadas de diversas fontes e a verdadeira explicação da chaminé veio realmente da Finlândia. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas que pareciam iglus e que eram cobertas com pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.

A última e mais importante característica incluída na figura do Pai Natal é a sua camisa vermelha e branca. Antigamente, ele usava cores que tendiam mais para o marrom e costumava usar uma coroa de azevinhos na cabeça, mas não havia um padrão.

O seu actual visual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper´s Weeklys, em 1886 numa edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo, tendo em vez do gorrinho vermelho uma mitra episcopal.


color=#660000 size=4>O mito da Coca Cola

É amplamente divulgado pela Internet e por outros meios que a Coca Cola seria a responsável pelo actual visual do Pai Natal (roupas vermelhas com detalhes em branco), porém isso é totalmente infundado e trata-se de mera coincidência, visto que o Pai Natal já apareceu assim na própria obra de Thomas Nast e noutras propagandas como as da Colgate, RCA Victor, Michelin, muito antes de aparecer em campanhas da Coca Cola.

A Coca Cola divulgou a sua primeira grande campanha publicitária envolvendo o Pai Natal no ano de 1930, praticamente 60 anos depois de Thomas Nast já ter desenhado a imagem que temos hoje do bom velhinho.
Curiosamente, no ano de 1886, que foi o ano que Thomas Nast desenhou a imagem actual que temos do Pai Natal, a Coca Cola surgia como um remédio.
color=#c0c0c0 size=1>Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.






























21
Dez05

O Solstício

Praia da Claridade

Em astronomia, solstício é o momento em que o Sol, durante o seu movimento aparente na esfera celeste, atinge o seu maior afastamento, em latitude, em relação ao equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em 21 ou 22 de Dezembro e em 21 ou 22 de Junho.


No Hemisfério NORTE, o de Dezembro é o solstício de INVERNO e o de Junho é o solstício de VERÃO. O oposto acontece no Hemisfério SUL.


Solstício de INVERNO:

Dia 21-Dezembro-2005  às  18:36:03 horas.

21
Dez05

O Natal

Praia da Claridade
align=center>height=360 alt="" src="http://galeria.blogs.sapo.pt/arquivo/Arvore_de_NATAL.jpg" width=270 border=0>
size=+0>color=#000000>face=georgia>
align=justify>Os cristãos substituíram a antiga festa romana dos solstícios de Inverno pela do natal, de arraigada tradição familiar e associada à festa do Ano Novo. color=#006600 size=4>O Natal
é a festa cristã na qual se comemora o nascimento de Jesus Cristo. De acordo com os evangelhos Cristãos, Jesus nasceu da Virgem Maria em Belém da Judeia, para onde Maria e o seu marido José se tinham dirigido para se registarem nos censos Romanos. Segundo os crentes, o nascimento de Cristo estava já previsto nas escrituras judaicas, segundo as quais o Messias viria da casa de David. No ano 245 d.c, o teólogo Origines repudiava a ideia de se festejar o nascimento de Cristo “como se fosse um faraó”. De acordo com almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.c. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de Janeiro o nascimento de Cristo quanto o seu baptismo, em virtude de não ter aceite o calendário gregoriano.

No século IV as igrejas orientais passaram a adoptar o dia 25 de Dezembro para o Natal, e o dia 6 de Janeiro para Epifania (“manifestação”). No Ocidente, comemora-se nesse dia a visita dos Reis Magos. A festa do Natal foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354 d.c. Na realidade, a data de 25 de Dezembro não se deve a um escrito aniversário cronológico, mas sim à substituição, com motivos cristãos, das antigas festas pagãs. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como o Sol de Justiça (Malaquias 4:2) e a Luz do Mundo (João 8:12), e as primeiras celebrações da festa na colina vaticana – onde os pagãos tributavam homenagem às divindades do Oriente – expressam o sincretismo da festividade, de acordo com as medidas de assimilação religiosa adoptadas por Constantino I. Então houve a necessidade de cristianizar as festas que vários povos pagãos celebravam por altura do Solstício de Inverno. Assim, em vez de proibir as festas pagãs, forneceu-lhes um pretexto cristão. Por isso adaptação do dia 25 de Dezembro foi adoptada porque os primeiros cristãos desejavam que a data coincidisse com a festa pagã dos romanos dedicada “ao nascimento do sol inconquistado”, que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, comemorada em 17 de Dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de Dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude.

É o evento cristão socialmente mais importante, junto com a Páscoa, embora do ponto de vista litúrgico e canónico não seja uma celebração fundamental. Nas línguas latinas o vocábulo Natal provém de natividade, ou seja, nascimento. Já nas línguas anglo-saxónicas o termo utilizado é Christmas, literalmente "missa de Cristo". Em alemão, Weihnachten tem o significado "noite bendita".

No Ano Novo romano, comemorado em 1° de Janeiro, havia o hábito de enfeitar as casas com folhagens e dar presentes às crianças a aos pobres. Acrescentaram-se a esses costumes os ritos natalícios germânicos e célticos, quando as tribos teutónicas penetraram na Gália, na Grã-Bretanha e na Europa central. A acha de lenha, o bolo de Natal, as folhagens, o pinheiro, os presentes e as saudações comemoram diferentes aspectos dessa festividade. Os fogos e luzes são símbolos de ternura e vida longa. Os costumes dos pinheiros natalícios, a árvore de Natal, difundiu-se durante o século XIX. Mas desde o século XIII, são Francisco de Assis já iniciara os costumes, seguido nos países latinos, representar o nascimento com figuras em torno dos presépios de Belém. Outras tradições natalícias são o Pai Natal; as procissões, que representam a adoração dos Reis Magos; e a ceia de Natal. No Brasil, com o "Papai Noel", o Natal é a celebração cristã mais profundamente enraizada no sentimento nacional, com rico material poético e folclórico.

Em países predominantemente cristãos, o Natal tornou-se o feriado mais rentável para lojas e outros estabelecimentos, e também é celebrado como feriado secundário em países onde cristãos são minoria. É altamente caracterizado pela troca de presentes entre família e amigos, e presentes que são trazidos pelo Pai Natal ou outros personagens. Tradições locais de Natal ainda são ricas e variadas, apesar da alta influência dos costumes natalícios dos Estados Unidos e britânicos através da literatura, televisão, e outros modos.


face=Georgia>color=#006600 size=4>Árvore de Natal

Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, a mais aceite, atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Ele montou um pinheiro enfeitado com velas na sua casa. Queria, assim, mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.

Na Roma antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.


face=Georgia>color=#006600 size=4>Impacto social do Natal

Por causa do foco na celebração, amigos, família, as pessoas que não têm nenhum desses ao seu lado, ou que recentemente sofreram perdas, possuem uma tendência mais forte para ficarem em depressão durante o Natal. Isto aumenta a procura por serviços de aconselhamento psicológico durante o esse período.

Acredita-se muito que suicídios e assassinatos aumentam durante a época de Natal. Apesar disso, os meses em que suicídios são mais intensos são Maio e Junho. Por causa de celebrações envolvendo álcool, acidentes com motoristas alcoolizados também aumentam.

face=Georgia>Pessoas não-cristãs que vivem países predominantemente cristãs podem ser deixados para trás sem entretenimento no Natal, já que as lojas fecham e os amigos viajam. A recreação cliché para esses é "filmes e comida chinesa"; alguns cinemas permanecem abertos para ganharem algum dinheiro no Natal e estabelecimentos chineses (sendo alguns na sua maioria budistas) são menos prováveis de fecharem no "grande dia".
size=1>color=#c0c0c0>Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



size=1>face=Georgia color=#008000 size=4>Boas Festas e um FELIZ NATAL !


















20
Dez05

O Camaleão

Praia da Claridade
align=center>height=259 alt="" src="http://galeria.blogs.sapo.pt/arquivo/Camaleao.jpg" width=350 border=0> 
size=+0>color=#006600>face=georgia>
align=justify>size=4>Camaleão
(família Chamaeleonidae) refere-se a uma família de répteis escamados, e uma das mais conhecidas famílias de lagartos. Há cerca de oitenta espécies de camaleões, a maior parte delas na África, ao sul do Saara.

Os camaleões são famosos pela sua alegada habilidade em trocar de cor conforme o ambiente (de facto um mito), pela sua língua rápida e alongada, e pelos seus olhos, que podem ser movidos independentemente um do outro.

O nome "Camaleão" significa "leão da terra", e é derivado das palavras gregas Chamai (na terra, no chão) e leon (leão). É um lagarto bastante antigo, já que há registos fósseis de camaleões desde períodos tão longínquos quanto o Terciário.


face=Georgia>color=#003300 size=4>Características físicas

O camaleão têm até 60 cm de comprimento, língua protátil (ou protáctil, não confundir com portátil), cauda preênsil e patas fortes.

Movimenta-se com extrema lentidão. Para apanhar a sua presa, utiliza a língua como se fosse um laço. Consegue, com uma velocidade surpreendente, estender a língua quase um metro. A sua língua, de ponta pegajosa, prende o insecto, que é logo tragado. Só com fotografias com câmaras de alta velocidade é que esse processo pode ser estudado em detalhe.

Os seus olhos podem ser movidos independentemente, o que lhe confere aparência curiosa. São recobertos por uma pálpebra que deixa livre apenas uma pequena área circular no centro, que corresponde à íris e a pupila.

A sua pele tem bastante queratina, o que apresenta uma série de vantagens (em especial, a resistência). Mas essa característica faz com que o camaleão faça a "muda" de pele durante o seu crescimento (a pele antiga descama, dando lugar a outra), a exemplo das cobras. A queratina é uma proteína fibrosa porque a sua estrutura tridimensional lhe confere características especiais: microfilamentos com resistência, elasticidade e impermeabilidade à água.


color=#003300>size=4>Distribuição e habitat


Quanto ao habitat, a maior parte dos camaleões vive na África e em Madagascar, embora algumas espécies também sejam encontradas em partes do sul da Europa, Sri Lanka, Índia, Ásia Menor e até na Amazónia. Diferentes espécies habitam diferentes ambientes, como montanhas, florestas pluviais, savanas e às vezes desertos e estepes. Acredita-se que os indivíduos que vivem nos sectores mediterrânicos europeus derivem de exemplares introduzidos pelo homem em épocas remotas.

Os camaleões habitam, em sua maior parte, árvores. Mas também são achados em alguns arbustos, e algumas espécies vivem no chão, debaixo de folhas. Podem passar de uma árvore a outra graças à sua cauda e aos pés em forma de pingas.

Na Amazónia, o animal iguana (Iguana iguana) é conhecido como camaleão, embora seja de uma família diferente. A espécie também é conhecida localmente como sinimbu. A espécie não sofre pressão de caça intensa, principalmente pela falta de tradição como alternativa alimentícia pelas comunidades rurais. No entanto, existem relatos de consumos de ovos por algumas comunidades ribeirinhas da Amazónia. Pratos feitos com o animal também são ocasionalmente preparados pelos nativos. Também há casos menos frequentes de camaleões da família Chamaeleonidae na Amazónia, de origem indiana, e que foram introduzidos pelos portugueses. Esses animais adaptaram-se com sucesso ao habitat amazónico.

Como não é uma espécie nativa, a legislação brasileira não proíbe a criação de camaleões como animais de estimação: são bichos dos mais populares entre os fãs de animais exóticos. Recentemente, o Ibama proibiu a importação de camaleões. Mas não há restrição de criação de animais que já estejam no país, desde que estejam em criadouros adequados. Essa "permissão" naturalmente não vale para o "camaleão da Amazónia", que é nativo.


face=Georgia>color=#003300 size=4>Comportamento

Todos os camaleões são animais diurnos. O seu período de maior actividade é a manhã, e o final do entardecer. Os camaleões não são caçadores activos. Ao invés disso, preferem sentar-se, ficando horas imóveis, esperando que uma presa passe por eles. Alimentam-se basicamente de artrópodes (1) e de pequenos vertebrados. Em cativeiro, também comem frutas como mamão, banana, e até ovos fritos. Mas essa dieta só é válida para animais adultos: filhotes são quase exclusivamente insectívoros.

(1) - Os Artrópodes (Filo Arthropoda) são o maior grupo de animais existente no mundo e incluem os insectos, aracnídeos, crustáceos
face=Georgia> e outras formas semelhantes.

Os camaleões vivem a maior parte das suas vidas solitariamente, e são bastante agressivos contra outros membros da sua mesma espécie, mesmo que sejam fêmeas. O hábito solitário só é abandonado na época de acasalamento, quando o macho desce das árvores à procura de fêmeas.

Os camaleões mordem se forem provocados, mas a mordedura não é muito dolorosa.


face=Georgia>color=#003300 size=4>Alegada mudança de cor

Ao contrário da crença popular, o camaleão não é incolor, e nem muda de cor de acordo com a cor do ambiente: na verdade, a mudança de sua cor básica é expressão de uma condição física ou psicológica do lagarto. A pele troca de cor sob a influência de seu humor, da luz ou da temperatura.

A mudança de cor também tem um papel importante na comunicação durante lutas entre camaleões: as cores indicam se o oponente está assustado ou furioso.

Acidentalmente, a mudança de cor pode ajudar no mimetismo do animal, embora esta não seja uma ocorrência frequente, e sim ocasional. Mimetismo é a capacidade que têm certos animais de variar a coloração e a forma, de acordo com o meio em que se encontram. O mimetismo serve de protecção aos animais, pois ajuda-os a despistar os caçadores e as feras.

Os camaleões têm células especializadas em duas camadas sob a sua pele externa transparente. As células na camada superior, chamadas de cromatóforas, contém pigmentos amarelos e vermelhos. Abaixo das células cromatóforas há outra camada e células: as guanóforas, que contém uma substância cristalina e incolor (a guanina). Os guanóforos reflectem, entre outras, a cor azul da luz incidente. Se a camada superior de cromatóforas for amarela, a luz reflectida torna-se verde (azul mais amarelo). Uma camada de pigmento escuro (melanina) contendo melanóforos está situada ainda mais profundamente, abaixo das guanóforas reflectoras de luz azul e branca. Estes melanóforos influenciam o brilho e a claridade da luz reflectida.

Todas essas diferentes células pigmentares podem relocar os seus pigmentos, influenciando assim a cor da luz que é reflectida.


face=Georgia>color=#003300 size=4>Camaleões na cultura e nas artes

Em todo o Ocidente, o termo "Camaleão" é usado na linguagem figurada como sinónimo de uma pessoa volúvel e maleável, que adapta o seu comportamento e características conforme o ambiente. Nem sempre o termo tem conotação negativa (de falsidade), podendo significar também "flexibilidade". Também é bastante utilizado para adjectivar bons actores.

Na simbologia de algumas tribos africanas, o camaleão é um animal sagrado, visto como o criador dos primeiros homens. Nunca é morto, e quando é encontrado no caminho, tiram-no com precaução, com medo de maldições.

Na Amazónia, encontrar um camaleão indica bons fluidos: estes animais indicam boa sorte, e matá-los traz mal agouro. Ainda assim, há quem ignore as lendas e mate os camaleões da Amazónia para comê-los.

Os camaleões são personagens frequentes de fábulas, onde geralmente representam bichos lentos, astutos e pouco confiáveis.
color=#c0c0c0 size=1>Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

















































19
Dez05

Doença de Alzheimer

Praia da Claridade

A Doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica. Estes défices mnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por défices visuo-espaciais e de linguagem. O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com ideação paranóide.

A base histopatológica da doença foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer (1) em 1906, que verificou a existência juntamente com placas senis (hoje identificadas como agregados de proteína beta-amilóide), de emaranhados neurofibrilares (hoje associados a mutação da proteína tau, no interior dos neurotúbulos. Estes dois achados patológicos, num doente com severas perturbações neurocognitivas, e na ausência de evidência de compromisso ou lesão intra-vascular, permitiram a Alois Alzheimer caracterizar este quadro clínico como distinto de outras patologias orgânicas do cérebro, vindo Emil Kraepelin a dar o nome de Alzheimer à doença por ele estudada pela primeira vez, combinando os resultados histológicos com a descrição clínica.

Caracteriza-se clinicamente pela perda progressiva da memória. O cérebro de um paciente com o Mal de Alzheimer, quando visto em necrópsia (autópsia ou necrotomia), apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo mas também em regiões parieto-occipitais e frontais.

Hipocampo é uma estrutura localizada nos
lobos temporais (lobo temporal é a estrutura central responsável pelo gerenciamento da memória e fica localizada no centro do cérebro), considerada a principal sede da memória e importante componente do sistema límbico (unidade responsável pelas emoções), especialmente envolvido com os fenómenos da memória de longa duração.

A perda de memória causa a estes pacientes um grande desconforto na sua fase inicial e intermediária, já na fase adiantada não apresentam mais condições de perceber-se doentes, por falha da auto-crítica. Não se trata de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressiva incapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldades para reconhecer pessoas próximas e objectos. Mudanças de domicílio são mal recebidas, pois tornam os sintomas mais agudos. Um paciente com mal de Alzheimer pergunta a mesma coisa centenas de vezes, mostrando a sua incapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases são truncadas, muitas permanecendo sem finalização.


Evolução

A evolução da piora é em torno de 5 a 15% da cognição (consciência de si próprio e dos outros) por ano de doença, com um período em média de oito anos do seu início e da sua última fase. Com a progressão da doença passa a não reconhecer mais os familiares ou até mesmo de realizar tarefas simples de higiene e vestir roupas. No estágio final necessita de ajuda para tudo. Os sintomas depressivos são comuns, com instabilidade emocional e choros. Delírios e psicoses (2) são difíceis de avaliar devido à total perda de noção de lugar e de tempo. Em geral a doença se instala em pessoas com mais de 65 anos, mas existem pacientes com início aos quarenta anos, e relatos raros de início na infância, de provável cunho genético. Podem aparecer vários casos numa mesma família, e também pode acontecer casos únicos, sem nenhum outro parente afectado, ditos esporádicos.


Tratamento da Doença de Alzheimer

O tratamento visa a confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da doença. Algumas drogas são úteis no início da doença, e sua dose deve ser personalizada. São os inibidores da acetil-colinesterase, medicações que inibem a enzima responsável pela degradação da acetilcolina produzida e libertada por um núcleo na base do cérebro (núcleo basal de Meynert). A deficiência de acetilcolina é considerada epifenómeno da doença de Alzheimer, mas não é o único evento bioquímico/fisiopatológico que ocorre. Mais recentemente, um grupo de medicações conhecido por inibidores dos receptores do tipo NMDA (N-Metil-D-Aspartato) do glutamato entrou no mercado brasileiro, já existindo no europeu há mais de uma década. A memantina é tal droga, e sua acção dá-se pela inibição da ligação do glutamato, neurotransmissor (3) excitatório do sistema nervoso central a seus receptores. O glutamato é responsável por reacções de excitotoxicidade com libertação de radicais livres (4) e lesão tecidual e neuronal. Há uma máxima na medicina que diz que uma doença pode ser intratável, mas o paciente não.


(1) - Alois Alzheimer (
14 de Junho de 1864 a 19 de Dezembro de 1915). Neurologista alemão conhecido sobretudo por ter sido o primeiro autor a reconhecer com entidade patognómica distinta a doença neurodegenerativa que hoje tem o seu nome (doença de Alzeimer ou mal de Alzheimer). Alzheimer trabalhou também com Emil Kraepelin, autor da primeira classificação moderna dos vários tipos de doença psicótica.

(2) - A Psicose é uma psicopatia que se manifesta por acessos, que se alternam, de excitação psíquica e de
depressão psíquica. São distúrbios graves da personalidade em que o funcionamento mental está alterado de tal forma que a pessoa frequentemente não consegue responder às questões da vida quotidiana. Causadas por factores orgânicos ou originados do desenvolvimento psicossocial resultam em acentuadas falhas do desempenho de papéis, da comunicação, do auto-controle, do comportamento da afectividade, da sensopercepção, da memória, da inteligência e do pensamento. Há perda do senso da realidade e da capacidade de testá-la e, em casos extremos, do auto-conhecimento, deixando o paciente de cuidar-se nos aspectos mais triviais, como a alimentação e a higiene pessoal.

(3) - Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos
neurónios, as células nervosas, por meio das quais elas podem enviar informações a outras células, ou sejam, células do sistema nervoso responsáveis pela condução dos impulsos nervosos.

(4) - Radical livre: toda a
molécula que possui um electrão ímpar na sua órbita externa, fora do seu nível orbital, gravitando em sentido oposto aos outros electrões. Este electrão livre favorece a recepção de outras moléculas, o que torna os radicais livres extremamente reactivos, inclusive com moléculas orgânicas. Os radicais livres têm vida média de milésimos de segundo, mas eventualmente podem tornar-se estáveis, produzindo reacções biológicas lesivas.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
18
Dez05

Palácio Nacional de Sintra

Praia da Claridade



Palácio Nacional de Sintra



Localizado na freguesia sintrense de São Martinho, o Palácio Nacional de Sintra (também conhecido como Palácio da Vila) foi palácio real e é hoje propriedade do Estado português, que o utiliza para fins turísticos e culturais. É um palácio urbano, cuja construção se iniciou no século XVI, sendo o autor desconhecido.

Apresenta traços de arquitectura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de arquitectura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através de pátios
, escadas, corredores e galerias.


Evolução

Apesar de só ter sido edificado no século XVI, há relatos da existência de um outro palácio existente nas redondezas. Este terá sido doado pelo rei D. João I ao conde de Seia, no século XIV
, voltando para a posse real alguns anos mais tarde.

Em 1489 foi iniciada uma campanha de obras que visaram aligeirar a massa da construção e enriquecer a decoração interior, aplicando-lhe azulejos andaluzes. Entre 1505 e 1520 ergueu-se a chamada ala manuelina e, em 1508
, teve início a construção da Sala dos Brasões.

Durante o reinado de D. João III (meados do século XVI), edificou-se o espaço entre as alas joanina e manuelina. No século XVII, sob a orientação do conde de Soure, procedeu-se a obras de alteração e ampliação e, entre 1683 e 1706 (reinado de D. Pedro II
), renovaram-se as pinturas dos tectos de alguns compartimentos.

Em 1755 foram realizadas importantes obras de restauro, no seguimento dos danos causados pelo terramoto, e edificada a ala que vai do Jardim da Preta ao Pátio dos Tanquinhos. Nova campanha de decoração foi levada a cabo em 1863.


O palácio foi classificado como Monumento Nacional em 1910.


Caracterização arquitectónica

De planta complexa, organiza-se em V e apresenta volumetria escalonada, constituída sobretudo por paralelepípedos
, sendo a cobertura efectuada por múltiplos telhados diferenciados a quatro águas.

Aspecto característico deste palácio, rapidamente identificado pelos turistas, é o par de altas chaminés cónicas. O alçado principal está organizado em três corpos, sendo o central mais elevado e recuado relativamente aos extremos. Existe ainda no piso térreo uma arcaria com quatro arcos quebrados, encimada por cinco janelas maineladas e emolduramento calcário
. As outras frentes do edifício apresentam um complexa articulação de corpos salientes e reentrantes, destacando-se o volume cúbico da Sala dos Brasões.

Os compartimentos internos reflectem-se em núcleos organizados em torno de pátios. Destacam-se os seguintes: a Sala dos Archeiros, a Sala Moura (ou dos Árabes), a Sala das Pegas, a Sala dos Cisnes e a Sala dos Brasões — que ostenta a representação das armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos de D. Manuel I
—, a Sala das Sereias e a Sala da Audiência.

A capela, de planta rectangular e nave única, tem os muros revestidos por pintura ornamental e tecto de madeira. Na cozinha, são visíveis arranques octogonais das monumentais chaminés. Alguns compartimentos da chamada ala manuelina ostentam emolduramentos de vãos e lareiras em calcário, caracterizadas por decoração em relevo
.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

17
Dez05

A Ozonosfera

Praia da Claridade

 
Buraco na camada de ozono em 17 de Setembro de 2001




A ozonosfera localiza-se na estratosfera, entre 16 a 30 quilómetros de altitude, cerca de 20 km de espessura. Cerca de 90% de ozono atmosférico está nesta camada. Os gases na ozonosfera são tão rarefeitos que, se os comprimíssemos à pressão atmosférica ao nível do mar, a sua espessura não ultrapassaria três milímetros.

As radiações electromagnéticas emitidas pelo Sol trazem energia para a Terra, entre as quais a radiação infravermelha, a luz visível e um misto de radiações e partículas, muitas destas nocivas.

Grande parte da energia solar é absorvida e/ou reflectida pela atmosfera. Se chegasse a sua totalidade à superfície do planeta o esterilizaria.

A ozonosfera é uma das principais barreiras que nos protegem dos raios ultravioleta. O ozono deixa passar apenas uma pequena parte dos raios U.V., esta benéfica.

Quando o oxigénio molecular da alta-atmosfera sofre interacções devido à energia ultravioleta provinda do Sol, acaba dividindo-se em oxigénio atómico; o átomo de oxigénio e a molécula do mesmo elemento unem-se devido à reionização, e acabam formando a molécula de ozono cuja composição é (O3).

A ozonosfera saturada de ozono funciona como um filtro onde as moléculas absorvem a radiação ultravioleta do Sol e, devido a reacções fotoquímicas, é atenuado o seu efeito. É nesta região que estão as nuvens-de-madrepérola, que são formadas pela capa de ozono.


O buraco na camada de ozono

O buraco na camada de ozono é um fenómeno que ocorre somente durante uma determinada época do ano, entre Agosto e início de Novembro (primavera no hemisfério sul).

Quando a temperatura se eleva na Antártida, em meados de Novembro, a região ainda apresenta um nível abaixo do que seria considerado normal de ozono.

No decorrer do mês, em função do gradual aumento de temperatura, o ar circundante à região onde se encontra o buraco, inicia um movimento em direcção ao centro da região de baixo nível do gás.

Desta forma, o deslocamento da massa de ar rica em ozono (externa ao buraco) propicia o retorno aos níveis normais de ozonificação da alta atmosfera fechando assim o buraco.


Os fluidos de refrigeração

Até aos anos 1920 o fluído utilizado para aquecimento e resfriamento era a amónia ou dióxido de enxofre; esses gases são venenosos e causam um cheiro desagradável. No caso de vazamento podem ocasionar envenenamento naqueles que se encontram próximos aos equipamentos de refrigeração. Iniciou-se então a pesquisa para encontrar um gás substituto que fosse líquido em condições ideais, circulasse no sistema de refrigeração e, em caso de vazamento, não causasse danos nos seres vivos.


A indústria química

As pesquisas da indústria química voltada à refrigeração concentraram-se num gás que não deveria ser venenoso, inflamável, oxidante, não causasse irritações nem queimaduras, não atraísse insectos. Em suma, deveria ser um gás estável e perfeito.
Nas pesquisas foram testados diversos gases e fluidos, sendo escolhida uma substância que se chamaria de Clorofluorcarboneto, ou CFC.


Os CFC's, ou Clorofluorcarbonetos

Os CFC's podem ser compostos de um ou alguns átomos de carbono ligados a átomos de cloro e/ou flúor.
Os Cfc's passaram a constituir os equipamentos de refrigeração, condicionadores de ar, como propelentes de sprays, solventes industriais, espumas isolantes, produtos de utilização na microelectrónica e na Electrónica, etc.


O Freon da DuPont

O mais conhecido CFC é fabricado pela empresa DuPont, cuja marca registrada é Freon. Durante anos os CFCs foram usados e libertados livremente na atmosfera do planeta Terra. Não se conheciam os danos que poderiam estar causando na alta atmosfera, pois eram gases considerados extremamente seguros e estáveis.


Como se forma o Ozono

O ar que nos rodeia contém aproximadamente 20% de Oxigénio. A molécula de oxigénio pode ser representada como O2, ou seja, dois átomos de Oxigénio quimicamente ligados. De forma simplista, é o Oxigénio molecular que respiramos e unido aos alimentos que nos dá energia. A molécula de ozono é uma combinação molecular mais rara dos átomos de oxigénio, sendo representada como O3. Para a sua criação é necessária uma certa quantidade de energia. Portanto, esta é uma das formas mais comuns de se produzir ozono. Outras seriam fornos industriais, motores automotivos entre outros que produzem o gás. Na baixa atmosfera o ozono é reactivo e contribui para a poluição atmosférica industrial, sendo considerado um veneno.


O despejo atmosférico dos CFCs

No final da década de 1960 eram libertadas em torno de um milhão de toneladas de CFCs por ano. As formas de libertação do gás são diversas, a mais conhecida é pelos aerossóis que utilizam o CFC como propelente. Uma vez libertado na atmosfera, o propulsor começa a se espalhar pela atmosfera livre e, levado por convecção, sobe até à alta atmosfera sendo espalhado por todo o planeta. Os Cfcs são gases considerados inertes cuja reacção depende de condições muito peculiares.


O encontro dos CFCs com o Ozono

Na alta atmosfera existem correntes de ar em alta velocidade, as Jet streams, muito poderosas, cuja direcção é horizontal. Estas espalham os gases da região em todas as direcções.

A camada de Ozono encontra-se em torno de 25/26 quilómetros de altitude aproximadamente. A energia solar em comprimento de onda ultravioleta forma as moléculas de Ozono. O processo dá-se quando se dividem algumas moléculas de Oxigénio em átomos Oxigénio livre, recombinando-as às moléculas de Oxigénio através da radiação ultravioleta.

Aquelas moléculas de Ozono flutuando na alta atmosfera acabam por encontrar as moléculas de CFC. O Clorofluorcarboneto é uma molécula estável em condições normais de temperatura e pressão atmosférica, porém, excitado pela radiação UV, acaba desestabilizando-se e liberta o átomo de Cloro.


O Cloro e o Ozono

O átomo de Cloro é um catalisador poderoso que destrói as moléculas de Ozono, permanecendo intacto durante todo o processo. Uma vez na alta atmosfera, o cloro leva muitos anos para descer à baixa atmosfera. Neste período, cada átomo de Cloro destruirá milhões de moléculas de ozono. A reacção de destruição do Ozono é bastante simples, uma vez que esta molécula é extremamente reactiva na presença de radiação UV e Cloro.

Isto significa que se tivermos três moléculas de Oxigénio geradas, os átomos de Cloro foram regenerados para destruir mais duas moléculas de Ozono de cada vez, e assim por diante, infinitamente, até o Cloro cair.


O buraco na Ozonosfera

O Ozono, sem a presença do Cloro, age como um escudo contra as radiações UV. É um gás tão raro e tão precioso na alta atmosfera que se a ozonosfera fosse trazida para o nível do mar nas condições normais de temperatura e pressão, esta camada chegaria à espessura de apenas três milímetros. É este gás que nos protege de ter a nossa pele cauterizada pelas radiações Ultra-Violetas do Sol.

A consequência imediata da exposição prolongada à radiação UV é a degeneração celular que ocasionará um cancro da pele nos seres humanos de pele clara. As pessoas de pele escura não estão livres desse cancro, a diferença é somente o tempo de exposição. Até o final da década de 1990, os casos de cancro da pele registados devido ao buraco na camada de Ozono tiveram um incremento de 1.000% em relação à década de 1950. Alguns desinformados e principalmente aqueles defensores das indústrias fabricantes de CFCs, dizem que este aumento foi devido à melhoria da tecnologia de recolha de dados, e que os danos são muito menores do que os alarmados e alardeados pelos cientistas atmosféricos.

O buraco da camada de ozono tem implicações muito maiores do que o cancro da pele nos humanos. As moléculas orgânicas expostas à radiação UV têm alterações significativas e formam ligações químicas nocivas aos seres vivos. A radiação UV atinge em especial os Fitoplanctos (diatomáceas e outras algas) que habitam a superfície dos oceanos e morrem pela sua acção.


Medidas

O padrão de medição do ozono é feito de acordo com a sua concentração por unidade de volume que por sua vez recebe a nomenclatura de Unidade Dobson (UD).

No ano de 2005, no dia sete de Outubro, uma medição realizada pelo INPE na Antártida constatou que a concentração de ozono estava em torno de 160 UD, quando em época de normal seria 340 UD (esta medida é considerada referencial).

Abaixo da medida de 220 UD já se pode considerar baixa densidade de ozono, ou a formação do buraco que já causa danos ao meio-ambiente.


Os Fitoplanctos e a cadeia Alimentar

As medições das populações desses organismos microscópicos (fitoplanctos) sob o raio de acção do buraco da camada de Ozono demonstraram uma redução de 25% desde o começo do século XXI até ao ano de 2003, nas águas marinhas antárcticas. A morte destes microorganismos causa uma redução da capacidade dos oceanos em extrair o dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. Com a morte dos fitoplanctos, os zooplanctos não sobrevivem. Sem zooplanctos, o krill (alimento) deixa de existir, diminuindo a população dos peixes dos oceanos e assim por diante. Logo, a ozonosfera é primordial para que haja vida no planeta Terra. Cabe aos seres humanos pensar a respeito e tomar acções para a sua protecção.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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