28
Jul06
Figueira da Foz - Cabo Mondego
Praia da Claridade
Uma parte das Falésias do Cabo Mondego - Figueira da Foz
... que o Homem está a destruir !...
"Cabo Mondego a um passo da classificação
O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, desloca-se hoje ao Cabo Mondego, para anunciar o início do processo de classificação da área de ocorrência natural de afloramentos jurássicos como Monumento Natural
Esta visita insere-se no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Conservação da Natureza. O processo de classificação do Cabo Mondego é uma situação antiga, que já se arrasta há mais de 15 anos, com consequências irreparáveis na delapidação do património natural.
A área do Cabo Mondego é detentora de inequívoca relevância nacional e supranacional. Trata-se de uma ocorrência natural de afloramentos jurássicos, que apresenta excepcionais condições de observação e invulgar continuidade no registo sedimentar, aliadas a um importante espólio de associações de fósseis, particularmente amonites e icnofósseis (com referências desde 1684). Esta espessa série expressa de uma forma notável, alguns dos principais acontecimentos ocorridos naquela época, com um intervalo de tempo entre os 185 e 140 milhões de anos, com grande relevância a nível internacional.
Nesta série sedimentar encontra-se um Estratotipo de limite (GSSP - Global Boundary Stratotype and Section), definido pela Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS), integrada na União Internacional de Ciências Geológicas; constituindo um padrão internacional de referência. Esta situação é única em Portugal.
A qualidade exemplar do registo geológico dos afloramentos emersos e submersos, expostos de forma contínua e correspondendo a um intervalo de 50 milhões de anos, conjugada com a situação geográfica estratégica, que proporciona excelentes condições de observação e estudo, conferem ao Cabo Mondego um valor científico, pedagógico e didáctico inexcedível, para além do seu grande interesse geomorfológico e notável qualidade paisagística.
O Instituto da Conservação da Natureza (ICN) propôs a classificação do Cabo Mondego, na Figueira da Foz, como o sexto monumento natural português, devido às suas características geológicas.
O procedimento administrativo inerente à classificação (Decreto-Lei nº 19/93) passa por uma fase de inquérito público durante 30 dias e a consulta às autarquias locais, o que será iniciado na segunda quinzena de Agosto.
O Sítio Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas, criado por Resolução do Conselho de Ministros em Julho de 2000, inclui já nos seus limites a área objecto de classificação prioritária correspondente ao considerado “intocável”, do ponto de vista do alto valor geológico que encerra e da sua conservação.
O processo de classificação dos “Aforamentos Jurássicos do Cabo Mondego” como Monumento Natural iniciou-se em 1978 no Serviço Geológico de Portugal, com um alerta da importância da zona do Professor Miguel Ramalho.
Foi mais tarde reactivado, em 1994, com a apresentação formal de uma proposta de Decreto Regulamentar por ofício da Faculdade de Ciências de Coimbra (FCC) dirigido ao então Presidente do ICN, acompanhado por um extenso relatório técnico-científico.
Seguiram-se uma série de iniciativas e acções com participação das três entidades envolvidas: Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF), ICN e Faculdade de Ciências de Coimbra.
Por iniciativa do município, a assembleia municipal aprovou por unanimidade em 2003 a proposta de classificação do geomonumento do Cabo Mondego como imóvel de Interesse Municipal."
O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, desloca-se hoje ao Cabo Mondego, para anunciar o início do processo de classificação da área de ocorrência natural de afloramentos jurássicos como Monumento Natural
Esta visita insere-se no âmbito das comemorações do Dia Nacional da Conservação da Natureza. O processo de classificação do Cabo Mondego é uma situação antiga, que já se arrasta há mais de 15 anos, com consequências irreparáveis na delapidação do património natural.
A área do Cabo Mondego é detentora de inequívoca relevância nacional e supranacional. Trata-se de uma ocorrência natural de afloramentos jurássicos, que apresenta excepcionais condições de observação e invulgar continuidade no registo sedimentar, aliadas a um importante espólio de associações de fósseis, particularmente amonites e icnofósseis (com referências desde 1684). Esta espessa série expressa de uma forma notável, alguns dos principais acontecimentos ocorridos naquela época, com um intervalo de tempo entre os 185 e 140 milhões de anos, com grande relevância a nível internacional.
Nesta série sedimentar encontra-se um Estratotipo de limite (GSSP - Global Boundary Stratotype and Section), definido pela Comissão Internacional de Estratigrafia (ICS), integrada na União Internacional de Ciências Geológicas; constituindo um padrão internacional de referência. Esta situação é única em Portugal.
A qualidade exemplar do registo geológico dos afloramentos emersos e submersos, expostos de forma contínua e correspondendo a um intervalo de 50 milhões de anos, conjugada com a situação geográfica estratégica, que proporciona excelentes condições de observação e estudo, conferem ao Cabo Mondego um valor científico, pedagógico e didáctico inexcedível, para além do seu grande interesse geomorfológico e notável qualidade paisagística.
O Instituto da Conservação da Natureza (ICN) propôs a classificação do Cabo Mondego, na Figueira da Foz, como o sexto monumento natural português, devido às suas características geológicas.
O procedimento administrativo inerente à classificação (Decreto-Lei nº 19/93) passa por uma fase de inquérito público durante 30 dias e a consulta às autarquias locais, o que será iniciado na segunda quinzena de Agosto.
O Sítio Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas, criado por Resolução do Conselho de Ministros em Julho de 2000, inclui já nos seus limites a área objecto de classificação prioritária correspondente ao considerado “intocável”, do ponto de vista do alto valor geológico que encerra e da sua conservação.
O processo de classificação dos “Aforamentos Jurássicos do Cabo Mondego” como Monumento Natural iniciou-se em 1978 no Serviço Geológico de Portugal, com um alerta da importância da zona do Professor Miguel Ramalho.
Foi mais tarde reactivado, em 1994, com a apresentação formal de uma proposta de Decreto Regulamentar por ofício da Faculdade de Ciências de Coimbra (FCC) dirigido ao então Presidente do ICN, acompanhado por um extenso relatório técnico-científico.
Seguiram-se uma série de iniciativas e acções com participação das três entidades envolvidas: Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF), ICN e Faculdade de Ciências de Coimbra.
Por iniciativa do município, a assembleia municipal aprovou por unanimidade em 2003 a proposta de classificação do geomonumento do Cabo Mondego como imóvel de Interesse Municipal."
Fonte: Jornal "Diário de Coimbra" http://www.diariocoimbra.pt/13081.htm
Sexta-feira, 28 de Julho 2006
Visite estes endereços:
CABO MONDEGO, FALÉSIAS E SERRA DA BOA VIAGEM
AS PEGADAS DE DINOSSAUROS E OS FÓSSEIS NO CABO MONDEGO - FIGUEIRA DA FOZ
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